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02 - Despedidas e Caras Novas

DOIS MESES ANTES

Coloco a última peça de roupa dentro do bolso de viagem e deslizo o zíper lentamente sentindo uma leve pressão no peito.

É incrível como toda uma vida pode caber dentro de apenas uma mala.

Passo o olhar mais uma vez pelo quarto que dormi minha vida inteira e imediatamente uma sensação de nostalgia me invade, como se ao passar pela porta, eu já não vá mais pertencer a esse lugar.

E talvez assim seja.

As coisas mudaram para mim.

Já não sou mais aquela criança inocente que acredita nas mentiras do meu pai e com a ajuda de mamãe, Ayden e Lilly, até mesmo de Violet, aprendi a lutar pelo que quero.

Nesse caso literalmente.

Quando Marcus me ligou dizendo que tinha uma oferta irrecusável, eu aceitei antes mesmo dele terminar de falar.

É hora de ser alguém, de mostrar para aquele babaca que eu posso sim ter uma vida de sucesso sem sua ajuda e sem depender de sua esmola emocional ou monetária.

A única pessoa pelo qual me dá tristeza ter que ir embora, é mamãe.

Sei que ela não ficará sozinha, mas sempre fomos eu e ela contra o mundo. E agora estou deixando-a.
Apesar dela me garantir que ficará bem, ainda assim me sinto culpado.
Uma lágrima escorre lentamente pela minha bochecha e esfrego o dedo na minha pele, limpando-a sem pressa.
Prometi a mim mesmo que só derramarei lágrimas por aquelas pessoas que valem a pena, e por mamãe eu viraria um maldito bebê chorão.

— Querido Angel, vou sentir tantas saudades do meu bebê... -Dois braços me envolvem por trás e sinto o toque carinhoso da mulher que daria sua vida por mim se fosse necessário.

Ela não sabe, mas apesar de eu realmente desejar ser um lutador profissional, existe outra razão pela qual decidi me lançar nessa oportunidade.
Quero dar uma vida de rainha para dona Catarina, que ela nunca mais precise trabalhar ou se preocupar com pagar alguma conta.

— Prometo que tentarei visitá-la sempre que puder. -Sussurro com a voz embargada.

— Ou talvez eu também queira dar uma volta pela cidade grande, não acha? -Brinca e sorrio ladino.

Já imagino mamãe se impressionando com as enormes mansões milionárias ou com os edifícios imponentes do centro comercial.

Me viro abraçando-a apertado e ela respira profundo tentando controlar as lágrimas.

Ficamos assim por alguns minutos até que uma comoção do lado de fora chama nossa atenção.

— Vamos antes que chamem a polícia. -Murmuro pegando minha bolsa, mochila e capacete.

Ao passar pela porta dou de cara com Ayden, Lilly e a pequena Violet com uma enorme faixa nas mãos escrito "arrebente as fuças desses babacas".

Minha família é realmente maluca.

— Vovó! -A pequena ruiva grita e vai correndo até mamãe que a pega no colo imediatamente.

— Não vai se despedir do seu tio preferido? -Pergunto fingindo estar ofendido e ela me lança um olhar chateado.

— Não. -Responde simplesmente.

— Violet, o que conversamos mais cedo? -Lilly repreende a filha, mas só consigo rir da sua cara de brava.

Minha sobrinha definitivamente é filha do meu irmão.

— Ele está me deixando, mamãe. Não me ama mais. -Violet contesta escondendo o rosto no pescoço da avó que tenta controlar as risadas.

Me aproximo das duas e mamãe me entrega seu pequeno corpo.

— Eu jamais vou deixar de te amar, minha pequena monstrinha! O titio precisa treinar para ficar fortão e lutar contra os malvados. Infelizmente aqui não tem nenhum lugar que me ajude com isso, então preciso ir até outro lugar. -Explico e recebo um olhar marejado. — Eu vou mandar muitas fotos de lá para você ver como é linda a cidade, o que acha? -Barganho.

— Tudo bem. Mas também quero um urso e chocolate, bastante chocolate. -Negocia e só me resta aceitar suas condições.

Ayden se aproxima e lhe entrego uma Violet mais animada.

— Definitivamente é tua filha. -Resmungo e ele sorri orgulhoso antes de ficar sério. Sei muito bem o que isso significa.

— Angel, sei que você já não é mais criança... então a única coisa que direi é: tenha cuidado. Não confie em qualquer um e por favor, não estrague essa chance. Não por você, nem por mim, mas por mamãe. -Aconselha antes de pôr a filha no chão e me abraçar apertado. — Te amo irmãozinho e vou sentir muita saudade dessa sua cara feia. -Completa com a voz rouca.

— Pode ficar tranquilo que vocês vão ficar muito orgulhosos de mim. Também te amo irmãozão, cuida bem do monstrinho por mim. -Sorrio e ele bate no meu ombro divertido.

Lilly também se aproxima e me abraça choramingando.

— Se cuida Angel, qualquer coisa você pode ligar pra gente, não importa a hora. Se precisar a gente vai até você! -Declara e me sinto ainda mais feliz de que Ayden a tenha escolhido para ser sua mulher.

Lilly é a melhor pessoa que já conheci e a amo como minha irmã.

— Pode deixar cunhada, se acontecer algo, ligo para vocês imediatamente. -Prometo e ela fica visivelmente mais tranquila.

Deixo para abraçar mamãe por último e tenho que confessar que é uma das coisas mais difíceis que tive que fazer até hoje.

Odeio despedidas.

Ela me dá algumas recomendações antes de me empurrar suavemente até a moto dizendo que se eu não for logo ela vai me trancar no quarto e não deixará que saia de lá nunca mais. Ajeito a mala na garupa e coloco o capacete antes de subir na antiga moto de Ayden.

Um presente do meu irmão para minha nova vida na cidade grande.

Como eles agora tem uma filha, preferiram comprar um carro, já que é mais seguro para os três. E Ayden não quis vender essa belezinha, então quando soube que eu me mudaria, não pensou duas vezes em me herdar sua moto tão querida.
Aceno para as quatro pessoas mais importantes da minha vida, antes de dar partida e me afastar rapidamente rumo à rodovia que guiará até o meu futuro.

Quase quatro horas depois, chego extremamente cansado na cidade que será meu novo lar. Marcus me passou o endereço da academia por mensagem, então coloco as coordenadas no mapa do celular e sigo as indicações da voz feminina.

Não me surpreendo ao dar de cara com um enorme edifício. O cara é simplesmente um dos melhores treinadores do país e deve ganhar uma grana com cada lutador famoso que sai daqui.

Procuro um lugar para estacionar e com a mochila, mala e capacete em mãos, passo pela porta de vidro respirando profundamente com a certeza de que a partir de agora o meu sucesso depende apenas de mim mesmo.

AGORA

— Isso, Cross. Agora um uppercut. -Marcus grita enquanto dou um chute no homem de borracha na minha frente antes de executar o movimento solicitado.

Estou esgotado, mas é como dizem: sem dor, não há ganho.

— Quero ver um low kick e depois um circular alto. -Continua e obedeço a cada comando sem pestanejar.

— Muito bem, filho. Com seus conhecimentos de Muay Thai, vamos conseguir avançar bastante em pouco tempo. -O homem musculoso observa com a mão no queixo.

Ele tem razão.

Sou faixa vermelha em Muay Thai e conheço algumas técnicas de outras lutas como Jiu-jitsu e Kickboxing. Para ser lutador de MMA, é preciso conhecer de tudo um pouco, entretanto, ao mesmo tempo é fundamental ter uma área pela qual o lutador se identifica mais. Assim cada um tem suas particularidades, pontos fracos e fortes.

E minha especialidade são os chutes e cotoveladas.

A academia hoje está um pouco vazia, pelo que obtenho a atenção do treinador toda para mim durante pelo menos duas horas seguidas.

Isso até ele se virar de repente e começar a resmungar algumas palavras que nem me esforço em entender.

— Vá para o saco de pancadas e treine seus socos. Precisa melhorar seu jab e uppercut. -Ordena antes de se afastar em direção à entrada.

Sem perder tempo, faço o que ele diz e caminho até o saco de areia me preparando para enchê-lo de porrada.

Imagino a cara do meu pai no couro desgastado e disparo o soco após soco, até que minhas mãos começam a doer.

Quando entendi que aquele idiota era um babaca, minha infância foi praticamente deixada para trás. Assim como Ayden, me perdi por um momento e se não fosse graças ao treinador Whu, não sei onde estaria agora. Ele me convidou para entrar no seu Kai Muay (centro de treinamento de Muay Thay) e disse "— Garoto, tenha cuidado com o que faz quando está com raiva... as consequências desses atos perdurarão por toda a sua vida. "
Depois disso comecei a treinar com ele e um dia enquanto eu treinava, Marcus simplesmente passou pela porta, caminhou até ficar de frente para mim e me olhou de cima para baixo. Sem dizer nada, ele foi até Whu, trocou algumas palavras com o mestre e saiu tão silencioso como entrou. Quase seis meses depois, recebi uma ligação que mudaria minha vida e o resto é história.

Continuo treinando meus socos até que escuto algumas vozes se aproximando.

Observo enquanto Marcus caminha ao lado de uma garota com cara de quem quer matar alguém.

Tento não me distrair com sua presença, então me concentro em não parar de bater no saco de areia.
Minutos depoois, de soslaio percebo que ela está me assistindo treinar.
Continuo com os golpes, até que a situação fica algo desconfortável. Detenho meus movimentos e dou alguns passos até ficar quase de frente pra ela.

— Se não fechar a boca vai acabar babando, gata. -Provoco e sorrio ao ver uma faísca se formando no seu olhar.

— Idiota. -Murmura balançando a cabeça rapidamente como se estivesse saindo de um transe.

Marcus tenta não rir da cena e falha miseravelmente.
Eles continuam a andar e vão até o escritório do treinador.
A garota é bem parecida com ele.
Sua blusa sem mangas deixou à mostra algumas tatuagens e tenho que confessar que me chamaram bastante a atenção.

Passa mais de uma hora e os dois continuam dentro do escritório de Marcus. Meu horário de treinamento já acabou, então vou até o vestiário, pego minha bolsa de treino e capacete e me preparo para ir embora.

Peço para Becca avisar Marcus de que já acabei e ela assente distraída.
A secretária de meia idade é uma boa pessoa, mas tenho quase certeza de que ela gosta do chefe.

É uma pena, porque ele é tão bom na luta quanto em pegar garotas.
Mas felizmente, isso não é problema meu.
Dirijo pela cidade com calma, aproveitando a vista e o vento fresco de outono.
Gosto de dar uma passeada antes de ir para casa. Me distrai do fato de que estou sozinho aqui. Com exceção de Marcus, é claro.

Mamãe o fez prometer que cuidaria de mim, caso contrário não estaria de acordo com tudo isso e ainda viria até aqui para acabar com sua raça. O homem levou bem a sério a ameaça.
A luz cálida do dia começa a dar lugar ao breu noturno, meu sinal para ir embora.
Preciso de um bom banho antes de me jogar na cama e dormir como pedra.
Hoje o treino foi bem puxado, então tenho o dia de amanhã para descansar, caso contrário meus músculos não se recuperarão e posso acabar me lesionando.

Pego o rumo até o apartamento cedido por Marcus para que viva enquanto treinar com ele.
Uma parte do acordo feito entre ele e a dona Catarina.

Estaciono a moto no lugar de sempre sem dar importância ao enorme jeep estacionado na vaga bem ao lado da minha.

Subo as escadas de dois em dois cantarolando tranquilamente até que escuto vozes vindas do interior do lugar.

Mas que diabos?

Imediatamente fico em alerta. Se algum idiota resolveu me roubar, vai descobrir que fez a pior escolha da sua vida.

Tudo bem que no nosso treinamento somos proibidos de lutar fora do octógono, mas a autodefesa está permitida.

Abro a porta destrancada lentamente e entro em passos sigilosos até a sala pronto para arrebentar quem quer que seja o maluco que invadiu minha casa.

Conforme chego mais perto, percebo que reconheço uma dessas vozes.

O que Marcus está fazendo aqui?

Mais tranquilo, caminho confiante até dar de cara com a mesma garota que estava me secando mais cedo.

— Mas que droga garoto, me assustou! -Ela grita com as mãos no peito e tenho que me controlar para não examinar seu corpo com mais atenção.

— Você é quem está no meu apartamento, quem deveria estar assustado sou eu, não acha? -Zombo e por alguns segundos vejo uma pisca de vergonha assumir sua expressão, mas antes mesmo que possamos dizer mais alguma coisa, Marcus aparece no meu campo de visão.

— Cross, essa é minha sobrinha Makenna. -Explica despreocupado e de repente as coisas começam a fazer sentido.

Por isso ela é idêntica a ele.
Encaro seu rosto a tempo de ver suas bochechas adquirindo um tom avermelhado.

— É um prazer, Makenna. -Estendo minha mão e ela aperta com firmeza me arrancando um sorriso ladino. Entendi o recado.

Ficamos em um silêncio desconfortável, até que meu treinador resolve se pronunciar outra vez.

— Ela vai precisar morar aqui por um tempo, espero que não seja nenhum problema para você. -Solta e levo alguns segundos para processar o que ele acabou de dizer.

— Espera. Como assim?

— Você é surdo ou o quê? Ele disse que vou ter que morar aqui. -Makenna resmunga impaciente e a observo com a sobrancelha levantada.

— Kenny por favor, não é hora para isso. Acho que ambos já são adultos para lidar com essa situação. Agora se me derem licença, preciso ir embora. -Marcus afirma antes de basicamente escapar dali deixando tanto a mim quanto sua sobrinha completamente desconfortáveis.

NOTA DO AUTOR

FINALMENTEEEEEEE cap na visão do nosso anjinho (que não é nenhum anjo kkkkk)
O que acharam?
Não se esqueçam de votar e comentar!
Nos vemos segunda-feira

Amo vcs,

Bjinhossssss BF ❤️

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