Bônus Um
Narrador:
Da sua cama no quarto, Braxton gemeu. Então a escuridão puxou-o para as profundezas e novas imagens começaram a surgir por sua mente. Eram vislumbres esparsos do passado que não formavam uma sequência conectada. Ele os via como cenas brevemente iluminadas por flashes de luz. O rosto de seu irmão, sorrindo enquanto os olhos azuis de sua amante brilhando e dançando à medida que ela pirueta em seu novo vestido branco.
O vislumbre branco atrás de um limoeiro. A sensação de uma espada em sua mão; a voz de Giuseppe gritando de longe. O limoeiro. Ele não deve ir atrás do limoeiro. Ele viu o rosto de Carter novamente, mas dessa vez seu irmão estava rindo e logo depois beijando o amor da sua vida, sua Bela Noiva.
Logan estava ao lado de Braxton olhando para a cena, completamente divertido.
— Eu queria poder segurar sua mão como meu irmão segura a da Kate — Braxton sussurrou e Logan riu.
— Talvez um dia Podemos — Logan sussurrou contra seu ouvido. — Em breve será só eu e você meu amor.
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Braxton estava sentado em sua cama, totalmente ereto, enquanto suas mãos trêmulas percorriam seus cabelos, e ele tentava estabilizar sua respiração. Foi um sonho terrível, algo que ele não experimentava há muito tempo, desde seu último pesadelo. Os últimos segundos do sonho se repetiam incessantemente em sua mente, o limoeiro, a risada de seu irmão e de Logan, e a si mesmo fazendo juras de amor. Essas imagens ecoavam em sua mente com uma nitidez quase dolorosa.
Ele correu com as mãos trêmulas por seu cabelo e estabilizou sua respiração.
Um sonho terrível. Havia muito tempo que ele fora torturado por sonhos como aquele; muito tempo, desde que teve o último. Os últimos poucos segundos repetiram-se continuamente em sua mente, e ele viu novamente o limoeiro e ouviu novamente a risada de seu irmão e de Logan e a simesmo fazendo juras de amor.
Aquilo ecoava em sua mente quase claramente demais. De repente, sem estar atento a uma decisão consciente de se mover, se encontrou na janela aberta. O ar noturno estava gelado nas suas bochechas à medida em que ele olhava na prateada escuridão.
Ele enviou o pensamento em uma explosão de Poder, investigando. Então ele caiu em absoluta imobilidade, escutando com todos os seus sentidos.
Ele não sentia nada, nenhuma onda de resposta. Perto, um par de pássaros noturnos levantou vôo. Na cidade, as pessoas já estavam dormindo; na casa todos estavam fazendo outro assunto.
Robin experimentando algum feitiço novo, Luna assistindo filmes de terror e Carter dormindo para recuperar as suas energias.
Braxton suspirou e voltou para a cama. Talvez ele estivesse errado quanto à risada e a voz de Logan ao longevidade; talvez ele até mesmo estivesse errado sobre a ameaça que sentiu ontem quando saiu com Carter e Robin. Tudo estava quieto, e pacífico, e ele deveria tentar se concentra nisso além de ficar completamente paranoico. Ele precisava se concentrar em outro assunto, Senti que iria enlouquecer de vez se lembrasse do passado.
Abriu a janela e pulou para o lado de fora, seguiu atrás a floresta e vou ao longe algumas luzes e no meio alguma pessoa rindo divertidamente e no meio um rapaz que estava apanhando.
Pensando em se divertir um pouco, o sorriso de Braxton no canto de seus lábios, cada vez mais malvado e selvagem.
— Esta gostando disso, idiota? — falava um homem, sua mão de repente agarrou e torceu, e o homem que primeiro a alcançou na frente do rapaz em seguido foi levantando no ar e foi quebrado seu pescoço com as mãos foi quebrado.
Braxton estava no meio do círculo olhando para tudo aquilo.
— Chefe! — O outro homem que acabou de voltar e havia chegado e viu o pescoço do companheiro puxado para baixo de relance. — Você o matou!
Quando a seguinte se recuperou olhou horrorizada para Braxton que ignorou a cena como se não fosse nada.
— Como você pode matar o terceiro filho? — Disse o um dos grupos e Braxton percebeu que eram fadas.
— Vocês precisam saber que, embora a força deste último não seja muito poderosa — Braxton disse estalando a língua.
Ele sabia que para os feéricos sempre se acham superiores aos demais, alguns também classificam os outros como níveis superior e médio, e até matam seus familiares não chegarem a atingir suas expectativas. Ainda que para eles não existe um desperdício para o ar do mundo.
Braxton sorriu mostrando as presas. Cada indivíduo ali tremeu quando o Vampiro a frente deles avançou.
— Parado aí — uma voz feminina disse e Braxton parou bruscamente sentindo a magia de Robin invadir seu corpo e o paralisando. — Acho que já podem ir embora, jovens feéricos. Não quero matá-los em segundos como meu filho fez mais se encontrá-los aqui novamente matarei um por um, enviando o resto para suas família.
O grupo olhou para Robin que tinha uma aura perigosa ao redor dela, um por um saiu correndo para longe. Carter estava atrás da mãe e olhou preocupado para o irmão mais velho, Robin estalou os dedos e o garoto que apanhou começou a levitar.
— Vou cuidar desse aqui, tratem de se livrar do resto do férrico morto e a partir de agora eu cuido disso também — Robin falou calmamente enquanto se virava caminhando para a casa.
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A noite envolvia a mansão com um silêncio quase sepulcral enquanto Braxton e Carter cuidavam dos últimos vestígios do feérico que havia invadido a propriedade. A escuridão, pontuada apenas pela luz da lua, destacava suas silhuetas enquanto trabalhavam em total silêncio.
Finalmente, depois de muito tempo, Braxton quebrou o silêncio com um suspiro pesado. Seus olhos, normalmente frios e distantes, estavam agora cheios de melancolia.
— Não estou consegundo relaxar. — Braxton confessou, sua voz carregada de emoção contida. — Minha mente insiste em me lembrar do passado.
Carter, o irmão mais novo, não demonstrou surpresa diante da confissão de Braxton. Ele conhecia os tormentos que atormentavam o irmão mais velho, pois ambos compartilhavam uma história sombria que os ligava.
— Não se culpe, Braxton. — Carter respondeu com compreensão. — Eu sei que o passado ainda assombra você. E não é sua culpa.
Braxton fechou os olhos por um momento, sentindo o peso das palavras de seu irmão. Seu passado era uma teia intricada de tragédias e escolhas difíceis. Ele havia amado profundamente, mas esse amor se transformara em amargura e desejo de vingança após uma traição brutal.
Logan, a quem Braxton havia amado intensamente por 145 anos, revelou-se como um manipulador cruel. Ele destruiu a vida dos irmãos, transformando-os em vampiros contra a vontade deles e depois tentou eliminá-los quando não serviram mais aos seus propósitos egoístas.
Braxton não conseguia definir seus sentimentos por Logan. Talvez fosse indiferença ou simplesmente desespero para esquecer o passado. Logan não merecia seu amor ou qualquer sentimento positivo, isso Braxton tinha certeza.
— Você deveria parar de se apegar ao passado. — Carter aconselhou com suavidade. — Logan não merece nenhum sentimento seu ou de ninguém. Ele é uma pessoa que não merece nada.
As palavras de Carter eram sinceras, carregadas de amor fraternal. Ele entendia o sofrimento de Braxton, mas também sabia que a única maneira de superar isso era deixando o passado para trás.
— Se eu fosse você, tentaria seguir em frente. — Carter sugeriu, com um sorriso carinhoso. — Que tal fazer um curso de música? Jeremy me contou que Eros adora música e poesia.
A ideia fez Braxton erguer as sobrancelhas em surpresa. Ele nunca havia considerado seguir uma paixão ou hobby após sua vida ser transformada em um pesadelo de vampirismo e vingança.
— Seu amor por ele desaparecerá à medida que você se abrir para amizades e o amor por outra pessoa. — Carter continuou, sua voz repleta de sabedoria. — Então, pela última vez, ouça o que você merece ouvir. Eu te perdoo por me transformar em um vampiro. Eu te perdoo por tudo o que aconteceu. Porque você é meu irmão. E eu te amo. E não há nada que você possa fazer para mudar isso. Apenas viva novamente e recupere o seu antigo eu.
Com essas palavras amorosas, Carter virou-se e afastou-se, assobiando uma melodia suave enquanto se afastava. Braxton ficou parado, observando seu irmão se afastar, uma mistura de emoções revirando dentro dele.
Havia mais de um século que Braxton não chorava. As lágrimas não vieram agora, mas sua garganta doía, e ele sabia que a promessa de uma nova vida, de se redescobrir, era algo que ele consideraria. Talvez, só talvez, houvesse esperança para ele além do passado sombrio que o atormentava.
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Na manhã seguinte, Braxton acordou com o sol suave iluminando seu quarto na mansão Compton. As palavras de seu irmão, Carter, ainda ecoavam em sua mente. Ele estava decidido a deixar seu passado de lado e buscar um novo propósito em sua vida.
— Bom dia, Braxton. Como se sente hoje? — Carter o cumprimentou, sorrindo com afeto.
Braxton suspirou e se acomodou à mesa.
— Acho que estou disposto a tentar, Carter. Não quero mais ser prisioneiro do meu passado.
Carter assentiu com aprovação.
— É um bom começo. Conte comigo para o que precisar. E estou certo de que Eros e Jeremy também ficarão felizes em te apoiar.
Um leve sorriso se desenhou nos lábios de Braxton. A perspectiva de reconstruir sua vida e fortalecer seus laços com seus sobrinhos era tentadora.
Após o café, Braxton decidiu dar um passeio pelos jardins da mansão. Ele ansiava por um momento de solidão para refletir sobre as escolhas que faria a partir de agora.
Caminhando entre as árvores e flores, as palavras de Carter sobre música e poesia ecoavam em sua mente. A ideia de aprender a tocar um instrumento ou explorar a arte da poesia o intrigava.
Braxton parou perto de uma fonte, fechou os olhos e se deixou envolver pelo suave som da água. Começou a vislumbrar um futuro onde poderia finalmente encontrar a paz e a alegria, deixando para trás o passado sombrio que o atormentava.
Levantou e foi até onde Robin estava treinando com erros, ela continuava o tratamento do rapaz que Eros havia resgatado enquanto Luna a ajudava com sua magia. Carter assumiu o papel de instrutor de Eros e Jeremy, ensinando-os nas artes da espada. Eles treinavam em um amplo espaço próximo à mansão, onde bonecos de treinamento serviam como alvos.
Braxton, por sua vez, optou por ficar afastado do grupo, observando o treinamento à distância. Seu olhar se concentrava principalmente em Eros, que empunhava uma pequena espada com destreza, imitando cada movimento que Carter demonstrava. Braxton ficava surpreso com a facilidade com que o jovem absorvia as técnicas de combate. Era como se aquelas habilidades estivessem profundamente enraizadas nele.
Enquanto Eros se movia com graça e precisão, Braxton sentia seu coração acelerar por um breve momento. Era difícil ignorar o olhar do jovem em sua direção, como se Eros soubesse que ele estava ali observando.
O treinamento prosseguiu, e Eros parecia totalmente imerso em sua prática, como se estivesse encontrando uma nova paixão. Braxton sabia que não podia se deixar distrair pelos sentimentos complicados que surgiam em seu coração na presença de Eros.
Enquanto olhava para Eros em sua mente buscava redenção e um novo propósito.
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Gostaram?
Até a próxima 😘
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