Chapter Four
Ele é tão alto e lindo pra caramba
Ele é tão mau, mas faz isso de um jeito certo
Já dá para ver o fim assim que começa
Minha única condição é
EU ESTOU APAIXONADO POR VOCÊ
Beatrice di Ângelo
JASON GRACE TINHA UM TALENTO ESPECIAL PARA ME IRRITAR, Reyna dizia que era por causa dos nossos pais, mas eu achava que era pela forma que ele respirava mesmo.
— Eu juro que se você não parar com essa droga, vou matar você!
O garoto arqueou a sobrancelha, um sorriso irritante em seu rosto que fazia o meu sangue ferver.
— Vai fazer o que? Chamar um esqueleto para me pegar?
O encarei com ódio e sem pensar duas vezes, avancei em sua direção com a espada. O sorriso dele aumentou ainda mais enquanto defendia meus golpes, soltando pequenas provocações que só serviam para me irritar ainda mais.
Eu já estava praticamente vendo vermelho.
— Beatrice está bravinha, o que aconteceu? O café da manhã não estava como você gosta?
— Que tal calar essa droga de boca, Grace?
O garoto me encarou e desviou de um golpe que por pouco não o pegou, o sol repentinamente desapareceu, dando lugar a nuvens densas, cheias de raios. Aparentemente, Jason estava começando a perder sua calma.
— O que foi, o filho de Júpiter está perdendo a calma? Está bravinho?
Ele revirou os olhos.
— Sabe, é uma droga aguentar você quando está desse jeito.
— Como se fosse fácil aguentar você.
Nos encaramos e então Jason bufou, um raio atravessou seu corpo e ele lançou em mim, consegui defender por pouco, invocando uma parede de esqueletos e jóias.
A parede se desmanchou após o raio, Jason ainda me encarava.
— Prim está preocupada com você — resmungou — você anda desaparecendo do nada e passando dias sem dar notícia, o que está acontecendo, Trice? Você deveria confiar na gente, somos uma equipe.
Respirei fundo, cansada.
— Nada, não está acontecendo nada, Superman.
O loiro não pareceu acreditar, o que não era surpreendente. Ele tinha razão, eu estava realmente saindo do Acampamento Júpiter e perambulando por aí, visitando meu pai e aprendendo com ele ou simplesmente indo encontrar Luke.
Suspirei, decidindo contar uma meia verdade.
— Eu conheci Hades.
Jason arregalou os olhos, me encarando surpreso.
— Mesmo? E como ele é?
Dei de ombros, me atirando no chão e desistindo da luta, ele deitou ao meu lado, também encarando o céu.
— Ele é... Bom, o Plutão, sabe? Poderoso, mal humorado e acho que está se esforçando pra ser um bom pai — murmurei, sem saber exatamente o que dizer — ele é legal.
Ele me olhou.
— Então é isso? Você conheceu seu pai? Agora anda passando algum tempo com ele no mundo inferior?
— Treinando, principalmente — expliquei — É meio louco tudo isso, sei que podia ter contado para vocês, mas não sabia como falar. Sei que Prim já conhece a mãe dela e tudo mais, mas ainda parece estranho demais.
Jason concordou.
— Entendo, sério... Você não precisa ter medo de contar as coisas para mim ou Prim. Somos melhores amigos, nós três, nada no mundo vai nos separar, nossa amizade é para sempre.
Soltei uma risadinha.
— Você está parecendo ela agora.
— A convivência com a Prim está fazendo isso comigo. Quer treinar mais um pouco?
— Pode ser.
Diga que irá se lembrar de mim
Ali parada com um lindo vestido
Encarando o pôr-do-sol, amor
Lábios vermelhos e bochechas rosadas
Diga que irá me ver de novo
Mesmo que seja apenas
Em seus sonhos mais loucos, ah, ah
Sonhos mais loucos, ah, ah
DEPOIS DA PRIMEIRA VEZ, as visitas ao Acampamento Meio-Sangue começaram a se tornar mais frequentes do que eu gostaria. Quando não estava lá, Luke me encontrava na cidade próxima e pela primeira vez, era como se eu fosse uma adolescente normal.
Era incrível.
Luke tinha um talento especial para fazer com que eu me sentisse a pessoa mais incrível do mundo, era como estar nas nuvens.
Percebi tardiamente que estava me apaixonando.
Não havia mais volta ou algo que eu pudesse fazer para mudar aquilo.
No momento atual, estávamos sentados na floresta em cima de uma toalha xadrez que eu não tinha certeza de onde havia vindo, mas não importava. Também havia uma cesta cheia de comidas incríveis e que pareciam deliciosas.
— Onde você nasceu?
Tirei minha atenção de um dos cupcakes que continham glacê preto com a decoração de um pequeno fantasma em branco.
— Itália — murmurei — Por quê?
Ele concordou lentamente, parecendo pensar na minha resposta.
— Percebi que quando está nervosa, você fala em outra língua, é italiano, não é? — perguntou, pensativo — Ok, vou aprender também.
O encarei surpresa.
— Por que quer aprender italiano?
Um sorriso surgiu em seu rosto.
— Porque você sempre fala em italiano quando está nervosa e eu quero ser capaz de entender e te ajudar.
Senti meu rosto esquentar.
— Você fala quase tão bonito quanto um filho de Afrodite — brinquei — É assim que faz as garotas do acampamento se apaixonarem perdidamente por você?
Luke arqueou a sobrancelha, me olhando com atenção.
— Eu não falo assim com as garotas do acampamento.
— Espera que eu realmente acredite nisso, loirinho?
Ele sorriu e se inclinou na minha direção, delicadamente ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
— Elas não são você — sussurrou — e nas últimas semanas, você é a única pessoa em quem consigo pensar. A verdadeira pergunta é: você tem o costume de ficar salvando heróis por aí só para fazer eles se apaixonarem por você?
— Depende, você está apaixonado por mim?
O loiro suspirou, nossos rostos estavam bem próximos e eu conseguia sentir o meu coração batendo forte dentro do meu peito e milhares de borboletas monstruosas em meu estômago.
— Sim.
Eu não esperava a resposta direta, mas em um surto de coragem, colei nossos lábios.
Nunca havia beijado nenhum garoto, havia beijado apenas uma vez e havia sido Reyna em um jogo nas festas clandestinas que aconteciam na Quinta Coorte. Beijar Luke não era nada comparado a aquilo.
Conseguia entender porque as pessoas lutavam guerras em nome do amor e faziam loucuras, o amor era inebriante, era como estar em uma névoa de paixão, onde mais nada importava além daquilo. A mão de Luke deslizou até a minha nuca, me puxando delicadamente para mais perto.
Quando ele se afastou, eu abri meus olhos, notando o sorriso bobo que havia em seu rosto.
— Então, isso quer dizer que você também gosta de mim?
Mordi o lábio inferior, nervosa.
— Sim.
Ele me puxou para um abraço e eu enterrei o rosto contra o seu peito.
— Você é especial, princesa.
— Só me prometa uma coisa.
Seus olhos azuis focaram em mim e por um momento, quase me afoguei naquele azul.
— Qualquer coisa, é só pedir.
Lembrei-me da conversa com meu pai, sobre o que todos os deuses sabiam sobre o destino de Luke, que parecia tão terrível.
— Prometa que vai se lembrar de mim, não importa o que aconteça — sussurrei — que isso aqui vai durar para sempre.
Luke concordou.
— Eu prometo.
Você me verá novamente em suas lembranças
Enroscada em você à noite toda
Pegando fogo
Algum dia, quando você me deixar
Aposto que estas lembranças
Vão te seguir
TAYLOR SWIFT - WILDEST DREAMS
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