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Capítulo 101

O pesadelo acorrentava-a.

Ashley revirou-se no seu saco-cama, os canudos escuros colados ao couro cabeludo devido ao suor abundante que lhe escorria pelo corpo.

No seu peito, o medalhão de Slytherin repousava, espalhando o seu veneno como uma serpente sem escrúpulos.

- Não... - murmurou a jovem, cada vez mais pálida - Não, não, NÃO!

- Ashley!

Os olhos âmbar de Ley abriram-se, arregalados. Hermione ajoelhara-se junto dela, fitando-a com preocupação.

Ashley sentou-se com dificuldade, a cama rangendo com o seu movimento. A tenda que Hermione tinha trazido na sua mala de missangas era bastante grande e Ley não pudera deixar de ficar surpreendida ao ver que tinha quatro camas em vez de três. A Granger já sabia que ela iria com eles, mesmo que a própria Ashley não fizesse ideia, o que fez a Hufflepuff gostar ainda mais da jovem à sua frente.

- Deixa que eu fico com o medalhão agora. - murmurou Hermione, retirando-lhe o colar do pescoço.

O alívio percorreu Ashley imediatamente. As olheiras da Hufflepuff estavam cada vez mais marcadas, o que preocupava Hermione, que mantinha-se atenta a tudo o que a rodeava, apesar da situação de Ron não ser das melhores. O ruivo recuperava muito devagar, o que começava a deixar Harry nervoso por não estarem à procura dos restantes Horcruxes nem fazerem ideia de como destruír o que já tinham.

- O medalhão afeta-te mais. - comentou a Granger, sentando-se à beira da cama de Ashley.

- Eu já reparei nisso. - Ley encolheu os ombros, cansada - Se bem que o Harry também não fica em lá muito bom estado. - referiu, apontando para o rapaz que dormia profundamente.

- É diferente. Aliás, o medalhão atua de maneira diferente em todos nós. - os olhos de Hermione pararam em Ron, que adormecera agarrado ao rádio onde costumava ouvir as noticias cada vez mais depressivas do mundo bruxo - Ao Ron aumenta-lhe o medo e a insegurança. Ele não faz ideia se a família está bem ou mal e os Weasley pertencem à Ordem, estão muito expostos. A mim... - Hermione fez uma pausa, suspirando - Faz-me sentir culpa pelo que fiz aos meus pais. Apaguei-lhes a memória antes de me vir embora para os manter seguros mas tenho receio de ter criado um vazio gigante na vida deles. Sinto-me culpada e cheia de saudades...

- Foste muito corajosa ao fazer isso, Hermione. - disse Ashley, dando a mão à Granger - Fizeste o mais correto e não tens de te sentir culpada. Quiseste protegê-los e de certeza que vão sobreviver a isto por causa do teu ato de bravura.

Hermione sorriu, limpando as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

- O medalhão afeta o Harry demasiado, tal como faz a ti. - prosseguiu a Granger, séria - Traz à tona os medos e as dúvidas dele... Com tudo o que se fala sobre Dumbledore e os segredos que ele guardou do Harry...

- Acredito que se sinta enganado. - Ashley encolheu os ombros - Não é o primeiro nem será o último. Dumbledore enganou a própria neta a vida toda, qual é a surpresa?

- Ele teve os seus motivos. - afirmou Hermione, leal.

- Oh, eu sei disso e não o critico, de longe! - exclamou Ley - Dumbledore era como a Laurel: um estratega nato. Tudo o que ele fazia tinha um propósito. Infelizmente, ao contrário da Laurel, o jogo de Dumbledore sempre foi mais sujo, mais cheio de segredos e mentiras por detrás das suas boas intenções. Eu, pessoalmente, não me identifico com isso e acredito que o Harry também não mas sei que a Laurel compreendeu-o perfeitamente. Ficou muito magoada com Dumbledore na altura mas foi capaz de o perdoar e de o entender. - a Hufflepuff fez uma pausa, pensando na melhor amiga - Eu não teria essa capacidade.

Hermione assentiu, mantendo-se calada. Ley, sonolenta, soltou um suspiro, esfregando os olhos cansados.

- A mim o medalhão impede-me de dormir.

- Porquê?

- Porque me faz reviver as minhas memórias mais dolorosas.

Hermione arregalou os olhos.

- Como...

- Como os meses que passei no St. Mungus. Como o ataque de Amanda Lovelace e a morte de Cedric. - Ashley encolheu os ombros - Principalmente... O nevoeiro.

- O quê?

Ley fechou os olhos, afastando as memórias. Para ela, os meses que passara no St. Mungus eram apenas vislumbres enevoados do que uma mente lúcida veria. Era como se estivesse presa dentro de si mesma, com névoa cinzenta a toldar-lhe os pensamentos e sensações, a sua visão um borrão desfocado da realidade.

Nos pesadelos, revivia principalmente os primeiros tempos, quando nem sequer na voz de Cedric se conseguia focar. Lembrava-se perfeitamente da presença do irmão, que visitava-a todos os dias, trocando com Laurel para que Ashley nunca ficasse sozinha. Ambos conversavam com ela mas ela não os conseguia ouvir ou registar as suas palavras.

Ainda assim, fora ao som das suas vozes que se agarrara.

- Queres trocar? Eu fico de vigia, já perdi o sono mesmo. - disse Ley, bocejando.

- Não, eu posso ficar...

- Deixa estar, eu fico. Boa noite, Hermione.

- Boa noite, Ley.

**

- E-E-Ele p-partiu! Desapareceu! - exclamou Hermione, debulhada em lágrimas.

Harry nada disse, a face lívida e corada da raiva que sentia. Em silêncio, debruçou-se e apanhou o medalhão de Slytherin do chão, que fora violentamente atirado por Ron antes de abandonar a tenda.

Sentada na mesa, Ley nada disse.

Ron fora-se. a tensão entre ele e Harry estava ao rubro, o medalhão não facilitando em nada a situação em que se encontravam. Para piorar, Hermione escolhera ficar com Harry em vez de ir com Ron, o que fora claramente uma traição para o ruivo.

Ronald Weasley sempre tivera complexos de inferioridade em relação ao famoso Harry Potter, o medalhão só deixara isso mais visível.

- Eu fico de guarda. - anunciou Ashley, pondo-se de pé.

- Não, eu fico. - contrapôs Harry.

- Harry, acho que devias descansar...

- Pois, mas eu não perguntei o que achavas, pois não?

Ashley ergueu as sobrancelhas, surpreendida.

- Posso saber porque é que estás a falar assim para mim?

- Olha, Ashley, porque se calhar tens a mania que és a líder do grupo quando claramente não és. - ripostou Harry, irritado - Um já se foi embora, se vais continuar a contestar todas as minhas decisões podes seguir o caminho que ele fez.

- Harry, já chega. - intrometeu-se Hermione, engolindo as lágrimas - Estás a descarregar na Ley...

- Ela nem sequer devia estar aqui, Hermione. Não era essa a missão dela, pois não, Ashley?

- Pois mas alguém tem que te ajudar a cumprir a tua e nem assim estás a ser lá muito bem sucedido! - Ashley soltou uma risada, sem querer acreditar que estava novamente a discutir com Harry Potter, de quem devia ser aliada - Pára com a mania de que tu és o dono da razão só porque Dumbledore te deixou uma missão, Harry. Isso não te está a ajudar em nada.

- Devias estar à procura da Laurel e não aqui a questionar-me...

- Eu já sei onde está a Laurel, idiota. - interrompeu Ashley - Eu já cumpri a minha missão e é meu dever ajudar-te a cumprir a tua...

- Pois mas eu não quero a tua ajuda!

- Pois mas tu não mandas, sabias?! - a mão de Ashley voou para o tampo da mesa, batendo nela de forma irritada - Estou aqui para te proteger e manter vivo até a hora chegar. Podes ter a certeza que havia muitos outros sítios onde preferia estar mas estou aqui porque o meu dever é proteger-te a ti e à Laurel...

- NÃO FOSTE LÁ MUITO BEM SUCEDIDA, POIS NÃO?! PORQUE ELA NÃO ESTÁ AQUI!

- NEM TU, HARRY! ONDE É QUE TU ESTAVAS?! - Ley ergueu a sua varinha, apontando-a ao queixo de Harry de forma ameaçadora - ONDE É QUE TU ESTAVAS QUANDO ELA FOI LEVADA?! AH, JÁ ME LEMBRO! - Ley rangeu os dentes, enervada - A TENTAR VINGARES-TE DE UM HOMEM QUE JÁ ESTAVA MORTO! SABES ONDE É QUE EU ESTAVA?! A MORRER!

- DEVIAS TÊ-LA PROTEGIDO!

- TAMBÉM TU!

- JÁ CHEGA! - gritou Hermione, exasperada.

Ashley dobrou-se sobre si própria, levando a mão à boca para tossir. Os olhos âmbar arregalaram-se ao notar o sangue que lhe escorria pela boca, escuro e intenso. O estômago embrulhou-se, a tosse enchendo-a de espasmos violentos que a deixaram cair ao chão, de joelhos.

- Ashley. - chamou Harry, em pânico.

- A minha bolsa... - sussurrou Ashley, fitando Hermione - O frasco vermelho...

- Agarra-te a mim. - pediu o Potter, segurando-a pelos ombros.

A Hufflepuff assentiu, tentando controlar a tosse enquanto Harry lhe estendia guardanapos para limpar o sangue. Hermione aproximou-se rapidamente da jovem, estendendo-lhe o frasco que pedira.

- Uma Poção Para Estancar. - percebeu Hermione, deitando algumas gotas na boca de Ashley.

A visão de Ley escureceu momentaneamente, regressando poucos segundos depois. A mão de Harry segurava firmemente a sua, presente o suficiente para Ashley se focar nela e não perder os sentidos. O líquido dentro de si queimava-a mas a tosse e os espasmos pararam, o sangue terminado de escorrer para fora do seu corpo.

- O que aconteceu? - murmurou Harry, visivelmente transtornado.

Ashley fechou os olhos, pensativa. No seu íntimo, ela sabia a resposta e Harry também saberia, se pensasse bem.

- Caos. - respondeu, vendo Harry assentir.

A ligação entre os Herdeiros era inimaginável e mais do que inexplicável. Entre a Hufflepuff e a Ravenclaw, havia a promessa de uma proteger a outra até à morte, ao ponto de sempre saberem onde cada uma estava e como se sentia. Entre a Hufflepuff e Slytherin, a pura inimizade, o ódio absoluto.

Entre a Hufflepuff e Grynffindor, a promessa de cooperação para salvarem a Ravenclaw.

- Desculpa. - pediu o Herdeiro de Grynffindor, prontamente - Eu sei que só queres ajudar mas... Ashley, eu não sei o que estou a fazer. Não sei para onde ir, o que fazer, o que procurar... Eu... -Harry tapou a cara, escondendo as lágrimas que ameaçavam sair - Eu preciso dela. Ashley, eu preciso dela. Era suposto estarmos lá um para o outro mas eu sempre a perco. No Torneio, ela ficou para trás para me proteger. Devia ter sido ao contrário! Na noite em que... Em que Dumbledore morreu... Eu devia tê-la protegido e não o fiz! Sem a Laurel, eu não sei o que fazer. Eu... Eu preciso dela.

Hermione afastara-se, indo buscar roupas limpas para Ashley se trocar e deixando os dois sozinhos. Os Herdeiros precisavam entender-se, ou o Caos e a Discórdia acabaria por destrui-los tal como tinha acabado de acontecer.

No final, os Herdeiros eram um só.

Com um suspiro, Ashley puxou Harry para um abraço, escondendo o rosto no peito dele.

- Nós vamos ficar bem. - sussurrou, comovida - Estou aqui para ajudar, tal como a Laurel faria. Vais ficar bem e nós vamos acabar com isto tudo. Prometo.

No pescoço de Harry, o medalhão de Slytherin silvou, a face tocando no peito de Ashley, que se afastou.

- Não vais ganhar. - afirmou, fitando o medalhão - Não vais.

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