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Miss Right

Songhyun estava longe de ser o manager principal do BTS. Essa posição pertence a Sejin e ele a cumpre com louvor, ganhando status de "oitavo" membro entre os fãs, por conta de sua influência e presença perto dos meninos. Não, Songhyun não fazia questão nenhuma de ter essa posição. Gostava de ser apenas mais um privilegiado andando com o grupo quando iam de um lugar ao outro, cumprindo sua função como fosse necessário. Estava entre os mais antigos, no entanto, e ao longo dos anos acabou se afeiçoando aos garotos do mesmo jeito que acontecia com todo mundo que trabalhava com eles. Principalmente os mais novos. Eram quase como filhos, com uma diferença de idade pequena, porém considerável.

Gostava de Taehyung e não tinha, pessoalmente, absolutamente nada contra a estilista que ele havia escolhido para ser sua namorada. Porém havia bem mais coisa envolvida nesse assunto do que o relacionamento discreto dos dois. Songhyung estava com a tela do computador ampliada, mostrando em HD a foto enviada por um "fã" anônimo. Lee Eun Ji entrou na sala enquanto ele encarava a tela pensativo. Estava tão concentrado e distraído com a foto que mal reparou que ela estava toda suja de tinta.

— Mandou me chamar, sunbae-nim*? - Eun Ji se balançava para frente e para trás no mesmo lugar, insegura sobre o motivo ter sido chamada até ali.

Pelo que sabia, Songhyun-sunbae cuidava dos assuntos relacionados ao Bangtan, grupo responsável pelo tamanho da empresa agora, e não tinha nada a ver com ela. Eun Ji tinha acabado de ser promovida a manager do grupo masculino mais novo, o TXT, não precisando mais cuidar dos trainees. Gostava muito de trabalhar com os meninos, era como cuidar dos irmãos em casa. E também a razão dela estar toda suja de tinta em plena terça-feira.

— Sunbae... nim? — chamou novamente, segurando uma mão na outra ainda naquela dança entre se apoiar nas pontas dos pés e nos calcanhares.

— Eun Ji-ssi, há quanto tempo está com os meninos? — perguntou de repente, se referindo ao grupo que ela cuidava, como se aquele silêncio todo não tivesse existido.

— Vai fazer um mês amanhã, sunbae-nim. — respondeu com medo. Ela parou sua dança e cruzou os braços atrás das costas, sorrindo sem jeito. Estava mais nervosa do que no momento em que tinha sido chamada.

Quase nunca era chamada por nenhum veterano, muito menos os que acompanhavam o BTS. A empresa tinha politicas claras de nunca misturarem as equipes para que sempre fossem consideradas uma unidade sólida, cada um com seu universo particular. E se voltasse a ter que cuidar dos trainees? Será que ia receber menos? E se fosse demitida? Justo agora que tinha conseguido um apartamento melhor para morar!

— Aconteceu alguma coisa? Eu fiz algo de errado? — perguntou insegura.

Songhyun sorriu e apontou para uma poltrona vazia em frente à mesa que ele estava. Só então ela reparou na decoração austera da sala. Não tinha nenhum sinal visível de que alguém a usava todos os dias. As poltronas e o sofá que ficavam ao redor de uma mesinha de centro, eram de couro escuro e lisas como se estivessem num mostruário de móveis, em sinal de pouco uso. Ela obedeceu ainda sem saber se podia. A tinta em sua roupa ainda estava bem fresca e, com certeza, mancharia o estofado caríssimo.

— Não se preocupe com isso. Se sujar, eu uso como desculpa para trocar a decoração. Nunca gostei dela, de qualquer forma. — tranquilizou ele como se tivesse lido os pensamentos da moça. — Eun Ji-ssi, a partir de amanhã quero que acompanhe o grupo novo. — falou voltando a ficar sério.

— Mas eu já...

— Não os meninos... — explicou, se referindo aos integrantes do TXT como "meninos" pela segunda vez. — Quero que ajude a equipe de empresários das meninas do GFriend.

— Mas sunbae-nim, elas...

— Elas já tem um manager, eu sei. — leu os pensamentos dela de novo.

Eun Ji abriu e fechou a boca várias vezes, confusa. Quando a empresa do GFriend foi comprada pela Big Hit, ela soube que todos os funcionários haviam sido recontratados, de modo que as meninas não se sentissem deslocadas e começando de novo na empresa nova, apesar de ser exatamente o que havia acontecido. Não fazia sentido, para ela, ser colocada como manager do grupo a essa altura dos acontecimentos.

— Mas por quê? — perguntou num lampejo de coragem que a fez se arrepender imediatamente.

— Preciso que as acompanhe de perto. — falou. — Principalmente a Hwang Eun Bi.

— Espera, ela é a...

— Isso. A nova namorada de Kim Taehyung. — concordou.

— E por que eu tenho que...

— Faça sem perguntar, por favor. — pediu.

— Mas sunbae-nim... Eu gosto de trabalhar com os meus meninos e...

— "Meus... — fez uma pausa dramática, arqueando uma sobrancelha — ... meninos"?

Em resposta, Eun Ji se mexeu desconfortável na poltrona, assumindo um tom arroxeado na pele assim que o couro respondeu com seus barulhos característicos. Sentiu-se incrivelmente ridícula e infantil diante do colega veterano.

— Eun Ji-ssi, o que eu disse no dia em que a contratamos? - ele ignorou completamente o constrangimento causado pelo barulho provocado pelo couro e se inclinou para frente, encarando-a com atenção.

— Que não "devo me envolver emocionalmente com ninguém além de mim mesma". — recitou. Lembrava-se perfeitamente desse dia e de tudo o que ouviu antes de dizerem que cuidaria dos trainees e depois, quando fosse o momento certo, do grupo em que entrassem.

— Por quê? - voltou a se encostar, satisfeito.

— Porque "idols vem e vão e a equipe fica". — completou. — Mas sunbae, o senhor mesmo trata os mais novos do Bangtan como se fossem seus filhos e...

— Eun Ji-ssi! — chamou em sinal de alerta, a voz ficando repentinamente mais dura.

Ela abaixou a cabeça imediatamente. Tinha que controlar a língua e se lembrar o tempo todo que não estava falando com Soobin ou qualquer outro dos membros de seu grupo. "Seu"... Já não era mais "seu".

— Sinto muito. — pediu.

— Quero que acompanhe esse relacionamento de perto sem se envolver. Consegue fazer isso?

— Certo. — concordou balançando a cabeça e encarando as próprias mãos no colo.

— Na hora certa vai saber o motivo. — ele amenizou a voz e sorriu para ela. — Tudo bem? — perguntou se inclinando e forçando-a a encará-lo.

— Ok.

— Chegou a conhecer a estilista? — perguntou mudando de assunto.

— Você diz a Lola-unnie? — fechou a boca num bico, percebendo que tinha dito demais com uma única palavra.

— "Unnie**"? — ele voltou a arquear a sobrancelha, encarando a moça por mais tempo. Aquilo ia ser mais complicado do que ele imaginou. Viu ela abaixar a cabeça e se esconder por trás do cabelo cortado na altura dos ombros, como se fosse uma cortina que a protegeria de uma plateia hostil. As orelhas dela, reveladas de repente, estavam mais vermelhas do que nunca. — Entendo... — começou. — Já soube do que houve, então. — não era uma pergunta.

Eun Ji continuou com a cabeça abaixada, sentindo o rosto arder mais do que nunca, mas balançou positivamente, o cabelo acompanhando o movimento. Gostava de Lola, ela a ajudava muito enquanto montavam juntas os visuais dos meninos. Tinha sido uma das primeiras a ouvir sobre sua demissão e do término forçado com Taehyung. Não era segredo para ninguém na empresa que os dois se amavam e saiam juntos há mais de um ano.

— Muito bem. — recomeçou Songhyung. — É em relação a isso que quero que acompanhe V e SinB. — fez questão de usar os nomes artísticos dos dois. — Não deixe ninguém além da equipe se aproximar deles em momento algum. Entendeu? Quero que me traga relatórios sempre que notar algo de diferente e...

— Songhyun-ssi! — alguém que Eun Ji não conhecia entrou na sala sem se anunciar. O empresário se levantou num único movimento e ela o imitou, voltando a fazer sua dança nervosa, mudando os apoios dos pés. Só então o outro homem a notou.

— O que foi? — Songhyung perguntou.

— Taehyung-ssi.— o homem falou. Abriu bastante os olhos, como se quisesse que o outro o entendesse sem que precisasse verbalizar nada. Eun Ji percebeu que ela era a razão disso.

— Eu vou me retirar, sunba... — o manager a interrompeu com um gesto da mão.

— Não. Fique. — pediu. — Agora diz respeito a você também. — falou. — O que tem Kim Taehyung? — perguntou.

— Senhor, ele sumiu.

* * *

Sentia-se como uma morta viva, andando a esmo no modo automático. Não viu nada do caminho todo até ali, absorta em apenas existir desde que vira o anúncio oficial dado pela Big Hit sobre o novo relacionamento de Taehyung. Depois disso, tudo virou uma neblina cinza, e pôde sentir a mente se desprender do corpo para evitar não sentir aquela dor tão cedo. Tudo o que se lembrava, apenas, era a conversa com Julia, em casa, e a determinação de fazê-la sair do estupor. Jogou a caixa no chão assim que destrancou a porta do estúdio. Tinha acabado de alugar, crente de que conseguiria – finalmente – começar a dar cor ao seu plano de ter uma marca própria.

Ligou a luz branca e artificial e encarou as paredes vazias, as caixas de papelão com seus desenhos antigos, os rolos de tecido apoiados num canto. Ainda não tinha trazido a máquina de costura ou a mesa que usaria para a modelagem. Ia trazer tudo aos poucos, conforme o plano ficasse mais certo de se concretizar. Além disso, queria começar dando uma festa ali, aproveitando o espaço aberto por conta da falta de móveis. Seriam poucos convidados – até porque, não tinha muitos amigos próximos ainda – apenas para registrar seu primeiro dia como estilista e empresária. Sua lista incluía todos os sete meninos do BTS, sua costureira auxiliar, Julia, Eun Ji e, talvez, os meninos do TXT, dona Kim Min Seo da rua da frente e até mesmo o senhor Lee, do ferro-velho no fim da rua, os únicos coreanos que a trataram bem, até mesmo antes de trabalhar com um grupo tão influente. Nesse mesmo dia faria a revelação de que ali seria seu primeiro ateliê na Coreia e que todos tinham uma pequena contribuição na realização daquele sonho.

Infelizmente nada disso aconteceria tão cedo.

Olhou para a caixa a seus pés e a chutou com raiva, observando-a deslizar até parar na parede oposta do corredor que fazia as vezes de hall. Ouviu o som de vidro quebrado, evidenciando de forma literal como se sentia sobre tudo aquilo. Tinha certeza que o porta-retratos caro que tinha ali dentro estava em pedaços.

Andou até o meio do estúdio e encarou o lugar com olhos críticos. Ainda sentia que deveria comprar um manequim para cada tipo de corpo que já tinha desenhado desde que se intitulou estilista e os colocaria na parede adjacente à janela estreita do lugar. Sob ela, colocaria sua mesa de desenho e a de modelagem, além de uma estante alta com seus livros, linhas, agulhas, caixas de pequenos carretéis, tesouras e suas máquinas de costura. Do lado oposto, colocaria uma arara longa onde ficariam as peças já prontas e aprovadas, assim como um espaço para servir de provador. Fechou os olhos com raiva, lembrando-se que já havia encomendado e agora não teria como pagar. Foi como ligar um interruptor dentro de si e finalmente fazer com que sua mente voltasse ao presente, e à realidade.

Nem a sala, nem o provador, os móveis planejados, a festa de abertura do ateliê. Nada. Estava desempregada. Num país que não era o seu. Sem nenhum dos desenhos que tinha passado os últimos dois anos aperfeiçoando, inspirada pelo BTS. Sua única vantagem ate agora era ter o aluguel todo pago pelo grupo pelos próximos dois anos. Podia usar esse dinheiro, se ainda tivesse uma renda fixa. Agora era tudo incerto.

— O que a gente faz agora, Paola? — perguntou para si mesma, as mãos apoiadas na cintura, ainda encarando o espaço como se ele pudesse lhe responder. Mesmo que devolvesse tudo, desde o estúdio, até os tecidos comprados antecipadamente, teria uma multa de rescisão no final. Não tinha outra opção a não ser continuar com o plano, mesmo que em menor escala.

Isso significa que ia precisar de um investidor corajoso o suficiente para apostar numa estrangeira. Suspirou deixando os ombros caírem um pouco diante dessa perspectiva. Era quase como começar do zero de novo depois de tanto tempo já vivendo na Coreia. Não fazia ideia de por onde começar essa busca. Todos os contatos que tinha vinham de algum tipo de ligação com a Big Hit e sua intuição dizia que devia se afastar o máximo que podia de qualquer influência da empresa. Não que a odiasse, mas era como depender dos pais depois de ter saído de casa brigada. Sua intuição, sempre tão aflorada, dizia que devia ir em outra direção, se afastando do crescimento desenfreado da empresa, para poder enfrentá-la com propriedade quando fosse a hora. Seu telefone começou a tocar exatamente nesse momento, como uma resposta do Universo para suas indagações.

— Lola. — atendeu.

— Ai, ainda bem que você atendeu.

— Ju? Aconteceu alguma coisa? — perguntou ao reconhecer a voz e a preocupação.

— Onde você está?

— No ateliê, mas eu já vou...

— Você tá sozinha? — interrompeu a outra.

— O que foi que aconteceu? — perguntou exasperada.

— Nada, eu só...

— Fala logo, Kim Ji Hu! — falou sentindo um calafrio na base da espinha. Sempre apelava para o nome coreano da amiga para fazê-la falar.

— É o Tae, ele...

— O que tem ele? — perguntou começando a sentir a onda de calafrios aumentar.

— Ele te ligou? — perguntou a outra.

— Não sei... eu bloqueei o número dele e...

— Ele sumiu, Lola.

— O que? Como assim?

— Sumiu. Ninguém tem notícia dele desde de manhã. Achei que pudesse ter ido atrás de você e...

— E que a gente tivesse feito as pazes. — completou.

— Bem... é. Eu ainda torço por vocês, não me julgue por achar isso. — Lola ouviu uma comoção ao redor da voz de Julia e deduziu, pelo horário, que ela devia estar no trabalho.

— O que houve?

— Lola-ssi. — a voz grave de Yoongi assumiu o telefone. — Se o Taehyung te ligar, por favor, atenda. — pediu.

— Yoongi, o que houve?

— Não aconteceu nada de mais. Ninguém consegue falar com ele, só isso. Mas eu tenho certeza que ele está bem. — tranquilizou. — Eu acho que ele ainda vai te procurar. Pode me avisar se isso acontecer?

— Ta, eu...

— Obrigado. — ouviu um grunhido e percebeu que todos os outros deviam estar ali com ele. — Sentimos sua falta.

— Yoongi, eu...

— Se tivermos notícias, te avisamos. — e desligou sem que ela pudesse dizer mais nada.

Lola ficou encarando a tela do celular até ela apagar sozinha, bloqueando as funções do aparelho. Seu coração batia acelerado no peito, como se soubesse exatamente o que havia acontecido com Taehyung. Tinha medo de dizer em voz alta. Apertou o botão de iniciar e viu a foto dos dois juntos antes de desbloquear a tela para liberar o número dele. Assim que o fez, o celular começou a vibrar com inúmeras mensagens atrasadas e mesmo sem ler nenhuma delas, Lola soube onde ele estava. 


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VOCABULÁRIO:  

* Sunbaenim (선배님): palavra usada para um sênior no trabalho, na área profissional ou na escola/universidade. Sunbaenim é a forma mais respeitosa, e sunbae pode ser usado se forem mais próximos.

** Unnie (언니) = Mulheres falam para mulheres mais velhas.


NOTA DA AUTORA: começando a pegar o ritmo dessa fic, finalmente. Isso significa que muito provavelmente teremos atualização toda sexta. Obrigada por lerem até aqui!

boa leitura

<3

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