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Capítulo 29 - Mudança de planos

Por Enzo

Após me despedir de Estela, segui para o teatro com a intenção de resolver alguns assuntos da estreia com Guilhermo e o restante da equipe. O dia estava agradável, e pedalei tranquilamente até lá. Assim que cheguei, estacionei minha bicicleta na área reservada do prédio. Antes de entrar, fui surpreendido por um pequeno grupo de fãs que me esperava na entrada. Com paciência, tirei algumas fotos e troquei algumas palavras rápidas, enquanto tentava não pensar na longa lista de tarefas do dia.

— Aí está o meu astro! — Guilhermo surgiu no hall com os braços abertos e um sorriso que parecia engolir o rosto inteiro. Sua energia era sempre expansiva, quase invasiva.

— Quantas vezes preciso dizer que odeio quando me chama assim? — retruquei, lançando uma careta na direção dele.

— Não seja tão modesto, Enzo. É apenas a verdade. — Ele apontou para as pessoas que ainda acenavam do lado de fora. — Olhe para essas pessoas! Elas te adoram, e com razão.

Revirei os olhos, despedindo-me rapidamente dos fãs e cruzando a porta para o interior do teatro. Guilhermo, claro, seguiu atrás de mim, falando sem parar sobre agendas, contratos e eventos promocionais. Eu me esforçava para ouvir, mas a torrente de palavras dele só aumentava minha irritação.

Ao entrar na sala de ensaios, fui recebido por Miranda, que veio apressada em minha direção.

— Que bom que você chegou! — exclamou, seu tom soando efusivo demais para o meu gosto.

Ofereci um meio sorriso, seco, e me desvencilhei de qualquer tentativa de proximidade. Desde a briga com Estela por causa dessa peça — e principalmente após descobrir que Miranda e Guilhermo haviam tramado para exacerbar o conflito entre nós —, mantive uma distância cautelosa. Não queria dar margem a mal-entendidos. Estela dizia confiar em mim, mas eu sabia que confiança é frágil, e qualquer gesto mal interpretado poderia abalar nosso relacionamento.

— Certo, pessoal! — Cristian, o diretor, entrou no salão com a postura de quem tinha algo importante a dizer. — Vamos direto ao ponto. Tivemos uma reviravolta: nossa peça vai entrar em turnê por toda a América Latina!

Por um momento, o silêncio se instalou, mas logo foi quebrado por um coro de vozes animadas.

— O quê?! — ecoaram os atores presentes, incrédulos e radiantes.

Eu mal conseguia processar a notícia. Era a realização de um sonho, uma oportunidade que qualquer ator almejaria. Guilhermo, claro, aproveitou o momento para se aproximar novamente.

— Isso é incrível! — exclamou, vibrante. — É tudo o que eu sempre sonhei para você... na verdade, para vocês dois.

Sem cerimônia, ele puxou Miranda para perto, e eu quase pude sentir a satisfação mal disfarçada dela.

— É realmente uma grande notícia. — Concordei, tentando soar neutro, embora um misto de empolgação e apreensão começasse a se formar dentro de mim.

— Precisamos nos organizar imediatamente! — Guilhermo continuava em seu ritmo frenético. — Esta será uma grande viagem. Quero todos prontos, sem exceções!

— Estou mais do que pronta. — Miranda sorriu, sua animação transbordando. — E você, Enzo? Vai levar a Estela com você, não é?

Havia algo de ácido no tom dela, um cinismo que não me escapou. Respirei fundo e mantive a calma.

— Estamos juntos. É natural que ela me acompanhe. Não vejo problema algum nisso, certo, Guilhermo?

Transferi a pergunta para ele, que hesitou, pigarreando antes de responder:

— Claro, claro. Nenhum problema. A propósito, como está nossa querida brasileira? — Sua falsa simpatia era quase palpável.

— Muito bem, obrigado. — Forcei um sorriso antes de me despedir. — Agora, se me dão licença, preciso ir ao mercado. Até logo.

Saí antes que a conversa desandasse mais. A pequena mentira que contei não era totalmente mentira. De fato, eu precisava ir ao mercado com urgência.

No caminho, peguei meu celular para enviar uma mensagem a Estela, perguntando se ela precisava de algo ou queria me acompanhar. Mas ao tentar ligar o aparelho, percebi que estava completamente descarregado.

— Droga! — murmurei para mim mesmo, frustrado. A sensação de estar desconectado naquele momento era quase sufocante, mas decidi que resolveria as compras por conta própria.

(...)

Após fazer as compras, pedalei apressado para o meu pequeno apartamento no centro de Uruguai. A luz da sala estava acesa, o que logo me fez imaginar que Estela estava em casa, provavelmente imersa em algo sério e complicado relacionado ao trabalho. Ela costumava ficar horas a fio resolvendo os detalhes de seus projetos, e eu me sentia, ao mesmo tempo, orgulhoso e um tanto ansioso por seu foco.

Peguei o elevador, verificando mais uma vez se todas as compras estavam devidamente acomodadas na mochila, cuidando para que nada caísse. O som suave das engrenagens me acompanhou até o andar onde morávamos. Cheguei à porta e, sem hesitar, a abri. A visão que encontrei foi completamente diferente do que eu esperava: Estela estava deitada sob as cobertas, com uma expressão descontraída e uma tigela de pipoca misturada com leite condensado nas mãos – uma combinação inusitada e, confesso, difícil de imaginar em suas mãos tão delicadas.

— Como está, chiquita? Não quis demorar no teatro, mas a emergência do mercado falou mais alto — disse, apontando para a mochila que carregava nas costas.

Estela olhou para mim com um sorriso travesso e uma carinha pidona, seus olhos brilhando de curiosidade.

— O que você trouxe? — ela perguntou, com um tom de voz que transmitia a mesma empolgação de sempre.

— Nada demais, só algumas coisas que estavam faltando... e antes que você me faça questionamentos, tratei logo de resolver isso. — Sorri enquanto deixava as compras na cozinha e voltava para o sofá, me aproximando dela.

— Excelente iniciativa, chiquito — ela respondeu com um sorriso satisfeito, recostando-se em meu ombro com a tranquilidade de quem está em casa. — Pipoca?

— Desde quando a minha musa fit resolveu misturar leite condensado na pipoca? — Ri, divertindo-me com a cena, mas sem recusar o petisco. — Isso é um novo hábito?

— Ah, é só um desejo — ela deu de ombros, como se estivesse refletindo sobre algo mais profundo, e depois deu uma mordida na pipoca. O gesto parecia simples, mas ao mesmo tempo, era peculiar, algo que só ela conseguiria fazer com tanto charme.

Beijei o topo da sua cabeça e soltei um suspiro. Eu sabia que a conversa que estava prestes a ter com ela não seria fácil. Sentia uma mistura de nervosismo e medo, um receio crescente de que a turnê pudesse interferir na nossa relação. A ideia de que isso pudesse criar uma distância entre nós me inquietava profundamente.

— O que aconteceu? Você não estava tão calado de manhã... — Estela desviou o olhar da TV e me encarou, seus olhos penetrantes me desconcertando. — O que aconteceu na reunião no teatro?

— Você tem o dom de me decifrar sem eu dizer uma palavra sequer, sabia? — Brinquei, tentando desviar a atenção, mas ela não parecia disposta a deixar passar.

— Enzo... — ela me advertiu, levantando uma sobrancelha. Era a sua maneira de me chamar à realidade.

— Ok, ok... vou parar de enrolar — soltei um longo suspiro e me acomodei melhor no sofá. — A peça vai sair em turnê pela América Latina, então...

— Ai, meu Deus! Que notícia fantástica! — Estela exclamou, saltando para o meu colo e me surpreendendo com seu entusiasmo. Ela me envolveu com um abraço apertado, como se quisesse compartilhar toda a sua alegria comigo.

— Espera, você não está chateada? — Perguntei, um pouco confuso. Sua reação não era o que eu esperava, e eu não conseguia compreender completamente.

— Claro que não! Eu sei que vai ser um período de muitas viagens e que, provavelmente, eu não poderei te acompanhar em todas, mas sem dúvida isso é maravilhoso! Estou tão orgulhosa de você! — Ela me beijou rapidamente, seus lábios suaves e cheios de carinho. — Você merece!

Senti um peso no peito se aliviar, mas ainda havia algo que me deixava apreensivo. Olhei para ela com uma expressão mais séria.

— Mas sabe que isso muda muita coisa, né? Quero dizer, o seu trabalho... — Cocei a cabeça, nervoso. Eu não queria parecer inseguro, mas era difícil não perceber que essa turnê traria desafios para nós.

Ela me olhou com um olhar firme, mas acolhedor, quase como se soubesse o que estava se passando pela minha cabeça.

— Fique tranquilo, Enzo — disse ela, colocando a mão sobre a minha. — Como eu te disse, vou te acompanhar no que eu puder. E acredito que você saiba que, no fim, vai dar tudo certo. Estamos nisso juntos.

— Você não tem ideia de como isso me tranquiliza — eu a olhei com sinceridade, tocando delicadamente seu rosto. — Mas pode ter certeza de uma coisa: eu vou querer te ter comigo em pelo menos setenta por cento da turnê.

— Sim, capitão! — Ela riu, antes de me dar um beijo cheio de cumplicidade.

Estar com Estela era simples, mas ao mesmo tempo tão completo. Cada momento parecia fluir naturalmente entre nós, e me assustava a facilidade com que nossa conexão se aprofundava. Só esperava que essa sintonia permanecesse, que essa harmonia entre nós fosse algo eterno. Porque, se houvesse uma coisa que eu temia mais do que qualquer outra, era a possibilidade de perdê-la.


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Acho que dessa vez eu mereço estrelinha de bom comportamento por não ter demorado tanto para aparecer, né?

Eu queria começar o ano com um capítulo sendo narrado pelo Enzo porque eu simplesmente AMO escrever as coisas no ponto de vista dele.

Quero palpites de vocês sobre o que acham que vai acontecer daqui pra frente, confesso que as ideias estão mirabolantes hahaha

Estela vai contar para o nosso amorzão sobre o baby? O que essa turnê promete para os dois? Matías vai aguentar ficar quietinho mesmo? TEORIZEM!

Não deixem de comentar e de deixar aquele voto, vocês fazem o meu dia!

Um beijo da tia Vick <3


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