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Capítulo 28 - Até você estar pronta

Por Estela

Alguns meses se passaram desde a minha última discussão/reconciliação com Enzo Vogrincic. E para ser bem honesta, as coisas entre nós estavam extremamente mais calmas, tão calmas que só de pensar na possibilidade de que aquilo fosse um sonho e que em breve nossa paz seria corrompida, me dava calafrios.

Eu havia decidido estender minha jornada no Uruguai, Otávio de início não me parecia muito contente com a minha decisão, mas a respeitou, uma vez que eu não estava deixando o trabalho a desejar. Pelo contrário, meu rendimento estava ainda melhor do que antes, o que me fez ganhar um voto de confiança do meu chefe.

Não posso dizer que as coisas com seu filho estavam seguindo o mesmo rumo. Bruno ainda parecia um pouco ressentido por ter recebido uma "pseudo" rejeição dos seus sentimentos não ditos, e eu não queria tornar aquilo ainda mais dramático do que já era.

Alicia, por outro lado, parecia estar nas nuvens. Matías me atentou o suficiente até eu finalmente passar o contato da minha melhor amiga para ele, e desde então os dois se falam de forma frequente, tão frequente que já estão fazendo planos de um viajar até o país do outro.

Enzo e eu, no momento, estamos deitados no chão da sala depois de uma súbita onda de tesão matinal, e confesso que minhas últimas semanas tem sido assim com ele.

A peça de teatro que ele estava escalado entrou em um breve recesso e aproveitamos para curtir um momento mais a dois. Na verdade, a grande estreia mesmo seria na próxima semana, e eu sabia que depois disso as chances de tê-lo mais frequente em casa seriam reduzidas.

- Não me lembro de ter tido esses momentos tão intensos com alguém, igual tenho tido com você. - Eu disse me apoiando no tapete com meu cotovelo, brincando com o abdômen do homem ao meu lado.

- Acho que você me deixou pervertido, mi reina. - Enzo me lança uma piscadela divertida.

- Mas que abusado! Eu não estou fazendo absolutamente nada! - Bati fraco em seu braço.

Enzo soltou uma risada gostosa e me puxou para si, arrancando de mim um beijo demorado e compassado, meu coração acelera como em todas as vezes que ele me beijava assim.

- Eu poderia me acostumar com você para sempre aqui comigo, Estela. - Ele acariciou o meu rosto com ternura.

Suspirei com o seu comentário.

A verdade é que o plano inicial era somente passar férias e quem sabe um pouco mais de tempo com o ator, mas do jeito que ele estava colocando as coisas, algo me dizia que ele estivesse pensando em estreitar ainda mais as coisas.

- Não quero te forçar a nada. - Ele disse frente a meu silêncio. - Sei que isso ainda te apavora, o assédio vai voltar quando a peça deslanchar novamente.

- Então você quer juntar as tralhas comigo? - Ri, para esconder o nervosismo.

- Digamos que essa é uma definição. - Ele sorriu torto. - Mas como eu disse, não quero que se sinta pressionada.

Assenti, beijando sua bochecha.

No momento seguinte, Enzo e eu nos levantamos em um estalo, pois ambos tinham compromissos importantes para cumprir. Bem, eu nem tanto.

Ele tinha que ir até o teatro para passar o último ensaio e eu combinei de tomar um café com Matías. Às vezes parecia que eu tinha roubado o melhor amigo de Vogrincic, e ele nem se ligava disso.

- Te vejo mais tarde, mi amor. - Enzo me deu um selinho e saiu porta afora.

Não demorou muito para que eu fizesse o mesmo, e em menos de quinze minutos eu já estava esperando Matías na calçada. Tenho me orgulhado muito por ter aprendido a andar pelas ruas do Uruguai sem me sentir uma barata tonta.

- Olha, não me mata pelo atraso. - O loiro já estava se desculpando.

- Estamos a tanto tempo sem nos falar que eu vou pular a parte que eu fico brava com você. - Revirei os olhos lhe dando um abraço.

Estava quente naquele dia, e eu já estava me arrependendo de ter marcado um café ao invés de um sorvete.

- Vamos entrar, esse calor está me matando. - Me abanei depois de soltá-lo.

- O Brasil é muito mais quente do que isso. - Ele riu nasalmente, arqueando as sobrancelhas. - Você está entrando num tipo de menopausa precoce?

- Cala a boca. - Ralhei, dando uma risada logo em seguida.

Entramos no café e escolhemos uma mesa abaixo do ar condicionado, aquilo era o paraíso. Matías pediu um descafeinado e eu pedi um mocca.

- E então, vai me contando...como tem sido sua lua de mel eterna com meu amigo? - Ele parecia ansioso.

- Nem vem, quero saber primeiro de Alicia, tem noção de que vocês dois simplesmente me trocaram? Não estou recebendo nenhum sinal de fumaça de vocês...MEUS MELHORES AMIGOS. - Frizei a última parte.

Matías pareceu surpreso, até porque, eu nunca tinha dito em voz alta que ele era o meu melhor amigo.

- Eu subi de patente e não estou sabendo? Saiba que eu te considero a minha melhor amiga também. - Ele alargou o sorriso que a pouco brotava em seus lábios. - Mas tudo bem, Alicia é incrível, sério, que mulher...já trocamos nudes e...

- MATÍAS! - O repreendi, segurando uma gargalhada sincera.

- Você me pediu para te contar tudo. - Ele se defendeu. - Enfim, estou pensando em ir vê-la de surpresa no próximo mês, o que você acha?

- Bem, só espero que você não a machuque e nem se machuque, vou apoiar vocês se ambos tiverem de fato querendo mergulhar nisso de corpo e alma. - Eu dou de ombros. Mesmo com o ar condicionado, eu ainda estava sentindo muito calor.

- Posso considerar sua resposta como um apoio? - Ele parecia ansioso.

Pensei por alguns instantes e soltei um suspiro dando um sorriso encorajador.

- Claro, conte comigo, prometo que vou manter discrição se ela me perguntar algo.

Matías levantou-se do outro lado da mesa e veio me abraçar com fervor. Ele realmente parecia estar apaixonado por Alicia e eu torço para que os sentimentos da minha amiga sejam os mesmos.

Enquanto o loiro se mantém com a cabeça aterrada em meus cabelos, eu sinto um mal estar ainda maior do que o calor, e sou obrigada a recuar do aperto de meu amigo.

- O que houve? Você está suando demais e está gelada. - Matías pergunta, um pouco alarmado.

Me sento novamente na cadeira e peço uma água. Respiro fundo, mas não adianta muita coisa.

- Eu...eu...n-não sei. - Respondo com dificuldade.

Não consigo concluir minha linha de raciocínio. Em um momento estou segurando o copo de água em minhas mãos e no outro tudo parece ficar em câmera lenta, inclusive o mesmo copo indo de encontro ao chão.

Sinto o desespero de Matías falando alguma coisa initendível e depois tudo fica escuro.

(...)

- Mas que porra o Enzo está fazendo que não atende esta caralha de telefone? - Eu podia ouvir ao longe a voz de Matías um tanto quanto irritada.

Arrisco abrir os olhos devagar e o ambiente completamente branco se apresenta para mim. Minha cabeça dói como se eu tivesse acabado de tomar uma paulada na mesma.

Meu corpo está cheio de aparelhos, um eu identifiquei como sendo de pressão e outro eu suspeitei que fosse o acesso ao soro.

Suspirei. Estava no hospital.

- Matías... - Arrisco a dizer com a voz um pouco fraca.

- Gracias a dios! Puta que me pariu, Estela! Você me deu um baita susto. - Sua atenção saiu do telefone e voltou-se para mim.

- O que houve? - Eu perguntei, mesmo já sabendo o óbvio.

- Na verdade nem eu sei, você estava bem e do nada caiu desmaiada. Porra, estou tentando falar com o Enzo e ele não atende. - O desespero volta a rondar o loiro.

- Não...não precisa dizer nada a ele, por favor. - Pedi.

E nesse mesmo instante um médico rompeu o quarto com uma prancheta nas mãos. Seu rosto era amistoso e logo eu imaginei que minha situação talvez não tivesse passado de uma queda de pressão devido ao calor.

- Que bom que acordou. Como se sente? - Ele me questiona.

- Com sinceridade, minha cabeça dói um pouco. - Fiz uma careta.

- É compreensível. - Ele assente. - Me desculpe ter pulado as apresentações, me chamo Cristian, sou o médico de plantão hoje. Fizemos alguns exames e você teve um episódio de queda de pressão.

Viu?! Como eu imaginava.

- Algo muito comum em grávidas. - Ele continuou e meu coração gelou.

- Como? - Eu questionei, completamente confusa.

Matías não dava um pio.

- Espera, a senhorita não sabe? Você está grávida de no mínimo três semanas. - O médico era quem estava confuso agora. - Imagino que você seja o pai... - Ele aponta para Recalt que trata de sair do transe e negar com a cabeça.

- Não!! Ela é minha melhor amiga e namora o meu melhor amigo. - Ele coça a cabeça. - Só estou acompanhando.

- Bem, vou deixar você de observação por mais algumas horas e te libero no fim da tarde. Os exames estão aqui, parabéns pela gestação. - Cristian me lançou um sorriso sincero.

Eu assenti com meio sorriso e peguei os exames em minha mão. Houve um grande espaço de silêncio até Matías soltar um:

- EU VOU SER TITIO!!

- Matías, se controla!! - Eu ainda estava perplexa.

- Você precisa contar para o Enzo, caralho ele vai ficar enlouquecido!! - O argentino estava euforico.

Permiti soltar um sorriso sincero a medida que a ficha ia caindo. Um filho. Eu estava grávida.

- Não vou contar para o Enzo ainda, é uma semana importante pra ele e tenho medo de como ele pode reagir a noticia. - Tratei de cortar os planos do meu melhor amigo.

- Você ainda tem dúvidas de que ele vá amar a ideia? - Matías me olhava, claramente, chocado.

- Não...quer dizer, não sei. Nem eu consegui cair a ficha ainda, só me dê um tempo, está bem? Promete guardar esse segredo por mim? Até eu me sentir pronta. - Pedi.

Matías analisou todo o contexto e acabou cedendo.

- Mas é claro, até você se sentir pronta.

E ele me abraçou enquanto eu me permitia ser acolhinha por um ombro amigo.


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Quem é viva sempre aparece, não é mesmo?

Tive um incentivo muito importante da minha leitora fiel @rpssie que me lembrou o quanto eu amo escrever essa história.

Tive alguns contratempos, mas não queria encerrar o ano sem dar esse capítulo para vocês, e convenhamos QUE CAPÍTULO!!

Espero que vocês estejam tão animados quanto eu para o desenrolar dessa história.

Não deixem de comentar e deixar aquela estrelinha <3

Um feliz 2025 para todos vocês, um beijo da tia Vick <3


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