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Capítulo 64

Meredith Lovelace sentou-se ao lado de Laurel com um suspiro pesado, fitando a melhor amiga com seriedade.

- Está na hora. - afirmou, convicta.

Laurel nada disse, fechando suavemente o livro que estava a ler e pegando nas mãos da Lovelace com gentileza.

- Tens a certeza? - perguntou, apreensiva - Quando te pedi para seres uma Devoradora da Morte... - baixou a voz, olhando para a Biblioteca vazia para se assegurar que ninguém as ouvia - Eu não queria que tu fizesses... Algo tão perigoso assim...

- Fazer o quê? - perguntou Ashley, surgindo por trás da estante dos livros sobre Poções - O que se passa? Mer, estás tão pálida...

Ley fitou a Lovelace, preocupada. As duas raparigas ainda não tinham assumido nenhum tipo de relacionamento mas o carinho na voz de Ashley fez o estômago de Meredith contrair-se, incapaz de não sentir nada com aqueles olhos âmbar postos em si.

Estar apaixonada era muito complicado, pensava Meredith, todos os dias.

- Azkaban. - foi tudo o que proferiu, vendo a expressão de Ley mudar radicalmente.

- E-eu p-pensei...

- Não vou recuar agora. Na próxima saída a Hogsmeade será o meu encontro com alguém em representação do Quem-Nós-Sabemos, por isso preciso agir agora para entrar em grande no Circulo. - explicou, embora a voz lhe falhasse - Preciso fazer isto.

- A próxima saída a Hogsmeade é no São Valentim... - murmurou Ashley, desapontada.

A Slytherin suspirou, fitando a Hufflepuff. Quando Ashley a beijara no Salão Nobre, nada mais lhe passara pela cabeça do que a felicidade intensa de alguém cujos sentimentos eram correspondidos. Agora, ao aperceberem-se da realidade, havia mais fatores em jogo do que apenas uma possível relação entre as duas.

- Eu vou falar com Dumbledore sobre isto. - disse Laurel, incapaz de não perceber a preocupação nos olhos de Ashley - Pode ser que não seja preciso nenhum espião para a Ordem...

- Não estou a fazer isto pela Ordem, Laurel e tu sabes disso. Se me pediste para o fazer por algum motivo foi. - a Ravenclaw pestanejou, surpreendida pela astúcia da amiga - Não confias totalmente em Dumbledore. Por isso queres ter alguém junto de Voldemort sem ser leal a Dumbledore. - Meredith fitou-a, semicerrando os olhos - É mentira?

A estranha expressão no rosto de Laurel bastava para confirmar as suas suspeitas. Meredith iria sim passar informação à Ordem mas o objetivo não era realmente esse e a prova disso era o olhar envergonhado da ruiva sobre si.

- Eu confio no meu avô... Mas sei que ele esconde alguma coisa. - confessou, incapaz de negar - Mas vou falar com ele de qualquer das maneiras...

- Isto é absurdo! Vocês não conseguem ver isso?! - explodiu Ashley, irritada - Tu nem maior de idade és, Meredith e toda a gente sabe que os Devoradores da Morte só são aceites aos dezassete anos...

- O meu pai começou aos quinze anos, Ashley. - retorquiu Laurel.

- E morreu aos que, dezoito?! Eu entendo, vamos entrar em Guerra mas... Podes muito bem ficar do nosso lado em vez de viveres uma vida dupla ou lá o que chamas! Isto não é nenhum jogo, Mer, é a tua vida!

- Ambos os lados vão ser perigosos, Ley. - Meredith abanou a cabeça, incapaz de pensar como a Diggory - A minha mãe morreu como uma Devoradora da Morte. Ela morreu por causa deste homem que nem homem é, a crença cega no poder e na supremacia levaram-na à morte. - fez uma pausa, fitando a jovem de quem tanto gostava - Cedric morreu por causa de Voldemort. Eu tenho que tomar uma posição e sei muito bem que sou a única que pode fazer esse jogo duplo. Serei muito mais útil como Devoradora da Morte do que na Ordem da Fénix, que nem te aceitaram oficialmente por seres menor de idade. Voldemort não se vai importar com a minha idade depois do que vou fazer...

- Vais ajudá-lo. - acusou Ashley, virando-se para Laurel - Tu sabes que isto é perigoso e ela só se vai meter nisto por tua causa!

Laurel Ravenclaw engoliu em seco, sentindo as lágrimas começarem a formar-se nos seus olhos.

Como explicar a Ashley que estava a tentar jogar um jogo que mal conhecia as regras?

Que Meredith seria o bispo no jogo de xadrez que Voldemort, Harry, Laurel e a própria Ashley teriam de jogar?

- Ley... - começou mas Meredith cortou-a, friamente.

- Esta decisão é minha, quer Dumbledore ou vocês aprovem. Serei uma mais valia se estiver do outro lado e ninguém conseguirá desempenhar melhor esse papel do que eu. - Meredith soltou um suspiro, olhando as Herdeiras com um sorriso cansado - Eu nasci para isto. A criança amaldiçoada, a filha de Amanda Lovelace. As Trevas de Azkaban estão literalmente no meu sangue, mais vale fazer bom uso disso.

Ashley pôs-se de pé, o corpo a tremer. Os olhos de Meredith fitavam-na com um pedido de compreensão que Ley não conseguia dar, pelo menos não naquele momento.

- Não quero ter nada a ver com isto... - murmurou, virando as costas a ambas.

- Ótimo! Agora vou ser criticada por querer fazer o Bem! - resmungou Meredith, furiosa.

- Ela só está preocupada, Mer... - tentou Laurel, com gentileza - Ashley gosta de ti, mesmo que ainda não tenhas tido a coragem de pedi-la em namoro... - Meredith ergueu uma sobrancelha, fazendo Laurel soltar uma risada - Ela vai entender, deixa só a ideia assentar...

- Eu preciso fazer isto e tem de ser hoje. Pode ser que consiga uma audiência com o próprio Voldemort mais cedo do que esperava. - Meredith fitou o tampo da mesa, pensativa - Penso que sei até quem devo libertar... Agora, preciso de me transportar rapidamente até Azkaban, disseste que tinhas uma ideia?

Laurel assentiu.

- Vem comigo.

**

O gabinete de Dumbledore estava estranhamente silencioso quando entraram. Laurel procurou o avô com atenção, vendo-o tranquilamente sentado no seu cadeirão.

- Olá avô.

- Olá pequena. - saudou ele, sem mostrar qualquer surpresa - Olá, Miss Lovelace.

Meredith assentiu brevemente, as mãos firmemente agarradas à alça da pequena mala que carregava.

- Posso saber o que planejam fazer?

- Avô, eu...

- Professor Dumbledore, o senhor sabe que a Guerra está prestes a acontecer e todos vamos ter um papel nela. - começou Meredith, enfrentando o Diretor - O senhor pode olhar para mim e ver uma adolescente mas não sou nem nunca fui apenas uma bruxa.

A Lovelace ergueu o queixo, sem qualquer medo na expressão tranquila.

- Irei para Azkaban libertar os Devoradores da Morte mais leais a Voldemort e deixar claro que fui eu a responsável por isso. Daqui a umas semanas serei uma Devoradora da Morte e passarei toda e qualquer informação à Ordem. - Dumbledore começou a abanar a cabeça, mas Meredith impediu-o de falar - Esta decisão está tomada, professor. Quanto mais depressa esta Guerra acabar, mais vidas serão poupadas...

- E a sua vida, Miss Lovelace? - questionou Albus, sentindo-se extremamente cansado - Nós não precisamos de um espião no Círculo de Voldemort...

- Já temos um, não é? - perguntou Laurel, avaliando a expressão do avô - Até tenho quase a certeza que sei quem é...

Avô e neta fitaram-se. Laurel podia ser uma Ravenclaw mas Dumbledore era o bruxo mais sábio e perigoso do mundo.

Os dois eram farinha do mesmo saco, estrategas ao mais alto nível.

- Eu vou na mesma. - afirmou Meredith, ignorando aquela troca de olhares intensa - Mais espiões, mais informações. Até rimou! - ironizou, revirando os olhos.

- E porque estão aqui? - perguntou o Diretor, desviando o olhar de Laurel para Meredith.

- A sua lareira de Pó de Flu levar-me-á até ao Ministério e de lá é só encontrar a única porta que existe para Azkaban. Sei perfeitamente qual é porque foi por ela que passei quando visitei a minha mãe em criança.

Dumbledore abanou a cabeça, em choque.

- Isto é muito perigoso, meninas... E dará a Voldemort mais forças para defrontarmos!

- Leva isto. - disse Laurel, estendendo a Cobra dos Puros na sua direção - É um Botão de Transporte. Não podes voltar pelo Ministério quando voltares os prisioneiros por isso enfeiticei a pulseira para te trazer de volta. Vai proteger-te de alguns ataques físicos de feiticeiros mestiços. Não é grande coisa mas...

- É uma ajuda. Obrigada, Lau.

- Meninas... - começou Dumbledore, calando-se ao ver Laurel erguer a mão.

- Avô, se o senhor discordar terei de apagar-lhe a memória. Perdoe-me a ousadia mas... Acredito que estou a fazer o que está certo. - afirmou Laurel, encarando Albus com lágrimas nos olhos - Uma jogada a longo prazo. O senhor sabe como é.

- Desejem-me sorte. - pediu Meredith, com pó de Flu na mão e um sorrisinho irónico no rosto.

- Tenha cuidado, Miss Lovelace.

- Chama-me se precisares de mim.

Meredith abanou a cabeça.

- Tenho de fazer isto sozinha. Os Dementors vão reconhecer-me por ter nascido lá e não vão incomodar-me. - piscou o olho, confiante - Até já! MINISTÉRIO!

E desapareceu no meio do fumo sem deixar qualquer rasto.

Avô e neta fitaram-se.

Laurel virou as costas e saiu, sentindo o peso da culpa esmagar-lhe o peito.

**

- Ainda não confessaste o quanto amaste o meu presente.

Draco Malfoy sorriu arrogantemente na direção de Laurel. Sozinha na Sala Comum dos Slytherin, a jovem andava a evitá-lo desde que regressaram a Hogwarts apenas para o provocar, apreciando o ranger de dentes que o Malfoy fazia cada vez que a via virar-lhe as costas. Agora, com os olhos inchados de chorar e as mãos a tremer, tudo o que conseguiu fazer foi sorrir brevemente na direção dele, achando graça ao sorriso que desapareceu imediatamente do seu rosto bonito.

- O que aconteceu? - perguntou Draco, sentando-se ao seu lado.

Laurel abanou a cabeça. Não queria falar e nem podia. A ilusão de que Draco nunca faria parte dos Devoradores da Morte era muito tênue e abafada pela sua racionalidade natural. A Ravenclaw era inteligente, mais do que deveria. Nunca poderia acreditar numa coisa que não iria acontecer.

Estaria apenas a iludir-se.

- É gira. - disse, apontando com uma indiferença fingida para a pulseira no seu pulso esquerdo.

O pingente de dragão balançou levemente com o movimento. Draco revirou os olhos.

- Só gira?

Laurel pestanejou, inocente.

- É girinha, nada de especial. Eu nem gosto assim tanto de dragões. - comentou, irónica.

Draco soltou uma risada, apreciando a companhia interessante da rapariga. Laurel podia ser uma Ravenclaw de nascença mas não havia dúvidas que era uma Slytherin nata: irónica, astuta, difícil e muito orgulhosa.

- Se não gostas devolve. - disse ele, arrogante.

- Nem penses, é meu!

Os dois riram em simultâneo. A provocação fazia parte da estranha amizade entre eles, bem como as bochechas coradas de Laurel por estar perto dele.

Draco era o seu maior erro e a única pessoa em quem queria acreditar cegamente ser uma boa pessoa, algo que o próprios sabia que não era.

- Draquinho, temos Transfiguração agora, acompanhas-me? - perguntou Pansy, aproximando-se dos dois.

Antes que Draco pudesse responder ou levantar-se, Pansy sentou-se ao seu colo e depositou um beijo nos seus lábios, os braços à volta do pescoço.

Por mais que Meredith lhe tivesse contado que os dois namoravam, ver aquilo ao vivo foi como uma faca a trespassar-lhe o peito e a esmagar os sentimentos que sabia ter pelo Malfoy.

Quando Draco se conseguiu soltar, quebrando o beijo o mais rapidamente possível, já Laurel se pusera de pé, afastando-se a passos largos e recusando-se a libertar as lágrimas que se acumularam nos seus olhos safira.

- O que aquela estúpida estava aqui a fazer? - questionou Pansy, fitando Draco acusadoramente.

Mas Draco ignorou-a, quase deixando-a cair no chão com a brutalidade com que se levantou e correu atrás da puro-sangue que realmente gostava.

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