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Capítulo 56

Albus Dumbledore aguardava aquele momento há meses. Sabia que mais cedo ou mais tarde teria de enfrentar a fúria da neta mas a sua consciência estava tranquila. Jurara proteger a criança que Cora lhe confiara e conceder-lhe a oportunidade de viver sem um peso nos seus ombros fazia parte disso.

Mesmo que esse peso estivesse lá à mesma.

Cora Ravenclaw cometera o erro de dizer à filha que esta nascera com a maldição que o seu sobrenome carregava, uma mentira que saíra muito cara a Laurel. Passara a vida inteira a achar que mataria alguém se se descontrolasse, achando-se perigosa. Dumbledore nada fizera para a contradizer, pois não era um segredo seu para contar, mas a omissão e a mentira não são muito diferentes e o desapontamento nos olhos safira da neta era quase palpável.

- Boa tarde. - cumprimentou ela, educada.

- Olá, pequena. - saudou-a, como se nada fosse - Aceitas um chá?

- Não. - disse ela, categórica - A única coisa que quero de si é informação, nada mais.

Dumbledore assentiu.

- Tentarei dizer tudo o que sei mas não será tanto como julgas.

- O senhor sabe muito mais do que conta a alguém, avô. - afirmou Laurel, sentando-se no cadeirão defronte para ele - Eu talvez seja a única pessoa no mundo que realmente tem consciência disso.

- O que gostavas de saber? - perguntou o Diretor, com toda a calma do mundo.

- Porque é que a minha mãe usou o pacto de sangue para me ligar a Voldemort?

- Para lhe retirar a magia e deixá-lo mais fraco. - respondeu Dumbledore, prontamente.

- Eu já sei disso. - Laurel abanou a cabeça, irritada - Mas porquê? Ela sabia as consequências disso para mim? Ou não se importava com a própria filha?

- Não fales de Cora dessa maneira, Laurel. Todos fazemos sacrifícios quando estamos em guerra e a tua mãe fez o maior sacrifício de todos: pôs a vida da filha em risco por um Bem Maior. - Dumbledore prensou os lábios, o sabor daquelas palavras soando-lhe agridoce depois de tantos anos sem as proferir - Ela confiava em ti. Se te desse um papel importante nesta guerra, ela sabia que tu o cumpririas como ninguém.

Laurel assentiu, apenas confirmando o que já sabia. Ainda assim, era bom ouvir tudo da boca de Dumbledore, depois de tantos anos de segredos e mentiras.

- Qual é o meu papel, avô? - perguntou, de chofre.

Dumbledore olhou para a neta, recordando o bebé que Cora lhe pusera nos braços pouco tempo depois do seu nascimento. A bela adolescente fitava-o da mesma maneira que a sua mãe tinha feito tantos anos antes, quando Cora era a aluna mais popular de Hogwarts e quisera à força se juntar à Ordem de Fénix.

- Impedir que Voldemort recupere todo o seu poder, ficando o mais afastada possível dele. - respondeu - Voldemort não sabe como tirar a magia de dentro de ti mas fará tudo para descobrir. Caso não consiga, quererá que fiques ao lado dele e sejas a sua arma.

Não era toda a verdade e não chegava. Laurel prensou os lábios, analisando os olhos do avô.

- E Harry?

Dumbledore suspirou. A ligação dos Herdeiros era complexa, a vida de todos conectadas pelo pacto de sangue que brilhava no peito de Laurel. A preocupação da Ravenclaw para com Harry baseava-se nisso e Dumbledore sabia que ambos fariam tudo um pelo outro, como Laurel fizera ao ficar para trás para Harry fugir no seu ultimo confronto com Voldemort.

- Há uma profecia. - disse, suspirando - Harry não sabe da sua existência e não poderá saber...

- Harry disse-me que a Ordem estava a guardar uma arma contra Voldemort - interrompeu a jovem - É isso?

- Sim. A profecia entre Harry e Voldemort é importante para o Lorde das Trevas e Harry não pode saber nada sobre isso. A ligação entre eles é mais forte do que esse pacto. - apontou para o medalhão, que brilhava - Sou das únicas pessoas vivas que ouviu a profecia.

- O Ministério da Magia tem uma sala onde se guardam as profecias, não é? - questionou Laurel, curiosa - Eu já li sobre isso num dos livros da Secção Proibida da Biblioteca.

- São proibidos por algum motivo, Laurel... - começou o avô, recebendo um olhar letal da neta.

- Conta-me. - exigiu - Se há alguém que deve saber, esse alguém sou eu.

Dumbledore contou-lhe, vendo o rosto de Laurel empalidecer à medida que as palavras eram proferidas.

- "Um não pode viver enquanto o outro sobreviver"... - murmurou, em choque - É por isso que Voldemort o persegue! - Laurel observou o avô, cautelosa - Voldemort quer a profecia?

O velho Diretor assentiu, cansado.

- A Ordem tem feito de tudo para impedir que ele a tenha mas com o Ministério a agir desta maneira incoerente...

- Ainda não entendo o meu papel nesta história. - confessou Laurel, sentindo-se cansada - Eu não vou ser a arma de ninguém e tanto Harry como Voldemort sabem disso...

- Tens a certeza disso? - perguntou Dumbledore, encarando a neta com seriedade - Toda a vida disseste uma verdade: a ligação entre os Herdeiros não passa de um ciclo vicioso, Laurel. E, se bem me recordo, houve de facto uma altura em que Rowena esteve do lado de Salazar.

- Nunca estarei do lado de Voldemort, muito menos se isso puser Harry em perigo. - afirmou ela, ultrajada - O senhor sabe disso.

Laurel pôs-se de pé, o corpo a tremer. Com um breve aceno, a jovem saiu, deixando Dumbledore pensativo para trás, perguntando-se que mais teria Cora sabido que mais ninguém soubera.

**

Harry saía de mais um castigo com Umbridge quando a viu. Apesar das dores na mão, o rapaz dirigiu-se a ela a passos largos, pousando-lhe a mão no ombro.

- Estás bem? - perguntou, preocupado.

Laurel abanou a cabeça. Passara o dia todo com a conversa de Dumbledore na cabeça, perguntando-se qual seria realmente o papel dela na guerra que estava por vir. O seu instinto guiara-a até ele quando já não tinha mais aulas, a sua mente sempre sabendo onde Harry estava, independentemente da distância que os separava.

- Detenção? - questionou ela, apontando para a mão dele.

- Sim. - Harry torceu os lábios - Aquela mulher é horrorosa.

Laurel ergueu a própria mão, mostrando as frases gravadas na sua carne pálida.

- Eu sei.

Num impulso, a ruiva prensou os lábios nos dele. A sensação era tão familiar e esperada que Harry sequer pestanejou de surpresa. As mãos rodearam delicadamente a cintura dela, puxando-a para si mas Laurel afastou-se, o rosto retorcido numa expressão de dor.

- Isto não está certo... - murmurou ela, confusa - Desculpa...

Laurel correu a passos largos para longe dele, sentindo o medalhão queimar no seu peito. O pacto de sangue puxava-a de volta ao Herdeiro de Grinffindor como se aquele fosse o seu destino mas não havia sentimento entre eles. A Ravenclaw podia ser jovem mas sabia que gostava de Harry, apenas como amigo e protegido.

A Sala Comum dos Slytherin estava silenciosa, com apenas a figura esguia de Draco sentado numa das mesas de estudo que ali se encontravam. Laurel aproximou-se dele sem que ele notasse, sentando-se ao seu lado e assustando-o de morte com o estado em que ela estava.

- O que se passa? - perguntou o Malfoy, chocado.

Laurel chorava. Dentro de si, a magia de Voldemort puxava-a, sentia-a toda a vez que Umbridge lhe infligia dor ou quando alguém a irritava e falava sobre si nas costas. Aquele poder dentro de si parecia ronronar em cada situação, aliciando-a, seduzindo-a. Era assim que Voldemort esperava que ela cedesse, juntando-se a ele para matar todos os que a maltrataram ao longo dos anos.

Do outro lado, tinha Harry. O Herdeiro de Grinffindor puxava-a sem ter consciência, a sua mera presença sendo a paz que não tinha. Era nos braços de Harry que se sentia bem.

Mas não era por ela.

- Fala mal para mim. - pediu, num sussurro.

- Desculpa? - Draco olhou para ela. incrédulo.

- Eu disse fala mal para mim. - rosnou ela, irritada.

- Porquê?

- Porque eu mereço, Draco! Eu não sou boa pessoa! Eu... - Laurel tapou o rosto com as mãos, abanando a cabeça - Ando a tomar poções para dormir todos os dias desde o cemitério, Draco. Todas as noites tenho medo de sonhar, medo que Voldemort entre na minha mente para seduzir-me para as Trevas e eu vou ceder. O próprio Dumbledore sabe que um dia isso vai acontecer. - Laurel soluçou - Eu não sei de que lado eu estou. Eu não sei sequer se sou eu mesma ou apenas um fantoche nas mãos de Voldemort. Pensei que pudesse descobrir como tirar esta magia de dentro de mim. esta coisa... Mas eu não sei. Eu não sei, Draco.

O Malfoy fitou-a, sério. Por fim, soltou um suspiro irritado, pegando-lhe nos pulsos com brusquidão e puxando-a para a obrigar a olhar para si.

- Mas que parvoíce é essa?! - rosnou ele, irritado - Tu és tu! Ainda no outro dia me falaste em caráter e agora estás a duvidar do teu?! Tu sabes quem és, Laurel Ravenclaw. Independentemente do que quer que se esteja a passar contigo, tu sabes quem és e isso não muda a menos que tu queiras! - Draco soltou-a, limpando-lhe as lágrimas do rosto com uma delicadeza que Laurel não esperava - Agora por favor controla-te. És a Laurel Ravenclaw, por Merlim. Se há alguém que consegue descobrir como destruir o que a tua mãe te colocou és tu.

Com uma última fungadela, Laurel endireitou-se, ainda em choque pela forma como ele a agarrara. Visivelmente mais calma, a rapariga suspirou, arreliada.

- Crises de adolescência são lixadas. - comentou ela, rindo.

Draco revirou os olhos, entediado.

- Nem me digas nada.

- Obrigada, Draco.

O silêncio reinou entre os dois. Pelo canto do olho, viu Laurel corar, horrorizada.

- Meredith tem razão: eu estou a brincar com os sentimentos do Harry.

O Malfoy franziu o sobrolho.

- O quê?

Mas Laurel já tinha corrido porta fora, deixando Draco sozinho com um pequeno sorriso no rosto.

**

- Sou a nova Seeker dos Hufflepuff. - anunciou Ashley, sorridente.

Meredith abriu e fechou a boca, chocada. Ao seu lado Hermione Granger ergueu as sobrancelhas, esboçando um sorriso.

- Tu não gostas de Quidditch. - acusou Meredith, chocada.

- Pois não mas não era capaz de ver mais ninguém no lugar de Cedric. - explicou Ley, encolhendo os ombros - Voei muitas vezes com ele para ele treinar e li todas as regras então saí-me muito bem na prova de seleção.

- Não achas que é muita coisa? - perguntou Meredith - As aulas extra de Poções, os NFs, Quidditch...

- Preciso ocupar-me. - foi tudo o que Ashley disse.

- Parabéns, Ley. Se é o que queres, acho que vais ser lindamente. - afirmou Hermione, pondo-se de pé - Vou ter com Harry e Ron, vamos falando?

- Claro. - confirmou Ley, sorrindo à Granger - Até mais tarde!

As duas amigas ficaram juntas, em silêncio. A erva junto ao Lago Negro estava molhada mas Hermione colocara um feitiço nas roupas de todas elas para que não se molhassem.

Ainda assim, o clima gélido entre elas quase que era pior do que a roupa ficar molhada.

- Algum problema? - perguntou Ley, os olhos postos no livro de Feitiços que estudava.

- Parece que estás a evitar-me. - confessou Meredith, sincera.

- Não, estou apenas a ocupar-me, Mer. Depois do meu irmão...

- Sim, eu entendo mas... Estás sempre a fugir de mim nos corredores. - Meredith olhou para Ashley com os olhos húmidos, o coração a palpitar demasiado depressa - Eu fiz alguma coisa? Porque se for em relação à minha missão para a Ordem... O que eu vou fazer em Azkaban...

- Não! - exclamou Ley, pousando a mão na de Meredith num gesto de conforto - Está tudo bem, Mer. A sério.

Meredith assentiu, corada. Ambas voltaram às suas leituras, os corações batendo em sintonia.

A mão de Ashley permaneceu colada à de Meredith o resto do tempo.

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