''As vezes da vontade de voltar no passado, não para mudar algo, mas sim para reviver momentos bons.''

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Ele me levou onde nos conhecemos a dois anos atras. Uma floresta com um lago. Era quase fim de ano ele tinha acabado de se mudar e havia chegado na cidade a dois dias com a familia era um sábado tinha uma festa aqui mas do outro lado da floresta,  eu tinha brigado com meu ex na festa então decidi ir para o lago, eu estava sentada na ponte encarando a lua e de repente me aparece um menino loiro de olhos verdes todo de preto com algumas tattos estilo rock in' rool perdido na floresta pois tinha acabado de chegar e tinha ouvido falar na festa, de cara pensei que era mais um galinha preocupado com a festa, mas ele ficou ali conversando comigo...
Demos nossos números um ao outro, eu tinha quase dezesseis anos e ele e ele tinha quase dezessete. Passamos o domingo todo conversando por mensagem, segunda esbarramos um no outro no colégio, eu estava no fim do 1° ano do ensino médio e ele também só que em outra turma então nós matamos aula para conversar como amigos, no outro dia ele já estava transferido para minha turma, Helena, Sofia e Daphine não estudavam no mesmo colégio que eu naquele tempo.
Nós eramos amigos, depois amigos coloridos, depois ficantes até que um dia ele me pediu em namoro, tudo isso em dois meses, ele prometeu que nunca me deixaria, as férias toda a gente se viu.

Até que em um dia a promessa se desfez.

Ele não foi no primeiro dia de aula e eu mandei uma mensagem, depois de uma semana ele respondeu dizendo que havia se mudado para outra cidade. Depois Helena , Sofia e Daphine trocaram de escola e foram parar na minha turma, elas já eram um grupo mas me incluíram. Eu mudei muito não era mais a menina rebelde foquei nos estudos. Mas apesar de ter um ''grupo'' de amigas eu não era mais a mesma, não era feliz. No começo do terceiro ano ele me enviou uma mensagem: ''to voltando''
É claro que eu respondi um "Quem é?", depois de umas horas, mesmo tendo o número salvo ainda, ele me mandou somente "Tom", então enviei: ''Vc estar voltando é o mesmo que me dizer que irei voltar a estudar com uma turma de dez anos atrás, seriam pessoas que para mim não significavam mais N A D A!''. E ele voltou mesmo no segundo dia de aula, lá estava ele no mesmo lugar de quase dois anos antes. Ele também havia mudado o cabelo maior até os ombros, amarrado em um rabo de cavalo pequeno, barba e bigode loiros, muito mais tatuagem do que antes e roupas mais rasgadas e pretas que o normal.
Me lembro muito bem que eu estava rindo com as meninas e quando entrei na sala meu sorriso sumiu, elas perguntaram se eu o conhecia, eu só respondi que não sabia quem era e o ignorei, não falei com ele, mas depois de um tempo, uns três meses para cá, eu comecei a falar com ele de novo e era obvio que nos conhecíamos a tempos, minhas amigas perguntam até hoje mas eu nego e ele também, como sempre me obedecendo... Ele sempre me obedeceu, mas foi embora sem me deixar saber pois nós dois sabíamos que se ele tivesse me avisado eu teria o convencido a ficar. Ele apareceu quando eu precisava, depois sumiu e então reapareceu fazendo as borboletas do meu estômago (que já estavam quase mortas) levantarem vôo novamente. Ele me explicou por que foi embora e eu o perdoei mas ele devia ser só meu amigo. Ele ficou sendo, com uma indireta aqui outra ali, mas ficou como amigo. Eu lutei para as borboletas morrerem mas hoje quando ele me deu um selinho elas levantaram vôo depois de quase dois anos. Ele foi ótimo quando o conheci, eu tive minha primeira vez com ele, meu ex não era tão confiável e era por isso que tinha magoa. Para mim ele havia só me usado e depois me largado, sozinha  novamente assim como estava quando ele chegou.

- Ei!- Tom me acorda dos pensamentos e me sentei na ponte como no primeiro dia que o vi então ele senta ao meu lado.

- Que é Thomas?

- Eu não gosto quando me chama de Thomas!

- Não te perguntei se gosta de como falo.

- Ei calma, no que tava pensando?

- Em como você destruiu minha vida?

- Eu não destruí sua vida baby!

- Não me chama assim, eu não gosto.

- Não te perguntei se gosta de como falo.- Ele fala tentando imitar minha voz e eu dou um tapa forte no seu braço.

- Aí, doeu!

- Era para doer mesmo!- Eu digo e viro o rosto para encarar a água.

- Você não sabe como me arrependo de ter te deixado, foi meu pior erro, eu me arrependo todos os dias.- Ele diz.

Eu viro e ele está muito perto.
Malditas borboletas!
Eu olho para o chão.

- Por que me trouxe logo aqui?- Digo e logo sinto uma lagrima descendo de meus olhos, ele pega meu queixo e ergue meu rosto.

- Te garanto que não foi para chorar.- Ele diz e tenta me beijar mas eu viro o rosto então eu enrrolo meus braços no pescoço dele e o abraço.

- No momento eu preciso do amigo.- Eu falo no ouvido dele e escuto um suspiro.

- Tá bem.- Ele me fala no meu ouvido e me abraça com as mãos em minha cintura.