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Capítulo 33

O vento assobiava aos ouvidos de Laurel enquanto corria velozmente pelos campos de Hogwarts. A Lua Cheia brilhava no céu sem estrelas, iluminando o caminho da menina. O coração batia descompassado no seu peito e qualquer vestígio de falta de ar que Amanda Lovelace causara tinha desaparecido, substituída por pura adrenalina motivada pelo medo. No seu pescoço, o medalhão da família Ravenclaw brilhava com um tom avermelhado que Laurel reconheceria em qualquer lugar: a cor do Herdeiro de Grinffindor, mais precisamente Harry Potter, o Menino Que Sobreviveu.

Laurel parou apenas no momento em que se deparou com a figura lupina do pai. Por instantes, a menina lembrou-se de Gilderoy Lockart e da pergunta que ele lhe fizera no ano anterior, tão idiota que a levara a responder torto pela primeira vez a um professor.

"A menina por acaso já teve perto de um lobisomem?"

Vivera a vida toda com um, quisera responder na altura. Na maior parte das vezes, Dumbledore ficava com ela enquanto Remus se transformava, completamente isolado na cave da casa deles. Mesmo que solto, não havia nada mais do que árvores e mais árvores há sua volta, a cabana situada estrategicamente onde não havia criaturas por perto e Laurel não queria que fosse de outra forma. Amava Remus como se fosse seu pai biológico e já o enfrentara uma ou outra vez quando ele estava transformado, sabia perfeitamente que ele nunca a atacaria.

Quando os contornos de duas figuras a lutarem se fizeram visíveis, Laurel abrandou o passo, ofegante. O latido do cão negro ao ser atirado para o lado era sofredor e Laurel pôs-se de imediato entre Sirius e Remus, o segundo completamente desfigurado pela expressão de fúria que a Lua Cheia sempre lhe transmitia. O lobisomem arreganhou os dentes, rosnando, o aviso bem presente nos seus olhos castanhos e tão humanos.

- Sou eu, pai. Está tudo bem. - Remus não se moveu, o peito subindo e descendo à medida que a respiração abrandava, acalmando-se - Sirius, vai-te embora.

                O cão negro atrás dela ganiu, abanando o focinho. Laurel bufou, impaciente, dando alguns passos para trás sem desviar o olhar do lobisomem à sua frente.

- Pai, corre. Vai para a floresta.

                Uivando, Remus virou-lhe as costas, deixando-a para trás. A menina suspirou, sentindo a tensão abandonar o seu corpo e deixou-se cair no chão, os joelhos embatendo de forma violenta no solo de terra húmida. Ao seu lado, Sirius regressava à sua forma humana, segurando-a pelos ombros de forma protetora.

- Laurel, o que te aconteceu?! E que ideia é essa de te pores entre mim e um lobisomem?!

- Não é um lobisomem qualquer. - ripostou a Ravenclaw, lançando um olhar duro ao tio - É o meu pai adotivo que está ali.

              Sirius engasgou-se, olhando-a de forma incrédula.

- Remus... adotou-te? Depois de eu...

- Quem mais haveria de o fazer, tio? Os meus pais morreram e tu foste preso! Querias que ficasse com quem, Narcissa Black? Ela casou-se com um Malfoy, um ex-Devorador da Morte... Lupin ofereceu-se logo para ser o meu tutor legal.

- Mas ele... Tu és igual à tua mãe...

- E ele todos os dias tem de viver com a filha da mulher que amou e que não o amou de volta. - interrompeu Laurel, cansada - Sou grata por isso desde que me conheço.

                Tio e sobrinha fitaram à noite, exaustos. Vozes ouviam-se ao longe e a mente de Laurel procurava focar-se, sabendo que precisava levantar-se, precisava ajudar Sirius a fugir, precisava saber onde Harry estava e o que era feito de Peter Pettigrew...

- Era eu que te devia ter criado, Laurel. - suspirou Sirius, afagando-lhe os cabelos - Lamento muito não ter estado presente estes anos todos.

- Estás aqui agora, é tudo o que interessa. - respondeu a menina, com um sorriso cansado mas genuinamente feliz.

Sirius Black, o fugitivo mais procurado do país, soltou uma risada, encarando a Lua Cheia.

- És demasiado gentil para o teu próprio bem, sobrinha.

***

- SIRIUS! SIRIUS, NÃO! AFASTEM-SE DELE!

               Laurel abanou o corpo de Sirius freneticamente, ao mesmo tempo em que tentava com todas as suas forças empurrar os Dementors para longe. O seu próprio corpo tremia de frio e as lágrimas que escorriam pelo seu rosto eram desesperadas e infelizes. Junto dela, o Menino Que Sobreviveu tremia, os olhos verdes fixos no homem que acabara de saber ser o seu padrinho.

- Expectro Patronum! - tentou Harry Potter mais uma vez, agarrando-se ao mais velho - Porque é que não está a resultar?!

- Não sei! - exclamou Laurel, abanando a cabeça - Vão embora, por favor! Ele é inocente!

                Desta vez, os Dementors não a ouviram, sequer conseguia controlá-los como fizera com Amanda Lovelace. Eram dezenas deles e todos rodeavam o homem que fugira deles, o mesmo a quem davam o Beijo e que matavam lentamente. Harry soltou um grito quando um deles se aproximou dele, sugando-lhe a vida. Ainda assim, nenhum ousou se aproximar de Laurel, cuja magia fervilhava dentro de si mas sem sair. A menina tentava a todo o custo invocar o único feitiço que afastava aquelas criaturas mas nenhuma memória feliz era forte o suficiente para os salvar.

- Laurel... Foge... - Sirius procurou a mão dela, apertando-a com firmeza - Sai daqui.

- Não te vou deixar. Nem ao Harry. - afirmou, chorosa - Desculpa, não consigo fazer nada, a minha magia não funciona...

             O frio era cada vez mais intenso, deixando a mente de Laurel entorpecida. Exausta e infeliz, a jovem abraçou o corpo do tio com firmeza, sem sentir os efeitos do Beijo do Dementor. Tudo o que ela queria era dormir e acordar daquele pesadelo. Tudo o que ela queria era que aquelas criaturas odiosas deixassem o seu tio em paz.

            Tudo o que ela queria era o colo da sua mãe.

            A luz mais intensa e mais bonita que Laurel já vira incendiou o lugar, afastando os Dementors para bem longe. Uma figura surgia ao longe, iluminada e intensa, tão bonita que aqueceu o coração ferido da pequena. Sentindo-se em paz, a Ravenclaw fechou os olhos, sucumbindo ao cansaço e à inconsciência, ciente das vozes que a chamavam ao longe, demasiado longe para as alcançar.

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