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Capítulo 109

O som dos saltos altos a baterem no chão de mármore ecoaram pelo corredor. Meredith respirou fundo, acalmando o coração que batia forte no peito. Aquele era o truque para lidar com qualquer predador; nunca demonstrar medo ou seria uma presa morta.

Nos tempos que corriam, Lord Voldemort era o predador mais perigoso que existia.

Com as emoções controladas, abriu as portas da sala de estar, adentrando a assoalhada de queixo erguido.

- Milorde, requeriu a minha presença? - perguntou, fazendo uma referência.

Os olhos cor de sangue de Voldemort fixaram-se nela, como se de uma cobra se tratasse. Um pequeno sorriso formou-se no seu rosto, embora este nunca atingisse realmente os seus olhos. O Senhor das Trevas era incapaz de esboçar uma emoção genuína, a menos que esta se tratasse de ódio ou desprezo.

Uma criatura sem coração, como nunca existira outra.

- Meredith, querida. Gostaria que me acompanhasses, a mim e à tua mãe.

- Posso perguntar onde, Milorde?

- Não serias tu se não perguntasses, Meredith. Vou de viagem para visitar um velho... Amigo. Vós ireis acompanhar-me, calculo que vos seja familiar.

Sentada ao seu lado, Amanda Lovelace fitava o tampo da mesa de vidro, os olhos negros encarando o vazio como se tivesse visto um fantasma. As palmas das mãos estavam firmemente pressionadas uma contra a outra, os dedos entrelaçados sobre o colo com demasiada força.

Meredith sentou-se calmamente no lado esquerdo do Lord, os lábios vermelhos prensados um no outro. A postura tensa da mãe estava a deixá-la nervosa, algo que não podia acontecer à frente de Voldemort.

- Será um prazer acompanhá-lo, Milord. - disse, com toda a firmeza.

Os olhos negros de Amanda buscaram os dela, vazios. Meredith franziu ligeiramente o sobrolho, vendo Voldemort sorrir para Amanda como se apreciasse a reacção da Lovelace mais velha.

- Algum problema, Amanda? - questionou o Lord, a mão acariciando a cabeça de Nagini, que se entrelaçara na perna da mesa e subia lentamente para cima da mesa.

- A pessoa em questão não é propriamente a minha favorita, Milord. O senhor sabe disso.

- Por isso mesmo, adoraria que me acompanhasses, Amanda. Tive oportunidade de matar o meu pai e castigá-lo pela sua ignorância e fraqueza. Pela tua lealdade sem limites, dar-te-ei a mesma oportunidade. - Voldemort virou-se para Meredith, que mal respirava - A Meredith nunca conheceu o avô, pois não?

Amanda abanou a cabeça, em silêncio. Meredith não conseguia respirar, o cérebro preso ao que Voldemort dissera.

O seu avô.

Gellert Grindelwald.

- Quando partimos? - conseguiu perguntar, num fio de voz.

- Agora mesmo. - Voldemort pôs-se de pé, estendendo o braço a cada uma das mulheres - Prontas?

Com relutância, as Lovelace entrelaçaram os seus braços nos do seu Mestre, ambas visivelmente perturbadas, embora por razões diferentes.

A última coisa que Meredith viu antes de Aparatarem foi a lágrima solitária que escorria discretamente pela bochecha de Amanda.

**

O Castelo de Nurmengard saudou-os com uma tempestade feroz, despenteando os cabelos outrora perfeitamente penteados de Meredith. A jovem estremeceu, envolvendo os braços com o seu casaco e seguindo Voldemort, adentrando as masmorras do castelo.

A pedra de que o castelo era feito fazia ecoar o som dos sapatos altos das mulheres Lovelace. Voldemort, por outro lado, parecia deslizar lentamente, com alguma urgência. Se se observasse com atenção, veria os nós dos dedos de Voldemort ficarem brancos com a força com que segurava na varinha que tirara a Lucious Malfoy. Estava nervoso, os olhos cor de sangue varrendo freneticamente as células até encontrar a que queria.

Dentro dela, jazia a figura esquelética de Gellert Grindelwald.

Voldemort fora o primeiro a entrar na cela, seguido por Meredith, que se virou para trás em busca da mãe. Amanda parecia relutante em entrar, o medo bem presente na sua expressão. Nenhuma das Lovelace estava confortável ali mas a perspetiva de rever o pai parecia aterrorizar Amanda, algo que Meredith nunca esperara ver.

- Continua a andar. - ordenou Amanda, recompondo bruscamente a postura - Não há aqui nada para tu veres.

- Estás bem? - perguntou Meredith, amaldiçoando-se a si própria mal a pergunta lhe escapara pelos lábios.

Amanda sequer reparou na compaixão presente na voz da filha. A voz de Grindelwald fizera-se ouvir de dentro da cela, fazendo-a estremecer. Todos os seus demónios surgiram naquele instante, forçando-a a recordar-se do seu passado, um passado que estivera uma vida inteira a enterrar no mais fundo do seu ser.

O seu inferno regressara e Meredith era apenas uma mera espectadora, vendo a mãe passar por ela e adentrar na cela de Grindelwald com a face petrificada e sem emoção.

- Filha. - saudou a voz cavernosa do velho em farrapos que um dia fora o grande e aterrador Grindelwald - Há muito tempo que não nos víamos...

- Não tinha saudades nenhumas, pai. - interrompeu Amanda, com acidez - A tua estadia nas masmorras tem sido desagradável o suficiente?

- Tem sido revigorante. - o homem virou-se para Meredith, que permanecia petrificada junto à porta da cela - Vejo um reflexo teu, Amanda. Poderá ser a minha neta?

- Não estamos aqui numa visita social. - respondeu Meredith, friamente - Milord, qual o propósito de estarmos aqui?

- A minha casa não te agrada, filha de Azkaban?

O sangue de Meredith gelou. Amanda mexeu-se de imediato, colocando-se entre Meredith e Grindelwald.

- Como é que tu sabes...

- As notícias voam, Amanda. Estou orgulhoso de ti e da pessoa em quem te tornaste. Não sou apreciador dessa criatura aí... - apontou para Voldemort, que observava Grindelwald com um ar assassino - Mas reconheço o lado vencedor quando o vejo. A minha Amanda sempre fará parte do lado vencedor, do lado do Bem Maior.

A adaga de Amanda Lovelace foi rapidamente pressionada na garganta do prisioneiro, cuja exclamação de surpresa fez Meredith engolir em seco.

- Não sou nada tua. - cuspiu Amanda, os lábios crispados de raiva - Nem tua nem daquele monstro que me deu à luz.

- Rose? Uma mulher majestosa, fiel e tão cruel como eu. A melhor escolha para carregar a minha cria, não concordas?

- Chega de palermices. - sibilou Voldemort, aproximando-se de Grindelwald - Diz-me o que quero saber.

- A tua viagem foi em vão. Nunca a tive.

- Mentes! - sibilou Voldemort, enraivecido.

Meredith engoliu em seco, vendo Amanda atirar o corpo moribundo de Grindelwald ao chão, afastando-se dele para que o seu Mestre se aproximasse. A raiva de Voldemort destilava dele, trazendo os nervos da Lovelace mais nova à flor da pele. Não pelo avô, mas por ela.

- Mata-me então, Voldemort, a morte será bem-vinda! - Grindelwald sorriu, um sorriso sem alguns dentes - Mas a minha morte não te trará o que procuras... Há tanta coisa que não entendes...

Lord Voldemort rosnou, furioso. Amanda permanecia estática junto a Meredith, que fazia de tudo para permanecer com uma expressão inalterável. Escutava atentamente a conversa, tentando perceber o que o Senhor das Trevas poderia querer com um homem que não via a luz do Sol há anos, informação cuja omissão era suficiente para destabilizá-lo por completo.

- Diz-me onde está!

Grindelwald soltou uma risada rouca, os olhos enlouquecidos. Um toque no braço de Meredith fê-la desviar o olhar, focando-se em Amanda, cuja palidez parecia mais vincada.

- Milorde, parece haver complicações na Mansão. Narcissa pediu a nossa presença com urgência.

O rosto de Voldemort virou-se lentamente na direção de Amanda, que sequer pestanejou. O Senhor das Trevas passou um dos seus dedos ossudos pelos lábios, avaliando a situação. Enquanto isso, Meredith observava Grindelwald, sentindo-se desconfortável com os olhos dele postos em si.

- Uma Lovelace da cabeça aos pés.- murmurou o velho, com um brilho sinistro no olhar.

Meredith recuou um passo, cerrando os punhos. Não queria que fosse visível o seu transtorno mas sabia que tinha gotas de suor a escorrer-lhe pela testa, mostrando o seu nervosismo. Nunca percebera o que realmente significava ser neta de Grindelwald até estar ali. O homem fora um assassino em massa, um perigo para a humanidade e era pai de uma das mulheres mais perigosas que caminhava na Terra. Ele era tudo isto e seu avô. O seu sangue corria-lhe nas veias, tornando-a igualmente perigosa.

"A maçã podre nunca cai muito longe da árvore." dissera Amanda.

- Vamos. - ordenou Amanda, pegando-lhe no braço.

- Não te despedes do teu querido pai?

Amanda estacou. A mandíbula estava firmemente cerrada e os olhos frios fitaram Grindelwald, com um ódio que Meredith nunca vira, nem mesmo dirigido a si.

- Arde no Inferno como a cabra da tua amante.

E Desaparataram, deixando dois dos homens mais perigosos da História para trás.

**

- Ele vai matá-lo. - disse Meredith, mal sentiu o seu corpo regressar ao seu estado normal - Grindelwald não lhe deu a informação que queria e ele vai matá-lo.

- É um favor que faz ao mundo. - respondeu Amanda, com frieza - Vamos, Bellatrix está à nossa espera.

- Pensei que ser filha dele era um orgulho para ti...

- Pensaste mal. - ripostou, endireitando as roupas.

Meredith assentiu, calando-se. Em silêncio, seguiu Amanda, cujo rosto não esboçava qualquer emoção. No corredor, Bellatrix esperava-as, as duas embrenhando-se numa qualquer conversa que Meredith não conseguia ouvir. Tudo o que se conseguia focar era no orgulho estampado no rosto de Grindelwald ao olhar para ela, como se ela fosse igual a ele.

Igual a Amanda.

Tudo se esvaiu no momento em que adentrou o salão. Os pensamentos, o medo, o nervosismo, a dúvida se estaria a seguir as pisadas dos seus antepassados... Tudo se esvaiu no momento em que viu Ashley Hufflepuff ajoelhada no chão, os olhos âmbar que tanto amava arregalando-se ao vê-la.

- Encontramo-nos outra vez, Ashley Hufflepuff. - proferiu Amanda.

Meredith fitou a mãe por instantes, surpreendida pelo tom suave com que a Lovelace mais velha se dirigira à jovem que quase enlouquecera, naquela fatídica noite, três anos antes. Ashley encolheu-se ligeiramente, um movimento que não passou despercebido a Meredith, que conhecia-a tão bem e reconhecia o medo nos olhos dela. A mulher que amava estava mais cansada do que quando a vira no orfanato, algumas semanas antes. Sabia que Ashley tivera de lidar com Amanda alguns dias antes, resultando no atentado à casa dos Diggory, mas vê-la ali deixava-a de alguma forma mais aliviada. Todos os dias duvidava se Ashley ainda estaria viva, todos os dias se preocupava.

Da mesma forma que se preocupava com Laurel Ravenclaw, uma preocupação que partilhava com Ley.

Os três companheiros de Ashley debatiam-se, o rosto de Harry desfigurado por um qualquer feitiço. Pela forma como Ron lançava olhares alarmados na direção do rapaz ao seu lado, era praticamente impossível não perceber que aquele era Harry Potter. Ao lado de Ashley, os olhos inteligentes de Hermione brilhavam na sua direção, desconfiados.

Nenhum deles realmente importava, não para Meredith.

"Estás bem?" sussurrou na mente de Ashley, vendo-a assentir. Ley era péssima com Leglimância, quase tanto como era com Oclumânica, dificultando a comunicação entre ambas. Ainda assim, os ombros de Meredith relaxaram ligeiramente, mostrando o seu alívio.

A Lovelace observou o cenário, procurando uma forma de libertar Ley. A alguns metros dela, Draco Malfoy observava-a em silêncio, percebendo exatamente o que Meredith sentia. Os dois entreolharam-se, a súplica bem presente nos olhos negros dela.

"Ajuda-me." pediu na mente dele, fazendo-o desviar o olhar, fitando Ashley.

"Ajuda-me tu a mim" ripostou ele, áspero.

Meredith lançou-lhe um olhar irritado. Os dois nunca se tinham dado bem mas era impossível não sentir pena de Draco. Estava mais pálido e mais magro do que o habitual, os ossos do pescoço visíveis a olho nu. Ainda assim, continuava a ser o mesmo miúdo irritante de sempre.

Quando o grito de Bellatrix cortou o ar, Meredith soube de imediato que as coisas não iriam correr bem.

- Onde arranjaste essa espada? - perguntou a Lestrange a Fenrir Greyback, o lobisomem de serviço - O Snape enviou-a para o meu cofre em Gringotts.

Ashley arregalou os olhos, deixando Meredith de pé atrás. A Hufflepuff lançou-lhe um olhar alarmado, deixando-a ainda mais nervosa.

- Controla-te. - murmurou Amanda, passando por ela discretamente.

Cerrou os punhos, controlando-se, algo que durou pouco tempo.

- Leva estes prisioneiros para a cave, Greyback. - ordenou Bellatrix, os olhos raiados de raiva - Espera... Todos exceto... A Sangue de Lama e... - a mulher sorriu - A Hufflepuff.

- Não! - gritou Ron, enquanto Hermione era arrastada pelos cabelos até Bellatrix - Pode ficar comigo, fazer o que quiser!

- O que vai fazer com a Ashley?

A pergunta escapou-lhe pelos lábios antes que se pudesse conter. Amanda lançou-lhe um olhar de aviso, obrigando-a a manter a postura de indiferença que usava quando outros Devoradores da Morte estavam presentes. Fazia parte da personagem que ela adotava, a qual facilmente se desmanchava quando Ashley estava presente.

"A farsa está a cair, queridinha." sussurrou Amanda na sua cabeça, apanhando-a num momento vulnerável em que baixara a guarda.

Meredith rangeu os dentes, enterrando as emoções.

"Uma Lovelace nunca perde." respondeu-lhe, com firmeza.

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