Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 138

Meredith pressionou a ferida com força, sentindo-se sufocar.

Ao seu redor, a Batalha continuava. Muitos Devoradores da Morte caíam por terra, a ajuda dos elfos domésticos e dos centauros equilibrando a balança e dando ao lado do Bem uma chance real de vencerem. Ao longe, Ashley corria, procurando Laurel Ravenclaw, carregando a adaga das Lovelace consigo. A dor nos seus olhos âmbar quando deixara Meredith para trás era quase palpável, dilacerando o seu coração à medida que ela se afastava.

A morena dos lábios vermelhos apoiou-se na parede mais próxima, escorregando até ao chão. A ferida doía-lhe horrores; a pata da maldita aranha tinha atravessado qualquer coisa vital, pela quantidade de sangue que dali emanava. Não se iria safar. Sabia disso. Encostou a nuca para trás, sentindo a parede fria arrepiar-lhe a pele.

Sentia-se satisfeita. Morreria com honra, no meio de uma Guerra onde tantas pessoas boas tinham dado a vida para proteger outras. Ela era apenas mais uma. Tinha salvo Ashley, a mulher que amava.

Fizera a coisa certa.

Gemeu de dor, sentindo uma maior dificuldade em respirar sem sofrer. O corpo fraquejava, a visão turva fitando o teto do Salão Nobre, onde um dia houvera estrelas a brilhar. Quando Hogwarts era bela e mágica, a noite estrelada fazia-lhes sempre companhia ao jantar. Agora, havia zonas que nem teto tinham, a tempestade negra no céu despenteando-lhe os cabelos. Estava exausta.

Fechou os olhos, sentindo o coração bater descontrolado contra o peito.

- Meredith.

As pálpebras abriram-se, pesadas. Com a visão turva, fitou o que pareceu ser o seu próximo reflexo, os olhos negros faiscando com uma fúria gélida.

- Nem te atrevas a morrer hoje. - rosnou Amanda Lovelace, pressionando-lhe a ferida - O que aconteceu?

- Aranha. - respondeu, fracamente.

Amanda assentiu, dardejando-lhe o corpo com os olhos. Os braços frios da mãe sustentaram-na, colocando-a no seu colo como se fosse uma criança. Meredith engoliu em seco, sentindo uma rajada de emoções assolá-la. Nunca tivera colo de mãe. Matthew, por muito presente que se esforçasse para ser, nunca lhe dera colo.

Agora, a sua mãe abraçava-a, pela primeira e última vez.

- Mantém-te acordada, Meredith. - ordenou a mulher, retirando a sua varinha do bolso - Ouviste?

- Eu... Não... Consigo...

- Olha para mim. - as unhas de Amanda cravaram-se nas suas bochechas, forçando-a a olhar para ela - Aguenta. Tens de aguentar, está bem?

- Deixa-me ir...

Amanda abanou a cabeça. Palavras incompreensíveis saíam dos seus lábios, a ponta da sua varinha brilhando à medida que a Devoradora da Morte tentava curá-la. Praguejou, irritada, vendo que a ferida continuava a sangrar, a hemorragia cada vez mais espessa e intensa. Meredith gemeu, as dores assolando-a impiedosamente.

- Porcaria de veneno. - rosnou a Lovelace mais velha, baixinho - Meredith, aguenta mais um pouco. As aranhas da Floresta Proibida têm um veneno extremamente potente... E letal. Eu... Preciso de tempo... Por isso aguenta, está bem?

- Porque... É... Que... - Meredith tossiu, um fino fio de sangue escorrendo pelos seus lábios à medida que o veneno se espalhava pelo seu corpo - Porque é que te importas?

A mulher encarou-a, as feições mordazes e impiedosas de uma mulher Lovelace suavizando à medida que observava o rosto pálido da filha.

- És uma Lovelace, queridinha. - respondeu, num tom de deboche demasiado forçado para ser convincente - Uma Lovelace nunca perde, não foi esse o argumento que apresentaste para me pôr do teu lado? Vais sair vitoriosa hoje, Meredith. Vais vencer. Como uma verdadeira Lovelace.

Meredith esboçou um sorriso leve, o rosto distorcendo-se numa careta de dor. Estava frio. Sentia-se tão cansada. As pálpebras pesavam; ela só queria descansar.

- Meredith. - chamou Amanda, batendo-lhe nas faces - Meredith! Filha, por favor, aguenta...

Algo trespassou os olhos de Amanda, algo que Meredith só viria a entender mais tarde. Uma decisão estava expressa no rosto da mãe, a sua varinha caindo no chão à medida que ela a soltava, a mão livre acariciando o rosto da filha num gesto de carinho que nunca tivera.

O tempo parara para elas. À sua volta, a Batalha continuava. Os seguidores de Voldemort caíam um por um, a Luz triunfando sobre as Trevas e o Medo. Ao longe, o Senhor das Trevas soltava um grito de fúria ao ver Bellatrix Lestrange morrer às mãos de Molly Weasley, que defendera os seus filhos com unhas e dentes.

Meredith sentia-se bem. Leve. Estava amparada pela mulher que lhe dera à luz, morria porque quisera proteger a mulher que amava. Em breve, Laurel faria o que tinha de ser feito e Harry daria o golpe final, matando Voldemort de uma vez por todas.

- Domine, finis est, Divinitas... Ire: date eam quae ignorabam interrogabant me...

Franziu o sobrolho, procurando escutar as palavras que Amanda dizia. Uma brisa gélida envolveu-as, arrepiando a pele já fria de Meredith, um frio que em nada era natural. O sangue dentro de si crepitou, a respiração ficando presa no seu peito. Cerrou os punhos, procurando focar a sua atenção em Amanda, cujos olhos se tinham fechado, o rosto perto do seu e os lábios cantando palavras incompreensíveis.

- A vita... Nam vita sua mine... equidem...

Havia algo errado. Meredith ofegou, sentindo a ferida no seu abdómen queimar. Amanda abrira os olhos, fitando a filha sem qualquer emoção no rosto, as pupilas dilatadas misturando-se com o negro dos seus olhos. Uma aura negra envolvia-a, como se a sua sombra se tivesse erguido e a abraçado. A Lovelace mais velha acariciou-lhe o rosto, os lábios cor de vinho terminando o que começara:

- Domine. End. divinitatem... Mors.

Meredith gritou, o corpo como se tivesse em chamas. No meio da dor, fechou os olhos, a mente mergulhando fundo num abismo escuro e doloroso.

**

Quando abriu os olhos, sentiu o corpo ceder, os braços segurando fracamente um corpo.

Um gemido fê-la pestanejar. Meredith soltou um grito, abanando a cabeça num misto de incredulidade e horror.

- Não... Não... Amanda, o que fizeste?!

A Lovelace mais velha sorriu, os dentes avermelhados do sangue que lhe enchia a boca. Engasgou-se, o corpo pálido estremecendo à medida que a dor a consumira, dor essa que Meredith sentira poucos segundos antes.

Amanda trocara de lugar com ela.

- Como...? - sussurrou Meredith, sem compreender.

- Eu... Sei... Magia Negra... Muito mais do que Voldemort... Alguma vez soube. - respondeu a mãe, com um sorriso leve de deboche no rosto - Usei-a... Para... O bem. Em... Que... Raio... Me... Tornei?

Meredith soltou uma risada vazia, abraçando o corpo da mãe, a qual agonizava. O cabelo negro de Amanda caía sem vida pelos seus ombros, as mãos junto da ferida sem pressionar. Já não tinha forças para isso. Tossiu, o sangue escorrendo pelo seu queixo abaixo livremente.

A sua filha fitou-a, os olhos negros marejados de lágrimas. Tal como Amanda, era raro chorar. Era uma fraqueza à qual nunca queria ceder, um lado que sabia ter puxado da mãe, já que Matthew era um homem de emoções e sentimentos nato. Agora, ela chorava, as lágrimas escorrendo dolorosamente pela face abaixo, caindo no peito da mãe.

- AMANDA!

O grito de Matthew foi o suficiente para que o coração de Meredith se despedaçasse de vez. O Lovelace corria por entre os escombros e a Batalha, atirando-se de joelhos ao chão ao ver a mulher caída nos braços da filha. Os olhos cor de amêndoa de Matt encheram-se imediatamente de lágrimas, as mãos segurando as de Amanda sem se importar com o sangue que carregavam.

O rosto de Amanda iluminou-se ao vê-lo. Pela primeira vez, não havia máscaras ou farsas. Era apenas Amanda, a jovem que se apaixonara por um Huffepuff, a mulher que tinha a sua filha a ampará-la e o marido a sorrir-lhe, um sorriso fraco mas genuíno.

- Eu... Salvei... A... Nossa... - Amanda fez uma pausa, procurando ar para falar - Menina...

- Não fales, meu amor. - murmurou Matthew, abanando a cabeça - Está tudo bem. Tu vais ficar bem.

- Eu... Eu... Amei... Te... Sempre...

- Eu sei, Ames. Também nunca parei de te amar.

- Eu... Não... Posso... Fugir... Contigo... - Amanda sorriu, um sorriso quente, os olhos negros brilhantes de emoção pela primeira vez desde que Meredith a conhecia - Desculpa, Matt.

Matthew abanou a cabeça, incapaz de responder. A mulher caída tossiu, o corpo fraco sacudindo violentamente com o movimento. Meredith segurou-lhe a cabeça com delicadeza, amparando-a. As duas Lovelace fitaram-se, o reflexo uma da outra. Os lábios cor de vinho de Amanda curvaram-se, um sorriso maternal desenhado no seu rosto.

- És mil vezes melhor do que qualquer uma das Lovelace que já existiu, filha.

Meredith assentiu, beijando o topo da cabeça da mãe. Não a conhecera realmente, nada sabia sobre o seu passado ou sobre a sua verdade. Apenas sabia que, à sua maneira distorcida e insana, Amanda protegera-a sempre. A mulher que faria tudo pela sua própria sobrevivência trocara a sua vida pela dela.

- Obrigada... Mãe.

Amanda sorriu. Nos braços da filha, de mãos dadas com o homem que amava, Amanda Lovelace soltou um último suspiro, rendendo-se ao chamamento da Morte.

**

Matthew chorava.

Soluços violentos acometiam o corpo do Lovelace, o rosto escondido nas roupas de Amanda. Sempre tinham sido um contraste: Luz e Trevas, Emoção e Apatia, Amor e Dor. Muito como Meredith e Ashley.

A jovem Lovelace passou o corpo da mãe para o colo de Matthew, que sequer olhou para a filha. Não por maldade ou por não se importar; por muito que lhe doesse, para Matthew era muito mais doloroso. Meredith não conhecera Amanda. Conhecera a história de uma Devoradora da Morte extremamente leal e devota ao radicalismo de Voldemort, fora torturada pela mulher insana que escapara de Azkaban para a matar, lidara com ela quando se tornara uma Devoradora da Morte. No fundo, nenhuma delas se conhecia.

Meredith amara-a porque Amanda era sua mãe. Matthew escolhera-a, amara-a por sua escolha e acreditara nela até ao fim porque a conhecia. Era um dos poucos que realmente a conhecia, pelo que Meredith sabia.

Pôs-se de pé, despindo o casaco negro que vestia e cobrindo o corpo de Amanda, deixando apenas a sua cabeça de fora. Com pesar, apertou o ombro do pai, sentindo quão quebrado ele estava. Endireitou-se, as roupas encharcadas de uma mistura do sangue das duas Lovelace.

Ergueu o olhar. Uma última lágrima escorreu pelo seu rosto, sem conseguir sequer pensar na gratidão que sentia para com a mãe. Amanda dera a vida por ela.

Uma troca.

Meredith caminhou por entre os escombros, deixando Matthew e Amanda para trás. Os olhos negros prescurataram o castelo, procurando quem terminaria com aquela Guerra.

Na varanda do castelo, Laurel Ravenclaw fitava o céu, os olhos safira decididos. Ao seu lado, Ashley Hufflepuff fechara os olhos, a mão direita entrelaçada na mão esquerda de Laurel.

Na mão direita da ruiva, a adaga das Lovelace resplandescia, letal.

Meredith soltou um suspiro longo, sentindo o vento frio que envolvia Hogwarts arrepiar-lhe a pele.

No centro de tudo, Voldemort e Harry enfrentavam-se pela última vez, as varinhas empunhadas.

O Rei Negro morre esta noite.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro