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"Sai da estrada"

CAPÍTULO DEZENOVE

"Sai da estrada"

†††

— E então, como está o caso agora? — Perguntou Paula, uma das envolvidas na investigação, enquanto os detetives esperavam o almoço chegar.

— Está indo bem. Só falta a última peça do quebra-cabeça.

— E como podemos achar essa última peça? Levando em consideração que estamos na casa de uma autoridade.

— Não tem problema. Já cuidei disso. — Falou Louise, olhando o celular. Os rapazes se entreolharam, curiosos — A juíza Cartner acabou de confirmar um mandado judicial para a busca e apreensão que faremos naquela casa.

O almoço acabou por volta das catorze horas. Trinta minutos depois já estavam prontos novamente na casa de praia. Dessa vez, repararam que não haviam mais repórteres por perto. Louise suspirou. Não aguentava mais aquelas pessoas fazendo perguntas.

Desceram do carro e se dirigiram novamente para o interior da residência, onde notaram a presença de alguns dos alunos e a professora Susana. Miguel estava lá também. Com olheiras marcantes em seus olhos. Surpreenderam-se com a chegada dos investigadores.

— E aí, como está o caso? — Perguntou a professora.

— Falta pouco. Mas há, ainda, coisas importantes para se fazer e máscaras para tirar a força! — Respondeu a mulher, confiante, seguindo com passos firmes ao segundo andar da mansão.

— E vocês? Como estão? — Foi Vinícius que indagou.

— Bem aflitos, né. Queremos sair logo daqui — Débora comentou, unindo as sobrancelhas. Estava, verdadeiramente, nervosa com tudo aquilo.

— Creio que isso não vai demorar muito tempo — ele suspirou, e seguiu Louise.

Chegando lá em cima, a perita criminal reuniu seu pessoal, que consistia nela, Vinícius, e quatro policiais. Estes eram: Daniel, um homem de pele branca, alto e forte; Edson, um rapaz mais jovem, alto e magro; Ulisses, um homem negro e magro; e Paula, uma moça um pouco mais nova que Louise. Todos vestidos com o uniforme da Polícia Civil.

— Seguinte: vamos vasculhar todo o segundo e o terceiro andar. Só vamos sair daqui com alguma pista! Entendido?

— Sim, senhora! — Bradaram, todos.

Ao abrirem a primeira porta do terceiro andar, tiveram o desprazer de encontrar Rodrigo deitado em sua cama, vestindo apenas uma calça larga e leve. Sua cara de poucos amigos os fez entender que ficou incomodado com a intromissão.

— O que é isso? — Perguntou, furioso.

— Temos um mandado judicial para entrar assim, senhor governador. E isso inclui o direito de vasculhar toda a casa a procura de pistas.

— Não podiam bater na porta, pelo menos? Mal-educados! — Reclamou, vestindo uma roupa. Ela deu de ombros — Vou sair daqui! Palhaçada!

As primeiras duas horas da operação iniciou sem muito sucesso. Os policiais vasculharam tudo à procura de algo que pudesse denunciar o culpado ou algum fato sobre o crime, em vão.

— Oi! — Beatriz abriu a porta, sorridente, com uma bandeja na mão, enquanto eles faziam o trabalho — Então, a gente fez um lanchinho aqui e não podíamos esquecer de vocês. Está aqui. Fiquem à vontade! — Disse ela, colocando o objeto sobre uma mesa. Tinha uma torta, pedaços de pão, café e queijo.

— Estamos sem fome, querida. Acabamos de almoçar. Não se preocupe! — Louise falou, ironicamente. Ergueu uma das sobrancelhas para a jovem.

— Ah, mas se quiserem, está aqui! — Falou e, sem demorar muito, observou tudo no recinto e voltou ao andar de baixo.

Louise observou aquilo tudo com os olhos estreitos.

— Tudo isso para ver o que estamos fazendo aqui? — Daniel, o investigador, indagou-se.

— Ela tem o que esconder. Principalmente o pai dela. — Falou ela — De qualquer forma, não comam isso.

O tempo foi passando e, quando foram ver, já eram sete horas da noite e nada de relevante foi achado até então.

Desestimulados, eles desceram ao primeiro andar novamente. Determinados a concluir as ações por aquele dia.

— E agora? O que fazemos? — Perguntou um dos policiais.

— Agora iremos voltar à pousada e dormir. Não há mais o que fazer por agora. Procuramos por todo o lugar.

— Não em todo o lugar — disse uma voz feminina atrás do grupo. Surpresos, viraram-se para a figura de Micaela, que era a única que ainda estava na casa.

— Micaela? O que está fazendo aqui? — Perguntou Vinícius.

— Bem... Alguns saíram para Arraial do Cabo, outros foram para Búzios, mas eu não me senti muito bem e preferi permanecer aqui. Estava muito aflita com o caso e — fez uma leve pausa — bem, fucei a bolsa da Emily antes de ela ir embora. Ela estava meio aflita com tudo, achei suspeito e não resisti. Enfim, encontrei isso.

Ela estendeu uma das mãos, que segurava um papel. Louise cerrou as sobrancelhas. Não era um papel qualquer. Era um cheque no valor de novecentos mil reais. Ela o pegou e se surpreendeu com aquilo.

— Se for o que estou pensando... Faz todo o sentido!

— Exatamente! — Víni exclamou, animado. — Muito bem, Micaela! Minha irmã não será injustiçada! — Agradeceu, dando um forte abraço nela.

— Então, por hoje é só, gente! Vamos para a pousada agora, pois já está tarde. Isso pode ser uma pista, mas iremos ver amanhã — Todos concordaram.

Assim como vieram, Daniel dirigiu o primeiro carro, com os outros policiais, enquanto Louise pegou o seu e foi com Vinícius. Ela ligou o veículo e partiram, animados, para a hospedaria.

O percurso até lá não era muito curto. Demorava cerca de vinte minutos para chegarem. O ponto mais crítico era uma serra que deviam seguir. Mas Louise já dirigia fazia anos. Pegava no volante com confiança, deixando os rapazes para traz.

Como sempre, abriu as janelas e ligou uma canção no seu rádio, para esquecer, pelo menos por alguns instantes, dos problemas.

Respirou fundo e retomou a concentração. Chegava o momento de passar pela serra e precisava redobrar a atenção. Subiu a estrada inclinada com cuidado. Na hora da descida, percebeu algo diferente.

O automóvel simplesmente não reduzia a velocidade, por mais que pisasse no freio.

"Não pode ser" ela pensou, com os olhos arregalados. Com cuidado, fez a primeira curva em alta velocidade, devido à gravidade.

— Vinícius! — Berrou. O rapaz estava tão assustado quanto. Seus batimentos cardíacos aceleraram demais e suas pupilas contraíram — O carro está sem freio!

Uma adrenalina subiu no corpo dos dois. Eram duas vidas em risco altíssimo.

— Louise! Pare isso!

— Não! Víni, no três, você abre o carro e pula! — Ela gritou, assustada.

Uma nova curva, ainda mais perigosa, surgia a frente deles. Não poderiam escapar dessa vez.

— Um, dois — Contou, sem demorar muito. Mesmo sem entender, eles destrancaram a porta — Três! — Bradou, e abriram. Lançando seus corpos para a rua, rolando em seguida.

O carro continuou seu rumo. Seguindo seu movimento e caindo no barranco que estava logo a seguir. Ainda deitados na estrada, Louise e Vinícius observaram a tragédia acontecendo, ainda assustados. Depois, ouviram o barulho da queda. Foram cerca de trinta segundos até ele chegar ao chão, quando um tremendo estouro os surpreendeu.

— Vinícius! Sai da estrada! — Gritou ela, recuperando a consciência da gravidade da situação, enquanto fazia a mesma coisa.

Ele obedeceu. Não conseguia pensar em nada no momento. Ficara paralisado. Apenas correu o mais rápido que podia para perto da detetive, que estava na outra margem da rua.

Louise olhou para a direção de onde vinha. Logo avistou o veículo de Daniel vindo, quando instantaneamente se levantou e parou no meio da estrada, estendendo os braços, fazendo sinal para que parasse.

Ele entendeu o aviso, porém, já era tarde. O automóvel já estava descendo em alta velocidade, sem controle. Desesperada, a moça se jogou novamente para a margem da estrada, aterrorizada com a cena que se seguia.

Como aconteceu com ela, o carro de Daniel foi em alta velocidade em direção a queda do barranco.

Habilmente, Ulisses, que estava no banco do carona saltou, e em poucos segundos, Paula e Edson também, executando o rolamento logo em seguida. Rapidamente, os três correram para perto de Louise e Vinícius.

Assim como aconteceu anteriormente, o veículo caiu no barranco. Bateu em pedras e em mais pedras, girando constantemente. E então, chegou ao solo, não muito distante do primeiro automóvel, e explodiu.

Um semblante de terror se fez na face dos cinco que lá estavam. Eles se entreolharam, respirando forte.

— Ei! — Exclamou a mulher, que suava — Cadê o Daniel?

— Ele ficou! — Levando a cabeça para trás, Ulisses falou.

— Essa não! Temos que ver como ele está! — Ela disse, correndo para o outro lado da estrada, podendo ver o desastre em seus olhos.

Colocou as mãos sobre o rosto e deixou uma lágrima cair. Os carros estavam completamente em chamas. De longe, podia-se ver o braço do rapaz carbonizado.

— Não! — Ela gritava — Não pode ser!

— Ele não conseguiu abrir a porta a tempo — Disse o outro policial, cabisbaixo.

— Como eu vou conviver com isso? — Ela dizia, voltando seu rosto para trás.

— Calma, Louise. — Vinícius tentava acalmá-la.

— Como calma? Um subordinado meu tão competente... Está morto agora! Isso não podia estar acontecendo!

— Você não podia prever! — Ele falou.

— Claro que não... Mas podia ter evitado se tivesse prendido logo quem fez isso!

— Você está fazendo o melhor! Sabemos disso! — Disse outro agente.

— Mas esse foi o último crime! Não vou tolerar mais nenhum! — Ela afirmou, sacando seu celular do bolso e discando um número. Curiosos, os outros ficaram apenas observando, aflitos, as ações dela — Alô? — Falou, depois de atenderem à ligação dela — Senhora Cartner? Acaba de acontecer uma tragédia aqui. O meu carro e o de Daniel caíram no barranco na Serra, perto da casa do governador — A pessoa da outra linha pareceu se exaltar e fazer perguntas — Estou bem! Estou bem! Então... Estava dirigindo e perdi o controle do carro. E não, eu não estava sob influência de químicos. O problema estava no freio! Tiraram o freio dos dois carros. Eu, Vinícius, Ulisses, Edson e Paula conseguimos pular antes do carro se espatifar no chão e explodir, mas... — fez uma pausa, para conter o choro — Daniel não teve a mesma sorte! Ele nem podia abrir a porta. Mande alguém para cá, por favor!

A conversa terminou quando ela mandou a localização exata de onde estavam.

Edson não escondia o choro e a tristeza pela morte de seu amigo e parceiro de trabalho. Dos quatro, ele era o mais amigo de Daniel e vê-lo morrer não foi nada fácil. A reação de Paula não foi muito diferente. A jovem chegava a soluçar em meio ao choro. Ulisses tentava consolar os dois, enquanto também estava emocionalmente abalado.

Louise, então, desligou o celular, levantou a cabeça e limpou as lágrimas. Sentia muita tristeza e culpa pelo acontecimento. Porém, era a líder daquele grupo. Não podia ser vista como frágil. Pelo contrário, era ela quem devia usar a razão e reerguer a esperança e a força de cada um. Era esse o seu trabalho e, por isso, amava o que fazia.

Vinícius, apesar de não ter conhecido direito o rapaz, ainda estava em estado de choque com sua morte e chorava em silêncio.

— Ei! — Ela bradou, chamando a atenção de todos para as suas palavras — Vamos sair daqui. Sei que é difícil raciocinar em uma situação como essa, mas sejam firmes em honra e memória ao Daniel! Seguiremos em frente! Vamos pegar quem está causando toda essa tragédia!

Ao terminar sua fala, o choro cessou, por alguns instantes. E então, os quatro subiram novamente, cuidadosamente, pela serra para chegar em uma parte mais urbana. Passando sempre pelos cantos, para não serem pegos pelos outros carros que, vez ou outra, passavam.

Dez minutos depois, chegaram em uma vila, onde adentraram e puderam ficar mais aliviados.

— E agora? O que fazemos? — Ulisses perguntou.

— Agora, a gente termina tudo.

— Como assim?

— Faça o seguinte: ligue para o delegado Gilberto. Peça para preparar tudo pois o assassinato de Alice Ferreira será resolvido amanhã.

— Mas você já sabe o que aconteceu? — Vinícius perguntou, arqueando as sobrancelhas.

— Quer prova maior que essa? Primeiramente, os cheques. É claro que aquilo tem a ver com os crimes. Agora, essa tentativa de homicídio a todos nós! Agora, ligue ao que a Emily nos disse hoje, pela manhã! Já encontramos nossa última peça, Víni! — Informou, levantando a cabeça e observando as estrelas.

— Realmente!

— Continuando... — Fez uma pausa, lembrando do que falava anteriormente — Ulisses, fale para ele trazer toda a equipe do julgamento. E Víni, eu e você vamos falar com cada suspeito que temos. Quero, amanhã, às oito e trinta, todos na casa de praia, onde vai terminar a onda de crimes que começou desde o início da carreira política de Rodrigo Drummond. Todos saberão com quantas pessoas embriagadas são necessárias para cometer um assassinato e sumir com todas as provas. Quero dizer... Quase todas.

Após ter chamado a polícia, Louise Ferguson recebeu uma carona para a pousada. Disse tudo o que aconteceu para as autoridades. À meia noite, liberou seus subordinados para dormirem. À uma da manhã, permitiu-se fazer o mesmo, depois das entrevistas.

De qualquer forma, aquela noite foi quase passada em claro. Sua mente não parava de pensar em cada palavra que usaria naquele dia para acusar o culpado pelo assassinato de Alice Ferreira, e explicar os acontecimentos que ocorreram sucessivamente. Além disso, ela não tirava da cabeça o desejo insano de colocar Rodrigo Drummond na cadeia. Por tudo o que fez.

Com dificuldade, conseguiu dormir por três horas. Acordou às seis e foi direto tomar um banho. Em seguida, tomou seu café da manhã preparado pelos funcionários da pousada. Os policiais e Vinícius estavam acordados, conversando sobre os acontecimentos.

— Bom dia! — Ulisses a cumprimentou, e ela respondeu da mesma forma.

A cena de Daniel morrendo voltou em sua cabeça e ela precisou segurar um choro. Suspirou. Levantou a cabeça e seguiu em frente.

Às sete e trinta, duas viaturas policiais estavam em frente a pousada para leva-los até a mansão. Percorreram o caminho sem dizer uma palavra. Às oito horas, chegaram ao destino.

O mistério que intrigou Cabo Frio, finalmente, chegaria ao fim.

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