Como a primavera
Aquele era o nosso pequeno Homizio.
Conseguia cogitar tudo o que pensariam se nos descobrissem.
Mas eu realmente não estava me importando com nada daquilo. Naquele momento não estava.
Seus braços me envolviam como um manto; pude sentir seu hálito quente em meu pescoço junto de soluços fracos e quase imperceptíveis. Sons de um desabafo que se negava a sair.
Tão teimoso, sempre tão mergulhado em sua arrogância...
–--- Eu não preciso saber de nada... Você não tem de me contar se não quiser.
Eu não fazia a mínima ideia do por que estava sentindo aquilo por ele depois de tudo. Um feitiço talvez? Ou eu simplesmente estava finalmente o conhecendo?
Feitiço ou não, ele não estava bem e eu podia notar coisas que nunca havia visto antes; como extensas feridas antigas e erroneamente cicatrizadas, tanto emocionalmente quanto fisicamente.
Não tratados.
Mas ficamos ali uns segundos a mais do que deveria.
Quanto tempo?
Tempo suficiente para que Harry e Rony passassem por nós, sem me dirigir uma única palavra sequer. Apoio? Desprezo?
Os braços dele me seguravam com firmeza, mas não era ele quem me transmitia segurança e sim o oposto. Achei engraçado. Mas mesmo assim... Aquilo estava muito bom.
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