*Mídia do capítulo: 
Trampoline - Shaed feat Zayn

Mal pude esperar para o final do meu expediente e quando ele chegou, sequer me preocupei em me despedir de Marcus ou Becca antes de sair disparada da academia.

Na minha cabeça só existia uma coisa: ir para casa encontrar com Angel.

Sob o risco de parecer uma boba apaixonada, eu admiti para mim mesma que não posso mais esconder o que sinto por ele. O garoto conseguiu se enraizar no meu coração de uma forma tão sutil, que quando dei por mim, já estava enrolada na sua teia sem nenhuma chance de escapar.

Angel é tão lindo e carinhoso que às vezes me pego pensando se ele é real ou é apenas um fruto da minha imaginação. O garoto tem uma pose de durão, mas bastam apenas alguns minutos de conversa para descobrir que por baixo dessa fachada se esconde uma pessoa totalmente irresistível.

O que mais gosto nele é o fato dele ser tão direto. Se quer algo, diz sem rodeios, ao contrário de muitos garotos que conheci que adoram se fazer de interessantes.

Sorrio batendo os dedos no volante do carro no ritmo da música que sai pelo alto falante e cantarolo a letra, totalmente alheia ao que acontece ao meu redor. Estou anestesiada. Me sinto tão adorável que nada seria capaz de me abalar nesse momento, nem mesmo minha mãe ou Stefan que não me deixam em paz um segundo sequer.

Chego no apartamento em questão de minutos e meu coração bate freneticamente à medida que vou subindo os degraus até parar na porta, e isso não tem nada a haver com o exercício que acabo de fazer.

Abro a porta extremamente ansiosa e entro pelo corredor sendo atingida por um estranho silêncio.

— Anjinho? Já cheguei. -Minha voz ecoa no ambiente vazio enquanto caminho até parar na sala de estar e passo o olho pelo lugar esperando uma resposta. A porta da cozinha está fechada então me aproximo e giro a maçaneta tentando abri-la sem sucesso.

Segundos depois escuto um barulho de panelas batendo e chave girando na fechadura e o garoto aparece no meu campo de visão vestido apenas com sua típica calça de moletom.

Estico o pescoço tentando ver o que ele está aprontando, porém ele é mais rápido e fecha outra vez a porta ficando de frente para mim com um enorme sorriso no rosto.

— Oi. -Sussurra alegre e acabo imitando seu sorriso.

— Oi. -Respondo tentando me controlar para não pular em cima dele aqui mesmo no corredor.

Durante o dia todo a promessa de terminar o que começamos mais cedo ficou rodopiando na minha mente, me provocando e fazendo desejar que as horas passassem tão rápido quanto a velocidade da luz e agora que estou na sua frente, não quero mais esperar. Quero que ele tome meu corpo e me faça sua como da outra vez.

Angel segura minhas mãos e me aproxima do seu corpo lentamente me fazendo respirar fundo em excitação.

— Passei a tarde inteira pensando em você, sabia? -Confessa passando os dedos pela minha bochecha, descendo até o meu pescoço e se enroscando na minha nuca.

— Pois eu nem lembrei que tinha um companheiro de apartamento. Quem é você, por certo? -Brinco e ele solta uma risadinha rouca antes de unir nossos lábios sem pressa.

Bastam apenas alguns segundos para que a chama se acenda dentro de mim e quando levo minhas mãos até a barra da sua calça, começando a ficar impaciente, Angel separa nossos corpos me empurrando suavemente até o quarto.

Sorrio animada pelo que está por vir, mas quando chegamos no meu quarto, ele se afasta com uma expressão divertida no rosto e fecha a porta praticamente na minha cara.

— ANGEL! -Grito frustrada e fico ainda mais brava ao escutar uma gargalhada do outro lado da parede.

— Estou preparando algo que ainda não está pronto, se quiser pode aproveitar para tomar um banho, te espero na cozinha em vinte minutos. -Informa e suspiro resignada.

— Okay, você é quem manda. -Resmungo retirando minha roupa irritada e assim como ele sugeriu, tomo um banho relaxante lavando toda a sujeira e cansaço da minha pele.

Coloco uma lingerie de renda vermelha e um roupão de seda por cima antes de abrir a porta e caminhar até a cozinha.

Se o garoto acha que vai me provocar e vai ficar por isso mesmo, está muito enganado.

Giro a maçaneta da porta outra vez, sorrindo ao perceber que ela está destrancada, então empurro a madeira engolindo seco ao ver o que o maldito preparou.

— Você não fez isso, anjinho. -Ofego ao ver a mesa da cozinha adornada com uma bandeja de frutas ao redor de um pote com chocolate derretido.
Seu olhar atento me acompanha conforme vou me aproximando do seu corpo que descansa despretensiosamente em uma das cadeiras.

Abro as pernas e me sento no seu colo levando as mãos ao seu pescoço, atraindo-o até mim.

— Gostou? -Pergunta com a voz rouca, carregada de tesão. Suas mãos vão parar quase que imediatamente debaixo da peça de seda que cobre meu corpo e ele sorri safado ao tocar minha calcinha de renda.

— Eu amei... tudo parece delicioso. -Passo a língua nos lábios e ele beija meu pescoço desfazendo o nó que prendia meu roupão, deslizando-o lentamente pelos meus ombros até deixá-lo cair no chão.

— Você é deliciosa. -Declara no meu ouvido, e tenho que me controlar para não ter um orgasmo antes mesmo de começar a diversão.

Sua boca migra pela minha pele deixando um rastro de beijos me acendendo cada vez mais e passo as mãos pelo seu abdômen em busca de uma âncora para me segurar, caso contrário acabarei derretendo aqui mesmo, na cozinha.

De repente ele se levanta me segurando firme e sou levada até o balcão onde ele me coloca com cuidado sobre a pedra fria.

Observo todos os seus movimentos enquanto ele pega algumas frutas e um pouco de chocolate em um pequeno pote de porcelana, voltando para perto de mim em seguida.

— Abra a boca. -Pede sedutor e obedeço de forma automática, sem nem perceber.

Angel perfura um pedaço de morango com um palito de metal e mergulha-o no chocolate antes de levá-lo até minha boca.

Mordo a fruta sem desviar o olhar do dele e um arrepio percorre meu corpo ao provar o sabor ácido misturado com o doce.

Mastigo lentamente aproveitando para curtir a vista.

Repetimos o processo algumas vezes até que ele me lança um sorriso carregado de malícia, uma premissa óbvia do que está por vir.

— Minha vez. -Declara colocando as coisas ao meu lado e sorrio preguiçosa. — Você está linda com isso, -passa o dedo pela alça do meu sutiã - mas fica ainda mais linda sem ele. -Desprende a peça e lança-a longe.

Em seguida, ele pega novamente o pote de chocolate submergindo o dedo no líquido escuro e viscoso espalhando-o por todo o meu corpo me pegando totalmente de surpresa.

Calmamente ele desenha na minha pele como se fosse um artista nato e as linhas marrons acabam se juntando às das várias tatuagens que tenho, compondo uma obra de arte única, feita apenas para mim.

— Oh Deus. -Arfo quando ele suga um mamilo carregado de chocolate, gemendo ao lamber o doce.

Conforme ele vai descendo pela minha barriga, minha respiração fica ainda mais acelerada.

— Hum, deliciosa. -Diz contra minha pele quase chegando ao cós da minha calcinha e voltando a subir.

— Angel... -Rosno já no limite. Droga de garoto que adora me provocar.

— Calma Kenny, já vou chegar lá. -Garante refazendo a trilha de beijos até chegar na minha boca. Suas mãos passeiam pelo meu corpo sem pudor, tomando tudo o que ele tem direito e quando ele afasta minha calcinha para o lado e me penetra com dois dedos de uma vez, engasgo desejosa de mais.

O garoto não para de me beijar, engolindo todos os meus gemidos sem reclamar.

É incrível como ele consegue me fazer alucinar apenas com os malditos dedos, entretanto, eu preciso de mais, como uma viciada que não se contenta mais com o básico, e como se ele de repente começasse a ler mentes, sou puxada para fora do balcão e nos sentamos outra vez na cadeira.

Com certa dificuldade, retiramos sua calça e sorrio ao ver seu membro se levantando para mim.

Subo em cima dele de uma forma mais confortável, afastando a calcinha com uma mão e com a outra guio seu pau até minha vagina que pulsa antes mesmo de engoli-lo por completo.

— Oh merda... isso é tão bom. -Sussurro no seu ouvido cavalgando lentamente sentindo-o me preencher por completo.

Aperto firme seus ombros e ele segura minha cintura me levando para frente e para trás chegando tão fundo que reviro os olhos de prazer.

Cavalgo como uma maldita amazona, gritando, gemendo e dizendo palavras ininteligíveis na medida que uma explosão começa a nascer no meu interior.

Antes mesmo que o orgasmo possa chegar a me atingir, Angel me levanta saindo de dentro de mim me deixando vazia. Como ele ousa?

Estou a ponto de xingá-lo, quando ele me vira de costas me dobrando sobre a mesa e me penetra outra vez, aproveitando para desferir um tapa seguido de outro na minha nádega que vai de encontro a ele uma e outra vez.

— Não sabe como é linda a visão daqui de cima. Essa sua bunda perfeita me deixa maluco. -Confessa deslizando um dedo até minha outra entrada, massageando-a como um especialista, me fazendo delirar.

— Oh Deus, por favor não pare. -Suplico com o resquício de força que me resta e o sinto-o aumentar a velocidade conforme meus gemidos sobem alguns decibéis.

Minha pele arde tanto pelos tapas, quanto pelo desejo insano que sinto por ele. Jamais tinha experimentado algo assim, nem mesmo com meu último namorado e isso só comprova que o garoto sabe o que faz.

Rapidamente meu corpo entra em um estado de frenesi e sou atingida pelo orgasmo que tanto desejei. Angel sai de dentro de mim e no segundo seguinte, jorra todo o seu líquido nas minhas costas. Tudo seria ainda mais perfeito se tivesse uma câmera filmando esse momento apenas para que pudesse apreciar a cena que deve ter sido quente como o inferno.

Os últimos espasmos acometem minha vagina no momento em que sou levantada e carregada pelo corredor até os quartos.

Ao perceber o rumo que estamos tomando, nego veementemente com a cabeça.

— Quero que me coma no seu quarto. -A frase escapa pelos meus lábios como um manifesto e Angel suspira surpreendido.

— E qual o motivo disso? -Indaga parando de caminhar.

— Quero saber o que você esconde detrás dessa maldita porta. -Confesso não aguentando a curiosidade. — Além do mais, você mesmo foi quem disse que queria me comer em cada canto desse apartamento. -Alego resoluta.

Seu olhar passa de surpreso a incandescente em questão de segundos e para minha surpresa, continuamos nosso percurso até parar na frente da sua porta.

Ele leva as mãos até a maçaneta e gira a peça de metal empurrando a madeira lentamente, revelando seu quarto banhado pela penumbra noturna.

Instintivamente procuro um interruptor e quando o encontro, acendo a luz me deparando com um quarto extremamente organizado.

— Caramba, você realmente ama limpeza. -Sussurro mais para mim mesma deslizando o olhar pelo lugar.

Me aproximo de uma das suas mesas de cabeceira e levanto um pequeno porta retratos com a foto de uma Violet sorridente ao lado dos pais. — Ela é tão linda... todos eles são na verdade, amei conhecê-los. -Exclamo anuviada. Baita genética dessa família.

— E posso te garantir que eles também amaram te conhecer. -A voz grave ressoa no meu ouvido e suas mãos envolvem meu corpo em um abraço carinhoso.

Pego outro porta retratos, dessa vez com uma linda mulher abraçando Angel com nada mais que um sorriso orgulhoso no rosto. Passo o dedo pelo quadrado de vidro me sentindo levemente enciumada pelo carinho que ela transmite em apenas uma imagem.

— É minha mãe... -Explica sem nenhuma necessidade. Angel é basicamente a cópia da mulher, os olhos e cabelo quase idênticos.

— Agora já entendi de onde você e seu irmão saíram tão lindos. -Murmuro devolvendo o objeto no lugar.

— Então você achou meu irmão lindo... -A provocação vem com um leve tom de ciúme e me viro ficando de frente para ele.

— Pode ficar tranquilo que apesar de achá-lo lindo, no momento na minha mente só consigo pensar em você. -Asseguro e ele sorri abertamente, mostrando suas covinhas que me deixam sem chão. Como algo tão simples pode ser tão sexy ao mesmo tempo?

— Vem, precisamos de um banho para limpar toda essa bagunça que fizemos. -Segura minha mão e sou levada até o seu banheiro.

Em teoria, seu quarto é basicamente idêntico ao meu, o único que muda são as posições já que ele fica do outro lado do corredor, no entanto, aqui é seu território. Suas coisas estão organizadas de uma forma tão singular, que praticamente gritam "quarto do Angel".

Entramos debaixo do chuveiro aproveitando a água quente que lava toda a sujeira do nosso corpo e cada um esfrega a pele do outro com cuidado como se se tratasse de uma peça frágil.

— Por que tanta curiosidade com o meu quarto, heim? -Angel pergunta de repente ao mesmo tempo em que me ajuda a me secar com uma de suas toalhas.

— Não sei, você sempre tranca sua porta. Achei que talvez estivesse, sei lá, escondendo algum cadáver aqui. -Brinco e ele solta uma gargalhada sonora.

— Além de curiosa, tem uma imaginação bem fértil. -Zomba e franzo o cenho. — É só um quarto, Kenny. Estou acostumado a trancar a porta, faço isso antes mesmo de você vir morar aqui. Não é nada pessoal. -Esclarece enrolando a toalha na cintura e me aproximo do seu corpo, empurrando-o até que ele cai sentado na cama.

Suas mãos espalmam minhas nádegas e ele me puxa para ainda mais perto, abraçando minha cintura antes de deixar um beijo casto bem próximo do lugar que vibra de desejo.

Seus dedos de repente me abrem para ele e segundos depois, Angel abocanha meu clitóris, se deleitando como se fosse a última ceia.

Ele passa a língua por toda minha vagina e perco toda a compostura quando ele me penetra, sugando tudo de mim.

Enrosco meus dedos no seu cabelo, usando-o como um apoio e ao mesmo tempo movendo sua cabeça no ritmo que meu corpo exige. Chego ao segundo orgasmo da noite na sua boca e ele engole tudo lambendo os lábios brilhantes, sorrindo como se tivesse acabado de beber um manjar.

— Definitivamente, de anjo você só tem o nome. -Proclamo extasiada e ele balança a cabeça como se estivesse concordando comigo.

Espalmo seu peitoral e ele se deita na cama usando os cotovelos como apoio para chegar até a cabeceira.

Engatinho por cima do seu corpo musculoso e beijo sua boca provando o meu próprio sabor.

Desço lentamente passando a língua por toda sua pele que se arrepia ao sentir o toque molhado e quando chego na sua cintura, faço questão de demorar mais do que o necessário obrigando-o provar do seu próprio veneno.

— Vamos Kenny, eu sei o que está tramando. -Rosna com o braço em cima dos olhos.

— O que estou fazendo, anjinho? -Digo manhosa por cima do seu pau, soprando sobre a pele de propósito.

Ele abre os olhos rapidamente e sorri ao ver minha expressão carregada de malícia.

— Você me paga, garota. -Ameaça.

— Estou ansiosa por isso. -Provoco metendo todo o seu membro na minha boca fazendo-o soltar um suspiro engasgado.

Chupo toda a sua extensão com gosto, passo a língua pela pele aveludada e arrasto suavemente os dentes pela pele sensível que se contrai com o simples toque.

— Não vou aguentar por muito mais tempo, amor. -Grunhe ofegante e continuo chupando-o mais intensamente, bombeando-o com minha mão livre já que a outra se encontra dentro de mim mesma.

Agora que comecei, não quero mais parar.

Não demora muito para que Angel se libere direto na minha boca e engulo tudo enquanto massageio meu clitóris, chegando ao ápice do prazer novamente.

Me jogo na cama ficando de barriga para cima por alguns segundos antes de subir de costas pela cama até ficar frente a frente com o garoto que vai acabar me levando à loucura.

Seus dedos escorregam pela minha bochecha, acariciando minha pele suavemente de uma forma carinhosa, sem nenhum tipo de conotação sexual.

— Durma comigo hoje. -Pede de repente e aquele frio na barriga que conheço tão bem, me golpeia em cheio.

— Aqui no seu quarto? -Questiono me fazendo de desentendida.

Ele confirma com uma expressão séria no rosto angulado e sinto meu peito inchar de felicidade.

Beijo sua boca como resposta e me viro de costas para ele, que abraça apertado meu corpo e passa o edredom por cima dos dois, distribuindo beijos no meu ombro e pescoço até que ambos acabamos pegando no sono, cansados pela noite agitada que só Angel é capaz de proporcionar. 

NOTA DO AUTOR

Aeeeeee segunda feria chegou! Não disse que passava rapidinho?
Antes que venham com a velha história de:
"mas autora, eles treparam se camisinha e tralalala"  
Já vou avisar logo: não gente, Makenna nao vai engravidar por motivos de: eu não quero 
isso pra ela no momento kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A cena foi escrita assim pra dar um efeito mais sensual, senão não teria graça né mores! 🤭
Mas pfvr, não transem sem camisinha, meus amores. Além de evitar uma gravidez indesejada, tb evitamos varias DSTs né não? 
É isso, espero que tenham gostado do capítulo, não se esqueçam de votar e comentar e me digam se estou indo no caminho certo ou se está ficando uma bela de uma porcaria 😂😂😂

Amo vcs,🥰

Bjinhossssss BF❤️