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Prólogo.

A fumaça me sufocava e meu corpo não aguentava mais dançar. Estava suada e nojenta. Minhas amigas dançavam e pulavam no imenso salão, que não parecia tão imenso agora, com a quantidade de gente que o ocupava. O som estava alto e minha cabeça começou a doer, pipocando depois de diversas horas de distrações forçadas e quase sem sucesso.

Luzes verdes e vermelhas rodeavam o local e as pessoas gritavam ao ritmo da canção. Todos estavam felizes... e eu? Nem tanto. Bom, pra ser sincera quase nada.

Acotovelei minha amiga que dançava a minha direita e disse que daria uma volta. Ela me deu um olhar preocupado, repleto de cuidado e pena, porém cedeu. Todos estavam assim comigo agora, como se eu fosse uma bonequinha de porcelana que precisasse de todo o cuidado. Ok, eu tinha perdido a minha família e provavelmente também estava me perdendo mas era problema meu e eu queria cuidar dos meus problemas do meu jeito. Odiava ter que encarar a todos e ver refletido em seus olhares aquele sentimento tão infame e desanimador. Pena. Mas não os culpava, era o que eles podiam fazer, afinal. Tudo estava dentro do esperado, o que não ajudava em nada, de certa forma.

Saí do salão tumultuado e caminhei até a saída da boate. Assim que passei pela porta me senti imensamente melhor. O vento fresco bateu em meu rosto e meu cabelo se enroscou no meu brinco. Senti frio, mas não liguei. Aquela situação toda me lembrou minha mãe, que já estaria falando na minha cabeça "coloca um casaco, vai gripar desse jeito". Desculpa mãe. Sorri mas ao mesmo tempo senti meus olhos marejarem.

Abracei a mim mesma para me proteger do vento gelado e caminhei ao redor da boate. Os saltos machucavam meu pé e faziam barulho a medida que eu andava. O vento apertou e eu tremi. Devia mesmo ter trazido um casaco. Parei por um minuto e olhei ao redor. A rua estava deserta, passava-se apenas um carro por hora e a iluminação estava escassa. Ótimo. Continuei a caminhar a passos firmes até finalmente chegar em uma ruela mal iluminada. Suspirei, entrando no beco. Era uma ideia idiota entrar ali, naquela ruela sem iluminação aquela hora da noite. Mas eu o fiz mesmo assim. Estava totalmente despreocupada com o que aconteceria comigo. Mais uma vez ouvi a voz de minha mãe na minha cabeça "andar sozinha à noite é perigoso". Desculpa mais uma vez, mãe.

Assim que entrei na ruela me encostei na parede e deslizei até finalmente sentar no chão. Não sabia direito o que estava fazendo, só sentia o mundo se fechar ao meu redor cada vez mais e eu precisava me encolher para conseguir um pouco de ar. Abracei minhas pernas e me permiti chorar. Chorei feito uma criança, soluçando. Ficando ali bastante tempo, chorando, até que uma voz estranha me chamou a atenção.

- Por que está chorando? – levantei minha cabeça de uma vez só, assustada, mas não consegui enxergar nada, óbvio. Tateei então o chão em busca da minha bolsa e a agarrei com força, por puro impulso. Na minha cabeça aquilo era o que deveria ser feito. Na pior das hipóteses que eu consegui formular, ele estava ali para me assaltar.

- Quem é você? – perguntei finalmente, tremendo até os fios do cabelo, me levantando, tentando não fazer barulho. Senti meu estômago revirar.

- Não precisa ter medo – senti algo me tocar e meu corpo tremer. O toque foi gélido, e fez questão de arrepiar os últimos pelos que até então não haviam se revoltado. Sabia que se algo acontecesse comigo, seria culpa minha, e somente minha. – Sinto que seu coração está apertado, o que se passa?

- Tire as mãos de mim – gritei, me forçando para frente e empurrando o sujeito com a minha bolsa.

- Oras, mas eu só quero...

Não o deixei terminar de falar, finalmente tomando consciência de que estava provavelmente correndo perigo. Um grande perigo.

Foi então que eu finalmente corri, meio torta pois os saltos não ajudavam. Desesperada para sair dali o mais rápido possível. Meu coração batia tão forte que tudo que eu escutava eram meus próprios passos regrados e ele batendo em meus ouvidos.

Olhei para trás, em vão. Estava completamente escuro, eu ao menos enxergava por onde corria, só sabia que corria em direção ao final daquela ruela por causa das poucas luzes que iluminavam a rua bem frente. E agora eu estava perto. Graças a Deus era uma ruazinha bem pequena. Senti-me erroneamente aliviada, diminuindo um pouco o ritmo e respirando fundo. Olhei para trás mais uma vez e não escutei mais ninguém atrás de mim. Agradeci mentalmente, mas continuei a correr. Estava tão distraída com a minha vitória provisória que nem percebi quando a iluminação tão adorada que indicava o fim daquele túnel de medo sumia de minha vista. Quando me toquei já era tarde.

Esbarrei com tudo em algo na minha frente e não consegui manter o equilíbrio, caindo com força no chão. Minha bolsa caiu em algum outro lugar naquele mar escuro no qual eu estava mergulhada e que não era perto de mim, o que me deu uma certa sensação de vazio.

- Hayley, Hayley. Você tem garra. Gostei disso – reconheci a voz e senti minha garganta secar imediatamente. Era uma voz aveludada, porém firme e intimidadora. A mesma voz de segundos atras. Droga. Mas espera... ele tinha me chamado pelo meu nome? Paralisei.

- O que você disse? – perguntei, tentando parecer firme, por mais que meu coração saísse pela boca. Como ele sabia o meu nome? Eu o conhecia?

- Levante-se, Hayley – ordenou, rígido, fazendo com que eu me assustasse. – Por Salen! Como está escuro aqui! – dito isso, subitamente uma luz se acendeu bem acima da minha cabeça e eu tive que fechar os olhos com aquela imensa e súbita claridade. – Bem melhor, não?

Forcei meus olhos a abrirem, sentindo minhas mãos tremerem, podendo enxergar finalmente quem falava comigo. Era um homem baixo e com as feições carrancudas. Senti meu corpo tremer com aquela visão. Ele não parecia uma pessoa qualquer. Vestia uma capa vermelha bem escura e sorria, ostentando dentes amarelados e tortos. E não, eu não o conhecia. E também não fazia ideia de onde havia saído tanta luz.

- Como você sabe meu nome? –perguntei a primeira coisa que veio na minha cabeça, me levantando rapidamente.

- O quê? Hayley? – ele riu de forma escandalosa, surpreendendo-me, completando logo em seguida. – Eu só sei – dei um passo para trás por impulso e ele me olhou com desprezo. Droga. Paralisei.

- Você não vai correr de novo – me assustei com aquelas palavra e olhei para os meus pés. Mexam-se! Ordenei, porém nada aconteceu. Que diabos? Tentei mover minhas pernas e nada. O pânico tomou conta de mim. O que estava acontecendo? Eu estou sonhando, eu estou sonhando. Me forcei a pensar, fechando os olhos com força e torcendo pra acordar. Não funcionou.

- O que esta acontecendo? – gritei, tentando permanecer firme, apesar de sentir-me submersa no mais completo pânico. Agora que estava claro, alguém nos veria, não? Me agarrei a aquela possibilidade, que era a única positiva que eu tinha.

- Como é barulhenta – ele soltou, colocando as mãos nos ouvidos e fazendo uma careta que não me causou nada mais do que arrepios. Definitivamente ele não era um ser humano. – Vamos fazer uma brincadeira rápida, só eu falo – dito isso ele fez um gesto estranho com as mãos e como que se fosse por consequência, eu senti minha garganta imediatamente se apertar. Tentei falar algo mas a voz não saiu. Meu Deus! Isso é impossível, eu definitivamente estava sonhando. Tentei gritar e não funcionou. Meu coração que já batia em um ritmo acelerado, bateu ainda mais forte. – Bem melhor – disse o ser, por fim.

Encarei-o rapidamente, com o medo espantado nos meus olhos, sentindo raiva por não conseguir disfarçar meus sentimentos.

- Hayley – ele carregava na entonação ao pronunciar meu nome. – Pra sua sorte, eu gostei de você – ele gargalhou mais uma vez, como se tivesse contado uma piada, gesticulando. – E te proponho um trato.

"Nem a pau eu farei um trato com você!" Tentei gritar, mas a voz não saiu. Fechei a boca mais uma vez, frustrada.

- Vejo que você está tristinha, deprimida – chegou perto de mim e eu o encarei, respirando fundo. – Irritada – sorriu com essa última palavra antes de finalmente completar. – Eu posso arrumar isso pra você.

"Como?" Tentei dizer mais uma vez, mas não consegui. Mas que droga?

- Seus pais queridos e... – ele colocou as mãos na boca, arregalando seus olhos escuros e feios. – Seu pobrezinho irmão mais novo! – fingiu comoção. Senti vontade de soca-lo. Meu peito se apertou. – Todos mortos... que tristeza, Hayley! – gritou. Percebi então que meus olhos estavam cheios de lágrimas.

Pisquei diversas vezes, tentando me livrar daquela água, sentindo minha cabeça trabalhar a mil. Como ele sabia de tudo isso? Tentei gritar mas não consegui. Eu estava imobilizada e muda. Totalmente vulnerável ao que ele quisesse fazer comigo. Mas como isso era possível? Magia? Não, eu não acreditava em magia.

- Meus pêsames – disse, curvando-se a mim, com uma das mãos no peito. – Mas, sem mais delongas, vamos ao que interessa! – disse, colocando-se ereto mais uma vez rapidamente e ajeitando o capuz que cobria a sua cabeça. – Eu posso trazê-los de volta! – disse, animado. Prendi minha respiração. O quê? – Imagine só – começou, iniciando ao mesmo tempo uma caminhada ao meu redor. Acompanhei seu movimentação com o olhar, sem ter como me mexer e sair dali. – Toda a família reunida mais uma vez – colocou subitamente uma das mãos no meu cabelo, afastei-a imediatamente com raiva, ele sorriu antes de continuar. – Você só precisa me pedir – finalizou, deixando-me encabulada.

Como ele sabia tudo aquilo sobre mim e como ele pretendia trazer minha família de volta? Eles estavam mortos, pelo amor de Deus! Senti raiva. Provavelmente era uma pegadinha besta de algum idiota. Tentei responder o homem com um palavrão, mas não consegui. Não conseguia falar ainda. Isso era impossível, meu Deus!

- Leve o tempo que precisar... – o homem começou, mas logo em seguida parou, com os olhos arregalados. – Oh, Salen! Como eu sou desligado! – estalou os dedos e se posicionou na minha frente. – Agora você pode falar, Hayley.

- Que... – minha voz saiu, preenchendo toda a ruela de uma vez só. Não consegui respirar com a surpresa, sem acreditar no que acontecia. – Quem é você? Como você sabe tudo isso sobre a minha família? Como...

- Apenas diga que sim e eu te contarei tudo – cortou-me. Encarei-o irada.

- Você acha que eu sou idiota, seu... – não encontrei palavras que descrevessem aquele ser que falava comigo. Ele gargalhou.

- Não me faça desgostar de você, Hayley – segurou o meu pulso sem aviso prévio, fazendo-me soltar um grito com o susto, completando logo em seguida. – Deixe eu te mostrar uma coisinha, pra ajudar na sua decisão.

Não tive tempo de puxar meu membro de volta. Já estava totalmente à mercê daquele ser de outro mundo assim que ele tocou em meu braço. Ele de alguma forma, parecia ter algum tipo de... poder...

Flashes passaram pela minha cabeça quase que imediatamente, afogando-me a força em cenas que eu demorei para reconhecer. Demorei mais do que o esperado para perceber que era eu que estava ali. Eu... pequena. Correndo na praia. Podia sentir meus pés queimarem e meu cabelo bater forte no meu rosto. Eram memórias minhas, de muitos anos atrás.

- Cadê você papai? – a minha versão mais nova perguntou, com uma voz melodiosa e carente.

- Estou logo atrás de você, Hay – era a voz de meu pai. Meu coração apertou. Não...

A mini eu correu mais rápido sorrindo, pude ouvir os pássaros e sentir a leve brisa do oceano, como se realmente estivesse lá. Escutei meu pai gritar algo que não consegui entender e logo em seguida cai com a boca na areia macia, mas não tão macia para com a minha boca, que sangrava. Meu pai correu até mim e me levantou lentamente. Eu chorava, com as pequenas mãos tapando o local atingido.

- Deixe-me ver, Hay – pediu, sentando-se na areia e me colocando no seu colo.

- Está doendo papai –chorei mais um pouco, resmungando. – Está doendo muito.

- Eu sei meu bem – ele disse, carinhosamente, tirando meu cabelo do meu olho. – Eu sei que dói – sorriu. –Mas nada que o tempo e... – fez uma pausa e beijou minha testa. – Um beijinho não cure.

A mini eu sorriu e tirou as mãos da boca. Meu pai segurou meu queixo delicadamente e continuou:

- Vai ficar tudo bem, papai sempre vai estar aqui pra te ajudar, meu amor.

Puxei meus pulsos com força, sentindo que chorava descontroladamente. Eram memórias da minha infância. Como ele... como eu? Olhei ao redor e vi que o ser sorria para mim. Comecei a respirar de forma desregrada.

- Permita-me? – pediu, estendendo as mãos e me olhando. Entendi de cara o que ele queria. Queria me convencer a aceitar a proposta dele, fazendo-me lembrar de momentos bons com a minha família. Por Deus... eu não aceitaria aquilo.

- O que você fez? Como você fez isso? –perguntei, completamente confusa. Aquilo podia não ser real, mas doía como se fosse.

- Hayley. Eu posso te ajudar. Acredite em mim – disse, com uma convicção que me fez acreditar que estava falando a verdade.

Aquilo me fez recuar. Como ele me ajudaria? Minha família estava morta. Aquilo era impossível. Mas tudo isso que estava acontecendo também era impossível... não? Peguei-me considerando a possibilidade de acreditar naquele homem.

- Como? – perguntei, por impulso, antes mesmo de pensar duas vezes.

- É simples, na verdade. Eu posso trazer a sua família de volta – deu uma pausa e logo continuou. – Todos eles.

- Mas isso é impossível... – respondi, completamente desnorteada, sentindo-me uma idiota logo em seguida. Ele sorriu torto.

- E isso tudo é possível?

Levantou os braços subitamente e como num passe de mágica, a noite se transformou em dia e a pequena ruela em uma floresta. Meu coração quase saiu pela boca. Estava encantada com a beleza de tudo aquilo. Pássaros cantavam e borboletas giravam ao meu redor, podia sentir o cheiro de grama e ao mesmo tempo, ouvir o zunido de mosquitos. Era tudo... incrivelmente real. As árvores ao meu redor faziam sombra em mim e todas elas juntas, formavam um cenário de uma bela pintura. Estava boquiaberta.

- O que... – deixei escapar, fascinada, quase me esquecendo onde realmente estava por uma fração de segundos.

- Eu posso fazer isso Hayley – soltou, abaixando os braços e fazendo tudo desaparecer de uma vez, como se fossem desligadas por um interruptor. Surpreendi-me. – Você só precisa me deixar te ajudar.

Coloquei aquela possibilidade em pauta sem ao menos pensar. Se ele podia fazer tudo aquilo... por que não trazer minha família de volta? Meu coração acelerou. Eu não tinha nada a perder, na verdade.

- Eu quero... – soltei, baixinho, enquanto relembrava do meu pai.

- O que você disse? – perguntou, colocando uma das mãos no ouvido, como se tentasse me ouvir melhor.

- Eu quero que você traga a minha família de volta – disse, alto e com convicção. Uma convicção que havia aflorado sem que eu ao menos percebesse. O ser deu um largo sorriso de orelha a orelha com a minha resposta.

- Você sabe que tudo tem um preço, não sabe?

- Estou disposta a pagar o que for preciso – respondi, engolindo a seco.

Estava nervosa e provavelmente me enfiando em algo que não deveria, mas, para ser sincera, nada mais importava, eu não tinha nada a perder mesmo e só o que eu queria era a minha família de volta.

- Ótimo – disse, sorrindo e gesticulando. – Lindo! Lindo! – bateu palminhas. – Agora é só... Não! Nossa!Quase me esqueci! – gritou, me assustando, ao mesmo tempo que colocava uma das mãos dentro de sua capa enorme e puxava alguma coisa lá de dentro. Um colar. Franzi minha testa, sem entender. – Quando chegar lá, mostre isso para o príncipe – chegar lá aonde? Príncipe? Ele balançou o cordão por alguns segundos antes de colocá-lo sem delicadeza alguma na minha mão, sorrindo.

Eu abri a boca para perguntar o que estava acontecendo mas não tive tempo de ao menos respirar, assim que o cordão caiu como uma luva em minha mão, 0 homem bateu uma palma abafada e eu senti que cai. Tudo ficou preto ao meu redor instantaneamente e a partir daí, não lembro de mais nada.

***

Prólogo revisado e repostado com muito amor ❤️.

Scaban está em processo lento de revisão, certo?

Muito obrigada por clicar em Scaban e dar uma chance pra história. Prometo muitas loucuras haha. Espero que goste e continue a acompanhar! Boa leitura, Bely.

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