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Capítulo 130

A perspectiva que se tem da vida muda muito quando sentimos que alguma coisa de muito errado vai acontecer.

No meio de uma Guerra, ciente da tensão que a situação trazia, Meredith estava mais preocupada com a sua amiga e com a sua namorada do que propriamente com a luta em si.

Duelava com naturalidade, libertando todas as emoções que soterrara dentro de si enquanto estava ao serviço de Voldemort. Tinha sido uma tarefa fácil para uma pessoa fria como ela mas não a tornara mais agradável. Agora, não podia estar a desfrutar mais de toda a raiva que sentia daquelas pessoinhas nojentas que tinham assassinado pessoas e torturado inocentes, frustração por ter ajudado muitas delas, culpa por quem não conseguira proteger. Mesmo enquanto lutava, conseguia ver corpos caídos de ambos os lados, pessoas que não conseguira salvar e pessoas que nunca pagariam pelos seus crimes.

No final de contas, a Morte é uma dádiva para os criminosos, que preferem morrer a ficar presos para o resto da vida.

- Meredith, baixa-te! - gritou uma voz feminina atrás de si, a qual obedeceu de imediato.

A mão de um gigante passou-lhe rente à testa, não a esmagando graças a quem a avisara. A alguns metros de distância, ouviu Laurel soltar um guincho, os olhos safira faiscando em direção à jovem morena que batalhava ao seu lado.

- Astoria Greengrass, o que raio estás aqui a fazer?! - exasperou-se a ruiva, incendiando uma aranha que a tentara abocanhar - Não te disse para ficares nas masmorras?!

- Tenho uma séria tendência para não fazer o que me dizem. - respondeu Astoria, Estuporando um Devorador da Morte sem sequer pestanejar - Aprendi com as melhores.

A rapariga da língua afiada piscou o olho, fazendo Laurel revirar os olhos. Meredith, por seu lado, sorriu, satisfeita.

- Aprendes-te bem a lição, cobrinha. A tua irmã está segura?

- Sim. Blaise está com ela, nós trocamos. - Astoria encolheu os ombros - Convenhamos, sou muito melhor a duelar que ele.

- Tem cuidado, Asty. - pediu Laurel, séria.

Essa era uma das qualidades que Meredith mais admirava em Laurel. Por muito que estivesse a sofrer, a jovem Ravenclaw tinha a capacidade de sempre proteger os outros mais do que ela própria, enterrando os seus sentimentos no fundo de si para cuidar de quem quer que necessitasse. Todo o seu ser era baseado em bondade e altruísmo; era essa a sua vivência, a sua personalidade. Era orgulhosa, teimosa, tinha defeitos como qualquer pessoa mas ninguém era capaz de arrancar a gentileza e bondade que lhe era intrínseca.

Nem mesmo Voldemort.

Os olhos verdes de Astoria brilharam, um sorriso gélido desenhando-se lentamente no rosto bonito.

- Vamos mostrar ao mundo do que os Slytherin são feitos.

Meredith soltou uma gargalhada, enquanto Laurel sorria, orgulhosa. Há muito que a Ravenclaw aceitara que a Casa das Cobras também era sua, por mais que o seu nome dissesse o contrário. Tinha todas as caraterísticas de uma verdadeira Slytherin e orgulhava-se disso.

Ela era quem era e ponto final.

A ruiva ergueu-se no ar, usando a Magia Negra dentro de si para voar, tal como Voldemort fazia. A trovoada sobre as suas cabeças rebentava onde e quando ela desejava, a aura de poder e magia ao seu redor possível de sentir à distância. Os cabelos flamejantes de Laurel chicoteavam com o vento que ela própria criava, a cor vibrante contrastando com o cenário cinzento e as suas vestes negras. Os olhos desiguais fitavam o inimigo, atentos, sérios, impiedosos.

Um olho de safira.

Outro de rubi.

A voz conhecida do homem que a criara desviou Meredith dos seus próprios pensamentos, a figura de Laurel desaparecendo entre os escombros. Matthew Lovelace combatia a alguns metros de distância, vestido na gabardine azul que o seu tio lhe oferecera quando era mais novo, os olhos castanhos fitando o alvo com o máximos atenção que conseguia dar e a boca aberta numa torrente de informações que o inimigo não necessitava saber.

- Sabia que o povo mais antigo do Mundo são os habitantes do Vale do Indo, na Índia? - perguntou Matthew ao homem com quem batalhava, um lobisomem cujos dentes estavam a postos para lhe arrancar o pescoço - A sua cultura existe há pelo menos oito mil anos! Não é fascinante? Ainda não consegui ir à Índia... Estupefaça! Tenho estado em busca dos Matias e dos Incas... Protego! Também tem a questão do dinheiro, a minha filha mata-me se continuar a ir em expedições sem receber...

- A tua filha mata-te se não sobreviveres esta noite, Matthew Lovelace! - berrou Meredith, puxando-o para baixo quando o lobisomem se atirou a eles - Reducto!

- Olá querida! - exclamou Matthew, bem-disposto - Não vais acreditar no que descobri!

- Que o povo mais antigo do mundo está na Índia? Eu ouvi tu a matares aquele lobisomem de tédio, pai.

Matthew empertigou-se, ultrajado.

- Tédio?! É História! A História do Mundo, das nossas vidas!

- Pai, estamos numa Guerra!

- Eu sei disso!

Meredith ergueu as mãos ao ar, exasperada.

- Em vez de estares a dar palestras de História aos inimigos podes dar cabo deles?!

- Eu estou a dar cabo deles. - Matthew arregalou os olhos, puxando-a para si - Protego!

A barreira mágica à volta deles impediu que um poderoso jacto verde os atingisse. Quando se virou, Meredith deu de caras com a figura tresloucada de Bellatrix Lestrange, que soltou uma risada de escárnio.

- Olha quem é ele! O patético Matt.

- Bellatrix. - murmurou Matthew, apertando o corpo da filha mais para si, a qual o olhou com descrença; ele estava mesmo a querer protegê-la quando ambos sabíamos que ela tinha mais chances de o proteger do que o oposto? - Os anos em Azkaban não te favoreceram, devo dizer.

Meredith arregalou os olhos, surpreendida com a ousadia do pai. Nunca tomara Matthew pelo tipo de pessoa que conhecia o termo "sarcasmo", ao contrário de si mesma, que era o sarcasmo em pessoa. Sempre pensara que herdará esse traço de deboche da mãe. Pelo sorriso de lado do pai, conseguia perceber que, no fim das contas, ele também não era nenhum santo.

- Cala-te. - respondi Bellatrix, erguendo a varinha - Tu e a tua filha patética morrem hoje, Matt.

- Por Merlim, não me chames Matt. - resmungou o Lovelace, erguendo a varinha e empurrando Meredith para trás de si - Mer, sai daqui.

- Achas mesmo que vou deixar-te lutar com essa louca sozinho? - questionou a morena, incrédula - Nem penses.

- Não sou tão fraco assim, Meredith.

- Avada kedavra!

O jacto de luz verde voou na sua direção, nunca atingindo o seu destino. Antes que Meredith se pudesse desviar, o feitiço mudou de trajetória, atingindo a coluna de pedra perto de si com estrondo. Os olhos negros da Lovelace mais nova arregalaram-se ao ver Bellatrix erguer-se no ar sem que ninguém lhe tocasse, as mãos na garganta ao ser sufocada bruscamente.

- A minha filha não, sua cabra. - disse Amanda Lovelace, surgindo ao lado de Matthew.

- Amanda... - sibilou Bellatrix, as feições roxas da falta de ar - O que...

O corpo de Bellatrix caiu ao chão. Ignorando os seus gemidos de dor, Amanda virou-se para Matthew, um sorriso leve surgindo no seu rosto habitualmente vazio e sem expressão.

- Continuas a atrair as psicopatas, Matt?

O pai de Meredith engoliu em seco, atrapalhado. Por fim, passou a mão pelos cabelos, as bochechas levemente rosadas.

- A única psicopata que sempre quis foste tu, Ames.

- Ames? Vocês só podem estar a brincar. - resmungou Meredith, apontando a varinha na direção da mãe - Disseste que, se nos encontrássemos aqui, me matarias. Porque raio nos estás a salvar?

Amanda fitou a filha, demorando-se a observá-la. Eram tão parecidas e tão diferentes que doía. Meredith possuía os seus cabelos negros, os seus olhos como uma noite sem estrelas, os lábios pintados de vermelho num símbolo do seu poder feminino indomável. Tinha o seu sangue de Veela nas veias, o sangue das Lovelace, o olhar de uma guerreira. Mas tinha o coração de Matt. O seu altruísmo, a sua coragem escondida por debaixo da postura tonta e distraída típica de Matthew Lovelace. Meredith era a língua afiada de Amanda e a força de espírito de Matthew. Ela era a mistura perfeita dos dois. Ela era única.

- Vocês são a minha família, Meredith. - respondeu, com simplicidade.

- Crucius!

A dor subiu pelo corpo de Meredith acima. O grito que soltou proveio do âmago do seu ser, a Maldição Cruciatus fazendo um efeito inesperado, as dores da tortura deitando-a ao chão num sufoco. Fechou a boca, sentindo os braços de Matthew rodearam-na, impedindo-a de cair para trás. A visão turva impedia-de ver com clareza mas o olhar de raiva de Amanda era quase palpável, o qual foi direcionado à bruxa que atacara a sua filha mesmo debaixo do seu nariz.

- A única pessoa que toca num fio de cabelo da minha filha... sou eu, Bella.

De pé, Bellatrix ergueu os olhos, o medo bailando por detrás da insanidade. Nunca ousara fazer frente a Amanda. A sua expressão suavizou quando Anthony Dolohov se aproximou, o sorriso cruel bailando nos seus lábios finos e gretados, o olhar fixo em Meredith. A mais nova bufou, o estômago embrulhando-se com o nojo que sentia daquele homem.

- Pai, sai daqui. - ordenou Meredith, rangendo os dentes ao colocar-se de pé.

- Estás doida? Nem penses...

- Matthew, sai. - ordenou Amanda, a voz fria cortando o ar.

Matthew abanou a cabeça. Ele podia ser muita coisa mas cobarde jamais seria. De varinha erguida, colocou-se ao lado da mulher e da filha, ignorando o olhar irritado de ambas.

- Somos uma família. - disse Matt, convicto - Não vou deixar a minha família para trás.

**

Meredith dobrou-se sobre si mesma, apoiando as mãos nos joelhos enquanto recuperava o fôlego. Estava cansada e sem ar, procurando desviar-se a cada minuto de feitiços, mãos gigantes, dentes arrebanhados e patas com pinças afiadas. Todos estavam cansados.

Matthew ajudava Amanda a erguer-se. A mulher tinha um corte a sangrar na bochecha, o qual simplesmente desapareceu quando tocou com a sua varinha no rosto. Quando ergueu o queixo, deparou-se com os olhos do marido postos em si, analisando-a como pouca gente alguma vez tentara fazer. Nunca se tinham divorciado, nem mesmo quando Amanda fora presa. Ela dera-lhe essa hipótese quando os Aurors a levaram mas Matthew recusara. Só os dois sabiam a verdade sobre o que existira entre eles. Nem mesmo Meredith sabia que não houvera nenhum jogo de interesses no seu casamento, não sabia que Amanda não casara com Matthew pelo dinheiro ou para fugir do país, ela sabia apenas a história que os jornais tinham publicado aquando a sua prisão. Matt estava pouco em casa para falar com a filha sobre a mãe e falar de Amanda era como cravar espinhos no seu coração, a dor e o amor caminhando lado a lado na relação entre eles.

- Sabes que era mentira, não sabes? - perguntou Amanda, fitando-o.

- As mortes? Sei. - afirmou Matt, sorrindo - Sei que foste falsamente acusada e tentei livrar-te das acusações na altura. Mesmo que conseguisse, torturaste pessoas, Amanda. Serias presa de qualquer das formas. - o homem tomou as mãos da mulher, olhando-a nos olhos - Porquê, Amanda? Porque é que tinhas de te juntar a ele?

Meredith observou-os, em silêncio. Não conseguia compreender aqueles dois. Limitou-se a assistir, sentindo-se a mais mas sem conseguir desviar o olhar, como se presenciasse algo único e raro. Ao longe, podia ver Bellatrix e Dolohov a erguerem-se, ambos procurando outros alvos mais fáceis de abater.

- Não consegui fugir do meu destino, Matt. Sou uma Lovelace, filha de Grindelwald. Aos onze anos já sabia mais de Magia Negra do que qualquer pessoa na face da Terra. Nasci para ser uma arma do preconceito e da tirania, era apenas uma questão de tempo até eu aceitar isso.

- Mas tu não és só isso.

- Eu sou o que sou.

- Amanda...

- Eu tenho de ir. Voldemort está à minha procura.

- Amanda, o teu lugar não tem de ser ao lado dele. Fica comigo. Com Meredith. Como tu disseste, somos uma família. Eu sei que tens medo, que fazes tudo o que for preciso para sobreviver mas de que é que isso te serviu todos estes anos? - Matthew levou as mãos ao rosto dela, olhando-a nos olhos - Estavas viva mas para quê? Não viveste. Não amas-te. Tiveste presa! Presa!

- Matt, pára de gritar...

- Não tens de ir!

- Eu pertenço ali! Não percebes?! Os meus pais criaram-me com este propósito, como eu posso ser outra coisa que não isto? Uma criminosa, uma insana, uma vilã!

- Chega.

A jovem Lovelace aproximou-se dos pais a passos largos, a impaciência corroendo-a. O olhar desesperado de Matthew era demasiado para qualquer uma das Lovelace suportar mas, para Meredith, era um ultraje. Aquele era o seu pai e ela não ia ficar a vê-lo andar atrás de uma psicopata como Amanda.

- Amanda, é o seguinte: queres sobreviver, todos queremos. Farias tudo para sobreviver. Mas sabes que mais? És uma Lovelace. E uma Lovelace nunca perde. - os olhos negros de Meredith faiscaram, furiosos - Voldemort vai perder. Eu, como uma Lovelace, vou certificar-me que isso acontece. Ele vai perder. Quando isso acontecer, de que lado queres estar? Do lado perdedor? Ou honras o nosso nome de família e todas as mulheres que já o carregaram ao saíres vencedora?

O rosto de Amanda transfigurou-se. Meredith sustentou-lhe o olhar, pensando para si própria porque estaria realmente a dar uma oportunidade aquela mulher. Pelo pai e pelo amor que ele sentia por ela? Ou por si própria, pelo seu desejo é finalmente conhecer a mãe por detrás da Devoradora da Morte mais dedicada de Voldemort?

- Quando isto acabar, fujo. - disse a mulher, fitando Matthew - Não volto para a prisão.

Meredith abriu a boca para protestar mas o pai adiantou-se. Num gesto carinhoso, colocou uma mecha de cabelo por detrás da orelha de Amanda, a palma da mão segurando a sua bochecha. A mulher fechou os olhos, sentindo o que sempre sentira quando Matt estava por perto.

- Eu fujo contigo. - disse o Lovelace, beijando-lhe a testa - O que achas de irmos até à Índia?

Os dois riram, olhando um para o outro como se não existisse mais ninguém no mundo. Meredith abriu e fechou a boca, incrédula.

- Como é que eu podia sair boa da cabeça? - questionou, falando sozinha - Por Merlim!

Amanda sorriu, fitando a filha com um brilho malicioso no olhar.

- Vamos lá, Meredith. Mostra-me do que uma Lovelace é feita.

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