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Capítulo 17

A voz de Harry incendiou os sentidos de Laurel, tirando-a do seu transe. A sua mão estendida a roçar nos dedos gelados da memória de Voldemort fizeram-na sentir um medo diferente do que sentira quando o seu feitiço de proteção se estilhaçara. Agora, a menina estava com medo de si mesma, um sentimento que fazia o seu coração encolher-se e a sua pele pálida suar. Atrás de si, Harry Potter continuava a chamar por ela, o seu amigo que viera por ela e por Ginny. Num impulso, Laurel pôs-se pé, erguendo as mãos, chamando a magia até si e lançando-a contra Tom Riddle. Apanhado de surpresa, o jovem foi arremessado para longe, soltando um grito enquanto se afastava. Laurel olhou para Ginny e afastou-se, a mente a fervilhar. Quando ergueu os olhos, Harry corria até si, abraçando-a brevemente antes de se ajoelhar junto de Ginny, os olhos verdes extremamente preocupados.

- O que lhe aconteceu?- perguntou, tocando no rosto da mais nova- Ela está gelada! Laurel, o que aconteceu?

Por momentos, a Ravenclaw sentiu como se o mundo lhe caísse aos pés. No seu pescoço, o medalhão brilhava com um tom escarlate, como já fizera tantas vezes desde que conhecera Harry. Quando Laurel encaixou a última peça do puzzle que fazia há meses, ela entendeu o porquê de estar ali. Fosse lá como fosse, Harry Potter sempre teria que enfrentar Voldemort, tal como ditava a história. Godric Grinffindor e Salazar Slytherin possuíam aquele ciclo no seu tempo e agora o Menino que Sobreviveu e o Lorde das Trevas iriam sofrer também do mesmo ciclo vicioso.

Da mesma forma que Rowena Ravenclaw, Laurel só poderia assistir, indefesa contra ambos.

- Eu vou chamar ajuda. Fica aqui com a Ginny.- foi tudo o que Laurel disse, apertando o ombro do moreno.

Milhares de perguntas rondavam a cabeça de Laurel enquanto se afastava, perguntas essas que teriam de ficar para depois. Esquiva, a menina escondeu-se atrás de um pilar da Câmara dos Segredos, recusando-se a abandonar Harry, mesmo que pouco pudesse fazer por ele. Se o que pensava estivesse certo, Laurel nunca poderia magoar Voldemort. Teria de ser mais esperta que isso, mais estratega.

"Avô" pensou, franzindo o sobrolho.

Meses antes, na biblioteca, Laurel e Meredith tinham estudado um pouco sobre a magia que conseguia penetrar a mente de qualquer pessoa. A arte da Leglimancia era perigosa e extremamente avançada, apenas igualável pela sua opositora, Oclumencia. Enquanto uma invadia a mente de qualquer feiticeiro, a outra protegia-a. Laurel sabia que Dumbledore era poderoso na Oclumencia mas se a sua magia era tão poderosa ao ponto de ser incontrolável, talvez também pudesse ser poderosa para aplicar um feitiço tão avançado.

Num ato de impulso, a menina pôs-se de joelhos, ignorando os sons à sua volta. A imagem do Basilisco a entrar triunfalmente na Câmara dos Segredos e a ter como oponente o jovem Harry atrapalhou-a; por momentos, a Ravenclaw sentiu as lágrimas a virem-lhe aos olhos e o corpo a querer levantar-se, mas não o fez. Em vez disso, fechou os olhos, concentrando a mente na imagem do seu avô: visualizou os olhos azuis bondosos do Diretor, o seu abraço acolhedor, a voz calma e terna que mesmo em tom sério conseguia entrar na alma de qualquer um e ver a sua verdadeira essência. Laurel pensou no avô, que a protegia desde a morte da sua mãe e que a acolhera naquela escola que era a sua casa na maior parte do tempo.

- Leglimens.- sussurrou, abrindo as mãos.

"Avô" voltou a pensar, sem notar a luz azulada que lhe preenchia as linhas da palma das suas mãos.

O silêncio preencheu-lhe os sentidos, entorpecendo-a. Quando abriu os olhos, já não estava na Câmara dos Segredos e sim no gabinete do Diretor. Os quadros dos antigos Diretores de Hogwarts saudaram-na, felizes em vê-la, como sempre ficavam. A menina girou sobre si mesma, em busca do avô, que se encontrava na sua cadeira habitual de cabeça baixa, os olhos postos em algo que não conseguia distinguir. Quando Dumbledore ergueu o olhar, o feiticeiro mostrou-se surpreso, como muito poucas vezes o vira.

- Laurel? - perguntou, erguendo-se da cadeira - Como é que chegaste aqui? E... Porque estou em Hogwarts? Ainda há pouco estava a passear pelas ruas de Londres a...

- Avô, não tenho muito tempo! Preciso da sua ajuda.- disse Laurel, desesperada - Não sei quanto tempo consigo manter o feitiço mas...

- Feitiço?- questionou o seu avô, abanando a cabeça - Laurel, tu usaste o feitiço de Leglimancia?

- Era a única forma!- exclamou a ruiva, pensando de imediato que estava metida em sarilhos- Avô, estou com o Harry na Câmara dos Segredos e nada posso fazer para o ajudar. Tom Riddle está aqui e a minha magia não funciona contra ele...

- Tom?- o sussurro do Diretor soava assustado, muito embora a sua expressão não se tivesse alterado- Tens que sair daí, Laurel. Eu vou enviar ajuda de imediato mas sai daí.

Por detrás dos óculos dourados e do rosto envelhecido, Laurel entendeu pela primeira vez os sentimentos do avô: o feiticeiro mais poderoso do mundo estava com medo. Não por ele, não por causa de Voldemort; ele estava com medo por Laurel e provavelmente por Harry, por quem sentia um carinho enorme.

- Eu preciso proteger o Harry, seja como for.- foi tudo o que Laurel disse, enquanto uma neblina inundava o gabinete e a sua mente ficava turva- Ajude-o por favor, avô.

Quando abriu os olhos, Laurel sentiu-se desfalecer, sendo amparada por mãos geladas que a acolheram nos seus braços. A sensação era tão confortável que por momentos a menina deixou-se estar, tentando recuperar o fôlego e diminuir o cansaço que o feitiço lhe trouxera. O som de Harry a gritar acordou-a de imediato, fazendo-a abrir os olhos, deparando-se com os olhos mortos de Tom Riddle postos nos dela.

- AFASTA-TE DE MIM!- gritou, apavorada.

A menina encostou a mão ao peito da memória, afastando-a de novo com magia. Desta vez, Tom não foi muito longe, parando a poucos metros do corpo inconsciente de Ginny. Com dificuldade, Laurel caiu de novo no chão, sentindo o corpo pesado e cansado como nunca sentira antes.

- Laurel, tu estavas a gostar de estar nos meus braços. Admite, pequena.

- HARRY!- gritou Laurel, vendo o Basilisco aproximar-se do menino.

A cobra gigante virou-se imediatamente na direção do grito da menina, como um predador pronto para atacar uma nova presa. Instintivamente, Laurel fechou os olhos, recusando-se a olhar para o monstro e pôs-se de pé, cambaleante.

- Infelizes são os que escolhem o lado perdedor.- disse Voldemort, rondando a Ravenclaw com suavidade - Tens algo que me pertence e só por isso não deixo que o meu Basilisco te mate como irá matar Harry Potter.

- Eu não sei do que falas.- respondeu Laurel, tentando afastar-se da cobra gigantesca sem abrir os olhos- BOMBARDA!

Para sua infelicidade, o feitiço virou-se contra ela, provando mais uma vez o quão incontrolável a sua magia realmente era. Chamas intensas surgiram nas suas mãos, queimando-a e fazendo-a sentir ainda mais humilhada e indefesa. Ao seu lado, Tom fez um pequeno gesto de mão, apagando as chamas e deixando à vista as mãos pequenas da menina, agora levemente queimadas e doloridas.

- Albus Dumbledore que te explique o que a tua mãe me tirou.- sussurrou a memória ao seu ouvido.

De olhos fechados, Laurel não sabia mais o que fazer. Sentia o Basilisco aproximar-se mas a mão de Tom Riddle apanhara-a e fixara-a ao chão, impedindo-a de se mexer. Ao longe, os gemidos de Harry mostravam que estava ferido, algo que a assustou. Se o menino tivesse sido atingido pelo Basilisco, poderia morrer em poucos minutos e não havia nada que Laurel pudesse fazer.

Uma melodia encheu a Câmara dos Segredos, fazendo tudo o resto parar. O braço de Tom, cada vez mais de carne e osso, ficou tenso, mostrando a sua mudança de atitude. Laurel, por seu lado, sorriu. O canto de Fawkes, a fénix do seu avô, preencheu-lhe o peito e encheu-a de esperança. Dumbledore ouvira-a e mandara ajuda. Ainda de olhos fechados, a menina sentiu Voldemort puxá-la, obrigando-a a andar para o que pareceu ser o centro da Câmara.

- Nem Dumbledore nem ninguém irá salvar o teu protegido, Laurel Ravenclaw.- sussurrou o Lorde das Trevas, enfurecido- Muito menos a ti.

Com brusquidão, Riddle empurrou-a contra o chão, fazendo-a bater com a cabeça e deixando-a zonza. De repente, sentiu dentes aguçados cravarem-se na sua perna, os dentes aguçados do Basilisco. Laurel gritou, sentindo uma dor aguda subir-lhe pela perna e inundando-lhe o corpo. O mundo ficou escuro, deixando-a no limiar da consciência.

- Harry...- sussurrou, sentindo-se desfalecer cada vez mais- Protego...

A última coisa que Laurel viu antes do seu corpo se render ao cansaço e ao veneno que lhe corria nas veias foi o brilho azulado das suas mãos atingirem Harry Potter, envolvendo o Menino Que Sobreviveu num último esforço de proteger o Herdeiro de Grinffindor contra o Herdeiro de Slytherin.

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