09 • Garoto Atrevido
Só fechei meu olhos com força e... nada aconteceu. Com um frio enorme na barriga e o coração acelerado, abro meu olhos vagarosamente e vejo alguém de capacete descer de uma moto, o mesmo vem até em mim parecendo preocupado.
— Ei garota, calma! Ah, mas bem que tu podia olhar a rua para atravessar, né? — Ele ri e eu continuo paralisada. — Olha, vou indo. Se cuida gatinha! — Pisca para mim, tocando em meu rosto.
Minha nossa, essa foi por pouco! Caramba, eu poderia ter sido atropelada. E quem era ele? Só consegui ver seus olhos, pois estava de capacete. E bem que achei muito assanhadinho para o meu gosto, eu ein.
Fui logo correndo para a calçada, pois não queria correr o risco outra vez. Quando chego no portão da escola, vejo Jungkook vindo um pouco desesperado em minha direção.
— Ha-na, meu Deus! Não quebrou nada, né? Se machucou? Está bem? Fala comigo! — Diz desesperado.
— Ai Jungkook, eu estou bem! - Olho para o lado.
— Ainda bem... — Vem e minha direção com a intenção de me abraçar.
— O que está fazendo Jungkook? — Me afasto.
— Eu... Só estou feliz que não aconteceu nada.. — Diz não entendo o meu afastamento.
— Hum. — Saio andando e ele pega em meu braço.
— Ei! O que houve?
— Nada, sabe... Ah, só um concelho, se eu fosse você, não me envolveria, porque Iu não é garota pra você, e você sabe disso! — Me solto e entro no colégio.
Ainda um pouco nervosa por conta do ocorrido, antes de eu entrar na sala, vou ao banheiro para me acalmar e beber um pouco de água.
Ao sair do banheiro, no corredor, vejo Suga andando sozinho. Pensei até em tirar satisfação sobre ontem, mas era o SUGA, então não me atrevi.
O mesmo ao passar ao meu lado, me olha por um instante e depois abaixa a cabeça e segue para sua sala, como se nada do que havia acontecido ontem, tinha realmente acontecido.
Para a felicidade de alguns (ou não), as duas primeiras aulas ficamos sem professores. Passaram para nós algumas atividades. Como terminei rápido e não tinha nada para fazer, sem ninguém ver, apenas fiquei ouvindo música no fone enquanto não batia o sinal.
『••✎••』
Como toda vez no intervalo, iria procurar um lugar mais isolado onde eu pudesse ficar em paz, longe de tudo e de todos daquela escola.
Passei no refeitório para pegar uma maçã, pois saí de casa e nem tive tempo de tomar café. Quando estava indo atravessar o refeitório para sair do mesmo, ouço uma voz familiar me chamando. Era JooE.
— Ha-na, vem sentar aqui! — Naquela mesa estavam JooE, algumas meninas e Taehyung com alguns meninos. Vou até eles. — Enfim te encontrei, está melhor? Me diga que sim, se não cabeças serão arrancadas!
Olho para Tae e ele sorri para mim sem dizer nada.
— Nossa JooE, hahaha! Não vai precisar arrancar nenhuma cabeça, estou bem, tirando que quase fui atropelada hoje...
— QUE?!! Você está viva menina? — Ela pega em meu rosto.
— Para, sua boba. — Começo a rir.
E assim ficamos alí aquele tempo, conversando como pessoas normais. Em alguns momentos, percebo que Taehyung me encarava. Acabei lembrando que eu havia beijado sua bochecha no dia anterior, o que me deixou com as bochechas vermelhas.
『••✎••』
Depois da aula, JooE e eu fomos embora juntas até uma altura, pois a casa dela era por outro caminho. Enfim em casa, fui abrir a porta e lembrei que a chave estava comigo.
Abri a mochila em busca de encontrar a chave ali, mas não estava no mesmo lugar em que havia deixado. Já estava preocupada, revirei toda a mochila, até no meu casaco e nada da bendita chave.
— Ai caramba, eu não acredito que perdi a chave! O que eu faço?
Sentei no único degrau que tinha na frente de casa e fiquei ali, pensando no que fazer. Havia uma grande probabilidade de eu morrer hoje, se não fosse morta pela minha mãe, com certeza seria de fome.
Permaneci ali, dando um tempo para ligar pra minha mãe... Quando estava discando seu número, alguém surge de moto e para bem na frente de casa.
Ao descer da moto, percebo que os olhos do tal sujeito era bem familiar. Então lembrei de hoje cedo, era o mesmo garoto que quase passou por cima de mim.
Ele caminha em minha direção e tira algo do bolso.
— Está procurando isso? — Era a minha chave.
— O que faz com a chave da minha casa? E como conseguiu? — Me levanto rapidamente.
— Talvez você tenha deixado cair. E eu como sou tão amável e gentil, vim trazer para você, anjo... — Ele sorri e pego a chave de sua mão.
— E como sabia onde ficava minha casa? Por acaso anda me seguindo, é?
— Até que você é esperta! É, eu te segui sim. Não sei se você notou que demorei um pouco para aparecer, mas é que eu estava te vendo dali. — Aponta para uma casa antes que a minha do outro lado da rua.
— Tá, eu agradeço, agora já pode ir.
— Não, não, oxi... Ah, e a propósito, sou Hoseok! — Diz tirando o capacete.
Não vou mentir que ele era bonito, mas bastante assanhado. Olho para o lado impaciente.
— O que foi? Não vai me dizer seu nome princesa?
— Meu nome é: não é sua conta! — Abro a porta e entro em casa.
— Haha, gostei de você, viu? — Escuto ele do outro lado da porta. Logo depois escuto som de moto se afastando.
Entro em casa e me jogo no sofá. Fico um momento deitada refletindo.
Por que alguns meninos estão me tratando de forma diferente? Foi porque comecei a me arrumar melhor?
Em seguida, resolvo ir até a cozinha preparar um sanduíche, porque com a fome que eu estava, não conseguiria aguentar esperar a pizza chegar. E talvez jamais chegasse mesmo, até porque nem havia pedido ainda... Percebendo a situação, começo a rir.
Levo o sanduíche comigo até o quarto. Após comê-lo, precisava de um banho, só assim relaxaria depois de uma manhã como a de hoje.
Enquanto lavava cada parte do meu corpo, lembrava dos olhos daquele garoto da moto, aquele olhar intenso e um pouco intimidador. Mas logo desapareceu da minha mente.
Ao acabar o banho, me seco e enrolo a toalha em meu corpo. Acho um pijama confortável e quentinho, pois tinha passado a ficar frio em questão de minutos.
Estava descendo as escadas, quando ouço a campainha tocar, então me apresso. Abro a porta me surpreendendo ao ver quem estava por trás da pizza.
— Ah não, você só pode estar me perseguindo, fala sério!
— Até parece. — Hoseok fiz por baixo do capacete. — Este é o meu trabalho... Aliás, que mundo pequeno, ein? — Reviro os olhos.
— Quanto vai sair a pizza? — Ele tira o capacete e não diz nada. — Fala logo, ou vai ficar me olhando?
— E que sorte a minha, ver você três vezes ao dia. Olha como nosso lance está ficando sério já. — Me olha de baixo para cima, arqueando uma sobrancelha.
— Vai querer o dinheiro ou eu vou ter que ser obrigada a furtar a pizza? Você que sabe.
— Isso só depois que me deixar entrar, que falta te educação a sua, credo. — Invade a minha casa.
— Ei, eu não deixei você entrar! — Ele senta no sofá.
— Que baita casa você tem, né? Quando vai me convidar para ir ao seu quarto? — Ele me olha seriamente e eu arregalado os olhos.
— É O QUE?
— Não precisa olhar assim, é brincadeira...
— Olha, melhor você sair daqui agora, antes que eu chame a polícia! — Já estava ficando com medo das atitudes de Hoseok, era praticamente um estranho dentro de casa. — E aí, vai sair? Ou...
Queria ameaçá-lo ainda mais, mas acabo vendo que um carro havia parado na frente de casa.
Me aproximei da janela e vi que era meu padrasto. Minha alma já estava saindo do meu corpo... Ele não podia me ver com esse pervertido aqui...
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Continua...
Não esqueça de deixar sua estrelinha ⏤͟͟͞͞☆
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