55. Luz ao caso
Outro morto. Plena segunda e precisavam lidar com a prova de que a investigação estava sendo um fracasso. Green e Kira, ambos com o mesmo sentimento de frustração caminhavam pelo departamento. A vida de ambos se transformou completamente. Como uma das melhores detetives do país não conseguia resolver dois casos grotescos como esses? Dois assassinos sanguinários em um mesmo território, cometendo crimes praticamemte todos os dias. Ambos os detetives estavam sentados frente à frente, analisando as evidências, quando um dos rapazes da equipe veio chamá-los.
Não queriam criar expectativas. Seguiram calados e sérios.
— Olá detetives Kira e Green. Os chamei aqui porque achei algo interessante nos registros das câmeras de segurança da boate onde a vítima estava antes de morrer. — E foi direto ao assunto.
— O que seria? Nos disseram que a câmera de segurança não mostrava o assassino. — Kira falou.
— De fato, não mostra o assassino, no entanto, observem.
Havia um monitor grande na parede, depois de alguns cliques o vídeo da câmera começou. Viram alguns jovens bêbados saindo da boate, era seis horas da manhã. Depois de um minuto o jovem saiu, completamente embriagado, cambaleava, porém, ele alterou a postura bruscamente, olhava fixo à frente, em um local no qual a câmera não alcançava. Inesperadamente a vítima correu, parecia assustado, mas estava correndo em direção à algo, ou alguém.
Lucas acelerou o vídeo a fim de mostrar a cena dois minutos à frente. Outra pessoa saiu da boate, um homem de black power que parou e olhou fixamente também, mas logo seguiu em um caminho oposto. O coração de Green acelerou, aquela era a melhor evidência que tinham até o momento. Sem dúvidas o assassino estava lá.
— Esse não é o jornalista? — Natasha disse com ânimo renovado.
— Sim, é Jason Gazel.
— Precisamos achá-lo imediatamente. Ele viu o assassino. Obrigada Lucas, você trouxe luz ao caso. — Mal terminou de falar e já estava na porta. Kira a seguiu.
Procuraram Jason Gazel em todos os lugares que ele costumava frequentar, mas ele não estava. Os detetives ficaram preocupados, ele era o único que viu o assassino e a vítima juntos e ainda estava vivo. Fizeram campana frente ao prédio no qual morava Jason.
Para alívio de Natasha e Jonathan, Jason chegou sete horas da noite, parecendo estar exausto, mas bem. E vivo.
— Que surpresa. Descobriram quem matou meu amado? — Jason ironizou.
— Nós não, mas você descobriu. -
— Natasha disse. — venha conosco até o departamento, precisamos interrogar você.
— Tudo bem, meu dia já está completamente estranho.
Seguiram para o departamento. Lá mostraram à Gazel o vídeo da câmera de segurança e explicaram a situação.
— Então, quem você viu? — Natasha perguntou ansiosa.
— Dois idosos, não vi o rosto. Usavam camisetas iguais. Tinha um furgão lá com algo estampado nas laterais. Era um tipo de comida, se não me engano.
— Lembre-se melhor, é importante. — Natasha estava ansiosa.
— Acho que era algo tipo buffet, mas não vi o jovem.
— Algo mais? — Jonathan perguntou, o coração acelerando.
— Parecia que eram japoneses ou desses povos orientais.
A visão de Jonathan escureceu. Sentiu que tinha perdido o chão, o céu, tudo que o norteava. Os principais suspeitos, eram seus avós.
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