Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 6

    O ruído de passos apressados a bater no chão de pedra do castelo ecoava pelas paredes, fazendo os poucos alunos que não estavam no Salão se desviarem antecipadamente. Alguns viravam a cabeça enquanto a menina passava, perdendo-a de vista rapidamente. O olhar no seu rosto era de pânico, um pânico palpável e que fazia as pessoas se perguntarem se ela precisava de ajuda.

    Laurel corria de forma desenfreada pelo castelo, parando junto da entrada do gabinete do Diretor, a arfar. A voz saiu-lhe aguda quando entoou a senha que permitiria desvendar as escadas que a levariam a Dumbledore. As górgonas que guardavam o gabinete do Diretor soltaram uma risada debochada, fazendo a ruiva ficar especada a olhar para elas.

- O Diretor não se encontra na escola, minha cara.- informou uma delas.

- E essa já nem é a senha desta semana.- disse a outra- A desta semana ainda é mais engraçada.

- O meu avô não está?- perguntou Laurel, sem querer acreditar- Justo hoje?!

- Poderia ter sido noutro dia.- concordou uma.

- Mas também poderia ter sido hoje.- disse a outra.

- Poderia...

- Miss Ravenclaw?

    Laurel virou-se, o coração apertando-se ao ouvir o seu verdadeiro nome. Com um ar sério, a Professora McGonagall encarava-a. A ruiva encolheu-se um pouco, sempre ficava intimidade com aquela senhora, mesmo admirando-a enquanto professora. Talvez fosse porque lecionava a matéria que tinha mais dificuldade, Transfiguração.

- Boa noite, Professora. Estava à procura do Diretor...

- Lamento mas o seu avô teve de se ausentar. Se eu puder ajudar nalguma coisa.

    Laurel abanou a cabeça. Por isso é que ouvira Harry dizer que Snape iria atacar o alçapão naquela noite... Seria ele capaz? Algo passou na mente da menina, fazendo-a pigarrear.

- Professora? Como sabe o meu nome?- perguntou-lhe, fitando o chão.

- Dumbledore contou-me, Miss Ravenclaw. O seu avô pediu que estivesse de olho em si quando ele se ausentasse. Ele preocupa-se muito consigo.- a Professora fez uma pausa, esboçando um sorriso contido- Presumo que os exames tenham corrido bem. Fiquei excepcionalmente contente com a sua nota a Transfiguração. Cheguei a pensar que a menina não iria passar.- comentou, sorrindo um pouco mais- Está de parabéns, Miss Ravenclaw.

    Laurel assentiu, conseguindo sorrir também, apesar de ter a cabeça cheia de pensamentos sobre a Pedra Filosofal. Despediu-se da Professora com uma mesura e passou por ela, decidida a ir à procura de Harry para o dissociar de ir em busca da Pedra. O chamar de Minerva McGonagall fê-la parar e fitar a senhora, que a olhava com a sua postura reta.

- Ia-me esquecendo de lhe dar o recado que o Diretor lhe deixou.- retirou um pedaço de pergaminho do bolso, estendendo-o a Laurel- Tenha uma boa noite, Miss Ravenclaw.

    A ruiva ficou a ver a professora afastar-se, perguntando-se o que lhe teria contado Dumbledore sobre si. Quando a perdeu de vista abriu o pergaminho, reconhecendo a caligrafia do homem que considerava seu avô.

"Permanece no dormitório esta noite, pequena."

    Laurel acordou sobressaltada, sentindo uma dor intensa no peito. A menina levantou-se de imediato, levando a mão ao peito. O seu colar fervia, o brilho verde habitual tornando-se agressivo. Uma tontura assolou-a violentamente e uma voz maligna invadiu-lhe a cabeça.

    "Mata-o! Mata o rapaz! Agarra a pedra!"

    Laurel cambaleou. Lá fora, a lua cheia brilhava, inundando o dormitório de luz. Aos tropeções, a menina correu, passando pela Sala Comum, onde chocou com alguém que a segurou fortemente, impedindo-a de cair.

- Laurel?- a voz de Draco soou ao longe, assustado- Estás bem? Por Merlim, estás gelada! Laurel, diz alguma coisa!

    A menina cambaleou, imagens preenchendo-lhe a mente. Segura nos braços do loiro, fechou os olhos, permitindo ver o que lhe queriam mostrar.

    Um homem gritava de dor, olhando incrédulo para as mãos queimadas. Ajoelhado junto de si, Harry ofegava, tentando entender o que estava a acontecer. O homem, que Laurel reconheceu como sendo o Professor Quirell, o gago e inofensivo professor de Defesa Contra as Artes Negras, baixou a cabeça em agonia, deixando Laurel ver a sua nuca deformada na forma de um rosto, o rosto hediondo de Lord Voldemort.

    A menina gritou, em pânico. Como um fantasma, deslizou para longe do monstro, que a olhava maldosamente. Com medo, Laurel percebeu que Voldemort a via e as palavras dele fluíram para ela, agoniando-a.

- Pequena Laurel... Laurel Ravenclaw... A tua magia pertence-me...

    Laurel afastou-se, terrivelmente assustada. No seu peito, o colar erguia-se levemente, puxando o seu pescoço na direção do Senhor das Trevas, que rejubilava de contentamento.

- Vejo que a guardaste para mim, tantos anos depois... Assim que conseguir a Pedra Filosofal, voltarei a ter um corpo e virei atrás de ti, minha pequena, virei buscar o que me pertence. Escreve o que te digo, Laurel Ravenclaw: virei à tua procura, Herdeira e nada parará o legítimo Herdeiro de Slytherin!

    As feições de Voldemort contorceram-se e a sua boca escancarou-se num grito horrendo de pura agonia. Atrás de si, Harry tinha-se levantado e tocava repetidas vezes com as mãos na cara de Quirrel, queimando e desfazendo em cinzas as partes onde tocava. Laurel abriu as mãos, concentrando toda a sua magia. O colar no seu pescoço brilhou imediatamente a azul, parando de imediato de ir ao encontro do Senhor das Trevas. Dando impulso, Laurel deslizou para perto do rosto de Voldemort, tocando-lhe tal como Harry fazia com Quirrell, fazendo parasita e hospedeiro gritarem de agonia.

    Quirrell afastou-se de Harry e de Laurel, as mãos no rosto. Com uma expressão de pura agonia, começou a desfazer-se em pó, deixando para trás o manto que vestia. Uma massa negra brotou do manto, dirigindo-se a Harry. Com um grito, Laurel pôs-se no caminho, invocando labaredas de fogo nas suas mãos, que afastaram a presença de Voldemort para longe de ambos, o impacto fazendo Harry cair ao chão, batendo com a cabeça e desmaiando. Com um último grito, o Senhor das Trevas afastou-se, deixando para trás as duas crianças.

    Na Sala Comum dos Slytherin, a consciência de Laurel regressou ao seu corpo e a menina abriu os olhos, ofegante. Pontos negros invadiram a sua vista e depressa deixou-se levar pelo cansaço, desmaiando nos braços de Draco Malfoy, que desatou aos gritos, sem saber o que fazer.

     Laurel abriu os olhos. Observou o teto já tão familiar da enfermaria e soltou um suspiro.
- Vou escrever o meu nome nesta almofada para todos saberem que esta cama é minha.- balbuciou para o nada, afastando um pouco os lençóis para se sentar.

- Acho que seria apropriado.

    Sentado na beira da cama, Dumbledore sorria ao mesmo tempo que mastigava qualquer coisa. Levantou-se vagarosamente e pousou um beijo na testa da menina, que sorriu.

- Olá avô.- cumprimentou-o.

- Avô?!

    Na cama ao lado da sua, Harry Potter olhava-a com os olhos verdes arregalados, quase deixando cair o pacote de Feijões de Todos os Sabores que tinha na mão. Com tranquilidade, Dumbledore debruçou-se para tirar um feijão, esboçando uma careta feliz quando o trincou.

- É de quê?- perguntou Laurel, sabendo da má sorte de Dumbledore com aqueles feijões.

- Mel.- respondeu- É muito bom.

- Peço desculpa, Professor.- interrompeu Harry de forma educada- O senhor é avô de Laurel?

    Dumbledore trocou um olhar com Laurel, que sorria timidamente.

- Não de sangue, Harry. Conheço a Laurel desde bebê, conhecia a mãe dela, ajudei ambas enquanto Cora era viva e tomei conta da sua filha quando faleceu.

    Harry mastigou calmamente o feijão que tinha na boca, pensativo.

- Tu estavas lá, Laurel. Comigo e com o Quirrel. Eu vi-te mas era como se fosses um fantasma...

- Eu sei. Era como me sentia.- Laurel olhou para Dumbledore, à espera de uma explicação.

- De facto, o corpo de Laurel permaneceu na Sala Comum dos Slytherin. Só a sua consciência viajou até lá.- o Diretor voltou a tirar um feijão, mordendo-o com desgosto- Cera de ouvido de novo. Má sorte.

    Laurel pôs-se de pé. Sentia as pernas dormentes e o sol lá fora mostrava-lhe que tinha passado a noite toda ali.

- Avô o que me aconteceu?- perguntou, soando um pouco mais desesperada do que pretendia.

- Harry, acredito que já estejas pronto para voltar às tuas atividades normais. Se não te importas, preciso falar com Laurel a sós.

- Mas...

    O olhar sério de Dumbledore calou o menino, que se levantou com um ar triste. Harry lançou um olhar a Laurel, que se limitou a sorrir. Quando ele saiu, o suspiro de Dumbledore invadiu a sala, um suspiro cansado que mostrava uma fraqueza que o grande feiticeiro raramente mostrava. Os olhos azuis de Laurel observavam-no com esperança, os mesmos olhos que Cora tinha, cheios de inteligência e sabedoria. Não tinha qualquer traço físico do pai mas do feitio sim. Sabia que, tal como o seu pai, Laurel faria tudo pelos que amava, mesmo não sendo uma pessoa corajosa. A atenção do Diretor foi desviada para o medalhão em forma de coração que pulsava no peito da menina, o azul safira mostrando o sangue que lhe corria nas veias.

- O que quer Voldemort comigo, avô?- perguntou Laurel, direta.

- Pequena, o que sabes sobre o teu medalhão?

    Laurel pestanejou, surpreendida.

- Pertenceu a Rowena Ravenclaw. Era o seu colar preferido.

- E o que faz?- perguntou Dumbledore, recordando a carta que Cora deixou à menina para ela ler assim que soubesse ler, o que se revelou extremamente mais cedo do que Dumbledore gostaria.

- Bem, revela a alma de uma pessoa, mais precisamente dos Herdeiros dos Fundadores de Hogwarts.- Laurel inspirou fundo, lembrando a história que mais a intrigava na sua família- Foi amaldiçoado por Salazar Slytherin quando Rowena o rejeitou. Ele era apaixonado por ela mas ela não gostava dele romanticamente.

    "Rowena era muito amiga de Godric Griffindor e isso causou em Slytherin muitos ciúmes. Para castigá-la, ele amaldiçoou o medalhão, ligando o seu sangue Slytherin ao sangue Ravenclaw. Nunca um Ravenclaw estaria muito longe de um Slytherin.

    Para se proteger, Rowena pediu a Godric para fazer algo semelhante, unindo o seu sangue ao dela. É, no fundo, um pacto de sangue triplo. Os três Herdeiros estariam sempre unidos, onde quer que estivessem no mundo eventualmente se encontrariam. Assim Salazar amaldiçoou Rowena, forçando a sua presença e os da sua linhagem na linhagem Ravenclaw."

    Laurel fez uma pausa, a mente a trabalhar.

- Voldemort é o Herdeiro de Slytherin. Ele próprio me disse e o medalhão confirmou. Mas o que ele quer comigo? O que eu tenho que ele diz que é dele?

- Não sei, Laurel. Não sei.

    Dumbledore levantou-se, tentando ao máximo não olhar muito tempo para a neta. Ele tinha uma vaga ideia da resposta que Laurel procurava e sabia que assim que os seus olhos pousassem nela, a menina inteligente saberia que ele mentia ou que pelo menos não lhe dizia toda a verdade. Sorriu-lhe levemente, olhando de canto a feição triste e preocupada dela.

- Para já vamos esquecer tudo isto. As aulas estão quase a terminar e com certeza deves estar cheia de saudades do teu tutor. Ele com certeza está, face às mil cartas que me mandou a perguntar se estavas bem.- Dumbledore riu levemente, fazendo a menina esboçar um sorriso- Devido a esse medalhão, a tua vida está ligada à de Voldemort mas isso não será um problema enquanto ele permanecer fraco. Voldemort não virá atrás de ti enquanto permaneceres aqui em Hogwarts ou comigo por perto. Não precisas te preocupar.

    Laurel assentiu, pensando porque Dumbledore fazia pouco caso do que tinha acontecido. Estava a protegê-la de algo, mas de quê?

- Descansa agora, Laurel. Daqui a pouco Madame Pomfrey virá ver como estás. Miss Granger está lá fora à espera para entrar, vou informá-la que já pode.- o Diretor sorriu para a menina, acenando- Adeus, pequena.

    Laurel não respondeu, os olhos perdidos no branco dos lençóis. O velho feiticeiro virou-lhe as costas, deixando-a sozinha com os seus pensamentos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro