III. 𝑩𝒆𝒕𝒘𝒆𝒆𝒏 𝒇𝒆𝒂𝒕𝒉𝒆𝒓𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝒓𝒆𝒅 𝒔𝒊𝒍𝒌
Ah, queridos leitores, o que temos aqui? Parece que o ardiloso Benedict Bridgerton está planejando algo bastante intrigante. Um anúncio repentino de casamento no White's, acompanhado por uma expressão pensativa e um suspense palpável no ar. Será que ele finalmente encontrou o amor verdadeiro? Ou será que há algo mais sinistro por trás dessa decisão?
CRÓNICAS DA SOCIEDADE DE LADY WHISTLEDOWN
15 de agosto de 1815.
NAQUELE EXATO MOMENTO, Benedict estava relaxando no White's com dois dos irmãos, desfrutando de uma bebida no fim da tarde. O Bridgerton recostou-se à cadeira de couro, engoliu o uísque com uma expressão pensativa enquanto girava o copo e, em seguida, anunciou;
—— Estou pensando em me casar.
Colin Bridgerton, que estava praticando um hábito que a mãe detestava – inclinar a cadeira para trás – começou a cair. Anthony engasgou.
Para sorte de Colin, Anthony o reequilibrou a tempo de bater com força nas costas do irmão, fazendo uma azeitona verde passar voando por cima da mesa.
—— Calma, nós já não tivemos uma conversa parecida no ano anterior? — Colin pergunta. —— E o casamento conturbado de Anthony já não foi pavoroso o suficiente para você?
Anthony encara o irmão mais novo com uma careta de desaprovação no rosto. Seu casamento realmente aconteceu de forma conturbada, mas Colin não tinha nada a ver com aquilo, ele estava feliz ao lado de Kate. Mas a surpresa e curiosidade ainda estava o corroendo, Benedict iria se casar? O folheto de Lady Whistledow no começo da temporada havia alertado que que mães e debutantes estavam colocando todas as suas expectativas nesse fato que parecia improvável, até agora.
—— Pretende se casar com uma das estrangeiras? — O Bridgerton mais velho pergunta, um sorriso de canto, cheio de malícia enfeitava seu rosto.
—— Não! — Benedict solta indignado.
Colin solta uma risada soprada e se encosta na cadeira.
—— E lá vamos nós. — Colin leva o copo com uísque ao alto e brinda com Anthony que ainda ostentava seu sorriso provocador para o irmão. —— Novamente.
[...]
Na Grécia, Camélia não tinha que lidar com folhetos a seu respeito. Ela era filha de um príncipe, destinada a realeza, as pessoas em seu país possuíam medo de dizer qualquer coisa que enfurece-se o rei Atlas, seu tio e seu próprio pai. Agora, tudo o que a filha mais velha dos Avarniti fazia, ia parar diretamente nas mãos de todos os senhores e damas da sociedade, como se ela fosse o circo particular deles, todos os olhares estavam voltados diretamente para ela. Camélia se sentia sufocada com toda a atenção. E tudo isso abalava ainda mais seu plano de afastar os pretendentes, agora, tudo o que fizesse seria taxado como rude e orgulhoso, ela não queria manchar o nome do pai e a reputação de sua família, não tanto assim pelo menos.
Estaria tudo bem se ela não se casasse, afinal, seu noivo já havia partido desse plano, ela poderia alegar que mesmo antes de se casar, ela já o amava e preferia morrer do que se casar com outro que não Perseus. Mesmo que nunca tivesse nutrido nada a não ser estranheza pelo príncipe morto. Camélia só queria voltar para casa.
[...]
A filha mais velha do arquiduque deveria ter um pouco mais de senso de autopreservação e com certeza não deveria ter aceitado o convite do príncipe que virou seu amigo. Ela havia se esquecido que todos os filhos da rainha eram libertinos. Camélia Avarniti estaria totalmente encrencada se descobrissem onde ela estava naquela noite. Mas existia certa ponta de euforia em quebrar regras.
O salão estava repleto de máscaras exuberantes e risos animados, enquanto os convidados dançavam ao som de uma música animada. Andrew estava sumido no salão e Camélia, disfarçada por trás de uma máscara de plumas negras, percorria graciosamente entre os outros dançarinos, oculta na multidão. Seu vestido de seda vermelha fluía em torno dela, revelando apenas o suficiente para atrair olhares curiosos. Ela não sabia exatamente que festa era aquela, ou quem eram as pessoas ali, mas era divertido não ser o centro das atenções.
Benedict Bridgerton, envolto em um terno escuro e uma máscara de prata, parecia distante, seus olhos varrendo a multidão em busca de algo ou alguém. Ele não reconhecia a mulher de vermelho que chamava a atenção dos convidados, mas iria descobrir quem era em breve. Afinal, ele não estava casado ainda.
Enquanto Camélia se movia pela pista de dança, ela sentiu o olhar intenso de alguém sobre ela. Instintivamente, seus olhos encontraram os do homem que ela reconheceu como sendo Benedict Bridgerton , e por um breve momento, o tempo pareceu parar. Havia algo na maneira como ele a observava que a intrigava, ela se recompôs rapidamente, lembrando-se de seu papel naquele jogo perigoso, se o lorde a visse e se lembra-se de quem ela era, ela estaria horrivelmente encrencada. Sua garganta ficou seca.
Benedict a olhou por um momento, surpreso com a familiaridade mas incapaz de reconhecer quem estava por trás da máscara. Benedict a encarou, intrigado pela mulher à sua frente.
—— Perdoe-me, senhorita, mas você está sozinha nesta festa? – A voz era suave e agradável aos ouvidos de Camélia.
Ela olhou para ele com cautela, seus olhos examinando o estranho à sua frente.
—— Isso depende. — respondeu ela. —— E você? Está sozinho também?
Benedict inclinou a cabeça, seus olhos escuros brilhando por trás da máscara.
—— Eu estava, até encontrar você. — disse ele, com um sorriso sutil brincando em seus lábios. —— Posso ter a honra de ser seu acompanhante nesta noite?
Camélia hesitou por um momento, lembrando-se de sua promessa de manter distância de Benedict. O Bridgerton parecia não a reconhecer. No entanto, havia algo na maneira como ele a olhava, algo que despertava uma faísca de curiosidade dentro dela. Ela finalmente assentiu, permitindo que ele a conduzisse para a pista de dança.
Enquanto eles dançavam, Camélia sentia-se hipnotizada pela proximidade de Benedict. Seus movimentos eram fluidos e confiantes, seus olhos fixos nos dela como se estivessem tentando decifrar um enigma.
—— Você dança muito bem. — comentou Camélia, tentando manter a conversa leve e superficial.
Benedict sorriu, sua mão firme em sua cintura.
—— Obrigado. Mas acho que você está sendo modesta, senhorita. Você é uma excelente dançarina.
Eles continuaram dançando, cada vez mais envolvidos na música e um no outro. Camélia sentiu-se relaxar na presença de Benedict, deixando de lado por um momento as preocupações.
À medida que a música chegava ao fim, Benedict a conduziu para o terraço, afastando-se da multidão que enchia o salão de baile. Eles se recostaram na balaustrada de mármore, olhando para as estrelas brilhantes acima deles.
—— Você vem a muitos desses eventos? — perguntou Benedict, rompendo o silêncio confortável que se estabeleceu entre eles.
Camélia sacudiu a cabeça, sua máscara deslizando ligeiramente.
—— Não.
Benedict levantou uma sobrancelha, um brilho de interesse em seus olhos.
—— E o que a trouxe aqui esta noite? Um desejo de aventura, talvez?
—— Algo assim. — respondeu ela enigmaticamente. —— E você, Benedict? O que o trouxe a este baile?
Ele olhou para ela por um momento, como se estivesse ponderando sua resposta.
—— Eu vim em busca de uma distração. — admitiu ele finalmente. — E acho que encontrei uma. — O homem a olhou, mas lentamente sua feição foi tomada por uma ligeira careta de dúvida. —— Eu não te contei meu nome.
Camélia se repreendeu internamente e de repente o nervosismo tomou conta de seu corpo.
—— Eu tenho que ir. — A Avarniti saiu às pressas. Se perdendo no meio das pessoas, deixando Banedict desnorteado para trás.
—— Espere!
Camélia encontrou a carruagem simples que Andrew havia alugado para irem até aquela propriedade e a festa naquela noite, totalmente escondidos de suas respectivas famílias. Seu coração martelando sua caixa torácica. Céus o que havia acontecido?
—— Eu vi. — a voz de Andrew tomou conta do veículo e o príncipe saiu das sombras, assustando ainda mais Camélia.
—— Andrew. — ela pulou no banco, escutando a risada do príncipe.
—— Onde está sua máscara?
Instintivamente as mãos dela vão em direção ao rosto, notando que a máscara extravagante já não estava mais ali.
—— Como me convenceu a vir até aqui? Deuses.
——🦋⃟Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico. Eu tento revisar mas sempre acaba passando um ou outro despercebido. Caso os achem, me avisem para para que eu possa consertar-los.
——🦋⃟Não se esqueçam de deixarem seus votos e opiniões sobre o capítulo, eu amo ler os comentários.
——🦋⃟Bjs da Thay ♡
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