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𝗦𝗘𝗩𝗘𝗧𝗘𝗘𝗡

( 𝗶𝗺𝗲𝘀𝘀𝗮𝗴𝗲, 𝗿𝗲𝗮𝗹 𝗹𝗶𝗳𝗲 )







































matty boy 😻
dirty nick 👺
austeen 💯
mrs. sturniolo 🤪
cam-cameron 🤺
sav 🤝🏻
chris 🤑

austeen 💯
gente vcs acham normal não ver por dois dias uma pessoa que mora na mesma casa que você????

dirty nick 👺
sim
tem vezes que eu até esqueço que o matt existe

matty boy 😻
pois não entendi essa conversinha aí

mrs. sturniolo 🤪
tá falando da allie?
saudade do meu amor

dirty nick 👺
eu também gostaria de saber
vocês reviveram só hoje
dois dias isso aqui no silêncio
e a gente nem comentou o fato de que chris e allie realmente não se mataram

austeen 💯
FOI ISSO
CHRIS TROUXE ELA PRA CASA NO ANO NOVO E DEPOIS EU NÃO A VI MAIS
O. QUE. VOCÊ. FEZ. CHRISTOPHER. STURNIOLO

chris 🤑
??????
foi pra você que mandei mensagem quando deixei ela aí austin tá doido

austeen 💯
sim mas
você pode ter matado ela quando ninguém estava vendo

dirty nick 👺
ok também não vamos ser dramáticos
mas é sério que você não a vê faz dois dias?

austeen 💯
sim
ela não desceu ontem pra nenhuma das refeições
e hoje eu acordei ela já não estava em casa
tia Jane só disse que ela tinha um monte de compromissos mas não sei
ela não responde minhas mensagens

mrs. sturniolo 🤪
aí gente não faz isso fico preocupada

matty boy 😻
olha como nick disse, a gente não se falou aqui desde a festa
as vezes ela só tá meio ocupada
que nem eu estou (ocupado surtando com os preparativos pra tour 🤩🤩🤩🤩🤩🤩

dirty nick 👺
sim pode ser
mas é estranho que ela não responde o austin
e acabou de recusar minha ligação?

chris 🤑
acho que a gente só precisa dar um tempo para ela pessoal
deve ser só porque está ocupada com as coisas do show no ophelia nesse fim de semana ou algo assim, não é?

sav 🤝🏻
você não sabe o que aconteceu com ela?

chris 🤑
como assim?

sav 🤝🏻
parece que você foi o último a falar com a allie
e ela literalmente não passa um dia inteiro sem puxar assunto aqui nem que seja para bem, xingar você

chris 🤑
não sei o que tá insinuando e continuo achando que ela só precisa de um tempo

mrs. sturniolo 🤪
não mas alguma coisa tá realmente errada quando é o CHRIS que tá sabendo mais do que a gente

dirty nick 👺
EU DISSE PRA VOCÊS QUE ELES PARECIAM TER SIDO ABDUZIDOS QUANDO SAÍRAM DE ONDE OS PRENDEMOS NA FESTA
esses não são chris e allie
esses são roger e janice os alienígenas do passado

austeen 💯
nick por deus...

chris 🤑
cala a boca
(dessa eu ri
vou tentar falar com ela

dirty nick 👺
EU TÔ DIZENDO

matty boy 😻
galera vocês me perderam aqui

austeen 💯




























𝗣𝗨𝗭𝗭𝗟𝗘 𝗣𝗜𝗘𝗖𝗘𝗦
𝑎𝑙𝑙𝑖𝑒'𝑠 𝑝.𝑜.𝑣

Eu não estava no clima para gracinhas ou provocações depois da montanha-russa que foi minha conversa com Savannah; Chris pareceu ter notado isso assim que nos encontramos na calçada, do lado de fora da festa. Ele havia chamado um táxi e esperamos lado a lado em silêncio, mas quando se trata de Christopher, silêncio não era sequer uma opção.

— Gregg disse que deveríamos fazer algo para que "a fofoca corresse" ao algo assim — Chris murmurou. Eu conseguia vê-lo girando o cordão que usava no pescoço pelo canto do olho.

— Teremos que deixar para outro dia. Hoje já foi demais — respondi de volta.

Suspirei de alívio quando o táxi parou próximo a nós dois e contive a vontade de revirar os olhos quando Chris fez toda uma cena para abrir a porta do veículo para mim.

— O quê? — Ele sorriu como se soubesse que eu estava prestes a agarrar sua garganta.

— Eu acabei de dizer para deixarmos isso para outro dia.

— Quanto mais rápido fizermos isso, mas rápido acaba, Cameron.

Christopher tinha um ponto válido e eu me calei ao não encontrar argumentos. Entrei no táxi e ele veio depois de mim, nos sentamos em pontas opostas do banco de couro.

— Boa noite e feliz Ano Novo! — o taxista simpático disse. Ele olhava para Chris - que estava sentado bem atrás do banco do motorista - pelo retrovisor. — Para onde estamos indo?

Apoiei minha cabeça no vidro da janela e assim que ele terminou de dar as coordenadas para o taxista, pude ouvir sua risadinha. Automaticamente revirei os olhos porque uma viagem para casa sem conversa fiada também não era uma opção para a pessoa mais enérgica e irritante que existia. Era impressionante como Chris era um grande combo das coisas que você simplesmente ama ou odeia, não há meio termo.

— Se revirar os olhos fosse um esporte olímpico, você seria medalhista de ouro todos os anos. — Os olhos de Chris também sorriram em provocação, daquele jeito que ele fazia quando sabia que tinha soltado uma boa piada e que eu raramente conseguia me controlar.

— Vou dizer para o taxista me deixar aqui mesmo e ir andando para casa se você não calar a sua boca, ouviu? — sussurrei para que o taxista não escutasse e achasse que eu realmente faria uma loucura daquelas.

— Você nunca faria isso.

— Você não sabe disso.

— Nah, você é muito preguiçosa para descer e andar.

Não tive tempo para me sentir ofendida, ao invés disso, fiquei impressionada com o quanto Chris parecia saber sobre mim. Talvez eu não tivesse mudado tanto desde a época em que éramos próximos. Talvez ele ainda soubesse de cor o meu sabor favorito de sorvete e de como eu gostava de livros com finais felizes. Eu também não tinha esquecido a adoração dele pelos Bruins e sempre pensava em como fui a primeira a saber sobre seu sonho secreto de se envolver com a música um dia.

No final do dia, eu ainda podia ver nele o estranho mais conhecido que tinha em minha vida.

— O que posso fazer para matar a sua carência de atenção, Christopher? — perguntei enquanto ele fingia prestar atenção no motorista acendendo o pisca-alerta e virando em uma esquina.

— Não estou carente de atenção.

— Não é o que parece.

— Estou falando sério! A única coisa que quero de você agora é que abra essa sua maldita entrega. — Ele jogou o pacote no meu colo e por reflexo, acertei um tapa no braço dele. — Aí! Por que disso, porra?

— Para você aprender a não jogar as coisas dos outros. — Examinei a caixa retangular mais uma vez à procura de alguma identificação do remetente. — Não sei porque está fazendo tanta questão de que eu abra. Sabe que não me passa nenhuma segurança de que isso aqui não é uma bomba de bosta pronta para explodir na minha cara feita por você, não é?

— Oh, meu Deus, Allie, desencana! Eu teria feito você abrir essa caixa no Natal e na frente de todo mundo se fosse alguma pegadinha! — Ele cruzou os braços como uma criança birrenta e me olhou com chateação. Eu sorri. — Por que você está sorrindo?

— Primeiro, porque você fica hilário quando está bravo e segundo, porque você me chamou de Allie — contei, lhe dando um sorriso vitorioso. — Acho que essa coisa de competição pode ser legal, sabia? Me dá realmente uma satisfação acabar com sua paciência... Imagina fazer isso quando você não pode gritar comigo ou me xingar porque supostamente deve se comportar como meu namorado? — Dei uma risada que fez o pescoço dele ficar vermelho. — Oh, eu amei.

— Você é o pesadelo da minha existência, Allie. Quer dizer, Cameron- Ah, foda-se — resmungou, virando-se para o outro lado do banco quando o taxista o olhou feio pelo retrovisor. Por um segundo achei que Chris iria gritar algo do tipo "Nunca viu alguém xingando, meu senhor?" para o cara, mas ele apenas me olhou. — Isso é uma competição, então. Vou ser o melhor falso-namorado que você já teve.

— E se Deus quiser, o único. Essa merda é uma tortura. — Revirei os olhos, mas soltei uma risada convencida. — Mas você não poderá ser o melhor quando eu irei ganhar o prêmio de melhor falsa-namorada que já teve.

— Tente se convencer disso, gatinha — ele disse com ironia e fazendo uma careta de desaprovação.

— Ew, aí está esse apelido de novo.

Chris não me respondeu, mas lançou um olhar rápido para meu colo, implorando que mudassemos de assunto para o pacote destinado a mim.

Passei os dedos na superfície de papelão até encontrar a pontinha descolada da fita durex que prendia as duas abas da caixa. Estava bem embalada, o que fez a fita se romper antes que eu conseguisse retirá-la por completo. De repente a demora estava me matando, não saber o que tinha ali dentro juntado ao fato de não saber de onde vinha, fez minhas mãos trabalharem com mais agilidade e sem delicadeza para abrir o pacote. Senti a atenção e Chris em mim assim que o conteúdo saltou aos meus olhos.

Por cima de tudo havia um escapulário com dois pingentes redondos um pouco menores que uma moeda de cinquenta centavos, no primeiro era uma cruz fundida em prata, e no segundo havia um versículo escrito em espiral por todo o pingente.

— A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem — li o versículo de Hebreus ali estampado em voz baixa.

Segui os olhos de volta para a caixa aberta e encontri uma daquelas plaquetas de identificação usadas por militares. A dog tag não tinha corrente e estava preenchida nos dois lados da chapa. Um nome, uma data de nascimento, tipo sanguíneo e dados sobre alergias e doenças.

— Ryle James? — Chris leu por cima do meu ombro. Não havia me dado conta de quão perto ele estava até ouvir sua voz praticamente em meu ouvido. — Esse nome significa alguma coisa para você?

Balancei a cabeça completamente incapaz de raciocinar o que era tudo aquilo, mas tão ligada aos objetos que era como se eu já os tivesse visto antes e não fossem assim tão estranhos. Eram objetos tão pessoais, tão históricos para o passado de alguém que eu não fazia ideia de quem era, mas além disso, me dei conta de que eram como peças de um quebra-cabeça.

Havia um envelope também, espesso e pesado, o que explicava o tamanho da caixa para apenas três coisas. Peguei em minhas mãos e vi que no verso havia um selo, era da Geórgia. Lancei um olhar para Chris antes de abrir o papel com cuidado, me deparando com fotos que pareciam ter sido tiradas de antigas máquinas analógicas e folhas dobradas como se fossem cartas.

Allegra. A primeira carta que tirei do envelope mostrava uma caligrafia simples feita com letra de forma e meio bruta - dava para saber a força com que a pessoa escreveu apenas por passar o dedo e sentir o relevo no papel.

— Eu estou ficando assustado — Chris disse, com seu tom de voz acelerado. — Leia isso logo e descubra se você está sendo convidada para Hogwarts ou descobrindo que tem um stalkear, por favor.

Minha garganta estava seca demais para que eu conseguisse dar uma risada, mas abri um pequeno sorriso para que ele soubesse da minha intenção. Me cutucou para que eu lesse em voz alta, já que ele mesmo era péssimo em fazer isso.

"Não sei como fazer você se interessar em ler essa carta - ou essas cartas, pois sei que precisará de mais para acreditar no que estou dizendo - se não for direto ao ponto, então, eu me chamo Ryle James e sou o seu pai." Ofeguei quando meus olhos percorreram para o final da frase, repetindo-a uma, duas, três vezes até estar convencidada que aquelas eram as exatas palavras escritas ali. Engoli em seco e continuei: "Antes que pense que eu estou te procurando por dinheiro, esqueça, não é o que quero. Tenho motivações mais pessoais e complicadas do que isso. Aliás, eu não estava te procurando até três meses atrás, quando minha sobrinha insistiu em deixarmos ela viajar para um show de uma tal de Allie Cameron em Atlanta. Para convencer a mim e mãe dela, Sophie fez um panorama de quem você é e eu soube quem você é para mim assim que vi a primeira foto. Pedi a Sophie que me mostrasse alguma foto onde a sua mãe também aparecia e não tive dúvidas de que aquela era Jane Cameron, de Boston. Foi também quando me dei conta de que você é famosa ao ponto de ter informações pessoais na internet - o que é bastante perigoso, não?
Enfim, eu fico feliz que o sonho da sua mãe com a música tenha se realizado, mesmo que através de você. Não sei o que ela te contou ou se chegou a falar sobre mim, mas eu a conheci quando Jane era a garota dos shows ao vivo no mesmo restautante-lanchonete onde trabalhava na turno da manhã e da tarde. Eu trabalhava como fotógrafo free-lance de uma revista que tinha a sede num prédio do outro lado da rua e todos os dias ia lá de manhã para comprar o meu café e à noite para vê-la cantar. Estou te enviando a foto que tirei dela logo na primeira vez que a vi em cima dos palcos e mesmo que vocês cantem gêneros diferentes, consigo ver muito de Jane em você quando tem um microfone na mão."

Fiz uma pausa mais longa para procurar a tal foto no emaranhado de muitas outras no envelope.

— Caralho, isso está... realmente acontecendo? — Chris ofegou ao meu lado quando virei a foto contra a luz dos postes que vinha de fora do veículo. Lá estava a minha mãe em um longo vestido verde, com os olhos fechados e uma das mãos no microfone quadrado em um palco que na foto parecia mal iluminado. Ela parecia ter a minha idade ali e o cabelo caindo em cascatas onduladas até a cintura realçavam seu rosto jovem e bochechas rechonchudas.

— Essa é a minha mãe. — Entreguei para ele a foto que tinha o tamanho daquelas tiradas em câmeras instantâneas e voltei para a carta.

"Sei que não estou em posição de te pedir nada quando demorei quase vinte anos para te procurar, mas gostaria de conhecer você e contar a minha versão da história. Sei também que não posso te fazer confiar em mim através de um monte de cartas e fotos velhas, por isso, se quiser entrar em contato, eu tenho um número de telefone e e-mail. Não tenho redes sociais e Sophie enlouqueceria se eu pedisse para criar qualquer coisa desses sites que os jovens usam afim de falar com você; ela também não sabe sobre o assunto.
Ah, e eu moro em Sisters Isle, uma pequena cidade localizada no Condado de Chatham, na região litorânea da Geórgia. Desculpa por não colocar o endereço ou remetente, mas faz parte do trabalho para toda vida de um veterano...
Espero por uma resposta,
Ryle James."

— Chegamos — o taxista disse, me trazendo de volta para a realidade.

Coloquei tudo de volta na caixa e sai do veículo em silêncio, esperando Christopher pagar enquanto me sentada no ressalto entre a rua e a calçada da minha casa.

— Então... — Ele sentou ao meu lado, mas eu não podia ver sua expressão porque estava com a cabeça abaixada entre os braços. — Você tem um pai?

— É, Christopher, eu não vim de uma inseminação artificial. — Bati meu calcanhar no chão até que ganhasse uma velocidade que aliviasse a ansiedade espremendo meu peito. Suspirei e levantei os olhos para ele. — Desculpa. É muito para assimilar.

Chris deu de ombros como se dissesse que estava tudo bem e que entendia, mas ele nunca entenderia.

Como um homem surge de repente e diz que é o meu pai? E me deixa com um monte de perguntas que me faz querer ir para o meu quarto e ler todas aquelas cartas e ver todas aquelas fotos para saber mais sobre ele?

Eu sentia que Ryle James, seja lá quem ele fosse, não estava mentindo quando dizia que era o meu pai. Mas era o pai de quem nunca senti falta pois sempre fomos eu e a minha mãe. Nos dias dos pais ao longo da minha infância, era minha mãe que ganhava as lembrancinhas mesmo quando eram gravatas feito de papel ou canecas com "Super Pai" estampadas. No dia das profissões no primeiro ano, ela até quis que Jimmy fosse para representar o meu responsável e apesar de eu sempre ter sido grata pela figura que ele desempenhava em minha vida, fiz questão de que fosse a minha mãe lá.

A única coisa que eu sabia sobre a minha família além da minha mãe era que ela havia sido criado pelos avós maternos, que faleceram quando ela tinha dez e dezessete anos, respectivamente. Eu não era curiosa o suficiente para perguntar sobre o meu pai e Jane não fez muita questão de citar um cara que nunca esteve lá por mim. Eu ao menos sabia seu primeiro nome, pelo amor de Deus! Como poderia ficar tão afetada com algo que eu nem sabia que existia?

— Acho que você deveria ir para casa. — Limpei meu nariz com a manga da jaqueta que passava dos meus dedos e me levantei da calçada. — Nos falamos amanhã, tudo bem?

Chris me olhou como se quisesse dizer algo, até chegou abrir a boca, mas desistiu e se levantou por fim.

— Fale com a sua mãe sobre isso. E eu não deveria ter feito você abrir isso assim. — Ele apontou com o queixo para baixo, onde a caixa ainda estava no chão.

— Eu teria colapsado se tivesse feito isso sozinha — disse, balançando a cabeça em negação. Fiquei com vontade de agradecê-lo e o momento foi tão vulnerável que me senti estranha de não ter recebido um abraço.

— Então me mantenha informado sobre isso. Ou não. Lide da forma que for melhor para você.

— Você morrerá de curiosidade se eu não te contar?

— Pode apostar que sim.

— Então eu não vou mais te dizer uma palavra sobre meu pai misterioso e a caixa que não era uma pegadinha.

Rimos até que a sinfonia da noite estrelada composta por grilos e o estalo de uma fogueira ao longe fosse substituída por nós dois.

— Boa noite, Allie.

— Boa noite, Chris. 

Com a caixa em mãos, subi os poucos degraus até a porta da minha casa e entrei sem olhar para trás, mas eu sabia que ele havia observado minhas costas até que não pudesse mais me ver.







Tentei encontrar coragem para questionar minha mãe sobre o que eu sabia nos dois dias que se seguiram.

Assim que tive tempo, li todas as cartas com mais informações sobre meu pai e vi todas as fotos que ele havia enviado. Eram fotos tiradas e assinadas por eles, contando pedaços da história que me trazem a existência. Fiquei brava quando achei essa fotografia da minha mãe grávida, logo assim que descobriu como dizia o escrito atrás dela, comendo sua pizza favorita e sorrindo para a câmera com as bochechas cheias. Ela sorria para o meu pai atrás da câmera, para o homem que a deixou para servir ao Exército dos Estados Unidos dois meses depois que soube que teriam um bebê.

Era uma das informações encontrada nas diversas cartas; Ryle James era um veterano de guerra. Ele prometia que a história era muito maior do que sua mão aguentava escrever naqueles papéis e que me contaria caso eu me interessasse em saber, mas a parte em que ele admite ter mentido para minha mãe sobre seu sobrenome para que ela nunca o procurasse, me deixou com o pé atrás.

Eu estava exausta de pensar, então me afundei no trabalho no segundo dia após descobrir a existência de um pai. Passei a maior parte do tempo no estúdio de gravação e fazendo o primeiro reconhecimento de palco no Ophelia's, onde eu tinha um show marcado para o sábado.

Por estarmos dividindo o carro dela já que o meu havia ido para o mecanico há duas semanas, minha mãe veio me buscar quando o pessoal da banda estava indo embora do Ophelia's. Vi Jane entrar pelas portas duplas do lado contrário ao palco e se aproximar com seu típico sorriso orgulhoso. Era o seu sorriso você-fez-isso que sempre aparecia quando ela me via cantando, não importava se para vinte e cinto pessoas ou vinte e cinco mil pessoas.

Resolvi que deveria aproveitar aquele momento de tranquilidade e orgulho dela para arruinar.

— Olá, joaninha. Como foi o seu dia? — Ela jogou a bolsa por cima do palco e fez um esforço para se colocar sentada sobre ele também.

Olhando para a minha mãe agora, eu via todas as semelhanças que Ryle apontou em nós. Há pouco mais de um mês para completarmos quarenta e vinte anos, ninguém diria que éramos mãe e filha.

— Corrido, nada de muito diferente. — Dei de ombros ao desviar o olhar e ela acenou com a cabeça.

— E como foi os preparativos para o show? Onze mil pessoas... Não é excitante!? — Ela mexeu as sobrancelhas, mais empolgada do que eu jamais poderia ficar no momento. Ainda assim eu ri e concordei. — Você está bem?

Ela me empurrou levemente com o ombro e quando voltei meus olhos para seu rosto, vi seu sorriso desaparecer gradativamente. Meus olhos já estavam marejados, afinal.

— Mãe, nós precisamos conversar. — Virei-me de frente para a mais velha e cruzei as pernas.

— Sobre o que, querida?

— O nome Ryle James significa algo para você? — disse diretamente.

Jane franziu o cenho quando se esforçou para reconhecer aquele nome. Balançou a cabeça negativamente ao parecer não se lembrar de conhecê-lo. Foi então que eu me lembrei de que James não era o sobrenome usado por meu pai para se identificar quando eles ficaram juntos no passado.

— E Ryle Jones?

— O que disse? — Minha mãe ofegou ao passo que seu rosto empalidecia.

— Ryle Jones- Que é na verdade, James... Entrou em contato comigo, mãe. Ele disse que é o meu pai. 

— Eu pensei... Eu pensei que ele tinha sumido. — Ela soluçou e eu peguei em suas mais trêmulas.

— Bom, ele voltou. — Apertei os dedos dela. — E quer me conhecer. Mas eu não sei quem ele é.

— Eu não sei quem ele é há dezenove anos. — A voz dela saiu amargurada dessa vez. Meu coração se apertou.

— Eu preciso que me conte sobre isso. Sobre o meu pai. O homem que você conheceu, pelo menos.

— Tudo bem. Eu me preparei a vida inteira para esse dia, afinal — minha mãe disse, limpando os olhos rapidamente e me dando toda sua atenção.

Era como as peças de um quebra-cabeça que eu não sabia que queria montar.







































i. eita que finalmente veio aí o que era nessa entrega para a allie hein 🤭 todo mundo em choque ou só o chris e a allie?

ii. EU NÃO TÔ PODENDO COM AS FOTINHAS DELES NO PRIMEIRO SHOW DA TOUR 😭😭😭😭😭 olha o tamanhinho dos meus filhos 🤏🏻🤏🏻 meu deus como eu queria estar lá!!!!

iii. um capítulo bem grande pra vocês não sentiram tanta falta até eu conseguir voltar vius, espero que tenham gostado e até o próximo vidinhas 💗🤍

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