10 • Dix
Harry Styles
Dois anos atrás...
Já é a terceira festa de Liam que venho depois de ter encontrado Robyn. Pensei que eu fosse vê-la novamente, três anos se passaram desde a primeira vez e eu não a vi mais. Eu tentei vê-la novamente, até pedi para meu pai, mas o homem apenas me disse que eu não deveria me apegar tanto só porque ela foi minha primeira, que agora eu deveria explorar com outras mulheres. A maior idiotice que eu já ouvi. Queria ver Robyn novamente, porque não acho que ela mereça ficar naquele lugar, céus, ela nem sabia ler quando chegou. Como isso pode acontecer?
Eu queria vê-la mais vezes e entender porque beijar os lábios dela era algo interessante e porque eu passei dias pensando naquilo, queria vê-la mais vezes e ver suas versões sem maquiagens fortes que a forçaram a ser uma mulher que não era. De uma forma que eu não planejei acabei a encontrando. Ela está maior, o corpo mudou e ela parece uma mulher, ainda tão jovem como eu, mas ela está maior e parece mais madura.
Nós conversamos um pouco enquanto as pessoas vibravam em corridas de carros caros e velozes. Disse para ela sobre os livros que li e ela disse sobre a tragédia e as diferenças de classes em O Grande Gatsby. Uma noite de bebida com intelecto e aquele foi meu melhor encontro, mas ela teve que ir embora quando a amiga dela começou a vomitar. Contudo, depois desse dia, Robyn não voltou mais, mesmo eu vendo sua amiga.
Isso só pode ser uma brincadeira sem graça comigo.
Agora eu estou sozinho na sala de bilhar, porque Louis saiu para ir atrás de uma garota que ele estava paquerando a noite inteira, mas não quero ficar aqui. Então no momento que jogo todas as bolas no buraco, eu saio de lá. A sala de bilhar na casa de festas de Liam Payne fica no segundo andar e quando eu vejo o andar de baixo, um palco improvisado montado, no meio das pessoas eu vejo Robyn usando um vestido branco de alcinhas. Ela está com as mãos para cima e uma delas segura um baseado. Só que ela parece curtir a música enquanto move seu corpo assim como as outras pessoas.
A mulher acaba olhando para cima e eu nem sei porque, mas nós nos encontramos mais uma vez. Um sorriso brota em seus lábios e ela vira de costas para mim novamente. Eu me apresso em descer as escadas e ir até ela. Quando eu chego lá, consigo notar que ela está cantando a música como todas as outras pessoas.
— Pensei que não fosse te ver mais. — digo perto do ouvido de Robyn, ela vira-se imediatamente para me ver e sorri. — Gostei do seu vestido.
— Olá, Harry. Eu estou aqui agora. — diz simples.
— E eu fico feliz por isso. — Ela ri divertida e volta a virar de costas para mim. Eu chego mais perto dela e a mulher segura meu braço e deixa em volta do seu pescoço. O corpo dela fica próximo do meu e ela começa a balançar enquanto a música continua a ser cantada.
You're gonna be a shining star,
Fancy clothes, fancy cars.
And then you'll see, you're gonna go far.
(Você será uma estrela brilhante
Com roupas de marca, e carros extravagantes
E então você verá, você irá longe)
Cause everyone knows, who you are.
So live your life, ay ay ay.
(Por que todos sabem, quem você é
Por isso, viva sua vida, ay ay ay)
Instead of chasing that paper.
Just live your life (oh!), ay ay ay.
Ain't got no time for no haters.
Just live your life (oh!), ay ay ay.
No telling where it'll take you.
(Em vez de perseguir esse papel
Então, viva a sua vida (ah!) , ay ay ay
Você não tem tempo, para pessoas invejosas
Então, viva a sua vida (ah!) , ay ay ay
Sem dizer aonde ela vai levar você)
Just live your life (oh!), ay ay ay.
Cause I'm a paper chaser.
Just living my life (ay), my life (oh), my life (ay), my life (oh)
Just living my life (ay), my life (oh), my life (ay), my life (oh)
(Então, viva a sua vida (ah!) , ay ay ay
Por que eu sou uma perseguidora de jornais
Viver a minha vida, minha vida, a minha vida, minha vida)
Robyn estava sentindo e curtindo aquela música de forma intensa, dessa forma, observar ela se divertindo e mexendo seu corpo enquanto víamos a apresentação era uma satisfação para mim, mas com certeza muito mais para ela. Viro o rosto da mulher devagar e seus olhos castanhos ficam me encarando brilhantes, sorrio para e ela se inclina um pouco para perto do meu rosto.
— Eu pensei que nunca mais fosse te ver. — Ela diz, acaricio a bochecha dela.
— Eu pensei o mesmo. Então eu acho que deveríamos aproveitar a vida como a música que você está curtindo. — digo, a cacheada sorri para mim.
Roço nossos lábios e Robyn agarra minha nuca me beijando. Eu realmente não sabia o quanto eu senti falta desse beijo até sentí-lo de novo.
Got my mind on my money
And I'm not goin' away
So keep on gettin' your paper and keep on climbin'
Look in the mirror and keep on shinin' (shinin')
Until the game ends, till the clock stop
We gon' post up on the top spot
(Tenho minha mente em meu dinheiro
E não vou a lugar algum
Então siga ganhando seu dinheiro e continue subindo
Olhe no espelho e continue brilhando
Até que o jogo termine, até que o relógio para
Vamos ficar em primeiro lugar na vida)
Agora...
Quando chegamos em casa, eu tive que acordar a mulher nos meus braços que dormiu feito pedra durante o percurso. Ela saiu do carro meio sonolenta e Niall a recebeu de braços abertos.
Um sorriso estava formado no lábio de ambos e aquilo me deu mais certeza de que Robyn estava definitivamente em casa. Acabo olhando em direção de Davis que ao invés de estar pegando a mala da cacheada estava olhando para Robyn de novo.
Isso está me estressando, por isso, vou até ele, o homem negro de um tom de pele mais retino que Robyn se assusta quando me aproximo. Ele é mais alto do que eu, mas não dou a mínima.
— Olha, eu sei que você sabe que Robyn é de uma casa de prostituição, mas ela não está aqui para nada disso. — digo bravo e o homem me olha. Ele franze a testa, parece um pouco confuso ou talvez esteja se fazendo bobo. No entanto, apenas me interessa que ele tenha entendido que Robyn não está aqui por ele.
— Desculpe Senhor Styles. Acredito que seja um mal entendido. — Ele abre o porta malas. — Robyn apenas se parece com alguém que conheço.
— Entendi. — digo sem interesse. — Pode deixar essas malas com Cristina, ela vai deixar no quarto. Pode voltar para a segurança. -Falo e o homem acena com a cabeça sem tanto interesse entro na casa.
Quando chego na sala, vejo Kimberly encarando Robyn. Olhos azuis matadores enquanto Robyn parecia pronta para revidar qualquer ataque. Niall estava entre as duas, talvez para impedir o pior ou apenas para ser o juiz nesse octógono improvisado, espero que seja a primeira opção. A última coisa que eu quero é uma briga.
— Amorzinho, você chegou! — Kimberly diz e vem imediatamente até mim. Olho para Robyn e ela não parece brava. Ao contrário, ela está segurando o riso. Oh Certo, o 'Amorzinho'. Eu odeio isso.
— Olá. — digo indiferente e fujo do abraço da mulher quando ela vem para cima de mim. Observo que a mulher à minha frente está usando um vestido de Robyn. Então o motivo do atrito entre as duas assim que cheguei ficou mais óbvio para mim.
— Por que está usando esse vestido? — pergunto sério e a mulher se olha.
— Eu achei no closet. Lindo não é?
— Não é seu, você já tem roupas suficientes. — falo rude. — Além disso, eu não quero você usando as coisas da Robyn.
— Mas ela pode usar você? — cruza os braços.
— Eu não estou usando ninguém! — A cacheada protesta. Kimberly revira os olhos ignorando a mulher. Sequer vira de costas para encará-la. A mulher dos olhos azuis me olha.
— Você passou a noite fora. Foi por causa dela? — pergunta e eu ignoro sua pergunta. Passo por ela e vou até as escadas. — Amorzinho, fala comigo. — coço meus olhos, estressado. Paro em um degrau e vejo Robyn indo com Niall para fora de casa. Ótimo, eles me deixaram sozinhos nessa.
— Tira esse vestido. — falo e ela se aproxima de mim.
— Você parece estressado. Robyn te deixou estressado? — Ela toca meu rosto, mas eu tiro sua mão de lá.
— Você criando brigas, que está me estressando.
— Você passou a noite fora e eu fiquei agitada. — Vejo seus olhos cheios de lágrimas. Deus, que ela não chore.
— Mas eu voltei e preciso trabalhar.
Assim, eu deixo Kimberly e suas lamentações sozinhas. Pois, literalmente, continuar a ouvir a mulher que meu avô arranjou é a coisa mais estressante que posso lidar.
Quando eu entro em meu escritório, começo a resolver as pendências sobre as fazendas da Cidade Baixa, tive que resolver essas pendências em reuniões holográficas com os gerentes das fazendas. Eles não pareciam nada felizes, isso porque a revolta lá está mais agressiva, mas eu disse a eles para atender os pedidos dos revoltosos que trabalham nas minhas fazendas. É o mínimo que eu posso fazer para que ninguém saia prejudicado.
Entrei em contato com um dos lordes da Cidade Baixa também, Daniel, um bom homem e irei construir um hospital filantrópico. Isso fez com que a tensão entre os trabalhadores das minhas fazendas diminuísse. Entretanto, esta é uma luta conjunta. A única resolução que consegui foi sair da mira dos mais extremistas por ser um dos poucos que os escuta sem precisarem fazer tanto barulho.
Porém, em outras plantações. Principalmente, as do meu avô a tensão está aumentando e o último bombardeio semana passada fez com que o centro industrial da Cidade Baixa também pegasse fogo. Parece pior a cada dia e pessoas inocentes começaram a morrer.
Tentei acalmar os ânimos dos homens, mas está sendo uma situação complicada. Por isso, chamei Louis e Liam para se reunirem comigo. Nós precisamos dar um jeito nisso imediatamente. Infelizmente, nossos pais ainda são relutantes. Dizem que entregar parte dos recursos que temos na Cidade Alta é deixá-los mais perigosos, mas isso é apenas outra forma de expressar o egoísmo deles.
De tarde, a reunião com os meninos foi boa, mas não tive tempo de almoçar. Liam perguntou novamente se eu iria à sua festa e eu disse que sim. O moreno parecia animado com isso, assim como meus outros amigos. Além disso, eles concordaram comigo sobre o silêncio dos nossos pais e a relutância em aceitar as condições dos revoltosos está apenas custando muito e ainda poderá custar mais.
Isso me animou, porque o próximo passo seria encontrar mais pessoas para se juntarem a nós.
— Você não comeu nada, Amorzinho. — Robyn diz. Olho em direção a porta e vejo a mulher com um sorriso divertido no rosto. Ela está segurando uma bandeja e sinto o cheiro de comida.
— Não me chama assim. — resmungo e ela ri. A mulher vem até mim. Deixa a bandeja de almoço na minha frente e se senta na meu colo. — Onde está Kimberly?
— Saiu para fazer compras. Disse que precisava relaxar. — dá de ombros sem importância. Eu acaricio a perna nua de Robyn. — Você deveria comer agora. — fala e eu beijo o pescoço da mulher. Sua pele se arrepiar e ela se encolhe sentindo cócegas.
— Posso ter a sobremesa primeiro?
— O que acontece se a sua esposa ver isso? — Eu passo o dedo nos lábios da cacheada.
— Não me importo. Você sabe que é a mulher da minha vida. — digo e ela fica me olhando. Afasto os papéis da minha mesa e o meu computador e deixo Robyn sentada lá. Ela me olha surpresa.
— Harry.
— Vou dizer isso quantas vezes for preciso, mas agora eu preciso que você acredite em mim. — levanto-me. — Eu te amo, Robyn Moore. Então me deixa te amar. — fico entre as pernas dela.
— Tão mandão. — sorri pequeno. Eu beijo a mulher.
Ter ficado todo esse tempo longe de Robyn foi horrível e quando eu digo que ter feito sexo com Kimberly foi horrível. Foi porque é verdade, isso que estou tendo com a mulher cacheada é apenas uma forma gostosa de desmanchar as formas que eu errei com ela.
Felizmente, a cacheada corresponde aos meus toques me beijando intensamente até perder o fôlego. Ela ainda está com o cropped de decote invertido, o que a deixa mais sexy. Vejo seus mamilos rígidos porque ela não está de sutiã. Não demorou para tirar aquela peça dela e chupo seu seio. Ela geme baixinho e eu volto a beijá-la totalmente desesperado entre meus sentimentos.
Entretanto, não continuamos com isso, pois me assustado com uma voz masculina.
— Senh... Puta merda! — olho para frente e vejo Davis.
Era só o que me faltava. Robyn deixa a cabeça em meu ombro envergonhada.
— O que você está fazendo aqui, Davis? — pergunto sério. O homem olha nos meus olhos, parecendo mais espantado ainda com o que acabou de ver. Só que isso não pode ser tão dramático assim, digo, pessoas fazem sexo.
— Como Liam pediu segurança redobrada para a festa dele, alguns dos homens vão para lá e eu queria saber se eu deveria ir também. — diz e eu aceno com a cabeça.
— Deve ir, mas quero pessoas suficientes aqui também. Segurança redobrada lá pode significar segurança de menos em outros pontos e não quero que minha casa seja um lugar desprotegido.
— Sim senhor. Desculpe o incomodo.
Assim o rapaz sai do escritório fechando a porta. Deveria trancá-la, porém, Robyn já está colocando sua blusa novamente. Ela pega a bandeja e olha para mim. Suas bochechas ainda estão ruborizadas.
— Esse é o segurança novo?
— Sim e motorista. Não estou indo muito com a cara dele. — murmuro estressado volto a me sentar.
— Por que? — A cacheada pergunta curiosa. Pego a bandeja e deixo na mesa bem à minha frente. Aproximo-me da mesa.
— Apenas não estou indo. — dou de ombros. — Vamos na festa de Liam?
— Sim, mas e Kimberly?
— Pedi para Nana Tina batizar a bebida dela. — digo mais baixo, não quero arriscar que meu plano falhe. Robyn me olha chocada, mas acena com a cabeça e eu começo a comer.
{•••}
A tarde seguiu tranquila e enquanto almoçava contava para Robyn como foi meu dia e minhas reuniões. Dizia a ela sobre o hospital filantrópico e os acordos que fiz com alguns líderes da revolta em minha fazenda. Também disse à mulher sobre o medo dos fazendeiros e o plano que fiz com os meninos.
A mulher me ouvia com atenção e se entretia sobre o assunto de alguma forma, uma forma que não tenho com mais ninguém. Ela é minha confidente, então ter esse momento de conversa com ela, foi outra coisa que eu senti falta.
Parece que toda minha vida está contando com a presença de Robyn para fazer algum sentido e realmente seja mesmo isso.
De toda forma, é noite e queremos relaxar. Por isso, enquanto Kimberly está no seu sono profundo. Eu estou com Robyn na casa de festas de Liam.
Ela está usando um desses vestidos que parece ter sido feito especialmente para ela. Enquanto andamos entre as pessoas à procura dos meninos e não sei se eles estarão na área da piscina.
Contudo, assim que chegamos lá Robyn para de andar e quando eu a olho, ela está com os olhos arregalados. Parecendo que acabou de ver um fantasma e quando eu olho na mesma direção que ela eu vejo Davis nos encarando. Só pode ser brincadeira, vou demiti-lo agora!
— Vou conversar com ele. — falo bravo.
Solto a mão de Robyn e começo a andar na direção do homem, mas a cacheada segura meu pulso.
— Deixa eu ir. — murmura e eu olho confuso, mas ela vai sem esperar minha resposta. O que me resta é deixá-la ir, impaciente para sua volta.
Continua...
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