11
O ar no quarto estava morno e, embaixo dos lençois, o corpo de Stephen Strange suava, fazendo com que uma leve camada úmida o cobrisse. No entanto, o calor não era apenas o dele. Ruby Owens dormia ao seu lado, com a cabeça apoiada em seu peito e os cabelos ruivos espalhados por sobre seu braço, enquanto uma mão feminina, pequena e delicada, repousava sobre seu coração.
Ele estava acordado há vários minutos e, embora tivesse pulado de susto ao perceber que estava dormindo abraçado com ela, Stephen não ousou se mexer. Exatamente porquê, ele não sabia. Talvez fosse algo na expressão relaxada de Ruby sobre seu peito ou porque ela dormia em cima do seu braço, que estava dormente, e se ele tentasse tirar, a faria acordar.
Ou talvez fosse porque ele não fazia idéia de qual seria a reação dela se acordasse e percebesse que acabou dormindo alí. Ou se ia ficar irritada por ele não a afastar.
Bem, de qualquer forma, seus pontos na barriga coçavam, mas graças a um composto mágico que Wong fez ele engolir, Stephen se sentia novo em folha. Tanto que nem mesmo sentia o peso de Ruby em cima de si, apenas o calor.
Com um suspiro, ele percebeu que o quarto estava mesmo muito abafado e usou um simples movimento da mão livre para tirar o lençol de cima deles e abrir a janela. Uma corrente de ar fresco entrou e, imediatamente, a pele dele começou a refrescar. Então, devagar e em um gesto automático, Stephen esfregou as costas dos dedos sobre a testa de Ruby, tirando o cabelo da frente do rosto, enquanto a analisava atentamente.
Ruby não tinha nada de Christine. Nem mesmo no temperamento, na verdade. E ele se deu conta de que, sim, às vezes, procurava Christine nela. Como fazia com qualquer pessoa, sendo sincero. Mas…
Seria exagero dizer que ficava aliviado quando constatava que elas não eram iguais e não se pareciam? Pois desde a última conversa com América, Stephen passou a sentir um certo receio de, realmente, só querer manter Ruby por perto por causa da ex-namorada. Mas não era.
Maldita fosse, mas ele, sinceramente, gostava daquele jeito explosivo e cabeça dura. O desafiava e ele se identificava em vários pontos com a ruiva. Stephen, na verdade, gostava do jeito espontâneo dela, que demonstrava a todo momento como estava se sentindo. Era uma coisa que ele não conseguia, por mais que quisesse. Ou tentasse.
Talvez, ver Ruby tão preocupada com ele e empenhada em fazer ele ficar melhor, mesmo na frente de dois estranhos completos, tinha feito algo amolecer em Stephen. E é claro, ele odiava isso.
Mas não tinha como negar que estava levemente balançado -Intrigado, se fosse menos sentimental - com aquele assunto que tinham conversado no Central Park enquanto estavam indo para o consultório de Julie.
Encarando o nariz arrebitado e as sardas - Vinte e oito, contadas por ele semanas antes-, Stephen se perguntou se esse "sentimento" que sentia por ela, essa vontade de acolhê-la, de protegê-la, era fruto de um sentimento paterno ou fraternal.
Bem, tinha um leve sentimento paterno por América. Isso era fato. Se sentia responsável por ela e de certa forma, era, principalmente na ausência de Lou. Mas eram tão…
Diferentes.
Pelo amor de Deus, Ruby tinha se ajoelhado entre suas pernas, pondo o cabelo para trás, no dia anterior, e Stephen tinha ficado excitado.
Literalmente.
Tinha precisado de muita força de vontade para se controlar e não deixar a excitação virar uma ereção.
E com toda a certeza, não sentia isso por América.
Mas sentia por Ruby.
Bem, no fim, ele era dezesseis anos mais velho que ela. Tudo bem, se tivesse sido pai aos dezesseis, teria uma filha da idade de Ruby. Mas…
Stephen suspirou e encarou aquela coisa linda e adormecida em seu peito, dormindo tão profundamente, que queria ter o poder de entrar nos sonhos dela e ver com o que ela sonhava. Definitivamente, não.
Ele não tinha um sentimento paterno por ela. Muito menos, um sentimento fraternal.
Não sabia - E nem queria - definir o que era aquilo e se pudesse continuar ignorando aquele calor que incendiava de forma gentil e suave o seu peito toda vez que pensava em Ruby - Coisa que estava fazendo com frequência desde que a levou para o Kamar Taj -, ele continuaria. Pelo bem dos dois, é claro.
Mas alí, naquele quarto, sozinho, enquanto ouvia os passarinhos cantando irritantemente na janela e via o Sol entrando e iluminando alguns tacos de madeira no chão, Stephen não precisava nomear o que sentia. Não precisava nem mesmo ter consciência de que sentia algo.
Ele só precisava continuar deitado com Ruby pelo tempo que ela estivesse disposta a dormir, apesar do braço dormente.
Para tentar melhorar a situação do seu membro superior, Stephen se mexeu minimamente, usando o mesmo braço para puxar Ruby mais para perto dele. Ela resmungou qualquer coisa inintelegível e, para sua surpresa, apenas se alinhou ainda mais contra ele. Sua mão subiu até a curva do pescoço de Strange, onde o osso proeminente da clavícula saltava para fora, e seu corpo grudou no dele.
O rosto de Ruby se enterrou no peito dele e uma das pernas se entrelaçou na de Stephen. Era quase como se ela abraçasse um ursinho e, embora no primeiro momento Stephen tivesse congelado, depois, ele relaxou e ajeitou o braço em volta da cintura feminina, sentindo o sangue voltar a correr em suas veias.
É, aquele seria um dia bastante interessante, pelo visto.
***
O rosto de Ruby ainda queimava de embaraço todas as vezes que ela tirava os olhos do livro na sua frente e encarava Lou. A mulher morena sentada na sua frente também tinha um livro em seu colo, mas com toda a certeza, apesar de estar aberto, ela não o lia.
Não havia como já que desde a fatídica manhã onde Lou entrou no quarto de Strange a pedido de Wong e encontrou os dois dormindo abraçados e embolados, Ruby não tinha paz ao lado da melhor amiga.
Faziam três dias inteiros e Stephen até mesmo tinha sumido depois de agradecê-la por cuidar dele, mas mesmo assim, Lou amava lembrar que quando entrou no quarto, eles estavam de "coalinha", uma posição que consistia em Ruby o abraçar, quase deitada em cima de Stephen. E além disso, Lou jurava que Stephen estava acordado quando ela entrou no local, coisa que Ruby não acreditava.
Até porque, se Stephen tivesse acordado antes dela e visse aquela cena, teria dado um ataque e repreendido a garota. Isso era fato.
Então, desde então, Ruby escapava de qualquer oportunidade que Lou achava para irritá-la, chamando a ruiva de coalinha. E aquele era um dos momentos.
-Coalinha?
-Eu juro que se me chamar assim de novo…! - Ruby exclamou, irritada.
-É que seu admirador está vindo aí!
Lou indicou com a cabeça algum ponto atrás de Ruby. A ruiva respirou bem fundo antes de perceber um dos homens mais bonitos que já tinha posto os olhos vindo em sua direção. Ele era alto, em torno de um metro e noventa, ombros largos, pele bronzeada de sol, loiro e com olhos verdes. O cabelo estava cortado e a barba despontava no queixo, o que fez Ruby corar violentamente, fixando da cor dos seus cabelos ao ouvir Lou falando:
-Ah… Olá, George! Conhece a Ruby já?
Ruby arregalou os olhos ao perceber que esse cara era o tal de George que tinha ido falar com Stephen quase uma semana antes. E caramba… Ele estava interessado nela?!
-Oi… - O homem sorriu na direção de Lou e passou a encarar Ruby, se sentando ao lado dela, no sofá, mas com uma distância considerável, até. - Oi, Owens. Sou o George Markle. Mas meus amigos me chamam só de Ge.
Ruby encarou a mão dele esticada. Era forte, pelo visto e só se lembrou de que tinha que se apresentar para George quando Lou enfiou o dedo em sua costela, pulando para o seu outro lado, dolorosamente.
-Ai! Quer dizer… Oi, Sou a Ruby! - A ruiva sorriu, sem jeito. - É assim que normalmente me chamam.
George sorriu de lado e Ruby quis enfiar um buraco para enfiar a cabeça quando percebeu que, naquele dia, nem a calça do pijama tinha tirado.
-Eu ouvi falar bastante de você… Amiga do Strange… Da Lou… E ainda dizem que você é bem especial. Bem, eu não duvido.
Ruby sorriu e tirou o olhar dele, encarando as próprias unhas vermelhas enquanto pensava que, pelo menos, dessa vez, ele tinha tido coragem de ir falar pessoalmente com ela.
E analisando George… Bem, ele era lindo, mas claramente era tímido. Dava para perceber na forma como ele desviava o olhar, levemente ruborizado ou em como ele passava as mãos na calça o tempo todo, como se estivesse as secando.
-Eu estava pensando outro dia, tipo… - George coçou o queixo e deu de ombros. - Quer ir jantar comigo agora? Tipo… Lá no Refeitório mesmo… Só para gente se conhecer melhor, sabe?
Ruby hesitou, mas Lou tornou a cutucá-dolorosamente e Ruby acabou aceitando com um aceno de cabeça, largando o livro no mesmo lugar onde estava sentada. Se levantando, Ruby aceitou 9 braço de George e saiu da sala, vendo Lou sorrir e erguer os doia polegares para ela, bastante animada.
Bem, já que tinha iniciado o "encontro" e não tinha mais volta, ao menos, Ruby ia aproveitar a atenção do rapaz, né?
-Então, George… - Ruby pigarreeou, piscando e focando os olhos no rosto do homem. - O que você quis dizer quando disse que ouviu falar que sou bem "especial"?
George ergueu as sombrancelhas louras e, parecendo surpreso, ele perguntou:
-Não ouviu falar sobre os rumores de você ser a Feiticeira Branca?
-Ah….Isso… Bem, é claro que ouvi. - Ruby deu de ombros, desviando o olhar. - Isso é bobagem! A Feiticeira Branca é uma lenda, não é? E ela só existe por causa da Feiticeira Escarlate, que é outra lenda… O Stephen diz que seria impossível alguma das duas existir sem que alguém soubesse…
-Bem, também parecia impossível que alguém pudesse viajar entre dimensões, mas… Espera… - George ergueu uma sombrancelha para Ruby e sorriu de lado. - Você chama o Doutor Estranho de Stephen?
Ruby sentiu o pescoço esquentar e assentiu, se sentindo levemente tímida pela forma como George a encarou.
-Sim…?
-Que bonitinho! Nunca vi ele deixar ninguém chamá-lo assim. Aliás… Eu cheguei a perguntar a ele se você podia sair comigo qualquer dia. Sabia?
-Ah… É? E o que ele disse?
Ruby se fez de desentendida, coçando a nuca com a mão livre ao chegarem na entrada do Refeitório. O mesmo se encontrava levemente cheio e alguns pescoços viraram em sua direção.
-Bem… Na verdade, nada. - George deu de ombros, divagando. - Literalmente falando. Não devia estar em um bom dia, não é mesmo?
-E quando ele está? - Ruby bufou e olhou ao redor, constatando mais uma vez que Stephen não estava por lá nem mesmo na hora da janta.
O casal se sentou em duas cadeiras, uma de frente para a outra, depois de colocarem suas comidas nos pratos e George começou a puxar assunto, falando da própria infância no País de Gales, quando ele teve uma vizinha ruiva e um outro menino contou para todo mundo que era porque ela comia ferrugem ao invés de beber leite quando era bebê.
Depois de se forçar a dar alguns sorrisos e risadas sem graça, Ruby se forçou também a pegar um pouco da macarronada do prato, mas acabou cuspindo ao perceber que tinha exagerado no Sal.
Então, o rapaz voltou a contar sobre a infância e os outras cinco irmãos e por alguns minutos que mais pareceram horas, Ruby se forçou a continuar fingindo prestar atenção, enquanto torcia para que alguma força do universo agisse em seu favor e a tirasse daquele "encontro".
Ou melhor: Do Podcast sobre a infância de George, já que Ruby mal conseguia pronunciar uma frase com mais de duas ou três palavras.
Depois do que pareceu cinco horas de tortura, alguém parou bem ao lado de Ruby, um pouco mais para trás, fazendoa mulher reconhecer o cheiro de Stephen Strange antes que ele ignorasse George completamente e, sério, pronunciasse:
-Preciso que venha comigo, Owens.
-Ah… - Ruby fingiu não estar fazendo uma prece silenciosa ao universo por ter sido ouvida e comentou. - Bem, é que eu estava meio ocupada…
-Estamos em um encontro, Doutor.
Ruby podia jurar que a intensidade de vozes no salão abaixou abruptamente, enquanto Stephen dirigiu o olhar para George, com a testa levemente franzida e perguntou:
-E eu por acaso perguntei alguma coisa?
Ruby mordeu o lábio, impedindo de rir quando viu George parecer ofendido, mas não responder nada.
Tornando a olhar para a ruiva na sua frente, Stephen a fitou, fazendo os pelos da nuca dela se arrepiarem pela intensidade.
-Eu disse que preciso de você. Agora.
Ruby assentiu, murmurando um pedido de desculpas antes de se levantar, sem nem mesmo hesitar nem por um segundo, e seguir Stephen para fora do salão, fingindo não reparar que todos que ouviram a confusão, olhavam para eles.
Correndo um pouco para alcançar Stephen, Ruby perguntou:
-Hmmm… Para onde vamos?
-Um Baile Beneficente.
-Que? - Ruby voltou a perguntar, alcançando o passo do homem e o olhando de lado. - Para que?
Stephen rolou os olhos e ignorou até chegarem ao corredor do quarto dela. Parando abruptamente, ele cruzou os braços e a olhou de cima a baixo, parecendo um pouco irritado.
-Encontro, hein?
-Que? Não, ele exagerou!
-Sei… - Stephen estreitou os olhos para ela e deu de ombros. - Você não parecia estar se divertindo muito.
-Eu não estava. - Ruby bufou e jogou o cabelo por sobre o ombro, desviando o olhar. - Não quando esse garoto só sabe falar sobre a infância dele e sobre como meu cabelo parece ferrugem.
Stephen a analisou por um segundo e, pelo jeito que ela torceu o lábio, ele sabia que ela não gostava muito do próprio cabelo, o que o surpreendeu para falar a verdade. Achava a cor do cabelo de Ruby extremamente linda, como se fosse um pôr do Sol no verão. Ou as chamas vivas de uma fogueira no inverno.
-Deve ter sido entediante. - Stephen debochou, atraindo o olhar dela para si, novamente. - Bem, a questão é… Vamos nesse jantar onde você vai ser a minha acompanhante e…
-De luxo?!
Stephen arregalou os olhos ao mesmo tempo que Ruby. Ele, pela audácia dela. E Ruby, por ter percebido que falou um pouco mais alto do que deveria.
-Acompanhante… De luxo… - Stephen balançou a cabeça e espalmou a mão sobre o rosto, esfregando-o. - Eu vou fingir que não ouvi isso! Mas a resposta é: Não. Você vai como minha amiga, garota. Além disso, você é a distração perfeita para o que tenho que fazer. Vai se vestir. Em quinze minutos, passo no seu quarto para f…!
-Não tenho roupa! - Ruby interrompeu o homem, rapidamente.
Stephen piscou e engoliu em seco, antes de dar de ombros e passar por ela, comentando:
-É por isso que tem um presente em cima da sua cama. Vai logo!
Saindo das vistas de Ruby, Stephen sumiu na primeira entrada do corredor e deixou Ruby confusa 3 curiosa para trás. Correndo para o próprio quarto, ela entrou nele e achou América sentada na beirada da cama, balançando os pés, bem ao lado de uma caixa azul e fina.
-Isso é a coisa mais linda que eu já vi. - América exclamou, claramente animada. - E posso te dar um spoiler?
Fechando a porta atrás de Si, Ruby concordou com a cabeça.
-Claro, mas… Spoiler de que?
-De uma das coisas que tem na caixa. - América levantou e apontou para a mesma, sorrindo. - Tem uma coisa aqui e… Sem querer te botar pressão, mas… Todas as suas versões do Multiverso consideram isso um dos presentes mais especiais que o Strange já te deu.
Ruby franziu a testa, encarando a mesma, enquanto América passava por ela e piscava um olho, antes de sair do quarto, deixando ela sozinha com o presente inesperado de Stephen.
***
Já fazia meia hora que Stephen Strange esperava Ruby aparecer para que eles pudessem ir naquele jantar beneficiente. Claro, ele não queria ir. Mas era necessário. E levar Ruby… Bem, não estava exatamente nos seus planos até aquela manhã, quando ele achou a roupa perfeita para ela.
Olhando mais uma vez para o Rolex caro em seu pulso, Stephen parou em frente a porta do quarto de Ruby, esperando um mago qualquer se afastar o suficiente para ele bater na madeira da porta e reclamar:
-Ruby, vamos chegar atrasados!
-Calma, eu já estou terminando!
Bufando e revirando os olhos, Stephen encostou as costas na porta, encarando o teto do corredor. A capa, que estava dobrada em seu bolso, como se fosse um lenço na lapela do paletó, o cutucou, ansiosa, mas Stephen deu de ombros e só reclamou:
-Ela é mulher. Mulheres demoram, nem adianta.
A capa se estremeceu, claramente irritada, um segundo antes da porta se abrir de uma vez e o corpo de Stephen Strange capengar para trás, no vão. Ele se segurou rapidamente nas beiradas da porta e olhou por cima do ombro, se virando completamente para Ruby, pronto para dar uma bronca nela quando percebeu que ela queria rir.
No entanto, surpreendentemente, sua voz morreu no meio da garganta e Stephen percorreu os olhos claros pelo corpo de Ruby.
O vestido que havia comprado mais cedo era azul marinho de seda, de alças finas e com um leve decote em "V", que ressaltava os seios pequenos dela. A saia era longa e em camadas leves por conta do pano esvoaçante, com uma fenda que subia até a sua coxa esquerda, deixando a perna de fora. As alças se cruzavam no topo das omoplatas e deixavam partes da pele das costas da garota à mostra.
Ele sabia, quando comprou, que ficaria bonito em Ruby, mas claramente, não esperava que ficasse perfeito, como se tivesse sido desenhado exclusivamente para ela.
Porém, o que realmente o deixou feliz foi ver Ruby com o cordão que ele passou umas boas duas horas escolhendo à mão para ela.
Ele era formado por duas correntes bem finas, de ouro, e na mais curta, haviam várias estrelinhas de cinco pontas penduradas, com brilhantes no centro. Na maior, também havia estrelas, mas com formatos diferentes e bem no centro, uma lua cravejada de pedrinhas.
-Isso foi… - Ruby comentou, percebendo que Stephen não diria nada. - Meio desnecessário… Sei lá.
Stephen ergueu as sombrancelhas, surpreso.
-Sério? Eu te dou um presente e você diz que foi desnecessário? Um "Obrigada, Strange" já servia.
-Eu só… - Ruby passou a mão pela ponta dos cabelos, que estavam alisados e presos em um meio rabo de cavalo no topo. - É que fico sem graça de você gastar seu dinheiro comigo, mas… Eu amei. Inclusive, esse cordão é a coisa mais linda que eu já ganhei!
Stephen deixou o canto dos lábios relaxarem no que era um sorriso sutil, enquanto ele murmurava que não foi nada e coçava a nuca, tentando organizar os pensamentos. Aquela mulher seria o motivo da sua perdição naquela noite, ele sabia.
-Eu achei que ele era mesmo a sua cara. - Stephen respondeu, pigarreando. - Bem… Vamos?
Ruby observou Stephen esticar seu braço, enquanto dava um "oi, capa" ao percebê-la no paletó do homem. Ela não hesitou em entrelaçar o seu braço ao de Stephen e sorriu, um pouco nervosa, em sua direção, enquanto observava o Mago abrindo um portal direto para a frente de uma mansão bastante luxuosa.
Oiie, Meus Xuxus! ❤
Trouxe mais um capítulo e esse é um dos que não sei dizer se eu amei ou se eu odiei... Só sei que essas cenas finais me quebraram e a descrição de como o Strange se sente em relação a ela... 🤏🏻😫❤
Aliás, o próximo capítulo é MUITO importante, na verdade, e vai contar com a participação especial de alguém beeeem interessante 👀🤭
Só para vocês saberem, eu ainda não escrevi ele pois agora tô trabalhando igual uma jumenta e ainda fazendo academia toda noite de segunda a sexta 🤡
Mas, assim que eu tirar ele da minha cabeça, eu posto para vocês, viu?
Paciência comigo, pelo amor de Deus kkkkk
Até o próximo, viu?
Beijos! 💋💋
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