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09






Era uma manhã de bastante sol e calor. Portanto, a preguiça que se instaurou no corpo de Ruby fazia com que a ruiva estivesse apenas sentada nos pés de uma árvore velha e enorme, observando os magos treinando o combate corpo a corpo. Havia alguns, inclusive, que chamavam bastante a atenção de Ruby pelo porte físico ou pelo fato de estarem dando olhadelas e piscadelas em sua direção. 

No entanto, ela estava tão cansada que a última coisa que pensava era em flertar com alguém. 

Não quando a mulher tinha passado uma semana inteira treinando Magia sob os olhares atentos de Stephen. Ele era um professor bastante exigente e, embora Ruby acabasse tirando ele do sério apenas por diversão, ela também tinha a consciência de que tudo que ele fazia era para protegê-la. E como Ruby não queria machucar ninguém, bem… 

Depois da conversa com Stephen e de uma conversa com América e Lourdes na mesma noite, mais tarde, ela decidiu que ia tentar, pelo menos, um pouco. Não custaria nada, não é? Não voltaria para casa tão cedo, não havia ninguém esperando por Ruby e estava ficando entediada naquele lugar, além de se sentir bastante deslocada, até. 

Bem, naquela hora, ela se encontrava descansando, finalmente. Os fones no volume máximo tocavam o costumeiro Nickelback e a perna dela balançava para cima e para baixo, enquanto ela desviava os olhos do grupo de magos e encarava o céu azul, sem nuvens. 

Ouvir música a relaxava, ainda mais quando a música era mais alta e barulhenta do que a sua própria mente. E naqueles dias, a mente de Ruby estava agitada não só pela mudança brusca em sua vida, mas principalmente pela amizade repentina com Stephen. 

Quer dizer… 

Ruby ouviu ele dizer que se importava. Ele mesmo confessou isso no dia em que brigaram. Mas a insegurança fazia com que Ruby ficasse receosa. Nunca sabia quando estava atrapalhando, quais assuntos poderia puxar, qual o nível de amizade eles poderiam vi a ter… Parecia que ela estava sempre pisando em ovos, além do fato de que sua cabeça a fazia achar que ele só queria ficar por perto por causa de Christine. 

E se fosse esse o caso, bem… Ruby realmente não fazia ideia do porquê se sentia tão inútil e usada quando pensava nisso. Talvez, aquela agitação toda tivesse deixado ela carente. Ou fosse sua TPM. 

E sinceramente, Photograph não estava ajudando. Então, Ruby tirou os fones e guardou eles no bolso da calça, o que fez Ruby perceber Lou parada ao seu lado, em pé, de braços cruzados, observando um ponto qualquer ao longe. 

-Que susto! - Ruby estremeceu, atraindo a atenção para si ao colocar a mão sobre o coração. - Parece uma assombração! 

-Quanta exibição de testosterona! - Lou rolou os olhos e encarou a amiga, apontando com a cabeça para algum ponto no meio do treino. - Soube que o Tyler quer sair com você. Inclusive… 

Ruby ergueu a sombrancelha ao perceber que Lou começou a não segurar a risada, ficando vermelha a cada vez que tentava iniciar a frase. Rindo junto por causa da risada dela, Ruby levantou do chão e empurrou o braço de Lou, curiosa. 

-O que houve, Lou? Por que você está rindo? 

-É que… Bem… 

Lou soltou outra risada, fazendo Ruby rir mais uma vez, levemente histérica, junto com a morena. Subitamente, como se tivesse sido invocada, América apareceu ao lado da irmã e alternou o olhar entre as duas, controlando a vontade de rir também. 

-Ja contou para a Ruby? 

-O que? 

-Eu… Não! É que… Ah, Ruby! 

Lou voltou a rir mais, curvando sobre o próprio corpo. América cravou as unhas na própria mão e encarou a ruiva, de maneira séria, virando de costas para o grupo de treino, tentando manter a postura. 

-É que… Bem, tem o George. Ele é aquele rapaz de pele negra, alí no canto… Sorriso bonito, cabelo afro… 

-Hmmm… - Ruby disfarçou e localizou o tal homem, o analisando. - Uau! Ele é lindo! 

-Então… - América riu, mas se controlou e falou de uma vez. - Ele foi até o Stephen e pediu para sair com você! 

-É o que?! 

A reação de Ruby foi tão espontânea que América e Lou começaram a rir que nem duas doidas, mas foi a mais velha quem se recuperou primeiro, começando a contar, em voz baixa. 

-Bem, estávamos tomando café da manhã e a América estava apurrinhando o Strange, enquanto eu e Wong estavámos falando sobre um dos feitiços do livro dos desesperados… 

-Não é Condenados? - Ruby franziu a testa, confusa. 

-Esse é outro! Enfim, me escuta! Ai, o cara simplesmente chegou e ficou parado do lado do Strange e… Do nada, assim que o Strange o encarou, ele solta um "Posso sair com a Ruby, Senhor?!" 

América guinchou, se dobrando de rir, enquanto Ruby controlava a risada, negando com a cabeça e repetindo mentalmente que não tinha a menor graça. 

-Hmmm… E o que ele disse? 

-Ruby, você tinha que ver a cara dele! - América riu, dando um tapinha no braço da menina. - Ele fechou a cara e o livro e saiu andando sem nem responder ao menino! 

-O Wong engasgou com a azeitona, a gente teve que fazer uma manobra nele! 

-Aí a azeitona pulou para fora e atingiu a testa do George! 

Ruby estava dobrada de tanto rir depois de ouvir sobre Wong quando Lou cutucou América e, piscando para a irmã mais nova, comentou em alto e bom som: 

-Se eu não conhecesse o Strange, poderia até dizer que ele ficou com bastante ciúme! 

-Ah, cala a boca! - Ruby reclamou, ainda rindo. 

Porém, seus olhos prenderam em algum lugar atrás de Lou e América e ela tentou ficar mais séria enquanto observava Stephen Strange caminhando até elas. Lou e América perceberam o mesmo e as três mulheres passaram a ficar quietas, somente trocando olhares divertidos, até que ele tivesse parado bem ao lado das três. 

-Bom dia, Strange! - Lou exclamou, sorrindo de leve. - Como vai? 

-Você já me desejou bom dia. - Stephen retrucou, sério. - Lá no Refeitório. 

-Alguém acordou com o pé esquerdo, pelo visto. - América cantarolou, provocando. - Talvez, a Ruby possa… 

-A Ruby pode vir comigo agora. - Stephen cortou, encarando a ruiva. - Preciso da sua companhia. 

Suspirando e rolando os olhos, a mulher enfiou as mãos nos bolsos e acenou com a cabeça para as duas irmãs, enquanto Stephen abria um portal para qualquer outro lugar do mundo. Parando ao lado dele, ela observou o que parecia um parque amplo, ladeado com prédios enormes. 

-Por que estamos indo para Nova York de novo? 

-Porque preciso te treinar. - Strange respondeu, sem muitas explicações, acenando com a cabeça para ela. - Anda logo, Ruby!

A mulher revirou os olhos mais uma vez e adentrou o portal, sentindo imediatamente a mudança climática e de ambiente. Logo a seguir, Stephen apareceu ao seu lado e o portal se fechou atrás deles. Olhando para Stephen, Ruby percebeu que ele passou por ela e andou alguns passos antes de olhar a mulher por cima do ombro, como se perguntasse se ela não viria. 

Ela o acompanhou, percebendo que tinham algumas pessoas olhando para eles e passou a analisar os dois. A diferença era gritante: Stephen estava vestido quase que socialmente, enquanto Ruby vestia uma wilde leg, com tênis all star e blusa de banda. No mínimo, eles poderiam ser pai e filha ou tio e sobrinha… 

Então, Ruby riu, balançando a cabeça e desviando o olhar. Por mais que fosse verdade, que ele tivesse idade para ser seu pai (caso Stephen tivesse tido filhos novo), Ruby não conseguia enxergar ele assim. Na verdade, ela nem mesmo dava a mínima para a diferença de idade entre eles, já que isso nunca foi tema de discussão, mas mesmo assim, Ruby ficou curiosa e quando percebeu que Stephen a olhava de lado, ela perguntou: 

-Hey, você me considera como filha ou sobrinha…? 

-Como? - Stephen parou e ergueu uma sombrancelha, com as mãos enfiadas no bolso. 

Até mesmo a capa, que estava disfarçada de lenço em seu bolso, se mexeu e encarou Ruby. E embora o objeto não tivesse olhos, Ruby podia claramente visualizar a mesma revirando eles. 

-É que… Olha para nós! - Ruby fez um gesto entre eles. - Podíamos ser pai e filha, sabe? 

-Eu não sou tão velho assim, Ruby! - Stephen exclamou, quase revoltado. 

-E esses cabelos brancos aí? 

Rolando os olhos, Stephen bufou e reclamou que era stress. E bem… Nisso, ela concordava. Ele realmente era tão estressado que devia ganhar um cabelo branco por dia. 

-Bem, de qualquer forma… - Ruby voltou a andar atrás de Stephen, falando. - Eu estava pensando sobre e fiquei curiosa. Sei lá… Vai que você tem um sentimento paterno sobre mim. 

-Definitivamente, não! - Stephen riu, sem humor, passando no meio de um grupo de crianças brincando de bola. 

-Como sabe? 

-Porque um pai não deveria querer matar a própria filha, Ruby. E eu estou prestes a esganar você se ficar me irritando com esse assunto! 

Ruby cruzou os braços e soltou um suspiro, se mantendo ao lado de Stephen. 

-É que… Como você me considera? 

-Por que essa conversa sentimental agora? - Stephen perguntou, claramente irritado. - Eu tô ocupado! 

A ruiva deu de ombros, ainda de braços cruzados. 

-Não sei… Eu só acordei pensativa. 

-Que maravilha! 

-É… E sei lá… Aliás… - Ruby mordeu uma pelinha da boca antes de de perguntar. - Verdade que o George me chamou para sair? 

Stephen parou tão abruptamente que Ruby só registrou quando seu corpo foi de encontro ao de Stephen e ela só não caiu no chão porque ele a segurou. Olhando para cima - Para Stephen -, Ruby percebeu a careta de desagrado do homem e se perguntou o motivo. 

Talvez, ele não gostasse de George, né? 

Só quando Stephen soltou seus cotovelos que Ruby percebeu que ele estava perto demais e que ela mal respirava. 

-Ele não pediu para você? 

-Bem… Não. - Ruby deu de ombros, vendo Stephen cruzar os braços. - Mas soube que ele pediu para você… 

-América e Lou. É claro. - Stephen rolou os olhos e assentiu. - É, pediu. 

-E o que você disse? 

-Nada. 

-Nada? 

-Nada. Eu não sou você para responder se você quer sair com ele ou não. - Stephen rolou os olhos e voltou a andar. - Mas se o cara precisa pedir para o professor da menina, deve ser porque não tem coragem de te chamar e achou que eu ia ajudar. De qualquer forma, se eu fosse mulher, não saíria com um cara que nem coragem de me chamar, tem. 

Ruby o seguiu, bem ao lado dele, levemente pensantiva. 

-Bem… Foi exatamente por isso que pensei que, talvez, as pessoas nos vejam como pai e filha… Sabe? Talvez, ele achou que tivesse que pedir para você e… 

Stephen soltou uma risada que parecia mais um tom de deboche, enquanto eles chegavam na parte da frente do Central Park. 

-Isso é ridículo! 

-Mas as pessoas acham que eu sou a Feiticeira Branca e isso também é ridículo. 

Stephen parou novamente e a olhou, de cima a baixo, com os olhos levemente estreitos. 

-Sei… E você vai? 

-O que? 

-Sair com o rapaz? 

Ruby deu de ombros e pegou a ponta do cabelo, dando uma olhada nela. Podia sentir o olhar de Stephen em cima de si e, subitamente, se sentiu tão tímida que sabia que se o encarasse, ia ter um colapso. 

-Talvez… Ele é bonito. 

-E covarde. 

-Não acho que ele tenha sido covarde, exatamente… 

-Bruxinha… - Stephen ergueu o rosto de Ruby com os dedos, sem reparar que a garota parou de respirar, praticamente. - Acredite. Você merece alguém que tem a coragem de tentar a sorte direto com você e não que tenha que pedir para alguém ou que só esteja interessado porque metade daquele lugar também está. 

Stephen a soltou e voltou a andar, fazendo Ruby conseguir respirar de novo, se perguntando o porquê de, às vezes, ser tão difícil ficar perto dele. 

-O que você quis dizer com "metade daquele lugar"? 

Stephen respirou fundo ao atravessar a rua. Estava crente que tinham encerrado o assunto. Então, encarou Ruby, de lado, desviando das pessoas na rua. Não era possível que ela não tinham reparado que metade da população masculina de Kamar Taj virava o pescoço quando ela passava. 

Era? 

Bem, de qualquer forma, Stephen disse: 

-Não sabia que você era tão lerda. 

-Não sabia que você era tão misterioso. Passar a informação completa vai fazer cair a sua língua? 

-Tá… - Stephen bufou. - Metade daqueles magos querem sair com você. Na verdade, na última semana, não foi só o George que veio falar comigo. Eu devo ter contado uns 10 caras, entre os que falaram diretamente e os que apenas insinuaram que você é linda e gostariam de te conhecer melhor. É logo ali na frente. 

Ruby franziu a testa, mas logo entendeu que ele falava sobre o lugar que iam. Então, balançou a cabeça e ficou vermelha, desviando o olhar. E é claro que isso atraiu a atenção de Stephen. Ao parar em um sinal vermelho para pedestres, ele exclamou: 

-Achei que você ia ficar empolgada de saber que todo mundo te acha linda e quer uma chance. 

-Bem, considerando que eu não queria nem estar viva…

Stephen franziu os lábios e deu um tapa na capa quando ela começou a cutucar ele por dentro da roupa, apontando para Ruby. 

-E dai? Suicidas não namoram? - Stephen perguntou, em um tom de voz irônico. 

-Magos Supremos namoram? 

-Ex-Magos Supremos. Os supremos namoram, sim. - Stephen comentou, com um pequeno sorriso. - O Wong tem uma namorada diferente todo fim de semana. 

Ruby soltou o ar e, ao atravessar a rua, deu de ombros, ainda sem olhar para Stephen. 

-É que… Eu não queria isso. Entende? 

-Isso o que? 

-Ficar com alguém por ficar. Tipo… Beijar é bom para caramba e eu adoro conhecer gente nova. Ou adorava, no caso. A questão é que… Nenhuma dessas pessoas está interessado em mim, sabe? Quer dizer… Pelo visto, todo mundo me acha atraente, mas… Ninguém quer realmente me conhecer. Conhecer meus traumas, minhas tristezas, o que me anima de verdade, as coisas que eu gosto ou do que eu gosto de rir… Ninguém vai querer ouvir Nickelback comigo ou ficar me observando ler só porque estar do meu lado serve. Então… 

Stephen tinha a testa levemente franzida e prestes a dizer que Ruby tinha ele para fazer isso - Aliás, desde que a conheceu, era exatamente isso que fazia - quando se deu conta do conteúdo romântico da fala. A capa voltou a cutucar ele, como se tivesse pensado na mesma coisa, mas Stephen apenas deu um tapa nela e ouviu Ruby rir, sem humor, exclamando; 

-Eu disse… Acordei pensativa hoje. Desculpa. 

-Tudo bem. Na verdade, é até bom para o lugar que quero te levar. 

-É? - Ruby franziu a testa, confusa. - Aliás… Onde você está me levando? 

Stephen pegou a mão de Ruby, o que fez o estômago da garota dar um saltinho bastante ridículo. Ou talvez, tenha sido o puxão que ele deu nela para fazê-la entrar na portaria de um prédio. Ele se dirigiu direto ao corredor e entrou no primeiro elevador ainda sem responder as perguntas dela. 

Stephen soltou a mão dela quando o elevador se fechou com somente eles e um senhorzinho de idade e óculos escuros. O mesmo reconheceu Stephen imediatamente enquanto exclamava: 

-Ah, Doutor Strange! Como vai? 

-Senhor Lee! Olá! - Stephen apertou a mão do senhorzinho, com um sorriso simpático no rosto. - Como vai? 

Um sorriso que Ruby percebeu que quase não via. 

-Vou bem, Meu Filho… Vou bem! E essa moça…? 

-Sou a Ruby Owens. - Ruby esticou a mão e observou o senhorzinho a beijar. - Prazer! 

-O Prazer é todo meu, Querida! - Se voltando para Stephen, o homem piscou. - Ela é bonita! 

-É, não é? 

Stephen arregalou os olhos de leve ao se dar conta do que disse, sentindo a capa "rir" em seu bolso, mas se Ruby notou o elogio, não disse nada, pois estava ocupada prestando atenção no Senhor Lee, que contava sobre a complicada cirurgia que Stephen tinha realizado anos antes, nele. 

Porém, o elevador abriu no andar deles e Stephen arrastou Ruby para fora ao ouvir o Senhor Lee insinuando que ela era uma menina de sorte por namorar ele. 

Aquele, com toda a certeza, era um daqueles dias em que não Stephen não deveria nem mesmo ter saido da cama. 

-Eu gostei dele! 

Ruby exclamou, andando pelo corredor do prédio, sem nem perceber que os dois continuavam de mãos dadas. Mais do que isso, sem nem mesmo perceber que seus dedos se entrelaçaram aos de Stephen quando a mão dele tocou na sua. 

Porém, o homem percebeu isso, apesar de não a soltar, de forma que precisou engolir em seco antes de responder: 

-É… Eu também gosto dele. Ruby, me escuta… 

Ruby o encarou e Stephen finalmente soltou sua mão. Ele se virou de frente para ela e de forma séria, falou: 

-Eu te trouxe aqui, mas você tem todo o direito de não querer vir mais, okay? Mas… Me promete que, pelo menos, hoje você vai tentar? 

-Tentar? O que? 

Então, os olhos de Ruby bateram na placa atrás dele. Era de aço galvanizado e enfeitava uma porta, onde a descrição poderia ser lida em letras de acrílico transparente: "Consultório da Doutora Julie Trayson  - Psicóloga". 

-Ah, não! 

-Ruby, é pro seu bem! 

-Tá vendo?! É isso que me irrita em você! - Ruby exclamou, revoltada, se afastando de Stephen. - Você sempre acha que sabe o que é melhor para mim! Que porra! 

Stephen precisou correr para impedir Ruby de entrar de volta no elevador, consciente do olhar de umas mulheres no corredor. 

-Ruby, quer parar de ser teimosa?! 

-Quer parar de ser metido e imbecil?! Não, né? Sai da minha frente! 

-Se não quiser fazer isso por mim, faça pela Lou, okay?! 

Ruby o encarou, desconfiada, e prestes a argumentar alguma coisa quando Stephen continuou, saindo da frente do elevador agora que ele tinha fechado e descido, provavelmente, sendo chamado em outro lugar. 

-Ou pelos seus pais. Eu tenho certeza que eles não iam querer ver a filha desejando morrer. Além disso, tenho certeza que suas questões psicológicas estão atrapalhando o seu desenvolvimento de poderes. 

Ruby continuou em silêncio, o olhando como se quisesse pular em seu pescoço e o matar com as próprias mãos. 

-Se você não gostar, não precisa voltar. 

Ruby suspirou e voltou a olhar para ele, de maneira séria. 

-Ótimo! Eu vou nessa porcaria de psicóloga! Mas nunca mais confio em você para nada! 

Stephen assentiu, seguindo Ruby para dentro do consultório. Haviam algumas pessoas na sala de espera e Ruby se sentou na única cadeira disponível, o que fez Stephen esperar ao lado dela, apoiado na parede, tentando ignorar o olhar da secretária de Julie. 

Julie era uma amiga do tempo da faculdade que acabou largando a Medicina quando ficou grávida do, agora, ex-marido, optando por voltar à vida acadêmica com psicologia. E Stephen sabia que, além de ser confiável, Julie estava acostumada a ouvir coisas de Super-heróis, de forma que, qualquer coisa que Ruby contasse, não fosse ser uma estranheza. 

-Strange! Oi! 

Se virando para o lado, Stephen encontrou a mulher alta, de pele negra bem escura, os cabelos cacheados eram revoltos desde a época da faculdade e Julie não fazia questão nenhuma de prendê-los. Além disso, ela sempre usava o mesmo batom vermelho em absolutamente qualquer ocasião, e naquele momento, não era diferente. 

Então, Stephen ergueu as bochechas em um sorriso e cumprimentou Julie, ciente do olhar de Ruby. 

-Oi, Trayson! Quanto tempo! 

-Uns cinco anos! - Julie continuou sorrindo, piscando o olho. - Você estava meio indisponível nesse tempo, acho… Cadê sua amiga? 

Stephen apontou para a ruiva ao seu lado e fingiu sussurrar: 

-Está de mau-humor! Cuidado que ela às vezes morde! 

Ruby revirou os olhos, mas se forçou a dar um sorriso para a mulher, enquanto Julie também sorria para ela, gentil. 

-Oi, Ruby! O Stephen falou muito sobre você… 

-Falou? 

-Não vamos exagerar! 

-Daqui a pouquinho te atendo, viu? Fiquem a vontade! 

Stephen agradeceu e apontou com a cabeça para Ruby ir no balcão quando a secretária da mulher a chamou. Contrariada, ela se levantou e foi preencher os dados, deixando Stephen a encarando e pensando em como alguém podia ser tão cabeça dura. 

Bem, ele não estava cometendo nenhum crime por ter mentido para onde iam. Além disso, foi mesmo sugestão de Lou que fizessem isso, então se Ruby tinha que ficar irritada com alguém, era com a melhor amiga, não com ele. 

Ruby mal terminou de preencher a papelada quando seus olhos bateram no final da página, bem na parte do canhoto. Hesitando, ela se lembrou que tinha abandonado o emprego e, naquele momento, não tinha um único real no bolso. Porém, a moça atrás do balcão percebeu isso e acabou se inclinando mais para perto, sussurrando: 

-Hey, não se preocupa. Já está pago. 

-Já? 

-Seu namorado pagou hoje de manhã. 

Ruby sentiu o pescoço esquentar e continuoi hesitando, enquanto reclamava. 

-Ele não é meu namorado. E eu não sei se quero aceitar a ajuda dele… 

-A Doutora não devolve dinheiro, então, pelo menos essa consulta você tem que fazer. 

-Tá… 

Então, Ruby se pôs a continuar preenchendo e fazendo uma anotação mental de conversar sobre isso com Stephen. Mas teria que ser depois, já que assim que terminou de preencher, a Doutora Julie a chamou, fazendo Ruby entrar na sala, enquanto Stephen fechava os olhos para descansar um pouquinho e fingir não ver as tentativas de chamar a atenção da secretária ao seu lado. 





Oiie, Meus amores! ❤

Isso não é um treinamento ou uma ilusão: Pelo menos, nas próximas 3 ou 4 semanas, teremos capítulos de Savin' me todo sábado 💖😭

E vocês não tem noção da saudade que eu tava de escrever esse casal, sério! Nem sei porque parei, na verdade kkk Acho que foi quando comecei a ficar sobrecarregada...

De qualquer forma, agora vamos entrar em uma parte da fanfic que eu tô amando, onde os capítulos serão mais focados na dinâmica da amizade da Ruby e do Strange. Até porque, né? Alguém tem que começar a criar sentimentos pela ruivinha 🤭👀

Ah, e sobre esse capítulo... Bem, eu acho que é muito bonito aquela história de "O amor cura tudo" em certas histórias, mas aqui, além de Mago o Stephen é médico. Ele conseguiu perceber ums indícios de depressão na Ruby e, sinceramente, nem o romance, nem os poderes dela vão fluir se ela não tratar as questões dela mesma (experiência própria)

Portanto, a força do amor não vai atuar aqui, exatamente. Mas a força da terapia  sim KKKKKK

Eu já tô bastante animada para o próximo capítulo e espero que vocês também, viu?

Até o próximo!

Beijos 💋💋

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