02
_____________________
Chelsea é um bairro tranquilo, em Nova York, localizado próximo à Manhattan. É conhecido por suas inúmeras galerias de artes e restaurantes sofisticados, um ótimo ponto para se visitar ao turistar pela cidade de Nova York.
Ele é o berço da vida noturna e, embora não seja o bairro mais famoso desse tipo, é um dos que mais tem bares gays por todo o estado e, bem ao lado do mais famoso deles, em uma fábrica abandonada, funcionava uma moderna galeria de artes.
A Chelsea Modern era um local que abrigava desde artistas locais com pixações urbanas e modernas, a artes mais renomadas e típicas, como quadros antigos e valiosos, de pintores famosos ou desconhecidos. Uma vez por mês, um leilão era feito no local com as doações recebidas durante esse mês, atraindo muitas pessoas que, em sua grande maioria, apenas visitavam a galeria para dar uma olhada e Saiam sem comprar ou arrematar nada.
Era no balcão de atendimento ao público que Ruby Owens trabalhava de oito e meia da manhã até uma da tarde, com uma hora de almoço diária, de segunda a sábado. Ao seu lado, Louise Mayer, mais conhecida apenas como Lou, a acompanhava todos os dias e, nos raros momentos em que não estava apenas trabalhando, Ruby e Lou estavam conversando e fofocando.
Na verdade, desde tinha voltado do blip, Lou era o mais próximo que tinha de uma amiga e, se Ruby não estivesse enganada, ela também se sentia assim.
Lou era um pouco mais velha que Ruby, com quase um metro e setenta e era uma mulher gorda e lésbica, cheia de tatuagens, com o cabelo curto e preto raspado nas lateriais. E é claro que ela chamava bastante atenção por estar fora do "padrão" da galeria, com aquele bando de mulheres magras, branquelas e tão igualmente fúteis que Ruby nem mesmo sabia diferenciar a da contabilidade com ela mesma.
Mas apesar da cara de poucos amigos, Lou era a pessoa mais doce, empolgada e completamente meiga que Ruby conhecia, fato que fazia com que a ruiva precisasse defender a amiga de vez em quando de alguns clientes críticos demais. Lou nunca levantava a voz ou respondia de forma grosseira, o que acabava irritando um pouco Ruby, mas esse era um dos motivos principais pelo qual gostava da mulher: Não importa o quanto fossem maldosos com ela, Lou sempre retribuíria com gentileza.
Porém, naquele dia em específico, Ruby queria bater em Lou. Não por ela ter sido compreensiva mais uma vez com algum cliente sem noção ou por ter deixado alguma das meninas da galeria gritarem com ela, mas sim, porque Lou nem mesmo esperou ela terminar a frase e já estava berrando, a ponto de alguns clientes olharem para as duas, curiosos:
-VOCÊ TOMOU UMAS COM O DOUTOR ESTRANHO?!
Respirando fundo, Ruby corou e forçou um sorriso para uma turista com um hijab que passou por ela, sorrindo também. Por fim, fuzilou a amiga com os olhos e, sussurrando, reclamou:
-Isso, Lou! Berra mais… O Terceiro andar da galeria não ouviu você ainda!
-Me desculpe, mas… - Lou riu, pegando a identificação de um rapaz com cara de fuinha, para fazer um crachá de visitante. - Não é todo dia que temos a chance de tomar um chá com um vingador!
-Foi uma bebida. - Ruby corrigiu, esfregando a ponte entre os olhos. - E foi só… O que?! Uns vinte minutos?!
Lou imprimiu o crachá para o menino e se virou para Ruby, a olhando, séria.
-Pode ter sido até cinco minutos, Ruby Anne! Você vai me contar agora, detalhe por detalhe! Ele é gostoso?!
Ruby revirou os olhos e se voltou para o computador, sussurrando:
-Achei que era lésbica.
-Eu sou! Mas sei reconhecer quando um homem é gostoso! É isso que difere as mulheres dos homens, por falar nisso. Gostar de mulher? Okay! Admitir que um homem é bonito? Nããão, nunca! O que vão pensar dele?! Mas eu não tenho problema nenhum em admitir que acho ele sexy com aquela capa, isso não me faz menos lésbica! Mas aparentemente, faz o pau de alguns homens cair, né?
Ruby riu e passou os segundos seguintes sorrindo sozinha, para a tela do computador. E ela só notou que fez isso quando Lou enfiou uma caneta na sua lombar, fazendo Ruby pular de susto e cócegas.
-Ai!
-Me conta, Ruby! Nunca te pedi nada!
-Ah, não?!
-Bem, isso não vem ao caso!
Rindo, a ruiva ajeitou o cabelo e assentiu, virando a cadeira giratória até estar de frente para Lou, que também girou a dela para ficar de frente para Ruby.
-Bem, você sabe… Decidi ir no casamento para enfrentar logo aquela situação que eu adiei, sabe? E aí, depois de ouvir a mesma frase um milhão de vezes de gente que eu nem sei quem é, a Christine me achou…
-Christine é a sua prima?
-É… Em teoria, temos a mesma bisavó e isso nos faz parentes, mas distantes. - Ruby explicou, pontuando. - Enfim… Ela me achou, percebeu meu desconforto e sugeriu de eu ir beber e ele estava lá.
Lou se inclinou para frente, com um olhar malicioso na direção de Ruby, que ignorou, já que, ultimamente, Lou parecia querer empurrar ela para qualquer homem mediano de beleza questionável. Então, ela voltou a falar.
-E como achei que ele poderia ser algum parente, já fui falando para ele não me dar os pêsames e só percebi quem ele era quando vi umas crianças com os bonequinhos…
-Os colecionáveis?! Eu tenho dos Vingadores originais e da Wanda Maximoff! Todo dia penso como seriam nossos filhos e… Enfim, continuando…
Ruby riu e revirou os olhos, sacudindo a cabeça.
-Bem, não tem muita coisa. Ele só comentou que não estava num dia bom, eu também não… E aí, a capa dele me abraçou e não queria me soltar!
-Mentira?!
-Verdade!
-E ela é macia?!
-E quentinha!
-Cheirosa?!
-Muito, na verdade!
-Que filha da puta sortuda que você é, Owens!
A risada de Ruby acompanhou a de Lou e as duas só pararam de rir quando outro cliente apareceu, sem falar um pingo de inglês, o que obrigou Lou a usar o curso de espanhol básico dela para fazê-lo entender que aquele prédio não era o hotel dele e sim, uma galeria de artes.
Por fim, quando os olhos de Ruby bateram nas horas em seu relógio, ela lamentou mais uma vez que seu horário de almoço fosse obrigatoriamente anterior ao de Lou, já que alguém precisava ficar na recepção e, atualmente, só existiam as duas para isso. Então, ela desligou apenas a tela do computador, catou canetas e lápis e acenou para Lou, indicando que ia almoçar, recebendo um polegar positivo como resposta.
Ruby deu a volta no balcão até ir para o lado da porta de entrada e pôr o dedo no ponto eletrônico, registrando a hora na qual saiu para o almoço.
Caminhando pela rua cheia de turistas e moradores de Chelsea, ela sentiu o vento morno do meio da tarde beijando seu rosto e cabelos e, por alguns segundos, ela basicamente se sentiu em paz, sem nenhum tipo de tensão ou preocupação sobre seus ombros. Momentos como esses eram raros e Ruby sabia que precisava aproveitá-lo até o último segundo.
Ainda se sentindo bem consigo mesma, ela atravessou duas ruas e chegou ao seu restaurante favorito, Joe's Burguer. Apesar do nome, o local não servia apenas hambúrgueres e por isso, sempre que sua carteira deixava, Ruby almoçava no lugar umas salsichas recheadas com queijo e refrigerante de laranja, seu favorito desde que era pequena.
Ruby se sentou na mesma mesa de sempre, no canto interno do restaurante e, depois de fazer o pedido à garçonete, ela pegou o próprio celular e ligou no aplicativo de música, conectando aos fones. Sua banda favorita era Nickelback e em qualquer oportunidade, ela estava ouvindo as mesmas músicas com a qual cresceu junto.
Depois, enquanto esperava as salsichas recheadas, ela conferiu as redes sociais, percebendo que foi marcada em algumas fotos do casamento, mas foi a matéria do jornal online que a interessou.
Aparentemente, um monstro tinha invadido Nova York e, junto do Homem Aranha, o Doutor Estranho tinha conseguido salvar o local com apenas o saldo negativo de dois carros e um poste destruído. Logo abaixo, havia uma crítica particularmente dura aos heróis, mas Ruby decidiu que não daria atenção a isso e mudou de notícia, dando uma olhada nos classificados do emprego, atrás de uma oportunidade melhor e mais concreta, sem sucesso, por sinal.
Então, de certa forma, Ruby acabou não percebendo a hora passar, mas como a bateria dos fones tinham acabado, ela apenas continuou com eles em sua orelha ao perceber que, atrás dela, haviam duas pessoas conversando em um tom de voz baixo, mas não o suficiente para impedi-la de ouvir.
E é claro, ela era curiosa, então, quando ouviu a frase "Já contou ao Strange?", Ruby continuou olhando pela janela, ouvindo atentamente.
-É claro que não, Jeffrey!
-Se eu fosse você, contava. - A voz mais grave respondeu, calmo. - Afinal, se a Feiticeira Escarlate existe, é quase obrigatório existir a Feiticeira Branca.
-Onde você acha que estamos? Em Nárnia?!
-Wong, eu estou falando sério! Eu vi a colisão das duas…
-E eu acho que você está assistindo filmes demais. - O homem soou sério. - A Feiticeira Branca é uma lenda! Tanto quanto a Feiticeira Escarlate! Não há evidência alguma de que as duas existem em nenhum lugar do universo! Então, não. Obrigado por vir avisar, mas eu não vou falar com o Strange sobre isso.
O silêncio reinou e Ruby quase pediu para eles continuarem falando, mas o homem qur deveria ser Jeffrey se levantou e pediu desculpas por incomodar o tal Wong e se retirou do local a passos largos e aborrecidos.
As salsichas chegaram, mas Ruby não conseguiu tirar aquilo da cabeça, pensando na enorme coincidência de encontrar alguém que, provavelmente, conhecia Stephen Strange, justo no dia seguinte no qual os dois bateram um papo amigável. O mundo era mesmo um grão de ervilha…
E enquanto pensava sobre isso, a paz foi interrompida assim que o som de carros batendo e pessoas em pânico começou a tomar conta, repentinamente, do entorno dela. Olhando pela janela, Ruby percebeu que o motivo de tal pânico era um bicho enorme, parecido com algo entre uma aranha e uma lula, que caminhava com os oito tentáculos por cima dos carros.
Por um segundo, Ruby não fez nada, apenas torcendo para o bicho não entrar à direita, mas foi exatamente o que ele fez, então ela se levantou de uma vez e correu na direção contrária da qual as pessoas corriam, apenas para conferir se o bicho iria na direção da galeria de artes.
E ele foi.
Então, Ruby começou a correr pela rua, o cabelo ruivo esvoaçando atrás de si a cada passo rápido. Precisava tirar Lou daquele lugar, afinal, ele estava derrubando postes e batendo com os tentáculos nos prédios, fazendo tijolos caírem por tudo quanto era lugar.
Ruby estava quase lá quando, por um triz, um dos tentáculos não a acertou. O bicho e ela se encararam e ela percebeu que ele começou a avançar em sua direção e até mesmo tentou correr dele, em pânico. No entanto, ele a envolveu com o tentáculo enorme e a jogou para cima, sem a soltar, fazendo um grito agudo escapar por sua garganta.
O bicho berrou e começou a recuar pelo local que veio, jogando um carro em cima da polícia, que atirava contra ele, mas… O carro não atingiu nenhum policial. Pelo contrário, na verdade, um monte de faiscas se abriram no meio do nada e, entrando por dentro do que parecia um portal, ele apareceu atrás do bicho, o derrubando no chão.
Enquanto era bombardeado com magia e poderes, ele sacudiu os tentáculos e soltou Ruby. Ela descreveu um arco no ar e, a segii, começou a cair em direção ao solo, berrando alto e se debatendo, mas antes que pudesse bater no asfalto de cabeça, algo a pegou, passando por debaixo dela.
Seja lá o que fosse, içou voo com ela e Ruby percebeu que estava envolta em um tapete vermelho voador quando se agarrou na beirada. E só quando pousaram no alto de um prédio, ela pôde perceber que, na verdade, aquilo era a capa do Doutor Estranho. De novo.
Ela ainda tremia compulsivamente e não tinha forças para levantar quando um tentáculo decepado voou em sua direção e ela agiu por impulso, gritando e erguendo as mãos, tentando se proteger.
Um campo de força se materializou em volta dela e da capa, fazendo o tentáculo bater contra ele e voar, com o impacto, para a beirada do prédio, caindo no chão com um estrondo.
Naquele momento, quando o campo de força se desfez e ela olhou para o pano vermelho, de alguma forma, ela sabia que se ele tivesse um rosto, estaria com uma expressão assombrada e curiosa ao mesmo tempo.
Tomando coragem, Ruby ergueu o corpo do chão do terraço e correu para a beirada, sendo impedida de cair pela capa, que parecia estar atenta a qualquer movimento dela. Olhando para a rua, ela percebeu que os civis já não estavam mais no meio do conflito, mas que mesmo assim, muitas pessoas se arriscavam a tirar fotos e gravar vídeos do entorno.
O Doutor Estranho e aquele cara do restaurante chamado Wong estavam, juntos, tentando acabar com a lula/aranha, mesmo que ela estivesse apenas com um tentáculo anda.
A luta se desdobrou em um show de luzes e ilusões que Ruby mal conseguia acompanhar e a capa estava ao seu lado, parecendo observar também, impressionada.
O monstro deu uma última olhada para cima, encontrando com o olhar de Ruby e, depois de rosnar, ele fez menção de ir atrás dela. Isso foi a deixa para que Wong e Strange conseguissem enfiar um poste no olho do monstro, fazendo ele explodir, literalmente falando. Gosma de monstro se espalhou por toda a rua e, a seguir, ele caiu estirado no chão, imóvel e sem vida.
As pessoas começaram a voltar para aquela rua, aplaudindo em alto e bom som e gritando, basicamente, reverenciando os dois magos. Ao seu lado, a capa usou duas pontas para bater palminhas e Ruby riu, se deixando cair no chão, sentada.
Suas mãos ainda tremiam enquanto ela tirava os próprios sapatos e encarava o pé. Estava inchado e dolorido de forma que ela pôde perceber que o machucou. Nada grave, na verdade. Talvez, precisasse colocar apenas um pouco de gelo quando chegasse ao trabalho novamente.
Ruby não percebeu que a capa tinha saído de perto dela, muito menos, que tinha trazido junto alguém quando voltou para o topo do prédio, até que esse mesmo alguém tivesse pigarreado, chamando a atenção da ruiva.
Ela se virou, no susto, em uma pose de luta ridícula, com os dois punhos erguidos e cerrados na frente do rosto, até perceber que, ninguém mais era, além do Doutor Estranho e da capa vermelha, dando "tchauzinho" a ela por trás dele.
-Abaixe os punhos, Criança. Não vim lutar com você!
Ruby corou e obedeceu, ajeitando o cabelo que parecia um ninho de passarinho, enquanto tentava não morrer de vergonha.
-Ah… Senhor Strange, olá! Bem… A Sua capa, ela… Salvou minha vida!
Stephen deu uma rápida olhada para a mesma quando ela afirmou, fazendo o homem revirar os olhos, encostando o quadril na beirada do prédio.
-Fico feliz. Aliás… Eu te conheço…
-Conversamos no casamento da Christine ontem! - Ruby explicou, esfregando a mão no tornozelo inchado.
-Ah… - Stephen assentiu, cruzando os braços, enquanto olhava para baixo, na direção da rua. - Eu não sei seu nome, de qualquer forma.
Ruby o encarou, confusa, se lembrando a seguir que, realmente, hora nenhuma havia falado seu próprio nome para ele. Então, sem graça, ela tentou se erguer do chão, enquanto dizia:
-Ah, perdão! Eu nem me apresentei… Eu sou a… Uuuuui!
Ruby caiu no chão novamente quando, ao se apoiar no pé, ele falhou. Então, como mágica, a capa simplesmente voou na direção dela e se enrolou em volta do tornozelo, de uma maneira firme e que até aliviou um pouco da dor que começava a surgir, agora que a adrenalina tinha passado.
Stephen franziu a testa, aparentemente, confuso.
-Seu nome é "uui"?
Ruby o encarou e negou, franzindo a testa.
-Que?! Não! É claro que não!
-Mas foi isso que você disse…
-Eu caí!
-Você, ao menos, sabe seu nome, Criança?!
Ruby fechou a cara e cruzou os braços, fazendo um bico infantil.
-Não sou criança!
-Parece uma desse ângulo…
A capa sacudiu em seu pé, como se tivesse soltado uma risada, mas parou assim que Ruby a fuzilou com os olhos. Então, se virou para Stephen.
-Ruby Owens, Senhor.
-Não precisamos do Senhor, Ruby. - Stephen respondeu, a olhando nos olhos. - O que você fez para irritar aquele bicho? Porque eu tive a impressão de que ele estava bem atrás de você. Sabia?
Ruby franziu a testa, confusa, mas a seguir, negou com a cabeça e revirou os olhos.
-Eu só estava passando no lugar errado e na hora errada! Eu não fiz nada e nem acho que ele estava atrás de mim…
Stephen ficou em silêncio por alguns segundos, mas caminhou até Ruby e esticou a mão em sua direção, o que fez ela hesitar por cinco segundos, mas ceder a seguir, sendo erguida por ele.
-Tem uma ambulância lá embaixo. Acho que você deslocou o pé, pelo que eu analisei e deve precisar imobilizá-lo para manter no lugar. - Stephen declarou, servindo de apoio para Ruby. - Você tem certeza absoluta que aquele treco não estava atrás de você?!
Ruby assentiu, se controlando para não rir dessa hipótese maluca. Quer dizer, se não fosse ela tentando voltar para a galeria, o bicho lula-aranha nem mesmo ia ter visto ela.
Curiosa, Ruby perguntou:
-Aliás… O Que era aquilo?
-De forma mais leiga, um alienígena. De vez em quando, é comum por Nova York. Vem, Owens. Vou te levar lá para baixo.
Ruby estava prestes a se apoiar nele, indo para a direção dos elevadores após pegar seu sapato jogado no chão, quando a capa saiu do pé dela e, se enrolando em volta dos dois, apenas começou a levitar de qualquer maneira, fazendo Stephen precisar abraçar Ruby antes que ela caísse, escorregando.
Era nítida a irritação do homem com a capa a ponto dela ir se esconder atrás de um homem asiático, que franziu a testa para Stephen, assim que eles pousaram no chão, perto da área circundada pela polícia.
-Sinto muito! - Stephen a soltou, levemente constrangido pela situação.
-Tudo bem. - Ruby sorriu, mesmo também estando levemente constrangida. - Você já tinha me avisado que ela era temperamental e… Bem… Foi mais rápido, né?
-É… - Stephen a encarou.
Na verdade, ele manteve os olhos em Ruby por mais tempo que o necessário, como se tentasse ver sua alma. Inclusive, talvez, a impressão que ela teve foi de que ele estava desconfiado de algo, mas o contato visual foi interrompido quando Wong se aproximou dos dois.
-Com licença…
Ruby e Stephen encararam o homem e ele sorriu para a ruiva, antes de se voltar para Stephen.
-Preciso ir. Você dá conta ou prefere continuar aqui com a moça?
Stephen negou e encarou Ruby, novamente, menos de vinte e quatro horas, afirmando que precisava ir e tendo apenas um "Sem problemas" como resposta. A capa acenou para ela e, empertigada, foi até Stephen, mas o homem apenas murmurou:
-Vamos ter uma conversinha mais tarde, ouviu?!
A capa murchou e eles saíram de perto de Ruby que, logo, foi atendida por uma enfermeira na traseira de uma ambulância. Quando seu pé estava sendo imobilizado, Lou abriu caminho entre as pessoas e Ruby sentiu o coração aquecer dentro do peito, feliz por estar vendo a amiga bem, sem nenhum arranhão.
E era óbvio que, conhecendo Lou como conhecia, a primeira pergunta não seria "Você está bem?". A primeira pergunta, logicamente, seria:
-Caramba, Ruby! Aquele era o Doutor Estranho?!
Mesmo assim, Ruby sorriu pela amiga e deu de ombros, se fazendo de desentendida.
-Era? Eu nem vi…
O
iie, Meus Xuxus! 💕
Nossa, eu estava TÃO animada para postar de novo, mas minha semana foi horrível e MUITO agitada, não parei nem um minuto e mal escrevi...
Porém, eu fiquei TÃO feliz de ver que vocês gostaram da idéia e já abraçaram a fanfic! Quer dizer... Já tem mais de 600 visualizações e só tem uma semana, eu tô akabaaiabakaabajabajwbaabah
Obrigada por isso, de verdade! Vocês são os MELHORES 🥰🥺😭❤
Agora, precisamos falar desse capítulo...
Conhecemos alguém que vai ser bem importante para a História e não só como "a melhor amiga da protagonista", que é a Lou, mas não posso dar mais informações ainda, porque... Né? Enfim KKKK'
Só espero que gostem dela!
Ah, aliás... A CAPA SALVANDO A RUBY 🥺🤏🏽
Se o Stephen não ficar de olho, é a capa quem vai querer casar com ela 😅
Aliás, eu sei que ainda estou dando migalhas do casal e vai ser assim por alguns capítulos, okay? Tenham paciência e lembrem: É SlowBurn 😇
Semana que vem, volto com outro capítulo!
Até mais!
Beijos 💋💋
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro