II. 𝑷𝒓𝒊𝒅𝒆 𝒂𝒏𝒅 𝒗𝒂𝒏𝒊𝒕𝒚
As esperanças matrimoniais estão mais próximas do que nunca. A jovem Camélia Avarniti foi vista pela cidade com o príncipe Andrew. Os dois passaram a tarde na sorveteria em meio ao riso. Podemos nos preparar para um casamento real em breve?
CRÓNICAS DA SOCIEDADE DE LADY WHISTLEDOWN
01 de agosto de 1815.
O PALÁCIO DA RAINHA Charlotte a lembrava vagamente de sua própria casa na Grécia. Um pouco mais vivido e cheio de pessoas talvez. Os príncipes e princesas, filhos da rainha e do rei George eram numerosos. Os príncipes eram dados a festas e folia o que era até engraçado, já as princesas, eram educadas e um tanto avoadas, mas todos foram receptíveis e amáveis com eles.
O rei era raramente visto pelos membros da família, mas a rainha era uma companhia constante. Como naquele mesmo momento, onde Camélia estava sentada na estufa, acompanhada de sua mãe, Dália e a rainha, que tomavam chá em xícaras de porcelana ornamentadas.
—— É verdade então? A senhora fugiu de seu casamento com Edmund Bridgerton? — a rainha pergunta.
Íris coloca sua xícara suavemente sobre a mesinha, e abre um sorriso para a rainha. Dália morde a parte interna da bochecha, se controlando para não rir em momentos inoportunos. Camélia leva a sua xícara a boca e sente o líquido quente descer por sua garganta.
—— Majestade, a senhora deve se lembrar de como Alistar era encantador em sua juventude, foi amor à primeira vista. — a arquiduquesa reponde de forma bem humorada. –– Edmund e eu nunca daríamos certo de qualquer modo, veja como sua família é bonita, elegante e numerosa. Sinto pela perda de lady Violet, eles pareciam se amar incondicionalmente. Eu os atrapalharia se continua-se na cidade.
A rainha ergueu o canto dos lábios em uma sombra de sorriso e bebericou seu chá.
—– Me pergunto como lady Whistledow sabe desse escândalo em particular. — ela diz.
Camélia e Dália se encaram com curiosidade.
—— Lady Whistledow? — sua irmã pergunta.
Camélia havia visto o folheto na mão de uma das princesas, mas não se deu o trabalho de ler.
——Começou há três anos, uma mulher ou sabe se lá quem, se denomina lady Whistledow, ela conta os escândalos, fofocas e acontecimentos marcantes de cada temporada. — a rainha contou. —— Eu tentei pegar-la, mas não consegui. De fato! ela se esconde como um rato.
Aquilo parecia enfurecer a rainha. Era perceptível. Não era de agora que a sociedade londrina era movida por fofocas, disso ela não possuía duvidas. Então não era supresa alguém dar um jeito de se beneficiar e lucrar com isso. Mas ela não podia negar que a incomodava um pouco saber que tudo o que fizesse, seria escrito e publicado para todos os senhores e senhoras da alta sociedade. Era apavorante.
Não muito tempo depois, um dos príncipes, veio até as filhas da família Avarniti, e convidou a mais velha delas para uma ida até a sorveteria na cidade. Não era do fetio dos príncipes saírem do castelo no período diurno. Andrew era o sexto filho da rainha e não parecia muito contente com o passeio. Camélia desconfiava de que havia um empurrãozinho da rainha nesse convite, talvez a pedido de seu próprio pai. A mulher sentiu o estômago revirar com o pensamento.
—— Já estive na Grécia, um país encantador. — o príncipe tentou puxar assunto enquanto caminhavam pelas ruas de braços dados. Alguns olhares curiosos se dirigiam para eles.
—— De fato! — Camélia responde de forma suave.
O príncipe fez menção de voltar a falar mas parou o movimento e mordeu o lábio.
—— Olha meu príncipe... — Camélia começa.
—— Me chame de Andrew.
—— Andrew. — ela sorri. —— Sei que não queria estar aqui.
—— Perdão se fiz perceber isso, senhorita, não gosto de sair de casa. — ele sussurrou, como se fosse um segredo.
Camélia balança os ombros.
—— Se isso foi um pedido da rainha, eu o livro desse desconforto. Não pretendo ser sua esposa, não pretendo ser a esposa de ninguém na verdade.
O príncipe a encarou levemente chocado. E não conteu o riso.
—— Achei que tivesse vindo a cidade com a intenção de arranjar um marido.
—— Vim com a intenção de recusar todos os pedidos que me forem feitos e voltar para casa e passar o resto de meus dias na Grécia, em meu lar. Não quero ter que resumir minha vida á um único momento.
Andrew inclinou o olhar, seus lábios erguidos em um leve sorriso.
—— Minha mãe deposita todas as suas fichas de ter um herdeiro para o trono em mim. Ela espera que eu me case essa temporada.
—— E seus irmãos?
—— Meus irmãos tem um recorde absurdo de filhos bastardos. — ele diz bem humorado. —— Minha mãe me acha o mais maleável de meus irmãos, acho que ela vê meu pai em mim, dizem que sou parecido com ele quando ele era mais jovem, tanto na aparência quanto no modo de agir. — príncipe deu de ombros.
Os dois chegaram a sorveteria.
—— Se quiser voltar para o castelo. — A Avarniti diz.
—— Já estamos aqui cara Camélia, e sua companhia não é tão desagradável como eu achei que seria.
Camélia encara o príncipe indignada e depois ri com o olhar dele sobre si. Talvez Andrew fosse uma amizade em potencial.
—— Não sei se agradeço o elogio ou acho sua ofensa desagradável.
—— Esse é o espírito da coisa querida. — ele sorri.
Do outro lado da cidade, aproveitando uma tarde agradável e preguiçosa, Anthony Bridgerton estava sentado em uma poltrona, sua esposa, Kate, estava sentada no braço do móvel e ria de algo que o visconde sussurrou em seu ouvido segundos antes. Colin jogava cartas com Benedict, Eloise estava entretida em um livro. Os outros Bridgerton estavam espalhados pela casa.
—— Soube que vamos compartilhar um jantar com os Avarniti. A quem devo agradecer?
Colin pergunta para o irmão e a cunhada. Kate abre um sorriso mínimo e esconde o rosto no pescoço do marido, que a abraça contra seu corpo.
—— Sabiam que Camélia e Dália falam seis línguas? — Eloise diz sem tirar os olhos do livro em suas mãos. —— Em quantas delas as duas conseguem recusar vocês dois?
A Bridgerton ergueu os olhos e os foca nos dois irmãos que jogavam. Colin revira os olhos e Benedict apenas continua focado nas cartas em suas mãos.
—— Eloise. — Anthony a repreende, mas um tom de diversão e malícia é perceptível em sua voz. —— Assim você fere o orgulho dos dois.
—— O que adianta serem letradas e mesmo assim, se comportarem de forma rude e orgulhosa na sociedade? — Colin diz.
—— Eu teria perdoado o seu orgulho se ela não tivesse ferido o meu. — Benedict coloca as cartas na mesa. —— Ganhei!
—— Isso é trapaça! — Colin acusa.
—— 🦋⃟Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico. Eu tento revisar mas sempre acaba passando um ou outro despercebido. Caso os achem, me avisem para para que eu possa consertar-los.
—— 🦋⃟Não se esqueçam de deixarem seus votos e opiniões sobre o capítulo, eu amo ler os comentários.
——🦋⃟Bjs da Thay ♡
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