Capítulo Vinte
•Amor e Sangue•
A casa grande parecia cada vez menor com a chegada de mais convidados, tento me lembrar qual foi a última vez em que estive em um festa, mas não consigo. Tantas pessoas, mulheres e homens extremamente bem vestidos, não consigo sentir que me encaixo no meio delas.
Está frio lá fora e eu observo a noite cai e as estrelas aparecer, a cena do homem sendo torturado fica em luop em minha mente, a sala principal está lotada e eu me sinto cada vez mais pequena, olho ao redor em busca dos rostos familiares, Lori está mostrando um de seus quadros para um homem muito bonito, Alexey conversar com um mulher de forma descontraída, sento perto da janela e tento ao máximo me tornar parte da decoração do lugar, quase que invisível.
Alexey
A princípio eu tenho somente a certeza de que sua boca era vermelha, mas depois cada detalhe se destaca, seu rosto pálido, seus olhos fitando as próprias mãos, ela parecia um anjo a luz da janela, completamente isolada. A observo enquanto Judi continua a falar sobre a Áustria, peço licença e caminho até Audrey.
— Você está se divertindo lilja? - ela olha apática para mim, e eu sei o motivo. - Me desculpe Audrey. - ela da um meio sorriso e se levanta.
— Aceito suas desculpas Sr. Dumarch, mas se me der licença, eu preciso de um pouco de ar. - ela passa por mim sem olhar para trás, Lori a chama lhe entregando uma taça de champanhe, eu a assisto andar em seu vestido que parece ser mais leve que ar com seu jeitinho de andar.
Audrey
O amigo de Lori é extremamente falante, descubro que eles se conhecem da época da faculdade, e ele é engraçado e me fez rir contado as histórias da época da faculdade, Lori ri também e diz que faz anos e que ele tava inventando muitos detalhes. Eu continuo ansiosa a espera de James, ele vem, sei disso, olho para cada entrada com esperança, digo meio aérea a Lori e seu amigo eu irei até o jardim.
O ar frio me acolhe e eu respiro fundo e sorrio boba ao notar como a lua está linda.
— Isso cansa não é? - uma voz me tira da paz momentaneamente.
— Oi?
— Max Romanov, prazer. Não me lembro de ver você em outras festa dos Dumarch.
— Não conheço eles a tanto tempo assim. Audrey, prazer. - assim que ele se aproxima mas eu consigo distinguir seus traços, Alto e muito bonito, Romanov tem um olho de um azul límpido e o outro totalmente preto, foi esse detalhe que mais me chamou atenção juntamente com um corte que passa pelo olho que é azul.
— Você é artista, digo é uma das amigas de Lori? - ele mantém uma distância aceitável.
— Não. Não mesmo. E você? - ele da um sorriso de canto e coloca às mãos nos bolsos .
— Trabalho com Alex, temos uma boa parceiria. ‐ a informação não me agrada muito, lembro da cena de mais cedo do pobre homem torturado.
— Interessante.
— É bom ver um rosto diferente nessas festas, mas você não é daqui, não me disse seu sobrenome, talvez eu conheça sua família. - dou um risada sincera, ou imaginar alguém como ele conhecendo um família pobre de Phenex.
— Eu duvido um pouquinho. Sou apenas Audrey. Sou americana a família Dumarch me acolheu.
— Bondade vindo deles? Boa piada. - ele percebeu que não ri, que estava falando a verdade.
— Há sempre uma primeira vez. - eu concordo em silêncio.
— Está gostando daqui? - digo que sim, mas sem prolongamento.
— É bem tratada?
— Melhor do que mereço. - ele da uma risada curta e se aproxima mas, estendendo a mão.
— Foi um prazer conhecê-la Audrey, mas está na minha hora, espero revê-la novamente.
— Espero que sim Max.
Assim que entro novamente avisto James conversando com Aaron, caminho em sua direção e assim que ele me vê ele sorri, ele parece estar feliz hoje.
— Como esteve sem mim? - ele pergunta beijando o topo da minha cabeça.
— Bem, eu fiquei ótima. - levanto minha cabeça olhando pra cima esperando por um beijo que não veio.
— Lori vai apresentar uma obra, vamos apresentar atenção.
Lori possui a atenção de todos, ela fala tão bem em público, diz como é desafiador compreender a existência humana e de como foi turbulenta a criação dessa exposição.
— Meus irmãos me ajudaram muito, vocês sabem, fazem de tudo pela irmãzinha, enfim, eu guardei o melhor para o final, eu pintei esse a dois dias para ser sincera, entretanto acredito que irão concordar comigo que ele é... como posso dizer... "Cru" de certa forma. - Dois empregados trazem uma tela enorme coberta com pano preto e o colocam em um cavalete no meio do salão.
— E para a tristeza de todos, ele não está a venda. - sua fala causa algumas risadas e falsos sons de tristeza, ela faz um sinal para que um dos empregados retire o pano.
— Amor e Sangue. - o quadro parecia ter sido pintado com sangue de fato, vivo e como Lori falou Cru, no meio da vermelhidão era possível ver um casal se beijando, porém assim que se concentrava mais no quatro, o casal se apunhalava.
— Tirem sua própria conclusão, por hoje é só. - Lori é ovacionada por aplausos.
— Lori ama ser teatral. - sussurrou Aaron de forma irônica enquanto aplaudia a irmã.
— Ela é extremamente talentosa. - digo sincera.
— Todos os irmãos Dumarch são. - a voz de Alexey atrás de mim me causa arrepios. Algumas pessoas vão olhar o quadro mais de perto. James segura a minha mão, nos levando para um lugar longe das pessoas.
— Eu estava fodidamente morrendo de saudade. - ele me prensa na parede e sem cerimônia ele me beija, suas mão seguram meu rosto enquanto as minhas tocam seu peito.
— Amo seu perfume. - ele para o beijo, eu estou ofegante, apoio minha cabeça em seu peito.
— Você controla as batidas do meu coração James.
— Não é só isso que eu controlo. Vamos lá pra cima - mais uma vez ele sai me puxando mas eu faço ele parar.
— O quadro.
— Como?
— O quadro da Lori, somos nós. - ele segura eu rosto fazendo com que eu não desviasse de olhar pra ele.
— Não viaja ok!, era só mais um dos quadro da minha irmã. Ela ama pintar aquele tipo de coisa, aliás foi Alexey que pediu para ela pintar aquilo. - subimos as escadas em direção ao andar dos quartos.
James beija minha virilha me causando leves gemidos de satisfação. Ele sobe fazendo uma trilha de beijando pelo meu corpo.
— Você fica linda quando goza. - inverto nossas posições e o beijo, beijo seus lábios, suas bochechas e beijo cada tatuagem e seu peito e continuou, mas ele me para.
— Hoje não.
— O que eu fiz ?
— Nada, você é perfeita. Você era o foco da noite. e estamos fazendo isso há quase quatro horas, e daqui a pouco eu tenho que sair. - olho com indignação para ele, saio de seu colo ficando do seu lado.
— Você acabou de voltar James.
— Acha que eu não sei ? Já fizemos muito por uma noite.
— Achei que estivesse com saudade. - estava prestes à sai da cama quando seu braço me prende.
— Fiz você gozar três vezes, a saudade não foi morta nesse meio tempo?- fico envergonhada com seu comentário, James me abraça enfiando seu rosto entre meus seios. As batidas na porta me faz murchar por inteira.
James se despede falando um eu te amo e beijando minha têmpora, e pegando suas roupas do chão, antes de fechar a porta ele sussurrou um eu te amo que me fez querer agarrar ele é nunca mais soltar. Me cubro feito um casulo de borboleta e inalo seu cheiro ainda presente no cobertor e durmo.
Faz vinte minutos que estou acordada olhando para o teto sem vontade alguma de levantar, até que escuto vozes alteradas em uma língua diferente, saio do quarto sem fazer barulho e desço as escadas percebendo que a voz brava pertence a Alexey, sei disso porque escutei ele conversar em sua língua nativa algumas vezes.
— Jag förvandlar din hud till matta om du fortsätter att vara ett så dumt djur. - passo pelo hall da casa e sigo até o corredor do escritório de Alexey.
— Jag kommer att döda dig ändå, och du vet det Alexey. - me aproximo cautelosamente da porta e respiro o mais devagar possível. Sei que dessa vez foi James que falou, mas não sei o que está acontecendo de fato.
— Como pretende fazer isso? Sair por aí matando tudo e qualquer um com algum tipo de vínculo a ele? - me sinto satisfeita ao ouvir alguém falar em meu idioma, e sei bem quem é, Romanov.
— James ninguém sabe o paradeiro do nosso pai, e de verdade isso nem deveria ser do seu interesse. Ele nunca foi nosso pai. Pare com essa insanidade e nos escute uma vez na vida. - fico na ponta dos pés para sair dali, mas o piso de madeira range e eu me amaldiçoou, não dá tempo de sair correndo quando a porta se abre.
— liten dvärg, por que não bateu se estva tão curiosa? - Alexey abre ainda mais a porta como se me convidasse.
— Audrey? - Romanov parece surpreso em me ver.
— Desculpa, não queria atrapalhar. Ouvi vozes alteradas e pensei que estivesse acontecendo algo. - Alexey volta para dentro se sentado ao lado de Arron que me dá um sorriso cúmplice.
— Bom... acredito que a conversa tenha se encerrado, os garotos tem muito o que resolver, vamos Audrey. Eu vou te ensinar uma coisa. - Lori diz de forma apressada me agarrando pela mão. Assim que saímos do corredor e caminhamos em direção a cozinha ela parce ter ficado menos tensa.
— Nunca mais faça isso. - ela profere de maneira séria. — Nem sempre as conversas são amistosas.
— Me desculpe. Mas o que estava acontecendo?
— Nada de mais, James dando trabalho. Aliás gosta de cozinhar? - não respondo a sua pergunta.
— Arron me ensinou, ele ama cozinhar. Vamos fazer pavlova. Audrey minha família é complicada sabe.
— Mas eu estou disposta a ouvir, estou disposta a entender, não diga simplesmente " é complicado " .
— Você precisa entender que isso leva tempo. Já comeu pavlova? - nego com a cabeça enquanto ela pega os ingredientes necessários.
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