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Capítulo 127

         Ela fitava o castelo com emoção.

        Pura energia protegia Hogwarts dos seus inimigos. Lá dentro, Laurel podia ver as estátuas ganharem vida e dirigirem-se a cada canto do castelo, possuídas por um feitiço que Dumbledore lhes lançara, na eventualidade de estarem sob ataque. Um homem inteligente, sempre o fora.

         Laurel fechou os olhos por breves instantes, ignorando a tensão e o entusiasmo que os Devoradores da Morte partilhavam entre si. O seu coração acelerou ao sentir a presença de Harry e de Ashley lá dentro, as lágrimas subindo-lhe aos olhos. Tinha tantas saudades deles, da sua família. Do seu pai adotivo, de Meredith, de Hermione. Depois de meses trancada e sozinha, tudo o que desejava era correr pela colina abaixo e abraçar cada um deles, sem nunca mais os soltar.

         Infelizmente, não podia.

         Um aperto no peito e o fogo nas suas veias fê-la ranger os dentes, à medida que Voldemort lhe sugava a Magia Negra dentro dela. A sua expressão era assassina e cruel, a boca abrindo-se para que as palavras magicamente amplificadas soassem por todo o lado:

- Sei que se estão a preparar para lutar. - afirmou, os olhos cor de sangue fixos no castelo onde também ele crescera - Os vossos esforços são inúteis. Não podem lutar contra mim. Não quero matar-vos. Tenho o maior respeito pelos professores de Hogwarts. Não quero derramar sangue mágico.

          Voldemort fez uma pausa. Aos seus pés, Nagini sibilou. Laurel cerrou os punhos, tentando a custo engolir as emoções e manter o Encantamento que ludibriava Voldemort para que ele achasse que ela estava a ser controlada. Pensara que seria mais fácil; subestimara a sua própria capacidade para sentir.

- Entreguem-me o Harry Potter. - ordenou o Senhor das Trevas - E ninguém ficará ferido. Entreguem-me o Harry Potter, e deixarei a escola intacta. Entreguem-me o Harry Potter, e serão recompensados.

      "Têm até à meia-noite"

        Laurel estremeceu, cerrando os punhos. O movimento foi suficientemente abrupto para Voldemort notar, o rosto de serpente aproximando-se do dela, como um predador observando a sua presa.

        A jovem fitou-o, apática. Estava quase lá. Conseguira sair do quarto, fizera Voldemort confiar nela o suficiente para estar ali, livre, longe daquele quarto onde quase enlouquecera.

       Ela só precisava ludibriá-lo mais alguns minutos, até entrar no castelo.

- Vai. - ordenou a criatura, a voz gélida arrepiando-lhe os pêlos da nuca - Traz-me o Potter. Quero que o mates, sim, mas à minha frente.

         A Ravenclaw assentiu, embora por dentro gritasse. Aquela cobra traiçoeira dera-lhes um prazo sem sequer ter o intuito de o cumprir. Não tinha honra? Orgulho?

       Que raio de Herdeiro de Slytherin ele era?

- Sim, Milord.

         Baixou a cabeça, numa vénia. Pelo canto do olho, notou uma figura feminina encará-la com aflição, as mãos agarradas ao peito. Os olhos de Narcissa buscaram os dela, vermelhos de choro e angústia.

        Os lábios finos abriram-se, as palavras saindo sem som, causando um impacto em Laurel que ela não precisava naquele momento.

        "Draco está lá dentro."

- Estás à espera do quê? - questionou Voldemort, intrigado - Entra lá dentro e traz-me o Potter. Sei que consegues Aparatar dentro do castelo, és a neta de Dumbledore e ele deu-te essa permissão. Obedece ao teu Mestre, Ravenclaw, antes que eu perca a paciência.

          Sem responder, Laurel Aparatou.

**

         Ela estava farta.

         Voldemort saberia de qualquer das formas. Enganara-o com sucesso e conseguira que ele baixasse a guarda ao ponto de a mandar sozinha para dentro de Hogwarts, confiante de que o seu feitiço era poderoso e imbatível.

        Estúpido.

        Por isso, a jovem Ravenclaw Desaparatou no centro do Salão Nobre, onde profesores, alunos e outros membros da Ordem da Fénix se encontravam.

       No exato momento em que Pansy Parkinson se erguia do seu lugar na mesa dos Slytherin e apontava:

- Mas ele está ali! O Potter está ali! Agarrem-no!

       Antes que alguém se pudesse mexer, Laurel ergueu as mãos, o seu poder fluindo livremente pelo espaço à sua volta. Uma barreira protetora envolveu Harry Potter, seguido dos alunos das restantes Casas: Grynffindor, Hufflepuff e Ravenclaw. Os alunos viraram-se para os Slytherin, num claro desafio mas o Menino-Que-Sobreviveu sequer reparou nisso.

         A única pessoa que ele via era a ruiva que o protegera em primeiro lugar.

- Ninguém vai tocar num fio de cabelo do Harry, Parkinson. - afirmou Laurel, aproximando-se da rapariga que lhe fizera a vida negra durante tantos anos - Sugiro que desapareças daqui enquanto é tempo. As masmorras são um bom sítio para se esconderem mas que fique claro: todos os Slytherin que realmente quiserem honrar a sua Casa serão bem-vindos.

             Laurel despiu o manto de Devoradora da Morte que Voldemort lhe forçara a vestir. Por baixo, as mangas da sua camisola tinham subido, deixando a Marca Negra bem visível aos olhos de todos.

       Ela não se importava. Deixara de se importar com tanta coisa ao longo daqueles meses.

- Eu sou uma Slytherin. O Chapéu Selecionador escolheu a Casa das Cobras depois de eu ter rejeitado explicitamente o meu legado e aprendi a aceitar esse meu lado, o lado que provém do meu pai, Regulus Black. Mas não é a Casa que define uma pessoa; não é o nosso nome ou a educação que os nossos pais nos deram. Somos nós, as nossas escolhas, as nossas ações, o que nós fazemos. É isso que conta.

         Os olhos de Astoria foram os primeiros que encontrou. A mais nova encarava-a, as duas esmeraldas nas suas írias brilhantes e decididas. Ao seu lado, Daphne acariciava a barriga e Blaise passava o braço por cima do ombro dela, beijando-lhe a têmpora e sussurrando algo ao seu ouvido que fez a Greengrass mais velha assentir, desolada mas firme.

       Aqueles tinham sido os seus colegas, alguns quase seus amigos. Os Slytherin entreolhavam-se, amedrontados e Laurel apenas desejou que Draco estivesse entre eles. Pelo menos estaria a salvo, estaria ao lado dela, estaria perto de si.

- Podem ir para as masmorras esconderem-se e permanecer em segurança. Ninguém vos julgará por isso. Mas vocês podem ficar e lutar. - a ruiva fez uma pausa, passando os olhos por todos eles - Lutem pela verdade, pela vida, pela preservação dos inocentes. Nós, Slytherin, buscamos principalmente a nossa sobrevivência. Mas e a dos outros? Como é que conseguem viver sabendo que podiam ter ajudado a salvar vidas e escolheram não o fazer?

         Laurel fez uma pausa, deixando as palavras assentarem. O coração batia forte no seu peito, a sinceridade das suas palavras abalando-a.

- Salazar cometeu erros terríveis mas isso só prova o que era: um mero humano. Ele escolheu o caminho do Medo e das Trevas mas antes de o fazer, ele tinha coisas boas. Ele amou, até se tornar um amor obsessivo, mas ele amou com todas as células do seu ser. Ele buscou o conhecimento no sentido de dar vida, de educar os seus alunos, de levar a verdade do conhecimento a várias mentes. Salazar Slytherin foi muito mais do que apenas o bruxo que menosprezava puros-sangue; ele era corajoso o suficiente para ir onde mais ninguém ia, para se embrenhar na Magia Negra mesmo com todos os terrores que ali lhe esperavam. Chamem-lhe loucura, coragem, masoquismo. Chamem o que quiserem; Salazar não ficou de braços cruzados a ver as coisas acontecerem. Ele não se escondeu atrás do Medo e da Cobardia. Isso podem ter a certeza que não fez.

     "Todos os que sejam maiores de idade e queiram ser corajosos, lutem ao meu lado. Lutem pelo que está certo, pelo valor da vida, por mais do que seguir os nossos medos. Juntos somos mais fortes e juntos nós conseguimos ganhar. Confiem em mim."

          O silêncio saudou-a, à medida que as palavras assentavam. Via o medo nos seus antigos colegas, a cobardia, o sentido de sobrevivência ativo.

           Depois, a voz. Aquela voz que a acompanhara, a Slytherin que realmente lhe ensinara o que era ser uma, o que era ter orgulho na Casa onde estamos.

- Deixem de ser uma cambada de idiotas e façam alguma coisa de bom na vossa vida, pelo menos uma vez. - protestou Meredith Lovelace, caminhando pelo Salão Nobre até parar ao lado de Laurel, que não pode deixar de sorrir - Mas despachem-se a tomar a vossa decisão porque não temos todo o tempo do mundo.

- Vocês são loucas. - disse Pansy, dando um passo em frente - Acham mesmo que podem ganhar ao Senhor das Trevas?

- Pelo menos achamos alguma coisa, Parkinson. Já tu, não te vi daquele lado, pois não? - perguntou Meredith, os olhos negros faiscando - Ao menos nós lutamos pelo que acreditamos porque realmente acreditamos nalguma coisa.

- Não vais lutar nem de um lado nem do outro, por isso podes ir para as masmorras. - disse Laurel, com certa gentileza - Lá estarás em segurança. Quem sentir o mesmo que a Pansy, por favor, sigam-na.

- Sempre te achaste melhor do que nós, Ravenclaw. - cuspiu Pansy, irritada - Mas não passas de uma menina mimada, convencida, demoníaca...

        Um estalido fez-se ouvir e, em meros segundos, a figura de Pansy Parkinson desapareceu, substituída pelo lagarto mais feioso que qualquer um dos presentes já vira. Laurel sorriu, agachando-se ao nível do animal que Pansy se tornara, a cabeça abanando de forma divertida.

- Nem uma cobra venenosa tu és, Parkinson. Ao menos agora estás calada.

       A ruiva ergueu-se. Daphne Greengrass aproximou-se dela, passando os olhos pela figura da melhor amiga, que a olhava lá em baixo com demasiada raiva para um animal tão pequeno.

- Eu vou lutar.- disse a Slytherin, surpreendendo Laurel.

- Nem penses nisso. - protestou Astoria, chegando-se imediatamente à frente - Estás grávida. Queres arriscar perder o bebé? Ou morrer?

- Eu fico. - afirmou Blaise, olhando a loira com seriedade - Tu e a Astoria vão para as masmorras...

- A Astoria não vai a lado nenhum, queridinho.

- Asty.

       A voz de Laurel fez a Greengrass mais nova endireitar-se, olhando-a.

- És menor. - disse a ruiva, com tranquilidade - Os mais novos têm de ficar em segurança.

- Disseste para lutarmos ao teu lado. Eu quero lutar ao teu lado! - protestou Astoria, revoltada.

- Asty, a tua irmã precisa de ti. - Laurel virou-se para Daphne, que parecia tão revoltada quanto a irmã mais nova - Parabéns. Vocês vão ser uns pais maravilhosos.

       Blaise Zabini engoliu em seco, fitando a ex-namorada, que lhe sorria com sinceridade. Inspirou fundo, beijou a testa da atual namorada e futura mãe do seu filho e juntou-se aos outros alunos, que continuavam a fazer barreira entre Harry e o resto do mundo. Alguns outros Slytherin juntaram-se a ele, muito poucos, mas o suficiente para Laurel se sentir orgulhosa da sua própria Casa. Meredith, por outro lado, revirou os olhos, vendo os que queriam permanecer em segurança afastarem-se.

- Cambada de cobardolas. - protestou a morena.

- Meredith Lovelace, porta-te bem.

          Ashley Hufflepuff aproximou-se das duas, orgulhosa. O sorriso de Laurel aumentou ainda mais, os braços rodeando a melhor amiga com saudade e alegria.

- Senti tanto a tua falta. - murmurou, apertando-a contra si.

- Nem acredito que estás viva. - respondeu Ashley, afastando-se para a olhar - És incrível, Lau.

- Vamos dar uma tareia aos maus da fita ou continuar na lamechice? - questionou Meredith, com o mau feitio do costume.

- Anda cá, sua chata. - disse Laurel, puxando-a.

         As três abraçaram-se, cada uma mais emocionada do que a outra. Estavam juntas, por fim, todas do mesmo lado. Tinham começado juntas.

          Acabariam com aquilo juntas.

         À volta delas, os feiticeiros começavam a organizar o plano de batalha, os alunos dispersando-se e deixando Harry passar. Quando se soltaram, Ashley e Meredith afastaram-se, deixando Laurel a encarar o Escolhido aproximar-se dela. A expressão culpada de Harry dilacerava-lhe o peito, o arrependimento bem presente nos seus olhos.

- Harry...

- Desculpa. - pediu o rapaz, abanando a cabeça - Não consegui salvar-te. Não consegui chegar a ti naquele dia, deixei-me levar pela vingança contra Snape e... Laurel, eu lamento imenso...

- Harry, está tudo bem.

- Não está! Eu é que devo proteger-te, eu é que devia salvar-te e tem sido sempre ao contrário...

- Não preciso que nenhum cavaleiro me venha salvar, com o seu cavalo branco e a mania que é o herói. O que aconteceu tinha de acontecer e não há nada que possamos fazer quanto a isso. - Laurel segurou-lhe as mãos, fitando-o com seriedade - Precisamos destruir o diadema de Ravenclaw.

- Eu estava a tratar disso...

- Quem vai tratar sou eu. É da minha família que estamos a falar. - afirmou a ruiva, decidida - Eu sei onde o diadema está. Precisamos chegar até ele mas primeiro...

        Laurel engoliu em seco, comovida.

- Preciso ver a minha família.

**

         Tom Riddle aproximou-se dela.

         Eles corriam em direção à Sala das Necessidades, onde o seu pai adotivo estaria, quando a memória apareceu, fazendo-a estacar bruscamente. Harry, Ashley e Meredith pararam com ela, os três trocando olhares de confusão ao vê-la fitar o nada com seriedade.

- Vão andando. - disse ela, firme.

        Ley hesitou, notando a tensão no corpo da melhor amiga. Quando os olhos safira a fitaram, limitou-se a assentir, puxando Harry consigo. Sozinha, Laurel suspirou, esperando que a memória dissesse ao que vinha.

- O que queres agora?

- Traíste o teu Senhor.

- Ele nunca foi o meu Senhor. Não tenho nenhum Senhor, Tom. Não sou controlável.

       A memória assentiu.

- Sabes o que irá acontecer. Harry Potter tem de morrer.

- E a alma de Voldemort que se encontra presa nele morrerá também. Sei disso.

- A profecia não se cumprirá.

- Ambas se cumprirão. Voldemort vai-se cansar de esperar que alguém lhe entregue Harry. Irá jogar o seu último trunfo: o altruísmo de Harry. - Laurel baixou os olhos, sentindo-se cansada - Não preciso de ir proteger a minha família uma a uma. Harry vai sacrificar-se por todas as pessoas que se encontram neste castelo e fará o que a mãe dele fez: um sacríficio por amor, um Encantamento mais poderoso do que qualquer magia que Voldemort conheça. Só há uma pessoa que preciso proteger eu mesma, a única que ele irá querer matar com as próprias mãos.

- O Malfoy.

       Laurel assentiu.

- Harry não morrerá, somente o Horcrux que é morrerá. A profecia dos Herdeiro irá cumprir-se.

     Os olhos de Tom Riddle faiscaram.

- Qual é o desfecho?

       Laurel Ravenclaw suspirou. O medalhão no seu peito fervia, quente, feroz, vivo. Estava apenas à espera para cumprir o seu destino.

       Apenas à espera.

       A jovem ergueu a cabeça, o queixo para cima, a postura orgulhosa.

       A Rainha Branca.

- Uma vida... Por uma vida.

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