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VII. 𝑻𝒉𝒆 𝒉𝒐𝒕𝒕𝒆𝒔𝒕 𝒔𝒄𝒂𝒏𝒅𝒂𝒍


Meus caros leitores,

Poderia o universo ser tão cruel a ponto de conspirar contra uma jovem dama desde o raiar do dia até os sinos da meia-noite? Se há alguém que possa responder essa pergunta com propriedade, esse alguém é Lady Camélia Celeste Anthea Avarnitti, a debutante mais temperamental e perigosamente impulsiva desta temporada.

Nesta manhã fatídica, Camélia protagonizou um espetáculo que nenhum teatro de Covent Garden ousaria encenar, um rasgo de vestido em pleno café da manhã real! Dizem as más línguas (e as boas também) que até o mordomo precisou desviar os olhos. Será que Lady Camélia buscava deliberadamente nos chocar, ou a sorte, como bem apontou seu espirituoso irmão Ícaro, realmente a abandonou?

Mas, ah, leitores... o verdadeiro banquete de escândalos foi servido à meia-noite, sob a névoa traiçoeira do Hyde Park. Uma carta romântica, suspeitamente melosa, atribuída ao príncipe Andrew, levou nossa destemida dama até um encontro que não estava em seus planos... e certamente não nos dele.

E quem ela encontra nas sombras do parque?

Benedict Bridgerton.

Sim, aquele mesmo. O rejeitado da noite anterior. E quem poderia imaginar que um breve diálogo inflamado levaria a... bem, um beijo digno de páginas proibidas? O tipo de beijo que desfaz espartilhos e arruína reputações. Um beijo que, lamentavelmente (ou felizmente, para esta colunista), foi testemunhado por ninguém menos que Anthony Bridgerton, Ícaro Avarnitti e o inflexível Arquiduque Alistar — pai da dama.

O resultado? Um casamento forçado. Uma união selada não por flores, votos ou sinos, mas por escândalo, vergonha e uma paixão que ameaça incendiar os corredores da mais alta sociedade.

Dizem que o amor nasce do caos. Se for verdade, os Bridgerton e os Avarnitti acabam de embarcar na mais caótica das alianças.

E quanto ao príncipe Andrew, o autor da carta? Um mistério permanece... teria ele escrito tal bilhete ou foi tudo uma armadilha? A julgar pelo sorriso contido que ostentava no baile desta manhã, algo me diz que nem tudo foi por acaso.

Fiquem atentos, meus leitores. Se há uma lição nesta história é: nunca confie em bilhetes anônimos... ou em parques vazios à meia-noite.

Com a mais afiada das penas.

CRÓNICAS DA SOCIEDADE DE LADY WHISTLEDOWN
16 de setembro de 1815.


NAQUELA MANHÃ Camélia sabia que o mundo estava contra ela, poderia ser birra, ou o que fosse, mas o dia começou de modo péssimo. A dor de cabeça que estava sentido desde o momento em que abriu os olhos a deixou em um estado de mau humor terrível.

O desjejum não foi diferente, o brioche estava seco e quase a fizera engasgar, o chá queimou sua língua e ao se levantar, seu vestido havia agarrado na madeira da mesa e rasgado a deixando seminua na frente da família real em peso. Ícaro se prontificou a ajudar a irmã, sobre os olhares arregalados de todos.

—— Pelos deuses! você profanou algum templo de Tyche? – Ícaro diz assim que os dois saem da sala de refeições.

A deusa da sorte da mitologia grega. Camélia bufa, caminhado até seu quarto com o irmão mais novo em seu encalço. Os deuses estavam bem errados se eles achavam que ela iria de alguma forma se sentir magoada por rejeitar Benedict Bridgerton na noite anterior.

—— Camélia, Londres te faz extremamente mal. — Ícaro alerta e a sua irmã mais velha apenas bate a porta de seu quarto com força, derrubando um quadro da rainha e do rei, que estava pendurado na parede do corredor no processo. —— Que os deuses tenham piedade dessa menina. — Ícaro balança a cabeça em negação.

O dia prosseguiu com uma sucessão de pequenos infortúnios. A criada queimou o vestido que ela havia separado para o evento da noite seguinte, sua carruagem atolou na lama a caminho da livraria, e um pombo fez o favor de defecar no ombro de seu casaco novo. A cada hora que passava, Camélia se sentia mais convencida de que havia sido amaldiçoada pelos deuses. Ao retornar para casa, exausta, encontrou uma carta sobre sua penteadeira.

A caligrafia era inconfundível — firme, elegante, e absurdamente irritante.  Andrew.

"Minha adorável dádiva;
Desde o momento em que nossos olhares se cruzaram, senti que algo em meu mundo havia mudado para sempre. Seus olhos, profundos e brilhantes, são como estrelas que guiam meu caminho nas noites mais escuras. Sua risada, como uma melodia suave, ressoa em minha mente, trazendo-me paz e alegria mesmo nos momentos mais turbulentos. É em seus braços que encontro refúgio, e em seus beijos que descubro o gosto verdadeira felicidade.

Cada palavra que você sussurra, cada toque suave de suas mãos em meu corpo, em cada momento que nos for permitido compartilhar.

Encontre-me no Hyde Park. À meia-noite. Te espero no parque, como foi combinado. Com todo o meu coração e devoção.

Andrew."

O que era aquilo? Qual era a brincadeira que o príncipe estava fazendo? As palavras tão doces, descreviam algo que eles não tinham. Pelo inferno de Hades, o que estava acontecendo? Camélia amassou a carta e a jogou no chão.

À meia noite em ponto, coberta por um manto escuro, Camélia caminha pelas alamedas do parque deserto. A névoa subia dos gramados, dando ao ambiente um ar aterrorizante.  O silêncio do parque era quase completo, interrompido apenas pelo farfalhar das folhas e o som de seus próprios passos. Ela seguiu pelo caminho de pedra até o velho carvalho no centro do parque, ela não sabia mas era ponto de encontro tradicional entre nobres em busca de sigilo. O lugar parecia abandonado, vazio. Nenhuma carta escondida, nenhum mensageiro.

—— Estúpida. — Camélia murmurou para si mesma.

Ela se virou para ir embora quando, a poucos metros dali, uma figura alta surgiu das sombras. Mas não era Andrew.

O choque foi mútuo. Ele também parou, como se tivesse visto um fantasma.

—— Camélia? — ele franziu o cenho, confuso.

—— Benedict? — ela recuou um passo, desconfiada. — O que está fazendo aqui?

—— Eu... estava com meu irmão e o seu pai, o arquiduque Alistar. No bar. Vim tomar um pouco de ar. — ele fez uma pausa, a olhando. — E você?

Ela hesitou. —— Isso não é da sua conta.

—— Está vestida como se fosse fugir do país, e sozinha no parque no meio da noite. Desculpe se minha curiosidade foi atiçada.

Camélia bufou, tentando ignorar o frio que começava a subir por suas pernas.

—— Se for para fazer julgamentos, pode voltar para o seu irmão e meu pai.

—— Você continua insuportável. — ele disse, dando um passo em sua direção.

—— E você continua convencido de que tudo gira ao seu redor.

Os olhares se prenderam como lâminas. A raiva estava ali, crua, alimentada por lembranças mal curadas da noite anterior. Mas havia algo mais. O tipo de tensão que torna o silêncio sufocante. O tipo de coisa que vive entre o orgulho e o desejo.

—— Por que me rejeitou? — ele perguntou, num sussurro. Ela engoliu em seco.

—— Porque eu sabia o que aconteceria se eu não rejeitasse.

Ele se aproximou ainda mais, o rosto a centímetros do dela.

—— E o que aconteceria?

—— Isso. — ela respondeu, antes de puxá-lo pela gola e beijá-lo.

Foi um beijo áspero, cheio de frustração e de desejos acumulados entre dois orgulhos que não se suportam, mas não conseguem se esquecer. Ele segurou sua cintura com força, como se quisesse prende la ali para sempre, e ela se agarrou a ele como se o mundo estivesse desmoronando.

Foi nesse exato momento que o som de passos apressados invadiu o silêncio da noite.

—— Benedict?! — Anthony apareceu primeiro, com Ícaro logo atrás e o arquiduque Alistar vindo logo depois.

O escândalo se formou em um segundo no tempo. Camélia e Benedict se separaram como se fossem atingidos por uma rajada de água, os rostos vermelhos, os lábios inchados, as roupas desalinhadas. O silêncio constrangedor foi rompido pela voz dura de Alistar.

—— Camélia Celeste Anthea Avarnitti. — ele bradou. — O que significa isso?!

Ícaro arregalou os olhos e ficou imóvel como uma estátua.Anthony, por sua vez, cerrou os punhos, olhando o irmão com uma expressão que alternava entre curiosidade e incredulidade.

—— Vocês... estavam... — ele não terminou a frase. Não precisou.

O arquiduque avançou com os olhos flamejantes.

—— Isso é inaceitável. Um escândalo. Um ultraje!

—— Só há uma solução para reparar essa vergonha. — disse Anthony, com a voz grave.

Camélia tentou falar, mas as palavras se perderam em sua garganta.

—— Vocês se casarão. — decretou Alistar, com uma frieza que congelaria o sangue de qualquer um.

E assim, sob o olhar dos que os condenavam, e embalados por uma raiva que ainda ardia, e um desejo que nem a vergonha conseguia sufocar , Camélia e Benedict tiveram seus destinos selados.

Sem escolha. Sem perdão. Sem ter como voltarem atrás.


——🦋⃟Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico. Eu tento revisar mas sempre acaba passando um ou outro despercebido. Caso os achem, me avisem para para que eu possa consertar-los.

——🦋⃟Não se esqueçam de deixarem seus votos e opiniões sobre o capítulo, eu amo ler os comentários.

——🦋⃟Bjs da Thay ♡

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