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Chapter Two


"Eu consigo ver, ver a dor em seus olhos

Oh, acredite, acredite em mim e eu tentei

Não, eu não vou, eu não vou fingir saber o que você passou

Você deveria saber, eu queria que fosse eu, não você"

O FILHO DE HERMES

Beatrice di Ângelo


PRIMROSE STUART E JASON GRACE ERAM UMA dupla interessante, estavam sempre juntos e pareciam conversar apenas por olhares.

Enquanto Jason era um garoto certinho e irritante, que me fazia querer o esganar a cada cinco minutos, Prim era especial, ela se tornou minha melhor amiga amiga em um piscar de olhos, alguém em quem eu poderia confiar.

Os dois me mostraram o acampamento e quando acabei na Quinta Coorte, eles decidiram que eu iria ajudar a melhorar a reputação do lugar.

Logo, nós três acabamos saindo em missões juntos, sendo obrigados a resolver problemas dos deuses. Se não fosse por Prim, era provável que Jason e eu já tivéssemos matado um ao outro, quando diziam que filhos dos três grandes não conseguiam ficar próximos por muito tempo, era verdade.

Jason achava que era o líder apenas por ser filho de Júpiter enquanto eu, era péssima em obedecer ordens.

— EU JURO QUE SE VOCÊS DISCUTIREM MAIS UMA VEZ, VOU SOCAR A CARA DOS DOIS — Prim gritou, com o rosto vermelho pela raiva — EU POSSO NÃO SER FILHA DOS TRÊS GRANDES, MAS JURO QUE VOU FAZER VOCÊS SE ARREPENDEREM DE TEREM NASCIDO.

Troquei um olhar com Jason, sua raiva havia sido substituída por preocupação em questão de segundos.

— Hã... Desculpe, Prim.

A garota cruzou os braços e nos encarou, irritada.

— Peçam desculpas um para o outro.

Tive vontade de rir, mas algo me dizia que era uma péssima ideia.

Prim era a única pessoa no mundo que parecia ser capaz de fazer Jason deixar o orgulho de lado e admitir que estava errado.

— Uhum... Desc... — Jason parecia estar tendo dificuldade de falar — Quer dizer, eu...

A garota bufou.

— Jason Grace, não me faça ir até aí.

Ele se encolheu e finalmente fez a espada voltar a ser apenas uma moeda, já que a arma não estava mais apontada para o meu pescoço, tirei o chicote que estava enrolado ao redor da sua perna, deixando o chicote voltar a ser apenas um pingente na minha pulseira.

Jason parecia querer morrer do que dizer aquilo em voz alta, mas considerando que os olhos de Prim estavam fixos em nós, ele não teve escolha.

— Eu sinto muito, Trice.

Me levantei do chão e passei a mão pela minha jaqueta.

— Tanto faz, raiozinho.

Beatrice!

Bufei mal humorada e me virei para o loiro.

— Me desculpa por reagir após você ter me jogado do outro lado da caverna com seus ventos idiotas, raiozinho — murmurei.

Jason fez uma careta.

— Eu não teria te jogado se você não...

— JASON GRACE.

O loiro imediatamente se calou.

Eu apostava todo o meu dinheiro que aqueles dois ainda iriam acabar namorando quando fossem mais velhos.

Primrose suspirou e se aproximou, ela segurava uma mochila que eu não tinha a mínima ideia do que poderia haver dentro, na outra mão, havia uma panela cor de rosa.

— Vou fazer o jantar. Trice, consegue buscar mais algumas lenhas? Com o frio que está, seria uma droga se o fogo acabasse durante a madrugada — murmurou — E Jason, seja ao menos um pouco útil e me ajude com isso.

Concordei rapidamente e sai da caverna que estávamos, ajeitei minha jaqueta e fiz uma careta, nevava muito.

Entrei na floresta e invoquei um esqueleto para carregar os galhos que achava, estava tudo tranquilo e não havia nenhum sinal de monstro, o que era sorte demais na minha opinião.

— Vamos por aqui, Alec — murmurei — parece ter mais galhos.

O esqueleto me seguiu, infelizmente ele não era muito inteligente, afinal, era só um esqueleto que deveria ter mais de duzentos anos.

Estava tudo indo muito bem, até eu ouvir um barulho do que parecia uma luta.

Talvez a curiosidade ainda me matasse um dia, mas decidi seguir o som para ver o que estava acontecendo. Me escondi entre os arbustos e olhei para a clareira, vendo um enorme cão infernal lutando contra um garoto loiro.

Aparentemente, o cão infernal estava vencendo.

Observei mais um pouco até cansar de tudo aquilo, Prim estava sempre me dizendo que eu deveria ajudar mais os outros e todo aquele blah blah blah, então decidi praticar. Levantei de onde estava e assobiei, o cão infernal congelou onde estava e então seus olhos escuros me encararam, ele pareceu levar alguns segundos para decidir se me atacava ou não, meu cheiro do submundo provavelmente o confundindo.

Aproveitei o momento e fiz minha pulseira virar um cetro, joguei na direção do cão que logo virou cinzas.

Caminhei até onde meu cetro e o peguei, o girei na minha mão e me virei para o garoto, que estava levantando lentamente de onde estava. Havia diversos machucados espalhados por seu corpo, ele parecia estar tendo alguns dias difíceis. Seus olhos azuis focaram em mim, sua expressão confusa.

— Quem é você?

Revirei os olhos.

— Primeiro você deveria estar me agradecendo por salvar a sua vida.

Sua expressão se transformou em uma careta, percebi que havia uma cicatriz em seu rosto, começava em cima da sobrancelha e ia até quase o final da sua bochecha, mas não o tornava alguém feio.

A cicatriz parecia recente.

— Eu teria conseguido sozinho.

O encarei incrédula.

— A única coisa que você teria conseguido sozinho é ir direto pro reino de Hades — retruquei — Seu idiota.

O cetro se transformou novamente em um pingente.

— Vamos, Alec, temos coisas mais importantes para fazer do que falar com idiotas mal agradecidos.

Comecei a sair da clareira com o esqueleto me seguindo, ainda segurando as lenhas. Eu estava furiosa, sabia que seguir o conselho de Prim era uma má ideia, ajudar pessoas nunca era legal.

Principalmente idiotas.

— Espera!

Parei de andar e me virei, ainda irritada.

— O que quer?

— Eu... Valeu.

Um sorriso debochado brincou em meus lábios.

— Doeu muito dizer isso, loirinho?

Ele revirou os olhos.

— Engraçada você — resmungou — Percebi que também é uma semideusa.

— Uau, parabéns por notar o óbvio.

O loiro respirou fundo, havia uma careta em seu rosto que eu não tinha certeza que era pela dor de seus ferimentos ou pela irritação.

— Você é uma semideusa e eu nunca a vi no acampamento.

Franzi a testa, acampamento?

Absolutamente todo o Acampamento Júpiter me conhecia, todos sussurravam sobre a filha de Plutão, a garota estranha que não sabia lidar com pessoas.

Será que havia a possibilidade de existir outro Acampamento? Afinal, deveria existir algum lugar para onde Bianca e Nico foram, fazia sentido existir mais de um, não deveria existir apenas deuses romanos como Lupe havia ensinado.

Meu corpo congelou.

O Jogo de Mitomogia do Nico não era com deuses romanos, ele era viciado naquele joguinho, era sobre deuses gregos.

— Não me dou bem com pessoas — murmurei, desviando o olhar.

Ele continuou me encarando.

— E considerando o esqueleto, é uma filha de Hades. Pensei que os três grandes haviam feito um pacto para não ter filhos.

Fiz uma careta.

— Tecnicamente, meu pai nunca quebrou o pacto, mas não vamos falar sobre isso.

O loiro deu um passo na minha direção.

— Tem uma profecia, não é? É por causa disso que fizeram o pacto — murmurou pensativo — Um Meio-Sangue, dos deuses antigos filho, chegará aos dezesseis apesar de empecilhos...

Eu conhecia de cor cada palavra daquela profecia, afinal, ela era a culpada por destruir a minha família.

—... Num sono sem fim o mundo estará e a alma do herói, a lâmina maldita ceifará. Uma escolha seus dias vai encerrar, o Olimpo preservar ou arrasar.

Lentamente, ele assentiu.

— Você pode ser a pessoa da profecia... Eu vou te levar até Quíron, ele vai poder te ajudar.

Forcei um sorriso.

— Não vai acontecer, desculpe.

Me virei para poder me afastar, mas ele agarrou meu pulso.

— Eu já vi uma filha dos três grandes morrer — sussurrou — os monstros vão continuar te perseguindo e mesmo que seja forte, uma hora eles vão vencer. Olha, obrigada por salvar a minha vida, então por favor, me deixa salvar a sua, não estou afim de ver tudo se repetir.

Virei para ele, notando o desespero que havia em seus olhos.

— Minha mãe morreu por causa dessa maldita profecia, eu não estou afim de fazer parte dela.

Ele suspirou, nervoso.

— Olha, eu sei como a vida pode ser uma merda por causa dos deuses, acredite em mim, mas o acampamento é melhor do que ficar sozinha nas ruas.

O encarei.

— Quem disse que estou sozinha? Eu tenho o Alex!

Os olhos dele se desviaram para o esqueleto, que estava parado prestativamente perto do arbusto.

— Isso é um esqueleto — murmurou — não uma pessoa de verdade, sabe disso, certo?

— Ele é uma companhia melhor do que muitas pessoas por aí.

Ele parecia nervoso.

— Eu posso ser seu amigo se quiser.

— Não pedi para ter um amigo, aliás, nem sei o seu nome.

Um pequeno sorriso surgiu.

— Luke Castellan... Já perguntei o seu, mas você não me respondeu.

Senti o meu rosto esquentar.

— Beatrice di Ângelo.

— Nome legal.

A sua mão ainda segurava meu pulso, a neve ainda caía e eu simples não conseguia desviar o olhar dos seus olhos azuis.

Era diferente dos de Jason, havia algo ali que os tornava hipnotizantes.

— Você deveria procurar um abrigo e cuidar dos seus machucados — murmurei — Está frio e pode pegar uma hipotermia.

Luke soltou minha mão.

— Você vai embora?

Olhei para trás, pelo caminho que havia me levado até ali. Os machucados do loiro pareciam péssimos e eu não sabia se ele tinha o necessário para os curar ou dar um jeito daquilo, enquanto na caverna, havia tudo, Prim já deveria ter conseguido fazer algo para comer naquela altura.

"Você deveria tentar ser legal com alguém além de mim às vezes", Prim havia dito, mais de uma vez.

Suspirei, eu só estava fazendo aquilo por causa da Prim.

— Ou você pode vir comigo.

Ele me encarou curioso.

— Para onde?

— Meus amigos estão aqui perto — murmurei — Vamos, você claramente não vai conseguir cuidar desses ferimentos sozinho e eu ia me sentir uma merda se o seu fantasma ficasse me perseguindo por aí.

Mesmo parecendo querer retrucar, ele cedeu e me seguiu pela floresta.

O caminho até a caverna foi silencioso e logo que entrei, senti o cheiro gostoso da sopa de tomate que Prim estava se tornando especialista para fazer. Ela estava comendo um prato ao lado de Jason, que já havia terminado de comer e estava arrumando o que seria nossas camas naquela noite.

Quando encontramos a mãe de Prim, no início da missão, ela havia nos dado uma mochila extra, dizendo alguma coisa sobre encontrarmos alguém.

Talvez ela estivesse falando de Luke.

Prim bufou.

— Você demorou, Trice! A gente já estava ficando preocupados com você.

— A Prim estava preocupada — Jason retrucou — Eu tinha esperanças de que você virasse comida de urso.

Revirei os olhos.

— Não existe urso desse lado dos Estados Unidos, seu idiota.

Luke tossiu, fazendo os dois notarem sua presença e arregalar os olhos. Prim largou o prato e rapidamente levantou, se aproximando da gente.

— Er... Trice, não se mexa e entre em pânico, mas tem um cara loiro bem atrás de você...

A encarei incrédula.

— Prim, eu sei — retruquei — eu que trouxe ele até aqui. Gente, esse é o Luke.

Jason e Prim trocaram um olhar.

— Hã... E por que você fez isso? — Jason perguntou — Quer dizer, acho legal ajudar os outros e tudo mais, mas isso não é o tipo de coisa que você faz. Semana passada, você viu Dakota todo machucado, quase morrendo enquanto se arrastava e pedia por ajuda, e simplesmente ignorou e foi comprar um Mc Lanche Feliz.

Senti meu rosto esquentar.

— Vinha um brinquedinho do Scooby-doo! Eu tenho prioridades.

Prim suspirou.

— Ah, esquece — resmungou — Luke, tem sopa de tomate, vou pegar um prato para você enquanto Trice te ajuda com esses machucados.

— Uh, obrigado...

Peguei o pulso de Luke e o levei até onde Jason havia montado as camas, peguei minha mochila e tirei todos os suprimentos médicos necessários, então comecei a cuidar dos seus machucados.

— Então... Esses são os seus amigos?

— Só a garota, Prim — murmurei — Jason veio de brinde e infelizmente ainda não consegui me livrar dele.

Alec acabou sendo atingido pela espada que Jason havia jogado, por experiência própria, sabia que o alvo era eu, felizmente, sempre conseguia desviar ou usar algum tipo de escudo.

Luke me encarou preocupado.

— Vocês dois são sempre assim?

Prim suspirou.

— Normalmente é pior — comentou cansada — eu juro que eles parecem criança, um dia, ainda vão acabar com a minha preciosa sanidade mental.

Decidi não responder e comecei a limpar os machucados de Luke.

— Você parece péssimo. O que aconteceu?

Ele forçou um sorriso.

— Ah, meu pai, Hermes, decidiu que seria legal me dar uma missão. Digamos que o resultado não foi nem um pouco como o esperado — sussurrou.

Havia um tom amargo em sua voz.

— Qual era a missão?

— Pegar o pomo de ouro do jardim das Hespérides, mas o dragão que guarda a árvore, Ladon, acabou fazendo isso com o meu rosto. Não consegui o que fui pegar, só uma garra daquele dragão idiota.

Fiz uma careta e olhei para sua cicatriz, finalmente entendendo o que havia a provocado.

— Você poderia ter ficado cego, então não foi tão ruim.

Nossa conversa estava sendo em sussurros, Luke não parecia muito confortável com o assunto.

— Eu ainda falhei.

O encarei atentamente, eu entendia um pouco de como ele se sentia, afinal, também queria provar o meu valor para o meu pai para que ele finalmente me respondesse.

Era difícil ser filho de um deus.

— O jardim fica aqui perto, não é?

— Hum, sim...

Ainda tínhamos algum tempo na nossa missão, a única coisa que faltava era levar o lírio da deusa Juno de volta para o acampamento, o que Prim e Jason poderiam fazer sozinhos.

— Amanhã vamos voltar lá e conseguir.

Luke me encarou como se eu estivesse louca.

Talvez eu estivesse.

— Vai me ajudar... Por que?

— Estou tentando ser alguém mais legal, por favor, não atrapalhe.

— Um prato do especial da casa, sopa de tomate! — Prim disse alegre, se aproximando e estendendo o prato para Luke — Também tem um pouco de uma planta mágica que vai ajudar a curar seus ferimentos e não causar nenhuma infecção. Não se preocupe, tudo é natural e testado por séculos em semideuses, sem efeitos colaterais.

Ele concordou lentamente e aceitou o prato, Prim deu um de seus sorrisos brilhantes e se afastou, indo até Jason, que estava na entrada da caverna.

— Ela é...

— Única? Doida? Completamente louca? — sugeri, divertida — Prim é incrível e tem ideias preocupantes na maioria das vezes, mas é a melhor pessoa que alguém poderia conhecer.

Um pequeno sorriso surgiu em seu rosto.

— Talvez seja por isso que são amigas.

— Talvez. 








"E é a luta, é a luta das nossas vidas

Você e eu, nós fomos feitos para prosperar

E eu sou o seu futuro, eu sou o seu passado

Nunca se esqueça que fomos feitos para durar

Saia das sombras e entre na minha vida

Silencie as vozes que te assombram por dentro"








PRIM E JASON VOLTARAM PARA O ACAMPAMENTO enquanto eu fui ajudar Luke, talvez eu estivesse fazendo isso por ser alguém boa ou talvez fosse porque eu adorava uma boa aventura, a sensação da adrenalina correndo pelas minhas veias.

Luke era uma boa companhia, o que tornou tudo um pouco mais interessante.

A neve fazia uma fina camada na minha jaqueta de couro, minhas botas afundavam na neve, mas nada daquilo parecia realmente importar enquanto fazíamos nosso caminho pela montanha.

— Você sempre faz isso? Para tudo o que está fazendo para ajudar alguém que acabou de conhecer?

O encarei, a expressão dele parecia nostálgica.

— Normalmente não, mas estou me sentindo especialmente bondosa ou qualquer idiotice assim, deve ser um milagre de natal.

Ele soltou uma risadinha.

— Bom, eu já fiz algo assim por alguém. O nome dela é Annabeth, filha de Athena, deve ter mais ou menos a idade do Jason, ela é uma garotinha incrível.

— Você parece se importar muito com ela.

Luke esboçou um pequeno sorriso.

Somos uma família.

Concordei, entendendo o sentimento, afinal, era o que sentia em relação a Prim e mesmo que odiasse profundamente admitir, Jason.

— É engraçado como algumas pessoas surgem do nada na nossa vida e quando percebemos, conseguem um lugar especial em nossos corações — murmurei — Com a Prim foi assim, quando percebi, estava disposta a fazer qualquer coisa por ela, sem pensar duas vezes.

— Ela e Annabeth seriam boas amigas.

O loiro era mais inteligente do que demonstrava e já havia percebido que havia algo diferente em Prim, Jason e eu, mas ele decidiu não dizer nada sobre.

— Quem sabe um dia eles não acabam se conhecendo?

— Talvez.

Ele estava com as mãos enfiadas no bolso do casaco que encontramos dentro da mochila que Proserpina nos deu.

— Como... Como Hades é? Sendo pai?

Fiz uma careta com a pergunta.

— É complicado — murmurei — minhas memórias são meias bagunçadas na verdade, mas tenho uns flashes, de quando era criança e... Eu o idolatrava, ele era incrível, era o meu próprio super herói, sabe? Talvez eu tenha imaginado tudo isso, pois hoje em dia, ele não respondeu nenhuma das minhas orações, eu faço elas todas as noites, só queria uma resposta, que ele me notasse e dissesse que vai ficar tudo bem ou que estou indo para o caminho certo. O silêncio dele é angustiante.

Luke suspirou.

— Eu vi Hermes de verdade apenas uma vez, no único dia que voltei para a casa da minha mãe depois de ter fugido — murmurou — ele disse que sabia coisas do meu futuro, mas não podia me contar... Ele escolheu não ser sincero comigo e então, anos depois, me manda nessa missão idiota, que Hércules já fez.

— Deuses são idiotas.

Uma pequena risadinha escapou dele.

— É, são.

Chegamos na parte da montanha onde estava o dragão Ladon e a árvore, sorri ao avistar o que Luke havia vindo buscar.

— Então, vamos para o plano — murmurei animada — Vou usar alguns esqueletos e distrair o dragão enquanto você pega o negócio dourado ali. Se algo der errado, jogo uma sombra até você.

Luke franziu a testa.

— Sombra?

— Viagem nas sombras, algo dos filhos de Hades, super prático.

Ele concordou lentamente.

— Ok...

— No três! Um... Três!

Não esperei para ver sua reação e girei um dos pingentes da minha pulseira, meu cetro surgiu e o finquei no chão, fazendo uma rachadura se abrir no chão e de lá sair sete esqueletos.

Isso definitivamente chamou a atenção do dragão, que avançou.

Girei o cetro, que se transformou no meu chicote e sorri, logo eu iria levar uma cabeça de dragão para enfeitar meu dormitório, Prim definitivamente iria odiar.

Sempre quis lutar contra um dragão (desde que descobri que eles existiam), Nico iria enlouquecer quando eu contasse aquela história para ele.

Um dia.

A luta terminou mais rápido do que eu gostaria e logo o dragão estava morto no chão, eu sabia que não iria durar muito, então olhei para Luke, que caminhava na minha direção enquanto segurava o negócio dourado.

— Acho que alguém acabou de completar sua missão.

Luke parou ao meu lado.

— É, eu consegui — murmurou, como se ainda não acreditasse — Mas não teria conseguido sem você.

O encarei divertida.

— Engraçado, ontem você não conseguia nem me agradecer e hoje está aí, fazendo até sem eu pedir.

Ele revirou os olhos.

— Já te falaram que você é insuportável?

— Meu dia não está completo se Jason não me dizer ao menos três vezes.

O loiro concordou lentamente e eu o segui pela estrada que havíamos vindo, um silêncio confortável entre os dois. Luke brincava distraidamente com o que havia vindo buscar, parecendo pensativo.

Quando chegamos à velha estrada, me virei para o loiro.

— Bom, é aqui que a gente se separa.

Luke me encarou e então para a minha surpresa, me estendeu o pomo de ouro, que era o objetivo da sua missão.

— Deveria ficar com você.

Olhei atentamente para aquilo e então sorri.

— Ah, se eu puder escolher, prefiro a garra, combina muito mais com a decoração do meu quarto.

Um olhar surpreso atravessou seu rosto.

— Mas...

— Não era a minha missão, eu apenas ajudei — expliquei, dando de ombros — mas sei que é importante para você. Então vá para o seu acampamento, mostre para todo mundo que conseguiu completar a missão e jogue isso na cara do seu pai, ou o que te dizer feliz.

Esperei pacientemente ele absorver o que eu havia dito, então uma expressão que não consegui identificar surgiu em seu rosto.

Sorri.

— Adeus, Luke Castellan.

Ele segurou a minha mão.

— Eu espero que a gente possa se ver de novo, um dia.

— Quem sabe? — murmurei, divertida — Boa sorte, oh jovem herói e...

— Ah, já voltou a ser engraçadinha.




"E ninguém te conhece, da maneira que eu conheço

E ninguém te conhece, da maneira que eu conheço

Nós vamos lutar, vamos rastejar pela noite

Em nosso mundo, nós iremos, com você ao meu lado

A calmaria, antes da tempestade, enfrentaremos tudo"

YOU ME AT SIX - TAKE ON THE WORLD

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