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08







Fazia uns vinte minutos que Stephen Strange e Ruby Owens estavam sentados em um banco de pedra cor de cimento queimado, com o sol do início da tarde batendo contra seus rostos, junto com o vento extremamente gelado. Não estavam em um silêncio total, mas também não tinha muita necessidade de palavras. 

Apesar disso, Ruby estava levemente incomodada já que ela parecia ser uma atração no local. Ou talvez, fosse o fato de estar ao lado de Stephen, mas de qualquer forma, todos que passavam por eles a encaravam e alguns chegavam a sussurrar, parecendo saber mais sobre ela, do que ela mesma sabia. 

-Você está se sentindo bem? 

A voz de Stephen interrompeu abruptamente seus pensamentos e Ruby o encarou por alguns segundos antes de assentir, apoiando o queixo nas mãos e os cotovelos nas coxas. 

-Eu… Não sei. Fisicamente? Sim, eu tô bem. Mas… Todo o resto… 

Stephen assentiu como se esperasse essa resposta e rodou aquele anel estranho em seu dedo, distraídamente. A capa estava bem quietinha há quase uma hora, talvez, tentando manter a postura na frente de todo mundo. 

Ruby encarou o nada e percebeu uma garotinha de cachinhos escuros a olhando, enquanto passeava de mãos dadas com a mãe, que também a olhava, mas acabou desviando o olhar ao ver que a ruiva percebeu. Franzindo a testa, Ruby suspirou e se virou de frente para Stephen, cruzando as pernas. 

-Okay, então… O Nome desse lugar é… Calma… Taj Mahal? 

Stephen arregalou os olhos e negou com a cabeça, fazendo Ruby pensar e se lembrar a seguir. 

-Ah, Kamar Taj. Lembrei! Enfim… E isso fica no Nepal. Até ai, eu entendi. 

-Certo. - Stephen a olhou nos olhos, sério. 

-E aqui é tipo… O antro da Magia? 

-Aham… 

-E tipo… O Wong é o responsável por aqui. 

-É. - Stephen sorriu de leve. - Viu? Quando você quer prestar atenção, você entende! 

Ruby rolou os olhos e voltou a olhar ao redor e, por fim, perguntou: 

-Por que ninguém para de me olhar? 

Stephen olhou ao redor e percebeu que sim, a maior parte das pessoas olhava para eles. Mas mais especificamente, para Ruby. 

-Bem, tem dois motivos. Três, talvez… E o Principal deles é: Você está comigo. Normalmente, chamo muita atenção. - Stephen disse isso de uma forma que fez Ruby perceber que era mais um fato do que uma suposição em si. - O Segundo, foi o estado que você chegou aqui. Foi preciso vários curandeiros para te estabilizar e mesmo assim, você ficou quatro dias desacordada. 

A ruiva assentiu, compreendendo o que o homem falou, mas ao perceber que ele não ia continuar, ela mesma o perguntou: 

-Hey, e o terceiro motivo? 

-É ridículo, na verdade. - Stephen respondeu, soltando um suspiro pesado, como se estivesse cansado. - Mas acham que você é a Feiticeira Branca. 

Ruby franziu a testa, se lembrando da conversa que ouviu de Wong com aquele cara, na lanchonete. Então, parafraseando o homem e disfarçando, ela perguntou: 

-Estamos em Narnia agora? 

Stephen sorriu e a encarou, suave. 

-Sabe que foi exatamente isso que o Wong perguntou? 

-Ah… Foi, é? 

-Mas para você ser a Feiticeira Branca, teríamos que ter a Feiticeira Escarlate. E tanto uma, quanto a outra, são lendas do Multiverso. Elas não existem em nenhum deles. E acredite, se existisse a América saberia. E eu também. 

Ruby assentiu e voltou a encarar o nada. Era muita coisa de uma vez para absorver. Pouco mais de um mês antes, ela era uma pessoa normal, vivendo o luto dos pais e reclamando de ter que acordar cedo de segunda a sexta para trabalhar. Mas aquilo… 

Nossa, era algo que ela nunca teria imaginado nem nos seus sonhos mais loucos. 

-Quando vou poder voltar para casa? 

A pergunta pegou Stephen de surpresa e ele a olhou, pensando. E sabendo que não importava o que ele falasse naquele momento, eles iam acabar discutindo. Como não? Teimosa igual uma mula como ela era… 

-Ruby, você está correndo perigo. Você sabe disso, certo? 

-É, você deixou claro umas quarenta vezes em vinte minutos. 

-E mesmo assim quer voltar para casa?! - Stephen perguntou, cruzando os braços e revirando os olhos. - Sinto muito, mas você não pode voltar para casa. Não agora. Você fica aqui até ser seguro e… 

-Você não pode me manter aqui! - Ruby reclamou, balançando a perna, irritada. 

-É o Melhor para você…! 

-Por que caralhos você acha que sempre sabe o que é melhor para mim, Stephen?! 

-Porque eu sei! - Stephen elevou um pouco a voz e pigarreou, se controlando a seguir, mesmo se irritando. - Você não passa de uma garota nova, com poderes que podem ser uma bomba e que por algum motivo que eu ainda não faço ideia, tem um alvo enorme nas costas, que só pensa que sabe tudo sobre o mundo…! 

-Eu não sou uma criança ingênua e indefesa…! - Ruby começou a se alterar, fazendo Stephen se irritar, finalmente. 

-Então, para de agir feito uma ou você vai acabar morrendo! 

-Talvez, eu queira isso! - Ruby levantou, irritada. - Assim, eu nunca mais tenho que olhar para a sua cara! 

Stephen observou, em silêncio, Ruby sair correndo entre as pessoas que observavam a discussão, pelo caminho que fizeram. O homem pensou em ir atrás ou chamar por ela, mas tudo que fez foi soltar o ar retido em seus pulmões, devagar, enquanto observava as próprias mãos, naturalmente trêmulas. 

A capa fez um carinho em seu ombro e Stephen suspirou, a olhando. 

-Vai atrás dela. Por favor. 

A capa assentiu e saiu voando, fazendo ele ficar "sozinho", a não ser pela presença da garota que se sentou ao seu lado. 

-Dia dificil, Strange? 

América sorriu quando ele a olhou. Esfregando os olhos, ele concordou, soltando apenas uma frase: 

-Por que ela tem que ser tão teimosa?! 

América torceu os lábios e prendeu a barra da blusa entre os dedos, também torcendo ela. Por fim, América apenas perguntou: 

-Você já pensou que pode estar sendo difícil para ela passar por isso tudo?

-Muita gente perde a família. Ela não é privilegiada! 

América o encarou e Stephen se deu conta do que disse segundos depois, o que fez Stephen suspirar e abaixar o olhar, negando com a cabeça. 

-Eu não quis… 

-Tem razão. - América deu de ombros. - Mas cada um lida de uma forma com a própria dor. Ela está claramente assustada, com medo e com muita informação na cabeça. Deve sentir falta da mãe, do pai e do irmão… A Rotina sem graça era um conforto e arrancar ela de lá pode ser um choque, Strange. Achei que você, mais do que ninguém, sabia o que era a perda da rotina. 

Stephen ergueu o olhar para ela, se perguntando internamente quando America tinha virado alguém que dava conselhos tão bons, mas de qualquer forma, agradecia por isso, já que não tinha mesmo pensado nessa possibilidade. 

A garota continuou falando, levemente nervosa quando percebeu que ele estava mesmo prestando atenção dela. 

-Além disso, ela acabou de descobrir que a melhor amiga dela mentiu em alguns aspectos e… Sinceramente? Ela acha que você só está tentando fazer uma substituição. 

-Que substituição?

-Você perdeu a Christine e está "transferindo" essa perda para ela porque são primas. Ela não sabe ainda que você se importa, de verdade, com ela. A Ruby acha que é só um meio para você não perder mais o contato com ela. Entende? 

Stephen franziu a testa para América e, com o tom de voz bastante curioso, comentou: 

-Queria saber como, exatamente, você sabe isso tudo se mal falou com a Ruby. 

América sorriu, culpada, e coçou a nuca. 

-Bem… É que tem certas coisas que… Não mudam de Universo para Universo. 

Stephen o soltou uma risada discreta que America compartilhou com ele. O silêncio preencheu os segundos seguintes enquanto ela deixava Stephen absorver suas palavras, o que se mostrou bastante eficaz instantes depois, quando Stephen exclamou, coçando a nuca. 

-Mas isso nem faz sentido! Quer dizer… Eu só poderia estar fazendo uma "Transferência" se eu estivesse me apaixonando por ela! E não estou, então… Espera ai! 

América ergueu uma sombrancelhas quando ele a encarou, desconfiado, o que fez ela sorrir. 

-Sim? 

-Você disse que "Algumas coisas não mudam de universo para universo". 

America balançou a cabeça e pegou uma mecha do cabelo escuro entre os dedos, deixando ele absorver suas palavras ainda. Mesmo que ele só tenha absorvido metade quando exclamou: 

-Você está me dizendo que a Ruby existe em outro universos e que nos conhecemos?! 

-Ela existe em todos os universos que você existe, com raríssimas exceções, como o qual ela escolheu ir com o irmão na farmácia ou com os pais no avião e morreu. - America explicou, empolgada. - Mas, se você for passear pelo Multiverso, vai perceber que vocês sempre tem um grande… Envolvimento. Quer dizer, uma ótima amizade. Sabe? 

Stephen estreitou os olhos e America perdeu o sorriso quase instantaneamente quando percebeu que falou demais. 

-Ah… Então, você tem passeado pelo Multiverso… 

-Em minha defesa, como espera que eu aprimore meus poderes sem treiná-los?! 

-America… 

-Ih, ouvi a Lourdes me chamando! Tchau! 

América levantou correndo e depois de uma distância de uns quinze passos, ela deu meia volta e parou ao lado de Stephen, suspirando. 

-Eu nem acredito que vou precisar falar isso, mas… Vai atrás dela, pede desculpas e pergunta como ela está. Mostra que se importa e para de pressionar um pouco a menina. 

-Eu não me importo…! 

-Pelo amor de Deus, Strange! De tudo que falei você só focou nisso?! - América revirou os olhos e pareceu impaciente, como se desse uma bronca em uma criança mimada. - Você vai atrás dela, okay? E por favor… Pelo amor de Deus, Stephen… Se quer conquistar ela de algum jeito, para de comparar ela à Christine… 

Stephen  franziu a testa, confuso. 

-Mas eu nunca comparei as duas e… 

-Não. Não falando. Mas você sabe que aqui… - America ousou tocar o peito dele, piscando a seguir. - Você ainda compara qualquer pessoa a ela. 

Stephen não respondeu e América saiu correndo de novo, enquanto ele se perguntava desde quando ficou tão fácil para que outras pessoas o lessem. Mais especificamente, crianças como Ruby e América. 

Então, se corrigiu, a seguir. Ruby não era uma criança. Ela era uma mulher. E uma mulher forte, poderosa, teimosa e com personalidade. E talvez, ele a chamasse de criança apenas para não ter que encarar a realidade de que ela era tudo, menos criança. 

E sendo assim, admitindo esse fato, isso o obrigava a levantar e agir. 

*** 

Quando Stephen Strange chegou ao quarto dele, já tinha todo um discurso ensaiado e o repassou mentalmente antes de bater na porta. Sem esperar que ela o mandasse entrar, ele manejou a maçaneta e a abriu. 

Ruby estava deitada na cama, a capa jogada por cima dela como um lençol, os dois imóveis. Mesmo assim, ele sabia que ela estava fingindo, então fechou a porta atrás de si com um baque que fez seu corpo estremecer, denunciando que estava acordada. 

-Precisamos conversar. - Stephen afirmou, seguro. 

Nada. Ruby apenas continuou deitada, o que fez Stephen pôr as mãos no quadril e suspirar de novo. 

-Ruby Anne! 

-O que é? 

O tom de voz dela saiu duro e aborrecido e Stephen ignorou. 

-Precisamos conversar. - Ele repetiu. - Senta logo! 

-Não. 

-Por que?! 

-Tô com cólica. - Ruby respondeu. 

Stephen hesitou. Ela estava mentindo ou estava mesmo com cólica? Ele sabia o quanto uma TPM poderia mexer com o humor de uma mulher, o que faria ter sentido a briga deles. Então, por via das dúvidas, ele andou até a cama e esticou o braço, pondo na frente dela uma embalagem de bombons. 

Isso fez ela franzir a testa e o encarar por sobre o ombro, confusa. 

-Que isso? 

-Chocolate. As mulheres ainda comem isso na TPM, não é? 

Ruby corou e se sentou, fazendo uma careta de dor. E só então, Stephen notou a bolsa térmica em sua barriga. Pelo menos, ela não tinha surtado à toa. 

-O que queria falar? - Ruby perguntou, cheirando um dos chocolates, desconfiada. 

-Não está envenenado, se quer saber. 

-Não seria exatamente isso que um envenenador diria? 

Stephen rolou os olhos, vendo, a seguir, ela jogar um bombom inteiro dentro da boca. Seus olhos verdes se fixaram nos dele e por um instante, Stephen esqueceu tudo que ia dizer e, por isso, o quarto ficou em absoluto silêncio por bastante tempo. 

Foi Stephen quem criou coragem e o interrompeu quando Ruby finalmente percebeu que os bombons faltantes voltavam para o mesmo lugar quase instantaneamente. 

-Como você está? 

-Bem. 

Stephen olhou dentro dos olhos de Ruby e negou quando ela desviou o olhar, querendo parecer esconder algo. 

-Não. Como você realmente está, Ruby? Com tudo que tem acontecido… Você sabe… Quer dizer… - Stephen pigarreou, se ajeitando na cama. - Você conversa com alguém, se abre sobre o que sente, desde a morte dos seus pais ou do seu irmão? 

Por um segundo, Ruby continuou desconfiada, dispensando a caixa de bombons ao seu lado e ajeitando a bolsinha térmica em sua barriga. A capa achou melhor ficar quieta e permaneceu imóvel sobre a cama enquanto Ruby voltava a olhar para Stephen. 

-Eu tô bem, Stephen. Não se preocupa. 

Franzindo os lábios, ele encarou um ponto qualquer no chão, fixando seu olhar nos tacos de madeira marrom escuros. 

-Eu me preocupo, Ruby. 

-Porque quer evitar que eu tenha um colapso. Eu já sei! - Ruby revirou os olhos, sem o encarar. 

-Não. Porque… De alguma forma, desde que você sentou do meu lado naquele maldito casamento e admitiu estar mal, eu me importo com você, tá, legal?! 

Ruby franziu as sombrancelhas ruivas e encarou o homem, que soltou o ar retido em seus pulmões e passou a mão no rosto, desesperado, aparentemente. 

-Eu sei que não somos amigos e mal nos conhecemos. Mas de certa forma, me identifiquei com você e entendo sua dor. Nós dois perdemos muito, Ruby. E você… Você é legal, okay? Teimosa, irritante, metida e mandona. Mas é legal e quando não quer bancar uma de durona é ligeiramente suportável e… 

-Isso deveria ser um elogio?! - Ruby perguntou, horrorizada, mas com um pequeno sorriso de lado. - Não me admira que a Christine tenha casado com outro! 

Stephen revirou os olhos, mordendo a língua. E embora ainda doesse lembrar disso, sinceramente, ele riu internamente da constatação. Afinal, era verdade. Ele admitia, ao menos para si, que nunca tinha sido muito bom em demonstrar sentimentos ou falar sobre eles. Se sentia fraco fazendo isso, mesmo que não falar não anulasse o fato de que, de qualquer forma, por mais que quisesse esconder, os sentimentos ainda estariam por lá.  

-Bem… - Stephen chamou a atenção dela novamente. - Objetivamente… O que estou tentando dizer é que me importo com você, Ruby. Não só pelo fato de que você pode vir a ser uma ameaça, mas… Por ser quem é. 

Ruby engoliu em seco, surpresa demais com as palavras dele para dizer qualquer coisa descente, então, ficou calada. Stephen pigarreou e voltou a falar quase imediatamente, com calma. 

-Então… Pensando nisso, quando eu digo que você deveria ficar aqui, eu estou pensando no seu bem-estar acima de tudo. Você pode achar que conhece as coisas e sabe se defender, mas… Ruby, tem pouquíssimos dias e só algumas horas que você acordou depois de ser atacada por algo que nem sabemos o que é e que poderia ter te matado ou machucado seriamente. Entende? 

Ruby corou e abaixou os olhos para os próprios pés, parecendo constrangida, enquanto sentia os olhos de Stephen em todo o seu rosto, atentos. 

-É claro que eu entendo, Stephen… 

Ruby sussurou, fazendo Stephen se inclinar para frente, antes de perceber ela levantando a cabeça e suspirando, acrescentar. 

-Mas você entende que eu estou assustada? Que eu estou cansada? E principalmente… Que eu não tenho ânimo e nem vontade de fazer planos a longo prazo ou investir em qualquer coisa para mim porque eu não tenho a mínima vontade de continuar viva? Que eu sou covarde demais para tentar alguma coisa, mas que, talvez, eu não fizesse a menor força para impedir algo desse tipo? 

Stephen franziu a testa, sem interromper o contato visual com a ruiva, mesmo quando as lágrimas começaram a brotar dos olhos dela. 

-Stephen… Eu não tenho ninguém! Eu… - Ruby engoliu em seco e tentou controlar as lágrimas sem sucesso. - Eu acho que não quero lutar contra o que quer que esteja tentando me atacar. 

Stephen negou com a cabeça mas apesar de ter tentado falar algo, Ruby o silênciou fazendo um gesto com a mão, enquanto voltava a falar. 

-Não! Não preciso da sua pena ou dos seus conselhos sobre não desistir. Nada disso vai tirar o peso dos meus ombros de continuar vivendo, comendo, rindo… Enquanto meus pais e irmão estão sete palmos abaixo da terra. Nada disso vai fazer com que eu seja a Ruby de antigamente de volta. Eu só… Eu quero voltar para casa. Mas eu sei que esse casa significa "Minha família". 

Ruby engasgou com um soluço e Stephen viu a capa a envolver em um abraço, enquanto as lágrimas desciam como cascata pelo rosto dela. Stephen realmente não sabia o que fazer para consolar a garota, mas também não queria ficar parado, enquanto olhava para o nada. 

-Eu… - Stephen pigarreou e se jogou mais para perto de Ruby. - Sinto muito que você tenha que passar por isso e… Eu não pensei em tudo que você estava sentindo quando… Te forcei a aceitar as aulas e… Ruby, você realmente precisa se acalmar! 

Os olhos de Ruby se arregalaram quando ela percebeu que ele estava pendurado de cabeça para baixo, de alguma forma, flutuando no ar, junto com algumas cadeiras e objetos do quarto. 

-Eu… Eu não sei parar! 

-Se concentra na respiração e mentalizar tudo indo para o chão! 

Ruby fechou os olhos, limpando as lágrimas do rosto, fazendo exatamente o que ele mandou. Então, as coisas simplesmente caíram no chão de uma vez após uns dois minutos. 

Incluindo, Stephen. 

A capa imitou uma risada enquanto Ruby fingia não achar graça ao ver o Mago se erguendo do chão e a encarando, sério. 

-Que bonitinho! - Stephen rolou os olhos e apontou para os dois com uma mão, enquanto com a outra, esfregava a própria testa. - Os dois se merecem mesmo! Isso! Continuem rindo! 

No momento em que a risada de Ruby escapou, um monte de meleca também escapou junto e a garota tentou parar de rir, mas engasgou violentamente, a ponto de começar a sair lágrimas dos seus olhos de novo. 

Quando a situação ficou mais controlada, Stephen voltou a se sentar ao lado de Ruby e em um impulso impensado, ele levou a mão ao cabelo que caía na frente do rosto dela e empurrou a mecha do cabelo vermelho para trás da orelha. Seus olhos fitavam os olhos de Ruby com total atenção. 

E sinceramente, Ruby estava sem ar por ter se esquecido como respirava com aquele homem tão próximo de si e mais ainda, com os dedos dele roçando sua orelha e descendo pelo pescoço. 

-Você não precisa passar por isso sozinha, Ruby. 

-É a minha dor. 

-Eu sei. - Stephen soltou ela, mas não recuou nem mesmo um centímetro. - E eu concordo que você deva sentir ela. Mas se ficar pesado demais, pode dividir comigo. Ou com a Lou, o Wong… Nos importamos com você. 

Ruby assentiu e deixando mais uma lágrima cair, ela se ajoelhou na cama e, de uma vez, jogou os braços ao redor do pescoço do homem. De primeiro momento, ele não teve reação, afinal… Não esperava pelo abraço repentino. 

Porém, Stephen fechou os olhos e, hesitante, envolveu a cintura fina da garota com os braços, a puxando para si, a seguir. 

Ruby também não resistiu a fechar os olhos e enterrar o rosto no pescoço dele, inspirando o cheiro do perfume. Era amadeirado e com notas âmbar, com um toque almíscarado no fundo e até levemente apimentado. Era bom, afinal. 

No entanto, o abraço foi interrompido por dois motivos: O Primeiro foi a capa que se enrolou em volta dos dois, apertado, quase ao mesmo tempo que Wong abriu a porta do quarto e presenciou a cena. 

Presos pela capa, Stephen foi o primeiro a ver o homem e, enquanto ele e Ruby faziam força para se soltar, Ele apenas comentou: 

-Não é o que você está pensando! 

-Eu estou pensando que vocês dois se abraçaram e o Manto se enroscou em vocês. 

-Então, é… - Stephen suspirou, derrotado. - É o que você está pensando! 

Ruby riu do tom de voz dele e fez cócegas na capa, o que fez com que a mesma liberasse os dois do aperto e Ruby pudesse se sentar novamente no colchão, enquanto evitava olhar para Stephen. 

Pelo amor de Deus… Ela praticamente tinha agarrado o homem!

-Bem, fico feliz que tenham se acertado! - Wong comentou, sorrindo. - A América pediu para eu vir ver se vocês estavam se matando e por um segundo eu achei que sim! Estava tão silencioso que pensei "Okay, e se a Ruby estiver guardando o corpo dele?" 

Na mesma hora, Stephen ergueu a cabeça e encarou Wong, revoltado. 

-Hey! Por que diabos a Ruby quem me mataria?! Eu sou o Mago aqui! 

-E ainda assim, eu aposto na moça! - Wong piscou para a ruiva e sorriu. - E só para você saber… A América e a Lourdes também! 

Isso fez ela rir, limpando o rosto com o lençol enquanto Stephen cruzava os braços e fechava a cara, fingindo irritação. Talvez, não fosse uma idéia tão boa assim manter Ruby tão perto deles, mas… Infelizmente, era o único lugar onde ele sabia que seria seguro. 



Oiie, Meus Amores! ❤

Trouxe mais um capítulo para ver se me ânimo com os comentários de vocês e me dá inspiração para continuar essa parte da história que é um pouco chatinha para mim :/

Espero que tenham gostado da discussão dos dois e da América colocando juízo na cabeça dele (aliás, quem entendeu o que ela quis dizer com "A Ruby existe em todos os universos e tem um envolvimento? Heheh)

Ah, e esse final... o Primeiro abraço a gente nunca esquece, né 🥺❤

Espero mesmo que tenham gostado

Até o próximo!

Beijos 💋💋

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