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Capítulo 25 - Você e seu pé 103.

- Eles foram embora logo depois que você saiu. - Drago disse, reclamando enquanto eu o ajudava a se colocar sentado mais uma vez na cama. Não consegui ter reação nenhuma, além de assenti sem forças com a cabeça - Ei, linda, está tudo bem? - perguntou, me fazendo dar um sorriso forçado.

- Eu devia estar perguntando isso pra você. - tentei soar descontraída, mas não funcionou.

- Você andou chorando? - perguntou, preocupado, levando a mão até o meu queixo e me forçando a encara-lo. - O que aconteceu? - não respondi nada, apenas puxei com força meu rosto e voltei a encarar o chão, ajeitando minha camisa amarrotada, qualquer coisa que evitasse contato visual com ele. - Onde está Ravi?

- Foi embora. - fui firme. Dizer aquilo em voz alta fez finalmente parecer real. Ainda esperava, de certa forma, que ele voltasse. Mas isso não tinha acontecido.

- Como?

- Ele foi embora. - repeti, respirando fundo e cruzando os braços, tentando permanecer composta. Sentia que se deixasse uma lágrima escorrer, não pararia nunca mais.

- Vocês brigaram? - Drago perguntou, receoso.

- Não quero falar sobre isso.

- Ele foi embora mesmo? - parecia tentar entender o que se passava em voz alta, encarando a parede atrás de mim sem emoção. Era uma pergunta retórica, mas mesmo assim eu respondi.

- Sim. E agradeça por isso. - virei as costas para Drago e caminhei para a saída, atrás de um pano molhado para colocar em sua cabeça, que sangrava um pouco, aonde o corte ainda cicatrizava.

- Agradeça? - Drago gritou. - Hayley, volte aqui. - ordenou, me fazendo dar meia volta.

Eu realmente não queria falar sobre aquilo, mas sabia que quanto mais eu lutasse contra, mais Drago ia me pressionar a falar.

- O que foi? - perguntei, sem paciência, colocando a cabeça para dentro do quarto.

- O que você está fazendo? - perguntou, curioso.

- Estava indo buscar algum pano para colocar em sua cabeça.

- Está achando que eu sou uma marica? - perguntou. - Um pouco de sangue não mata ninguém. - riu, mas eu não.

- Talvez, mas um corte na nuca mata. - retruquei.

- A bruxinha pode ser tudo, mas é uma enfermeira quase tão boa quanto uma mentirosa. - sorriu.

- Você está bem? - perguntei, preocupada. Ele não tinha falado nada sobre Lenna até agora, muito menos me contado a história toda. Sabia o que estava fazendo, pois fazíamos a mesma coisa.

Estávamos evitando tocar em certos assuntos, para quem sabe assim, mandá-los embora.

- Sim, já disse, ela costurou minha cabeça muito bem. Nem sinto o corte.

- Eu não estava falando disso. - fui firme, encarando-o com ternura, ele abaixou o olhar.

Queria falar sobre Lenna.

- Não quero falar sobre isso. - percebi a tristeza em sua voz.

- Tudo bem. - disse, sinceramente. - Eu entendo.

Ficamos em silêncio por um tempo, tentando entender o que tinha acontecido até ali, o quanto tínhamos perdido, e o que ainda podíamos perder, e parecia que quanto mais eu pensava, mais fundo enterrava meu corpo.

Tudo era tão concreto que chegava a abstrair ao olhar duas vezes. Amélia, Jop, os bruxos, cada um tinha uma história diferente, um propósito diferente, uma abordagem diferente, que pareciam terminar em um mesmo lugar. Um rubi. Que todos aspiravam que eu encontrasse, que eu cuidasse e que eu entregasse. O pior era que eu não fazia ideia do porquê de tudo aquilo.

Era só uma pedra. Algo concreto, com tantas abstrações rodeando.

- O que você está pensando? - Drago interrompeu meu pensamento, parecendo se recuperar dos seus, se colocando de pé rapidamente.

- O quão louco é tudo isso. - disse, respirando fundo.

Estava encostada no batente da porta, sentindo o vento quente que vinha junto com o nascer do sol, brincar com a minha camisa. Queria simplesmente ficar ali, parada, pensando, mas sabia que tinha que fazer alguma coisa. Não fazia mais parte da minha vida relaxar no começo da manhã. 

- Tudo isso o que? Ravi?

- Ravi? - sorri. - Por incrível que pareça, Ravi é a coisa menos louca nisso tudo. Eu quero dizer...ele simplesmente...foi...acabou. - Drago juntos as sobrancelhas e eu soltei todo o ar de uma vez, rindo da minha própria hipocrisia. - Por mais que eu ainda espere que ele entre por aquela porta a qualquer instante.

Encarei Drago, com um sorriso fraco, recebendo um olhar reprovador em resposta.

- Ele realmente é importante pra você, né? - assenti com a cabeça, me sentindo mal em admitir, mas era a verdade.

- Não posso dizer que ele também se importa comigo, acredito eu. Já que ele foi embora na primeira oportunidade que teve. - fui firme, me lembrando das suas palavras mais uma vez.

- Ele foi porque é um babaca. Eu nunca te abandonaria dessa forma. - disse, cruzando os braços.

"Eu nunca te abandonaria dessa forma"...seria tão bom se aquilo fosse possível. Respirei fundo. Sabia que tinha que fazer alguma coisa, aliás, alguma não, algumas coisas.

Bela estava sumida, tinha que achar Amélia. Não dava pra fazer as duas coisas ao mesmo tempo, a menos que...

- Na verdade... - comecei, receosa. - Era exatamente sobre isso que eu queria falar com você. - Drago juntou as sobrancelhas, confuso. - Eu acho melhor a gente se separar. - finalizei, cuidadosa, esperando a reação de Drago, que foi exatamente como eu pensei.

- O que? - soltou, confuso.

- Eu não tenho mais tempo, Drago. Não há tempo pra procurar Bela e ir atrás de Amélia. Eu preciso escolher um. E eu preciso que você me ajude. - fui firme, estando estranhamente certa de minhas palavras. Não sentia medo do que aconteceria, sabia só que não podia ficar mais parada.

- Ta falando sério?

- Por que não estaria? - ele gargalhou ironicamente, como se eu tivesse acabado de contar uma piada, cruzei os braços.

- Você quer que eu vá atrás de Bela. - assenti com a cabeça. - E te deixe sozinha pra ir atrás de...Amélia, é isso? Mas...essa mulher está viva? - assenti com a cabeça mais uma vez. - E como você sabe onde ela está? - perguntou, vencido pela minha expressão séria.

- É uma longa história, o que importa é que eu sei.

Drago respirou fundo, me encarando a fundo. Parecia pensar. Aquilo era um começo.

- Sem chances. - deixei transparecer minha frustração.

- Drago, por favor...

- Isso é imprudente. - disse, firme, gesticulando. - Você entende o quão exposta vai ficar sozinha?

- Eu posso cuidar de mim mesma. - retruquei, sendo sincera. Realmente acreditava que me dava bem sozinha, afinal, eu tinha fugido de um covil de bruxas depois de dias de tortura. Não era uma menininha fraca qualquer, tinha consciência disso.

- Contra uma centena de bruxos? - Drago disse, aumentando o tom. Respirei fundo.

- Drago...

- Eu não vou te abandonar. Se Ravi o fez, o babaca é ele.

- Ele é sim um babaca. Um dos grandes. Mas ele fez a escolha dele, e de certa forma, me fez analisar as coisas mais friamente. Eu preciso fazer isso Drago. Não vai funcionar se ficarmos juntos. - fiz uma pausa pra ver se ele estava entendendo. - Aliás, eu me dou bem sozinha.

- Eu não vou. - Drago não pareceu convencido.

- Você não tem escolha.

- O que você vai fazer? Me nocautear e fugir? - ele não ia ceder dessa forma, tinha que mudar de estratégia.

- Se você não for atrás de Bela, o que vai acontecer?

- Não muda de assunto.

- O que vai acontecer? - insisti, fazendo-o bufar.

- Hayley...

- A gente já perdeu tempo demais, Drago. Chega de fugir disso.

- A gente não estava fugindo. Os bruxos nos atrapalharam. - ele estava certo, mas não podia dar o braço a torcer.

- Nós também somos bruxos.

- Não como eles.

- Drago, o que importa é que a gente não tem mais tempo. Vai atrás de Bela, por favor... - tentei permanecer calma, o que parece tê-lo posto a pensar mais uma vez. Podia quase ver as engrenagens funcionando em sua cabeça.

- Se eu fosse... - começou. - ...o que está fora de cogitação, como eu vou saber onde ela está? - fiquei feliz com o meu progresso, ele estava começando a cogitar aquela possibilidade, por mais que negasse.

- Você não vai, a menos que comece a tentar. Ela precisa de você. Você precisa protegê-la.

- Não Hayley, nós precisamos.

- Eu não posso fazer tudo! - explodi. Estava cansada das pessoas colocarem tudo nos meus ombros. Eu não era uma super heroína. Era apenas eu. Uma pessoa só.

- Hayley...

- Por favor, estou te pedindo. Eu confio em você. - o interrompi, diminuindo novamente meu tom. Drago ficou um tempo em silêncio, até que novamente cruzou os braços e perguntou.

- Onde Amélia esta?

- Em Matri. - respondi imediatamente.

- Você está louca? - exclamou. - Vai demorar dias pra chegar lá.

- Então é melhor começar logo.

- Hayley...

- Drago. Os bruxos foram embora, estão planejando alguma coisa. Eu preciso ir até Amélia, preciso ir o mais rápido possível, e para isso preciso da sua ajuda. - seu olhar estava grudado em mim. Resolvi completar. - Confia em mim, assim como eu confio em você.

- Hayley...

- Você sabe que é a única chance que temos.

- É arriscado. - estava difícil fazê-lo ceder.

- É preciso arriscar nossas fichas a essa altura.

- Você está brincando com fogo.

- Nunca tive medo de me queimar.

- Pois devia. - virou as costas para mim. Não entendi o que aquilo significava.

- Drago...

- Você já pensou que talvez isso seja exatamente o que eles querem? - perguntou, finalmente, se virando para mim.

- Já pensei. - fui sincera. Tinha pensado. Tinha pensado em cada detalhe.

- E vai fazer exatamente o que eles querem?

- Drago...eu não tenho outra opção. Você sabe disso. - fiz uma pausa e respirei fundo, rodopiando no lugar. Aquela conversa estava me dando nos nervos. - O que quer que façamos? - perguntei, esperando ansiosamente pela sua resposta, que não veio, assim como eu esperava. - Hein? Você tem alguma outra ideia? - gritei, provocando-o. - Se você tiver alguma outra ideia só diga, na minha cara, agora mesmo! Que eu prometo que repensarei... - o silêncio se instaurou, então eu completei, vitoriosa. - ...você não tem outra ideia. - ele abaixou o olhar. - Sei disso, porque não tem outra alternativa. - encarei-o, respirando de forma desregrada. Drago juntou as sobrancelhas e me encarou, confuso. - Você sabe que eu estou certa. - completei, respirando fundo, tentando controlar meu tom de voz. - Não podemos deixar Bela pra trás, e eu preciso encontrar Amélia pra pegar aquele rubi e conseguir minha família de volta...eu preciso fazer isso, Drago... - soltei, atropelando as palavras. - ...estou cansada de ficar aqui, esperando por um milagre. Eu preciso ir...eu tenho que salvar minha família, tudo bem? - senti lágrimas se formarem nos meus olhos enquanto Drago me encarava sem reação, com a boca entreaberta, tentando falar alguma coisa, mas eu não o deixei, completando logo em seguida. - ...eu não posso deixá-los em segundo plano, como eu sempre fiz, eu estou cansada. - respirei fundo mais uma vez, repetindo as palavras em um sussurro. - Estou cansada... - levantei o olhar e encarei Drago, limpando as lágrimas de uma vez só, com a palma da mão. - Eu não vou ficar aqui... - fui firme. - Então vai em frente! Me de qualquer outra opção! Me dê algo concreto, algo que salve Bela e encontre Amélia ao mesmo tempo! - o desafiei mais uma vez, e mais uma vez, não tive respostas. Ele apenas respirou fundo, encarando o teto. - Você não o tem porque não existe. Essa é a nossa única chance, Drago. E se é isso que os bruxos querem, eu não ligo. Darei isso a eles porque, eu preciso fazer isso... - voltei meu olhar para o chão mais uma vez, respirando fundo. - Eu só preciso fazer isso... - suspirei. - Por favor, me deixe fazer isso.

Minha voz estava embargada, mas não sentia vontade de chorar. Encarei Drago em silêncio, pedindo, implorando, silenciosamente, torcendo pra ele conseguir me ouvir, mesmo que estivéssemos em silêncio completo.

O tempo pareceu passar devagar. Drago cobria os olhos com a mão, pensando. Torci para que as minhas palavras tenham sido o suficiente.

Nunca quis tanto convencer alguém.

- Hayley... - começou, e eu não consegui não demonstrar minha frustração. Ele não ia aceitar. Droga de homem teimoso. Já tinha me dado por vencida quando ele tirou a mão dos olhos e respirou fundo. - Tudo bem. - disse finalmente. Pensei ter escutado as palavras erradas, mas pela sua expressão, tinha visto que não, não consegui então, segurar um sorriso.

- Obrigada. - soltei, aliviada.

- Só me prometa uma coisa. - pediu, e eu fiz um gesto pra ele continuar. - Se encontrar Ravi no meio do caminho...faça questão de deixá-lo sem dente, diga que foi o Drago que mandou. - meu sorriso aumentou.

- Com prazer. - caminhei na direção de Drago e dei nele um abraço apertado. - Muito obrigada. - sussurrei. Ele retribuiu meu abraço, me empurrando para longe segundos depois.

- Vá logo, antes que eu mude de ideia. - disse e eu assenti com a cabeça, ainda sem acreditar que tinha conseguido convence-lo.

- Tome cuidado, Drago. - pedi, séria. Ele retribuiu a seriedade.

- Você também. - respirei fundo, antes de me virar e começar a caminhar, receosa para a saída da casa mais uma vez. Me virei e sorri.

- Tome conta desse corte. - lembrei-o e recebi um aceno rápido em resposta.

Em seguida, caminhei a passos firmes porta afora.

Lamentei não ter mais o mapa que Amélia tinha me dado, nem me lembrava de quando o tinha perdido, mas agora que já sabia para onde ir, era só uma questão de tempo até achar o caminho certo.

***

Um mês depois.

- Quem é você? - estava pasma, não conseguia pensar direito com um homem daquele na minha frente.

- Eu...quero ver Amélia. - me segurei para não gaguejar. Não estava com medo nem nada, mas não era sempre que um homem daqueles estava na sua frente...

- Amélia? - sua voz soou mais alta do que o necessário, tive que evitar o impulso de cobrir meus ouvidos, com receio de que aquele gesto o ofendesse. A última coisa que eu queria era ofende-lo.

- Bom...eu...

- Você está no lugar errado, moça. - juntei as sobrancelhas.

- Não estou...olha, eu me chamo Hayley... - tentei me justificar, rapidamente. Sua cabeça gigante me encarou sem expressão.

- E?

- Eu sou neta de Amélia... - disse, me sentindo ridícula. - Nada? - perguntei, ao ver que o homem não parecia convencido.

- Desculpe. - sua voz alta e grossa me causou arrepios. Bufei. - Você está no lugar errado.

- Não estou. - fui rápida. - Aqui não é Matri? - perguntei, receosa.

- Não. - fiz uma careta. Ele estava zombando da minha cara.

- Está escrito bem ali. - apontei. - Bem vindo a Matri. - li o que estava escrito, encarando-o, em desafio. O homem não se abalou, apenas tratou de dar um chute rápido na pequena plaquinha ao seu lado.

Ela foi destruída por completo, no segundo exato que seu pé tamanho 103 - provavelmente - atingiu-a. Arregalei os olhos, assustada.

- Não mais. - foi só o que disse, se virando com dificuldade, provavelmente em consequência do seu corpo gigante. Senti raiva dele.

- Quero falar com seu superior. - me peguei dizendo, em um grito, sem perceber o quão ridículo aquilo era.

- Meu superior? - estava sem paciência. - Eu sou meu superior, moça. - engoli a seco. Claro que ele era.

- Olha... - pedi, ficando na ponta dos pés e correndo alguns passos em sua direção. - ...por favor, chame alguém aqui, qualquer um...ou melhor. - fiz uma pausa. - ...chame Amélia. Você sabe quem ela é, não sabe? Chame ela, por favor! Preciso falar com ela.

- Não conheço nenhuma Amélia, moça. - dito isso, ele se virou de uma vez, fazendo o chão tremer um pouco com seu passo desajeitado.

- Não... - soltei, resmungando logo em seguida. - Ah, céus! Droga! Droga!

O gigante caminhou o suficiente para passar pelo portão e fechar o mesmo, quase tão alto quanto ele, atrás de si.

Me peguei pensando quantos metros de altura ele deveria ter. Quatro, talvez? Não importava. Era intimidador.

Cristy tinha me avisado.

Gigantes são mal humorados. Gigantes são incompreensíveis. Gigantes são infelizes. "Você não vai conseguir passar do portão". Ela tinha me avisado, enquanto colocava em mim, um de seus vestidos mais quentinhos, como se eu fosse uma criança, e não conseguisse me vestir sozinha.

Mas era claro que eu a tinha ignorado. Devia ter seguido seus planos e esperar até que seu marido chegasse em casa, e me colocasse pra dentro.

Por que você tem que ser tão teimosa, Hayley? Perguntei a mim mesma, chutando os restos da antiga placa de "Bem vindo a Matri".

Já odiava os gigantes. Como assim não conhecia Amélia? Ela estava ali! A não ser que estivesse escondida...infiltrada.

Mas infiltrada como? Sendo uma formiguinha em um mundo de gigantes? Só se fosse assim...

Voltei meu olhar para o muro a minha frente, lamentando ser tão baixinha.

Não tinha o que fazer. Estava parada, tão perto de Matri, mas ao mesmo tempo, tão longe.

Pra que precisavam de um portão gigante? Pra que precisavam de um "guarda" mal humorado? Eles eram gigantes. G-i-g-a-n-t-e-s. Eram figuras mitológicas. Não deviam ter medo de nada, nem de ninguém. Todos deviam ter medo deles.

Me dei por vencida. Não daria pra entrar ali. Eu fui impulsiva mais uma vez, e tinha deixado as coisas difíceis, mais uma vez.

Respirei fundo, passando a mão em meus cabelos, que estavam embaraçados. Puxei a fita que os prendia de forma firme e deixei que eles caíssem em mechas nos meus ombros.

Meu vestido estava bem passado, e a manga comprida não ajudava muito na questão do frio. Porém, mesmo que eu tivesse tomado o maior cuidado, não demorou menos de três minutos para suja-lo de lama. Não liguei, tinha avisado a Cristy que não servia para ser uma dama.

- Qual o problema, Hayny? - ela perguntou, tocando em meu ombro carinhosamente. Me virei para ela com a expressão derrotada. Ela entendeu. - Certo, eu te avisei que gigantes são terríveis. Podemos voltar mais tarde, quando Vinicius chegar.

- É... - disse, ainda encarando o muro atrás de mim, na esperança que o portão se abrisse. - Sujei seu vestido. - disse, como se aquilo fosse a coisa mais terrível que houvesse feito. Ela riu.

- Você é uma comédia, Hayny. - sorri leve. Não era minha intenção soar engraçada, mas se a divertia, tudo bem para mim.

Cristy e seu marido tinham me abrigado em sua casa por três semanas inteiras, em consequência de uma onde de tempestades que tinha me obrigado a procurar abrigo. Eu viajava até então, mas não consegui continuar por um tempo considerável, pois a neve impedia meu caminho.

Bom, impedia, até sumir completamente em uma semana.

- O clima aqui em Scaban é sempre assim? - me lembro de ter perguntado, sem querer, deixando-a desconfiada, mas, mesmo assim, ela não tinha deixado de me responder que "sim", segundo ela, há dez anos era assim. Não entendia, mas também não podia perguntar. Devia conhecer Scaban, pois, até onde ela sabia, eu era uma moradora dali.

- Vou preparar os cavalos para voltarmos pra casa. - Cristy disse, me tirando dos meus pensamentos. Assenti com a cabeça, respirando fundo.

Ela saiu para buscar os cavalos logo depois, me deixando mais uma vez sozinha, por mais dez minutos.

Estava sentada, no meio da grama verdinha, escondendo minhas mãos do frio. O sol estava bem acima da minha cabeça, mas sentia como se ele nem existisse. Estava frio, mas pelo menos não nevava.

Eu queria tanto ter conseguido falar com Amélia. Não aguentava mais esperar para aquele encontro. Bufei, cruzando os braços e encarando a floresta a minha frente, esperando Cristy.

- Hayley? - escutei meu nome verdadeiro ser chamado, pela voz rouca de alguém atrás de mim. Me levantei então, instintivamente, dando de cara com o mesmo paredão que estava conversando comigo minutos atrás, e que tinha me mantido fora de Matri.

Aquele gigante chato do pé tamanho 103.

- Sim? - perguntei, esperançosa, em um grito, pois estávamos bem longe uns dos outros.

- Entre logo, Amélia está te esperando. - foi firme, sem ao menos me encarar. Nao consegui evitar sorri, vitoriosa, caminhando na direção do gigante e tendo que, cada vez mais, olhar para cima para enxerga-lo.

- Muito obrigada pela gentileza. - não consegui segurar minha língua. - Por favor, avise a uma moça de cabelos cor de fogo que eu entrei, peça pra ela ir pra casa e agradeça a ela por mim. - sorri, correndo na direção do portão, sem escrúpulos. - É melhor comprar uma placa nova também. - gritei, sorrindo discretamente ao enxergar o que havia do lado de lá do portão.

Era impressionante.

***

Fim de capítulo!

Olá meus amores, tudo bem?

Esse capítulo começou normal e terminou loucura né?

Finalmente Hayley chegou em Matri gente! O quão emocionante é isso? Kkkkkk vamos chorar juntos? (Ok, parei).

Bom, entendo se não tiverem entendido nada! Kkkk mas, depois vou explicar tudinho.

Pretendo começar a caminhar pro desenrolar final da história, viu??!!! Aleluia né? Kkkkkkkk.

Bom, gente, é isso. Não tenho mais o que falar.

Só pedir para que não se esqueçam de clicar com amor na estrelinha 🌟 e que comentem o que vier na telha! Muito obrigada por todo o carinho que vocês sempre me dão.

Um big beijo e até o próximo capítulo (até ano que vem, gente) piadinha de final de ano hahaha, Bely ❤️.

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## perguntinha bônus.

20) Cadê Jop? Por que ele não aparece mais? ;)

Sem opções hehe. Vamos ver quem acerta.

PS: hoje falei bem pouco porque tive que correr pra postar o capítulo, desculpa kkk!

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• Capítulo postado no dia 30/12/15.
Todos os direitos reservados.

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