- DINAH ME SOLTA! - Lauren grita em meio de risadas enquanto Dinah tinha um braço em volta do pescoço de Lauren dando um mata leão não tão apertada para não a machucar e tentava a derrubar - EU VOU TE BATER QUANDO VOCÊ ME SOLTAR! - continua gritando no mesmo tom.

- VOCÊ ROUBOU AS MINHAS BATATINHAS! - grita e algumas pessoas começam a olhar pela gritaria das duas e por fim Dinah consegue derrubar Lauren no gramado.

- Dinah deixa a minha namorada em paz. - mando vendo ela se sentar em cima da bunda e Lauren tentar sair de baixo dela.

- Sua namorada roubou as minhas batatas fritas. - cruza os braços e reviro os olhos.

Solto uma risada ao ver Lauren conseguir empurrar Dinah e então se sentar sobre sua barriga, suas mãos vão uma para o nariz de Dinah e a outra para a boca impedindo que ela respire. Dinah leva as mãos até o rosto de Lauren e a empurra para trás fazendo que ela saia de cima de Dinah.

- CHEGA AS DUAS. - Ally grita com autoridade se aproximando fazendo as duas pararem antes de tentarem de atacar novamente.

- Mas...

- Sem mas, as duas vão se sentar. - manda me fazendo rir e Lauren se levanta arrumando sua roupa e seu cabelo, separo um pouco minhas pernas e então Lauren se senta entre elas usando meu corpo como apoio.

- Ally, você é definitivamente a mãe desse grupo. - rio passando meus braços em volta de Lauren e a vejo com um enorme bico.

- Tem que ser, conviver com essas duas juntas é como criar crianças. - cruza os braços as olhando e rio ouvindo Lauren resmungar que era culpa de Dinah.

- Nisso eu concordo. - falo com implicância fazendo cócegas em Lauren que se contorce em meus braços antes de dar um tapa em minha mão fechando ainda mais a cara - Já pensou em ser juíza ou uma autoridade? Você se daria bem com isso.- sugiro para Ally apertando Lauren em meus braços.

- Acho que irei ser advogada. - sorri animada - Ou juíza, não sei muito bem. - entorta a boca.

- Seja juíza, vai ser perfeito. - Lauren diz olhando para Ally.

- O que aconteceu para essas duas estarem com essas caras de merda? - Normani pergunta se aproximando comum saco de batata chips.

- As duas estavam quase se matando porque a Lauren roubou as batatas da Dinah. - explico apoiando meu queixo no ombro de Lauren.

- E eu cheguei para separar elas ai agora elas estão assim.- Ally completa.

- Eu estava ganhando. - Dinah diz e Lauren manda a língua para ela de forma infantil fazendo a garota retribuir o ato infantil.

- Meu Deus gente. - Normani se senta ao lado de Dinah e a encara por uns segundos até que ri para depois apertar suas bochechas - Pode comer as minhas, idiota. - estende o pacote e Dinah sorri antes de pegar e começar a comer.

- Vamos para algum lugar sozinhas? - pergunto baixinho vendo que ainda tínhamos dez minutos de intervalo.

- Onde iríamos?

- Que tal embaixo da arquibancada? - levo minha mão até a mexa castanha de Lauren e coloco atrás de sua orelha.

- Vamos. - afirma com a cabeça e então se levanta.

- Vamos pegar algo para comer. - aviso ouvindo a risada de Dinah.

- Vão é se pegar isso sim, não se desgrudam. - Normani fala com um sorriso malicioso e vejo Lauren revirar os olhos antes de me ajudar a levantar.

- Estamos na escola, não façam nada que eu não faria. - Dinah faz sinais sexuais e sinto meu rosto corar.

- Parem de implicar com elas. - Ally sai em nossa defesa e da um tapa no braço de Dinah - Sem sexo no ba... - antes que ela termine Lauren me puxa para longe e ouço as risadas delas.

- Elas são muito idiotas. - murmuro arrumando meu óculos tentando disfarçar meu rosto vermelho.

- Ignora elas. - sorri entrelaçando nossas mãos.

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- Boa tarde Sra Penélope. - cumprimento a senhorinha assim que entro na biblioteca - Onde eu posso colocar minha mochila?

- Coloque no seu armário. - sorri gentilmente me estendendo uma chave da cor amarela - Eles ficam lá atrás. - aponta para a porta atrás de si e afirmo com a cabeça antes de ir para atrás do balcão.

Entro naquela sala e vejo um local com um sofá, uma pequena mesa e no fundo alguns armários com cores pintadas na parte de cima, procuro um amarelo e então encaixo a chave amarela no cadeado, a rodo e ele abre. Sorrio satisfeita e abro o armário, coloco minha mochila lá dentro e o tranco.

- Você é Camila, estou certo? - ouço uma voz masculina atrás de mim e me viro vendo um homem de meia idade com uma barba bem feita.

- Sim. - prontamente afirmo vim a cabeça animada.

- Eu sou Mark. - se apresenta - Penélope me pediu para te mostrar as prateleiras onde você vai começar. - diz animado e passa a mão pelo cabelo cacheado que tinha alguns cachos na cor cinza.

- Oh claro, podemos ir.- afirmo com a cabeça e ele abre a porta me dando passagem.

- Penélope me disse que você vai me ajudar... - Mark da passa pelo balcão e o sigo - Eu realmente preciso de ajuda para organizar os livros, a uns dois meses arrecadamos quase quinhentos livros e não estou dando conta de organizar. - explica apontando para cinco carrinhos cheios de livros pelos corredores que passávamos - Você só vai precisar colocar os livros nas prateleiras que você alcança, nas mais altas pode deixar que eu fico encarregado disso... Não queremos um acidente no primeiro dia, não é? - pergunta bem humorado e eu afirmo com a cabeça rindo.

Entramos em um corredor e paramos na frente de um carrinho, Mark coloca as mãos sobre os livros que tinham ali e olha para a enorme prateleiras antes de direcionar seu olhar para mim.

- Essa prateleiras é dos de ação, todos esses livros são de ação... - bate a mão sobre os livros - Você não precisa ter uma ordem para colocar, é só ir colocando aleatoriamente na prateleira. - olho para a prateleira e vejo que havia livros grossos entre os finos, de capas coloridas entre as de capa escura e aperto meus lábios sentindo uma enorme vontade de arrumar - Quando terminar, me chame e eu trago mais... Atrás do balcão tem café e biscoitos, na sala de descanso tem uma geladeira com suco e leite, se precisar de algo pode ir lá.

- Obrigada. - me limito a dizer e ele sorri antes de se retirar.

Aperto meus lábios e levo minhas mãos até meu cabelo, o prendo em um coque apertado e deixa umas mexas da minha franja caídas sobre meu rosto, arrumo meus óculos e então me ajoelho para começar a tirar os livros mais grossos da fileira mais baixa, os coloco no chão.

Depois de meia hora arrumo a primeira fileira deixando os livros mais finos, menores e de capas escuras ali em baixo. Suspiro e me sento procurando mais livros finos e pequenos pelo carrinho para complementar a fileira.

Na segunda eu deixo os mais finos e de capas cor pastéis. Sorrio satisfeita vendo como estava mais bonito e mordo o lábio olhando para as outras oito prateleiras.

- Isso vai demorar.- murmuro e sorrio animada.

Eu amava arrumar as coisas, principalmente se fosse me dar satisfação logo depois.

Duas horas depois Penélope aparece no corredor que eu estava pergunta se eu precisava de algo e elogia a forma que eu estava arrumando as prateleiras, até se arriscou a comentar que Mark não se importava com a organização mesmo ela falando diversas vezes para que ele ao menos tente organizar.

Esse pequeno elogio me fez ficar eufórica e ela me chama para tomar um café mas eu nego alegando que ainda estava cheia do meu almoço.

Penélope era um amor de pessoa — pelo o que eu tinha percebido nesse meio tempo que havia ficado com ela ali — e eu percebi que iria amar trabalhar ali com Penélope e Mark.

No final da tarde eu havia terminado aquela prateleira e sai andando pela biblioteca memorizando onde os gêneros como drama, romance, suspense e outros.

Eu resolvo tomar o café que Penélope tinha dito que havia acabado se "passar". Eu tomo apenas uma pequena xícara já que não gostava tanto de café e ela sorri animada quando eu elogio verdadeiramente seu café, ela me oferece uns biscoitos e então eu como vários já que eu realmente estava com fome.

Quando da cinco e meia, a biblioteca fecha e então eu vou arrumar os puffs que estavam um pouco bagunçados, guardar uns livros que algumas pessoas haviam deixado ali e desligar os computadores. Mark passa um pano no chão e Penélope guarda as fixas dos livros que haviam sido levados.

Respiro fundo me sentindo profundamente feliz com meu primeiro dia de trabalho, mesmo achando um pouco cansativo ter que organizar aqueles milhares de livros e então vou pegar minha mochila, me despeço dos dois mais velhos assim que da 18:10pm e saio pela porta da frente vendo Lauren encostada na sua picape olhando em volta com uma rosa entre suas mãos.

Assim que ela me vê, um enorme sorriso se abre e ela joga seu cabelo para o lado. Paro em sua frente e ela me beija com um beijo gentil antes de me abraçar.

- Trouxe uma rosa para trazer ainda mais felicidade para a sua vida. - estende a rosa assim que eu me afasto e sorrio sentindo meu rosto esquentar.

- Aww, obrigada. - sorrio pegando a rosa e a levo até meu nariz inalando o cheiro gostoso da flor - Mas você já me trás felicidade o suficiente. - sussurro vendo suas bochechas ganharem uma coloração vermelha.

- Como foi seu primeiro dia? - pergunta abrindo a porta para mim depois de me dar mais um selinho.

- Foi incrível! - me encosto no banco de couro e Lauren da a volta no carro rapidamente para se sentar ao meu lado - Foi eu cansativo mas muito divertido... Eu arrumei uma fileira inteira, só duas fileiras que eu não consegui arrumar porque falou que ele iria arrumar as mais altas. - falo animada colocando munha mochila no chão e vejo Lauren com um enorme sorriso.

- Você já comeu? - pergunta me olhando enquanto liga o carro.

- Uns biscoitos que a Penélope me ofereceu mas foi a uma hora atrás. - dou de ombros.

- Quer ir em uma lanchonete para comer algo?

- Eu ainda não tenho dinheiro Lo. - explico e ela sai do estacionamento.

- Eu posso pagar tudo, ainda estou ajudando a minha mãe.

- Lauren. - chamo sua atenção e ela reveza seu olhar para mim e para a rua.

- Prometo que quando você receber eu deixo você pagar uma ou outra saída nossa, mesmo não gostando disso. - explica apertando o volante e nego com a cabeça.

- Você tem outras coisas para gastar o dinheiro... Que tal irmos para a minha casa e então preparamos um lanche para comermos?

- Uh, claro. - sorri e apoia seu braço no apoiador de braço, entrelaço sua mão na minha e encosto a cabeça no banco de couro marrom.

Lauren pergunta mais algumas coisas sobre o trabalho até que chegamos em minha casa e vejo o carro de meus pais estacionados na frente de casa.

Já fazia alguns dias que estávamos namorando mas ainda não havíamos oficializado para nossos pais, escolhemos que iríamos esperar pelo menos duas semanas.

- Mãe, pai cheguei. - grito assim que entro em casa e os dois aparecem da cozinha. Eu trato de jogar minha bolsa no chão e coloco a rosa que eu tinha em mãos dentro de um vaso com outras flores mas a rosa vermelha se destaca por causa da sua delicadeza.

- Oi Hija, como foi? - meu pai pergunta animado.

- Deu tudo certo? - minha mãe pergunta e eu afirmo com a cabeça animada.

- Olá Senhores Cabello. - Lauren diz assim que entra na sala.

- Olá Lauren. - falam juntos e logo em seguida começam a me encher de perguntas sobre a biblioteca.