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Capítulo 7

Flutuava por cima das belas casas de Konoha, a leve brisa da manhã acariciava sua face e esvoaçava seu longo cabelo róseo, uma sensação de liberdade a invadia enquanto observava as pessoas caminharem em câmera lenta pelas ruas. Tudo tão bom e sereno. Porém já se encontrava sobre sua casa, tinha que se apressar a arrumar a casa antes que sua mãe chegasse. Lentamente pousou em frente a porta de madeira de sua casa, segurou a maçaneta, mas antes que pudesse abri-la foi abraçada pelos ombros por uma eufórica jovem de cabelo loiro e olhos azuis.

- Testuda, o Naruto te convidou pra festa que vai dar ao amigo dele que se mudou de Tókio pra cá?

- Sim.- Se afastou com uma careta, odiava ser chamada de testuda.- Mas não vou.

- Porque?

- Você sabe porque, Ino.

- Ainda nessa.- Ino apertou a face da amiga com as mãos, obrigando Sakura a encara-la.- Qual é, Sakura, vai curtir a fossa por quanto tempo? Ele te largou, bola pra frente.

- Talvez tenha razão...

- Sempre tenho razão, querida.- Garantiu Ino com um sorriso caloroso.- Olhe, lá vem o Naruto e com o amigo gostosão.

Rindo pelo comentário da amiga, que achava todos os caras do mundo gostosões, Sakura olhou na direção que Ino apontava e viu Naruto ao lado de... Estreitou os olhos esverdeados na esperança de focalizar melhor a pessoa, mas não conseguia, no máximo identificava um borrão acinzentado ambulante. Mas mesmo sem distinguir a pessoa se ouviu declarar com fascinação:

- Parece um modelo de revista...!- Seu coração pulava acelerado no peito.

Caminhou até a estranha forma acinzentada, sendo enlaçada pela cintura por ele, a luz do dia de repente foi trocada por uma meia-luz, o som de uma música romântica começou a tocar, dançava com a figura acinzentada, a cabeça apoiada no peito largo. Ao término da balada levantou seu rosto sentindo uma quentura nele, devia estar corada. Aguardou ansiosa um beijo, mas a forma acinzentada se afastou, lhe deu as costas antes de dizer com uma voz desprovida de sentimentos:

- Não vou negar que seja bonita, mas não faz meu tipo.

Aquela declaração doera, sentiu o coração se apertar e tudo a sua voltar rodopiar, fechou os olhos com força e ao reabri-los se viu na quadra da escola, vestida com o uniforme de líder de torcida, ao seu lado a figura acinzentada, sentados na arquibancada lado a lado.

- Porque sairia com você?

- Seriamos um casal lindo...

- Não diga besteiras.- Ele a interrompeu frio.

- Ei! Pose pro álbum de formatura!- Pediu um rapaz gorducho de cabelos castanhos ajustando uma câmera na frente do rosto para captar o momento.

Imediatamente Sakura enlaçou a figura acinzentada pelo pescoço e lhe endereçou seu melhor sorriso, mesmo ciente que ele não lhe correspondia queria mostrar o quanto eram perfeitos naquela foto. Após o flash, o rapaz se afastou na direção de um grupo de garotas e a figura acinzentada afastou Sakura irritado.

- Teria que ser outra pra que me interessasse por você.

Aquelas palavras lhe causaram uma enorme dor, sua garganta ficou travada, os olhos ardiam e lágrimas cristalinas rolaram por sua face. Sentiu uma dor aguda no alto da cabeça e um desejo insano de nascer de novo se apoderou de seus pensamentos.

Gritou em desespero e se deixou cair ajoelhada no chão, cobrindo o rosto com as mãos e tentando, sem muito sucesso, conter o choro.

- Esse amor foi como uma sombra sobre mim o tempo todo...- Ouviu uma voz embargada afirmar.

Reconheceu aquela voz e imediatamente sentiu um frio intenso percorrer seu corpo.

- Pode haver amor na escuridão?

Levantou o rosto e percebeu que agora estava em um local escuro, ajoelhada a sua frente se encontrava a mulher vestida de vermelho, ainda com o rosto encoberto de sangue e feixes esverdeados reluziam no lugar dos olhos, nos lábios finos e rosados um sorriso triste. Viu assustada a mulher levantar a mão em sua direção, mas em vez de tentar enforca-la novamente, a mulher acariciou sua face de leve, parecia tentar secar suas lágrimas.

- Sakura...

A voz agora era mais grave e a face da mulher de repente começou a modificar.

- Sas... fica comigo...- Pediu a pessoa a sua frente.

Levou ambas as mãos até a bela face para puxa-lo e assim unir seus lábios em um beijo angustiado.

* S2 *

Sasuke foi despertado por um grito que identificou na hora, preocupado correu até o quarto que a esposa ocupava e encontrou Sakura sentada sobre a cama, as mãos cobrindo o rosto, podia ouvir o choro. Se aproximou e sentou de frente pra ela, como se percebesse sua presença, Sakura descobriu a face e entreabriu os olhos, aparentava ainda estar meio adormecida. Levou a mão até a face da esposa para secar as lágrimas cristalinas que cobriam suas bochechas, sentiu Sakura ficar tensa, parecia temerosa de algo.

- Sakura...

- Sas... fica comigo...- A ouviu pedir com a voz chorosa.

Antes que respondesse, Sakura segurou seu rosto e o puxou, selando o pedido com um beijo casto, um simples roçar de lábios que mexeu com Sasuke muito mais que qualquer outro beijo que tinham trocado anteriormente.

- Sas... te amo...- Sussurrou Sakura pousando a cabeça entre o pescoço e o ombro do marido.

O Uchiha a abraçou com força, sentindo uma felicidade incomum por ouvir novamente aquela declaração saindo dos lábios de Sakura, querendo sentir o corpo dela junto ao seu, aos poucos se inclinou sobre Sakura obrigando-a a se deitar, acariciava devagar o cabelo róseo da esposa e ao coloca-la sobre a cama percebeu que se encontrava adormecida, a face serena dominada pelo sono, um sorriso presentes nos lábios que sempre atiçava a imaginação do Uchiha, pois desejava sentir aqueles lábios contra os seus novamente. Naquele momento se deu conta que o velho ditado "é preciso perder pra se dar valor ao que se tem" era realmente verdadeiro.

Cansado adormeceu aconchegando a esposa contra seu peito.

Aos poucos Sakura notou que seu corpo se encontrava envolvido por algo quente, confortável e que exalava um agradável e excitante cheiro másculo, deixou sua mão esquerda deslizar pela cálida superfície de forma preguiçosa. Tudo estava perfeito, até sentir uma mão apertar sua nádega e ouvir um gemido grave de satisfação, imediatamente arregalou os olhos encarando o adormecido Sasuke em sua cama, não moveu um só músculo tamanho o choque. Tinha se deitado chorando, magoada e completamente sozinha, então como diabos aquele homem fora parar na sua cama?

Olhou para seu próprio corpo assustada, respirando aliviada ao notar que continuava vestida com sua curta camisola de seda vermelha, embora todo seu corpo estivesse preso pelo de Sasuke; uma de suas pernas se encontrava entre as dele, sua cintura fora rodeada por um braço forte cuja mão apalpava sua bunda de forma despudorada demais para alguém que aparentemente dormia; Sasuke por sua vez estava sem camisa, mas pela ponta dos dedos de sua mão, que se encontrava um pouco abaixo da cintura dele, conseguia sentir o tecido que cobria a parte debaixo do mesmo, talvez, com um pouco de sorte, fosse um short, como podia sentir que as pernas dele estavam descobertas a opção calça estava descartada, só de imaginar que pudesse estar só de cueca... Que Kami a ajudasse.

- Sasuke...- Chamou com a voz fraca, quase em um murmúrio.

Em vez de acordar e se afastar, ele a puxou contra si, os lábios pousando em seu pescoço parar logo começar a beija-lo, as mãos experientes a acariciando, Sakura começava a perder o foco do que realmente deveria fazer quando Sasuke se afastou, porém só o suficiente para fitar a esposa com um sorriso de canto, muito sexy, que deixava algo muito claro...

- Você estava acordado o tempo todo.- Acusou se sentando.

Em vez de negar, confirmar ou pelo menos se explicar, Sasuke também se sentou e acariciou o rosto de Sakura com um brilho faminto nas orbes negras, que deixou a rósea dividida entre sair daquela cama ou deixar que o marido terminasse o que começara, a segunda opção era muito tentadora, mas decidiu por uma terceira.

- Invadir o quarto de alguém pra tirar proveito é horrível.- Reclamou afastando a mão do moreno de seu rosto.

- Você é minha esposa.

Os olhos negros se fixaram nos lábios carnudos e entreabertos da rósea que pareciam convidar a que os provasse.

- Isso explica tudo não é?- Disse com cínismo revirando os olhos verdes.

- Ouvi seu grito durante a noite, quando cheguei aqui você me pediu para ficar.- Explicou Sasuke resumindo a noite anterior.

- Ah... Tive um pesadelo...

- Que tipo de pesadelo?

Contou o que se recordava e se impressionou por Sasuke ouvi-la com atenção, talvez tivesse medo que sumisse para contar o sonho a outra pessoa como da primeira vez, mas de qualquer forma era gentil da parte dele.

- ... então o Sas... quero dizer... você apareceu.- Olhou para o moreno receosa.

Realmente havia pedido para ficar com ela, porém não pedira isso ao marido, seu pedido tinha sido direcionado a visão que tivera de Sasori, fora para o ruivo que namorara durante praticamente toda a adolescência que fizera o pedido. Ficou tranquila ao notar que Sasuke não percebera que estivera prestes a falar o nome de outro homem, tinha muita sorte de que ambos tivessem Sas no começo do nome.

- Não foi um pesadelo.- Ele disse sério atraindo a atenção da rósea.- Foram lembranças do colegial.

- Verdade?- Sorriu empolgada para depois ficar pensativa.- E o que era a coisa cinza?

Sem responder, Sasuke se levantou da cama.

Após um momento admirando o corpo do marido de cima a baixo, que usava somente uma cueca samba canção preta, Sakura se deteve nos lábios cerrados e na expressão mais fechada que o normal como se algo o incomodasse, aquilo fez com que uma luz se acendesse na mente de Sakura.

- Era você...- Afirmou sem dúvidas quanto a sua suposição.- Mas, você me maltratava no sonho... não faz sentido...

O encarou na esperança de que fosse dizer algo, mas Sasuke lhe deu as costas e caminhou em direção a porta, rápida se levantou da cama e o agarrou pelo braço.

- Sasuke, preciso que me ajude, será que é difícil entender isso?

- Temos um almoço na casa do Naruto é melhor se trocar.

Sem mais uma palavra, Sasuke puxou o braço e a deixou sozinha no quarto, confusa e com a sensação de ter sido rejeitada, sofrendo porque aquelas lembranças só aumentavam sua apreensão, queria lembrar de tudo logo de uma vez, tirar todo aquele peso que carregava, todo sentimento de vazio e solidão que a dominava a cada dia no escuro. Sua mente se transformara em páginas em branco, que ansiava preencher com a história dos últimos dez anos mas sem saber ao certo de que modo deveria começar a escrever.

* S2 *

O silêncio que se formou ao redor de Sakura e Sasuke durante todo o percurso até a casa dos Uzumaki incomodava ambos, mas nenhum tinha a intenção de quebra-lo.

Sasuke dirigia concentrado na estrada embora consciente da irritada esposa ao seu lado, não era do tipo que gostava de conversar, mas aquele silêncio entre eles o incomodava, porém não queria ser o primeiro a falar algo, primeiro devido o seu orgulho, ainda não se conformava de ter sido acusado de adultério, e segundo pelo que ocorrera de manhã.

Agora tinha dois problemas em mãos e não sabia como resolve-los. Sabia que deveria ajudar Sakura a lembrar do passado, mas falar sobre o porque tinha, de certa forma, feito pouco caso do amor dela no colegial só prometia minar qualquer chance de ter a confiança da esposa e, provavelmente, ela voltaria a acusa-lo de ter uma amante, o que não ajudaria muito. O que não se conformava era que deveria ter imaginado que havia alguém por trás dos ataques insanos de ciúmes, quando descobrisse quem era... Apertou a mão com força no volante pra controlar a raiva que o dominou.

Ao seu lado Sakura apertava angustiada as mãos sobre o vestido tomara que caia justo, na cor vinho e que acabava um pouco acima dos joelhos, um de seus pés, que estavam cobertos por sapatos alto na mesma cor do vestido, batia nervosamente no piso do carro, não queria falar com o marido recém descoberto, traidor e que não a ajudava em nada. Como um homem que tinha coragem suficiente para trair não tinha para assumir seus erros e nem para revelar o que ela precisava? Como podia existir alguém tão frio ao ponto de omitir informações e desmentir o obvio? Todo aquele pouco caso em ajuda-la só aumentava a suspeita de que tivesse outra escondida em algum canto, quem sabe mais de uma... Não que se importasse se Sasuke tinha uma ou um várias mulheres...

"Mentirosa, você se importa."

- Não me importo.- Gritou nervosa com seus pensamentos inconvenientes.

- O que?

Depois de olhar um instante para Sasuke, balançou a cabeça, para apagar o pensamento de que o mesmo ficava muito atraente de camisa pólo preta e calça jeans, e virou o rosto para a janela do seu lado fazendo questão de ignorar completamente a pergunta de Sasuke.

- Sakura, sei que não lembra, mas somos casados e me ignorar não resolve nossos problemas.

- Mentir e omitir também não resolve.- Retrucou voltando sua atenção para o moreno que se encontrava concentrado a sua frente.

- Hum...

- Não faça "Hum" pra mim.- Exigiu imitando Sasuke.

Não sabia bem porque, mas aquele resmungo a deixou ainda mais nervosa.

- Não seja infantil.

- Infantil?- Encarou o perfil do marido com raiva.- Já considerou que se falasse mais a respeito do nosso casamento, do que tínhamos antes do meu maldito acidente, talvez, só talvez, eu ficasse mais tranquila?

- Não há nada a dizer.- Sasuke resmungou sem tirar os olhos da estrada.

- Nada? Tem dez anos apagados da minha mente, as poucas memórias que me venho foi uma droga de telefonema de uma mulher afirmando que podia esperar de braços cruzados que você estava com a sua amante e que você fazia pouco de mim na...

- Não existe amante alguma.- Sasuke a cortou com frieza.

- Eu sei o que lembrei, tá? Pode parar de bancar o bom marido e...

- Sou um bom marido.

- Quer parar de me interromper.- Gritou irada.

Sakura tinha um desejo insano de arremessar a bolsa pousada em seu colo sobre a estátua de mármore que era seu marido tamanha a raiva, indignação e medo que a dominava. Tinha pavor de ter que continuar ao lado de alguém que não conhecia direito, que era frio o suficiente para não tentar ajuda-la a se recordar, que parecia querer que continuasse sem memória. Sentiu os olhos arderem enquanto encarava o perfil sem expressão do marido.

- Chegamos.- Avisou Sasuke.

Somente naquele momento percebeu que tinham passado por um portão de ferro e seguiam rumo a uma belíssima e enorme casa branca de dois andares. Assim que Sasuke estacionou, Sakura abriu a porta do carro ansiosa em ficar longe da séria criatura que aceitara em casamento, andou apressada até uma porta de madeira na qual bateu com toda força que possuía que, devido o seu estado atual, se encontrava sobrehumana.

- Não precisa arrebentar a porta, assim que passamos pela câmera de segurança no portão todos, dos empregados até o futuro filho do Naruto, ficaram cientes da nossa chegada.- Informou Sasuke sem olhar para a furiosa rósea.

- Acontece que imaginei que a porta fosse a sua cabeça.- Retrucou irônica.

Cansado daquela discussão idiota, Sasuke se voltou para Sakura com a expressão impassível.

- Se isso te faz feliz bata na minha cabeça.- Ofereceu com a mesma carga de ironia que a esposa utilizara.

Estreitando os olhos, Sakura pediu:

- Só se me arranjar um bloco de concreto para que eu possa...

- Ótimo.- Sasuke a interrompeu muito sério.- Arranjo um bloco, não, não, melhor...- Os olhos do Uchiha faiscavam de raiva destoando da voz aparentemente calma.- ...se quiser compro um milhão deles para que jogue sobre a minha cabeça.- Disse antes de completar com um sorriso sádico nos lábios.- Quem sabe eu perca a memória também ou, com sorte, eu morro, aposto que você iria adorar.

Ouviram uma tossidinha e se voltaram para a porta onde um homem de pele alva, de cabelo curto preto e olhos negros os olhava, vestia um uniforme preto com luvas brancas, característico de mordomo.

- O senhor Uzumaki os aguarda na sala.- O homem informou dando passagem aos dois para a ampla entrada da casa.- Quer que os acompanhe, senhor Uchiha?- Ofereceu com um sorriso falso.

- Não é preciso, Sai.- Sasuke resmungou começando a andar a passos largos sem se importa se Sakura o seguia ou não.

- Homem irritante.- Reclamou a rósea começando a segui-lo.

Entraram em grande sala, lindamente decorada com quadros, vasos com flores e móveis na cor marfim, havia um sofá de seis lugares, outro de quatro lugares e uma poltrona, todos na cor branca, aparelhos modernos e o chão era coberto por um carpete branco onde Naruto, de camisa azul e calça preta, estava sentado ao lado de duas crianças, uma menina de longos cabelos loiros trajando um vestido lilás e um menino loiro de calça azul e blusa laranja, brincavam até que viram os recém chegados e pararam para olha-los com interesse. Sakura notou que o menino era a semelhança de Naruto e a menina possuía os exóticos olhos perolados como os de Hinata.

- Essas crianças...?

- São os gêmeos, Arisa e Kamui de cinco anos, meus filhos.- Informou Naruto se levantando, um sorriso de puro orgulho em sua face.- Vou chamar a Hina, se sintam em casa.

Assim que Naruto sumiu por uma porta, o menininho correu empolgado em direção a Sakura para abraça-la.

- Que bom vê você madrinha, trouxe presente?

- Madrinha?

Sakura olhou para o pequeno agarrado a suas pernas, depois para Arisa ainda sentada no chão só observando e depois para Sasuke.

- Somos padrinhos dos gêmeos.- Informou Sasuke sorrindo antes de se ajoelhar na frente de Kamui, deixando Sakura meio boba com a forma que a face morena ficava ainda mais bela quando sorria.- Dessa vez o padrinho só trouxe a madrinha para revê-los, mas pode pedir o que quiser que depois te dou.- Disse ao pequeno.

- Mas eu quero agora.- Exigiu Kamui cruzando os braços e com a cara emburrada.

O comando na voz do menininho surpreendeu Sakura, mas em Sasuke pareceu nem incomoda-lo.

- Bem, temos um problema então. Que tal se eu brincasse com você para compensar?

- Você não sabe brincar, tô certo.

Sakura segurou a vontade de rir, não só por Kamui ser a cópia exata de Naruto e falar tudo que lhe vinha a cabeça, mas por concordar com o pequeno, Sasuke parecia ser o tipo de cara que pulara a etapa da infância.

- É lógico que sei.- Retrucou Sasuke concentrado no menino.- Sei jogar futebol, basquete...

- Eu quero brincar de cavalinho.

- Tudo bem.

De repente Sasuke colocou o garotinho no pescoço e começou a andar em círculos imitando um cavalo, fazendo Kamui, Arisa e Sakura rirem. Aquele gesto espontâneo e incomum aos olhos da rósea a fez se perguntar por que não tinham filhos, em quatro anos deviam ter pelo menos um, sempre desejara ter uma família grande e,devido ter passado a infância sozinha por ser filha unica, sonhara ter no mínimo dois filhos, além disso Sasuke parecia gostar de crianças e seria um bom pai, pelo menos era o que aparentava ao deixar de lado a posse séria para alegrar o afilhado.

- Hei, teme, cuidado com meu filho!- Ouviu Naruto pedir.

O loiro se aproximou de Sasuke para pegar o filho, um pouco mais atrás dele vinha Hinata rindo com a cena, usava uma bata lilás e um short azul escuro, nos pés delicadas sandálias de tiras lilás, o cabelo azulado com franja preso em um rabo de cavalo, tão bela e serena quanto Sakura se lembrava.

- Papai, ele não é tão idiota quanto você fala, tô certo.- Disse Kamui sorrindo.

Naruto riu constrangido, segurando o filho em um braço e coçando a cabeça com a outra mão.

- Certas coisas não devemos repetir, Kamui.

- Só podia ser filho de um cabeça de vento.

- Oras, Sasuke.

Se encararam com hostilidade.

- Não briguem na frente das crianças.- Pediu Hinata com sorriso doce nos lábios.

- A culpa é toda do teme, tô certo.

- Sei...

Carinhosa Hinata beijou a face do marido com tanta ternura e amor que Sakura se sentiu encabulada, principalmente quando a pequena Arisa se aproximou dos pais e abraçou a perna de Naruto, fitando com um sorriso inocente o pai enlaçar com o braço desocupado a cintura da mãe, parecia que iriam posar para um retrato de família. Sentindo que sobrava no local desviou o olhar e percebeu que Sasuke a observava de um modo estranho, intenso e carregado de mensagens que não conseguia e nem queria decifra.

- É bom revê-la Sakura.- Disse Hinata chamando a atenção da rósea.

Sem reparar no sorriso hesitante de Hinata e nos olhares preocupados de Sasuke e Naruto, Sakura sorriu animada.

- É bom te ver também, Hina.

De repente foi apertada pelos braços da morena em uma abraço apertado, quando se afastaram notou que Hinata tinha o rosto molhado por lágrimas que começou a secar com as palmas das mãos.

- Desculpe, é a emoção... e os hormônios...- Disse Hinata sorrindo, não que Sakura houve entendido até ver a morena deslizar a mão direita sobre a barriga levemente redonda.- Vou da alegria as lágrimas em um segundo.

- De quanto tempo?- Perguntou feliz pela amiga.

- Quatro meses.

- Os piores quatro meses da minha vida.- Reclamou Naruto de forma que só Sasuke ouvisse.

- Bem, o almoço já está servido na sala de jantar, me acompanhe.- Pediu Hinata mostrando o caminho para Sakura, sendo acompanhadas por Arissa.

- Tenho a impressão que a minha esposa se esqueceu de mim também.- Reclamou Naruto enquanto colocava Kamui no chão.

- É compreensível, Hinata tem saudades da antiga amizade com a Sakura.- Retrucou Sasuke sem achar graça no comentário do loiro.- Depois precisamos conversar a sós.- Disse muito sério.

- Sobre?

O Uchiha não respondeu, preferiu seguir na direção da sala de jantar, deixando Naruto irritado com o comportamento arrogante, que por seu lado queria desabafar sobre as lembranças que Sakura tivera, mas só podia falar tudo o que queria em um local com portas fechadas. Seu maior defeito, ou qualidade dependendo do ponto de vista, sempre fora o orgulho, não costumava pedir nada a ninguém, por considerar essa atitude típica de gente fraca, mas dessa vez iria abrir mão de seu tão famoso orgulho e pediria ajuda para Naruto, precisava descobrir quem poderia ter alimentado a insegurança de Sakura em relação ao casamento.

* S2 *

Depois de almoçarem, Naruto levou Sasuke ao escritório que montara em casa ao lado da sala, diz que tinham algo muito importante sobre a empresa para resolver, deixando Sakura e Hinata na sala observando os gêmeos brincarem enquanto conversavam animadas. Ouvindo fascinada tudo que se passara na vida de Hinata, que contou que era casara com Naruto a sete anos, trabalhava de decoradora de interiores e não via a hora de segurar o filho que crescia em seu ventre, um menino que só prometia aumentar a alegria do casal, riram muito quando a morena narrou todas as loucuras que Naruto cometera nos últimos meses, devido os desejos que tinha no meio da noite e os ataques de choro, que as vezes incomodavam a própria Hinata e, em certo momento, quando a conversa era em tom de total descontração, Sakura fez a pergunta que povoava sua mente a algum tempo.

- Porque não foi me visitar no hospital?

Sem graça Hinata desviou os olhos perolados para os filhos, que brincavam alheios a conversa dos adultos, antes de responder com a voz triste.

- A cerca de um ano discutimos, você me pediu para nunca mais cruzar seu caminho e... - A morena secou as lágrimas que começaram a embaçar sua visão.- Desculpe, ando muito sensível nessa gravidez, a dos gêmeos foi bem mais tranquila...

- Hinata, entendo que esteja sensível, mas poderia me dizer porque brigamos?- Perguntou Sakura consciente de que Hinata tentava mudar o foco da conversa.

- É complicado explicar...

- Hina, por favor me ajude.- Suplicou a rósea segurando as mãos da morena entre as suas.- Desde que acordei no hospital sem lembrar dos últimos dez anos vivo cercada de dúvidas, sobre meu estranho casamento, sobre o rumo que tomei na vida, até mesmo sobre quem eu fui, por favor me ajude.

- Você me acusou de ser amante do Sasuke.- Despejou Hinata em um só fôlego.- Mas eu não sou, juro... amo o Naruto, jamais faria isso com ele... com você...- Começou a se explicar desesperada com a voz falhando e controlando a imensa vontade de chorar.

- Tudo bem, eu acredito, não fique nervosa ou ira fazer mal ao bebê.- Disse Sakura para acalmar a amiga que a encarou surpresa.

- A-acredita?

- Lógico.- Confirmou com um sorriso.- Sei que ama o Naruto e que não o trairia, mesmo que fosse pelo Sasuke que, vamos combinar, é lindo, mesmo sendo tão chato as vezes.- Sakura piscou travessa e Hinata riu, como a rósea esperava, só queria aliviar a tensão da amiga antes de continuar.- Agora me diga, quais motivos eu usei para acusa-la de se amante do Sasuke?

Hinata mordeu o lábio insegura sobre o que deveria falar, mas queria muito ajudar Sakura de algum modo, por isso decidiu contar tudo o que sabia.

- Nos encontrávamos na sala que o Naruto ocupa na empresa, você disse que a decoração da sala era melhor que a do Sasuke, então eu disse que tinha decorado tudo e poderia fazer o mesmo na do Sasuke, nessa hora você se jogou sobre mim, começou a me bater, a xingar e acusar de coisas horríveis, como querer me aproveitar para fazer coisas com o seu marido... Sasuke e Naruto te seguraram, mas você não se controlava e tive de ir embora.- Relembrou Hinata.- Esperei uma semana antes de decidir te procurar, na esperança de que tivesse se acalmado, fui visita-la junto de Naruto para me explicar, dizer que só quis ajudar, mas assim que você nos viu se descontrolou novamente e jogou vários objetos na nossa direção, gritando que se me visse outra vez perto do Sasuke me mataria... Depois disso não nos falamos mais.- Hinata desviou o olhar incomodada.

Ao ouvir tudo aquilo, Sakura ficou chocada.

- Mas, há algo que explique minha atitude?

- Nada na época... porém antes da nossa briga, você havia discutido com a Ino e se distanciou da sua madrinha, disse que eram falsas e queriam ver o fim do seu casamento.- Hinata apertou as mãos sobre o colo.- Acontece que tanto eu quanto Naruto a aconselhamos a recusar o pedido de casamento do Sasuke... durante a nossa discussão você disse que eu era pior que elas, que sempre desejei o Sasuke pra mim e que por isso tinha pedido para que não se casasse.

- Briguei com a Ino também?- Viu Hinata confirmar com um movimento de cabeça.- Não entendo... Mas, porque me aconselhou a não casar?

Hinata olhou temerosa em direção a porta do escritório do marido.

- Você o amava demais, nunca a vi tão louca de amor por um homem, mas o Sasuke...

A porta do escritório foi aberta, Sasuke e Naruto saíram conversando e Hinata se calou deixando claro que não falaria mais nenhuma palavra dali em diante. Sakura segurou a vontade de gritar tamanha a sua revolta, em vez disso suspirou conformada, estivera tão perto de montar o quebra cabeça que era seu casamento, agora só tinha mais perguntas sem respostas.

* S2 *

No caminho de volta para o apartamento, Sasuke relembrava a conversa que tivera com Naruto e que não ajudara em muita coisa, embora o sócio apontara um nome, Karin, mas não podia levar em consideração pois o loiro e sua secretária viviam se estranhando. Admitia que o nome de Karin também passara por sua cabeça, mas o ela ganharia? Mesmo que se separasse de Sakura jamais teria nada com ela e por diversas vezes, mas do que gostaria, deixara isso bem claro. Respirou fundo com frustração, da conversa que tivera a unica coisa que ficara nítido era que precisava ter uma conversa séria com Sakura, agora, o que diria e como diria ainda não ficara muito claro em sua mente. Essas dúvidas foram tiradas de suas mãos quando, ao entrar no apartamento e trancar a porta, teve sua passagem bloqueada por Sakura de braços cruzados e expressão determinada.

- Naruto e Hinata tem sorte, a felicidade deles é visível, um casamento perfeito.- Sakura comentou o encarando concentrada.- O nosso nunca foi assim, não é?

- Não.- Respondeu simplesmente.

Decidiu que era hora de deixar de fugir do assunto, até porque Sakura não parecia disposta a deixar que fizesse isso.

- Ah, agora decidiu ser direto.- Riu a rósea sem humor.- Sabe o que é pior? Enquanto me via cercada por uma família de verdade, me dei conta de que não formei uma. Porque não temos sequer um filho? Temos algum problema por acaso?

Mesmo desejando responder que o único problema tinha sido ela, Sasuke se controlou e retrucou sem querer entrar em maiores detalhes:

- É complicado explicar.

- Complicado porque? Você parece adorar crianças e eu sempre quis uma família enorme.

- Verdade?

Percebendo que Sasuke se surpreendera com suas palavras, Sakura sentiu o desanimo domina-la.

- Tenho a impressão que fui outra nos dez anos que esqueci.- Reclamou nervosa, sentindo uma bola na garganta devido a crescente vontade de chorar.- Casei com um homem que é o oposto de tudo que sempre sonhei; afastei minhas amigas; todos parecem achar que vivo por você; não tenho nem os filhos que sempre desejei ter após me casar.- Pontuou em meio as lágrimas.- Que tipo de vida eu tinha?

Sem conseguir mais se conter, Sasuke a abraçou forte contra o peito e a beijou de leve nos lábios salgados pelas lágrimas, ao não perceber qualquer tipo de resistência da parte de Sakura a estreitou ainda mais nos braços aprofundando o beijo, fazendo-a notar o quanto ele a queria, o quanto necessitava dela, seja com ou sem as lembranças de como se conheceram e passaram os dez anos que foram apagados. Cessaram o beijo a procurar de ar, mas Sasuke continuou a embalando em seus braços e ergueu o rosto da rósea delicadamente para olha-la nos olhos, ônix com esmeralda olho a olho.

- Nosso casamento não era perfeito e confesso que o maior culpado fui eu.- Acariciou a face da rósea com carinho.- Não sei o que a fez gostar de mim, mas estou disposto a reconquista-la, merecer o seu amor... Mas preciso que você aceite dar uma chance a nós dois, a partir de hoje, deixar o passado exatamente onde ele está, no passado, e começar do zero.

Sakura encarou Sasuke pensativa, podia ser só impressão, mas achava que ele só fizera aquela proposta para que parasse de fazer perguntas sobre a relação que tinham.

- Tudo bem.- Concordou a rósea por fim, mas para a surpresa de Sasuke se desvencilhou de seus braços.- Agora vou descansar foi um dia carregado de emoções, algumas boas e outras nem tanto.

Enquanto falava deu as costas para o Uchiha e marchou para seu quarto sem olhar para trás. Estava cansada de buscar soluções em seu passado e não via mal algum em tentar recomeçar, mas queria deixar claro que isso não significava que iria correr ansiosa para os braços do Uchiha, mesmo sendo seu marido, beijasse muito bem e fosse extremamente tentador. Se Sasuke queria reconquista-la, boa sorte, mas ela começaria do zero tomando decisões que beneficiasse sua própria felicidade e obteria isso com ou sem o Uchiha em sua vida.

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