54. Inimigos
Em um café elegante no centro da cidade, dois homens se encontraram. Discretos, sentaram-se em uma mesa mal iluminada que ficava afastada das demais. Sua costumeira mesa. Um deles já vimos em outro momento nessa história, o homem que levou Monique para a morte. O outro também era assassino. Ambos estavam preocupados com o desandar da carruagem. Tudo ia bem, mas agora os herdeiros de Slazar já tinham poderes. A mulher e o outro membro da seita tiveram a péssima ideia de tentar assassinar o herdeiro que controlava a água e não funcionou.
— Óbvio que não funcionaria. Ou até poderia funcionar, mas as chances são quase zero.
— Eles não sabiam que os elementos defendem quem os domina? — O homem tomou um gole de seu café.
— Sabiam, mas como ninguém tinha certeza...
— Mesmo assim, pessoas agindo por conta propria é um péssimo sinal. A seita no Brasil está ameaçada. Soube que enviaram alguém para levar os herdeiros até a Eslovênia.
— Quem?
— Uma advogada chamada Darja Jasinski. Seria impossível não reconhecê-la caso a visse. Ela é loura, branca, expressão austera... Nossos contatos na Europa a seguiram até o aeroporto, depois perderam o rastro.
— Kowalski é uma raposa velha, ele não escolheria qualquer pessoa para o trabalho. Com certeza é uma mulher inteligente e habilidosa.
— Temos outro problema, aquele clone imundo. Precisamos matá-lo. Descobri uma forma de tomar o lugar dele no ritual, precisamos tomar o sangue dele.
— Slazar era um desgraçado. Morrer e deixar a trave do ritual justo em um clone do herdeiro.
— Feliz foi a seita em matar ele e aquela parteira.
— Aquela bruxa... você quis dizer. A herdeira sobreviveu graças à ela.
— Uma bruxa muito poderosa.
— Temos outro problema.
— Qual?
— O serial killer abrindo corpos.
— Não acho ele um problema. Acho ele uma solução. Além de confundir a polícia está limpando o mundo.
Precisamos matar o clone hoje. E o serial killer depois.
— Qual de nós o matará?
— Você. Sua ideia, lide com ela.
Nesse momento Suzanna Mayor entrou no café e foi em direção a eles. Estava com um sorriso largo.
— Que prazer tenho em encontrar tão ilustres pessoas.
Ela se sentou à mesa, e por lá ficou.
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