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14. Depois

Chegaram à casa de Cassius após de passarem no mercado e comprarem ingredientes para fazer nhoque de batatas. Quase não puderam entrar no estabelecimento devido aos trajes acabados, mas o dono já os conhecia e abriu exceção.

Lilith, pela primeira vez em muitos dias, estava faminta, o que deixou os irmãos realmente muito felizes. Era bom ter ela de volta. Encarar a morte teve suas consequências positivas. Depois de tanta dor, ela havia retornado a seu estado de espírito natural.

Quando finalmente chegaram ao apartamento depois do que parecia ter sido uma jornada, agradeceram pela ideia de deixar roupas em todas as casas. Claro que nunca tinham previsto emergências tão catastróficas, apenas as ocorrências comuns na vida de um ser humano normal. Exaustos, cada um tomou um rumo diferente.

Lilith foi a que se banhou primeiro. Depois de despida dos farrapos, observou e tateou com os dedos a cicatriz sobre a região do coração, onde levara tiro. A pele ainda estava sensível ao toque, como a de qualquer machucado recém cicatrizado. Chegava a dar agonia a sensação de pele sobre pele.

Com um suspiro decidiu parar com o masoquismo de ficar cutucando aquela região.

Levou um bom tempo para desembaraçar os cabelos que mais pareciam um ninho. Havia alguns arranhões pequenos na pele, e eles ardiam demais quando ela se movimentava. Antes, pela excitação de tudo que acontecera, não sentia aquelas feridinhas enjoadas, mas à medida que se acalmava começava a ter consciência real do tamanho do estrago.

"Ridículo, o gelo cura um buraco de tiro, mas não cura os arranhões", pensou ao se dirigir rumo ao banheiro. O cabelo um pouco volumoso pelos cachos desfeitos.

Abriu o registro girando a torneira e deixou a água quente cair sobre a pele, causando uma ardência desgraçada. Suportou até que o corpo se adaptasse e enquanto sentia o fluxo da água sobre si, começo a ter pensamentos. Reflexões conflitantes sobre a nova realidade que ainda parecia um sonho. Se sentia tão normal que nem mesmo sabia se poderia, mais alguma vez na vida fazer gelo. Teve então o ímpeto de tentar projetar o poder, apenas para conferir se era real. O resultado foi que acabou congelando todo o banheiro. Ficou desesperada e tentou tirar o gelo com a toalha sem nem mesmo desligar o registro de água.

Por fim cansou de enxugar gelo e suspirou frustrada. Pendurou a toalha no suporte enquanto se acalmava. Foi quando se lembrou que podia controlar o gelo com pensamentos mais que com ações. Assim, com simples comando mental, fez o gelo esvanecer, mas o espaço era fechado e as partículas se descongelaram se condensaram no ar voltando a ser água e caindo sobre ela.

— Tudo bem Lilith, lição número um: Não brincar de inverno durante o banho. – Se repreendeu baixinho enquanto batia queixo e abraçava o próprio corpo, subitamente sentindo frio.

Depois do banho colocou short de algodão e uma regata que um dia já fora uma camiseta inteira da banda Tuatha de Danann. Apenas enxugou o excesso de água dos cabelos, deixando terminar de secar naturalmente.

Por fim foi calçou os chinelos de dedo e foi para a cozinha. De lá avisou a Cassius, que estava sentado no chão da sala, que ele já poderia ir ao banho. Alberto seria o último por estar preparando o jantar. Apesar de um pouco esfarrapado, o irmão negro era o que tinha a melhor aparência, isso porque a água o lavara antes.

Cassius foi mais rápido no banho do que Lilith. Quando saiu do banheiro acabou parando na frente do espelho do quarto enquanto se observava. A cicatriz do tiro estava ali. Todo o restante parecia inteiro e comum, como em todos os outros dias.

O homem colocou a palma da mão sobre a própria bochecha e a temperatura parecia a mesma de todos os outros dias, como a de qualquer ser humano que vive em um país tropical. Pensou que sinceramente, parecia irreal que pudesse projetar e controlar um calor de fogo vivo. Só de curiosidade tentou abrir as asas. Acabou ficando surpreso quando elas apareceram, a temperatura aumentou tanto que por pouco Cassius não incendiou o quarto cheio de materiais inflamáveis. Diferente da irmã ele se lembrava bem de como controlar aquilo e sem muito drama fez as asas desaparecerem. Apesar de nada estar queimado, o quarto ficou com um leve cheiro de fumaça.

— Pelo menos não vou precisar mais comprar fósforo ou isqueiro. — Ele se consolou diante da situação que ainda não tinha digerido. Tudo soava como um sonho.

Cassius, vestido apenas com bermuda, foi para a cozinha. Quando chegou no cômodo viu uma esfera de água flutuando no ar enquanto Alberto estava de braços erguidos e com uma expressão teatral em seu rosto. Parecia que estava sendo filmado para uma película ou algo do tipo. Lilith ria da expressão engraçada.

A mulher pegou um copo sobre o tampo da mesa onde estava sentada e o ergueu. Alberto fez a esfera de água flutuar até dentro do recipiente. Lilith colocou o copo sobre a mesa e apenas encostou a ponta do dedo indicador sobre o vidro, a água gelou como se estivesse havia horas em um freezer.

— Pense na facilidade que teremos para fazer sorvete, Cassius. Chega de esperar horas pra algo ficar gelado o suficiente, podemos usar a senhorita Bravo. — Alberto comentou quando viu o irmão assistir a cena com uma sobrancelha erguida. Cassius se perguntava onde errara o caminho da vida que entrou naquela dimensão paralela.

Que tipo de delírio coletivo era aquele?

— Podemos usar nitrogênio líquido. — Lilith falou casualmente.

— Se isso fosse tão prático quanto você faz parecer, nós já teríamos usado antes. — Alberto reclamou.

Lilith revirou os olhos e Cassius encaminhou o chef para o banho, garantindo que cuidariam bem das panelas.

Alberto foi rápido como um raio. Seu pensamento passeou entre questionar a própria sanidade, tentar entender e aceitar a nova vida, e claro, calcular que o nhoque não estava passando do ponto. Vestiu bermuda jeans e regata branca que deixava ver seus músculos trabalhados.

Quando chegou à cozinha flagrou Lilith filando do nhoque. Fez cara feia para ela esperar o término do cozimento, que seria logo. Não poupou reclamação enquanto vestia o avental:

— Não posso acreditar, viro as costas por cinco segundos e sou furtado por esses esfomeados. — Reclamou enquanto terminava de atar o laço do avental.

Os irmãos riram. Estavam mesmo com muita fome.

No decorrer do jantar conversaram sobre o acontecido durante o dia, parecia que nunca se cansariam do tópico porque não conseguiam se concentrar de verdade. Ter poderes era algo fantástico que acontecia apenas em filmes, não com gente como eles. Mas aconteceu. E o pai? Que fim levou? Que lugares eram aqueles que o espelho mostrou? E, principalmente, quem era aquele homem parecido com Cassius?

Precisariam analisar todos os detalhes e investigar, porém, antes de tudo, Lilith faria uma visitinha a Jonathan.

Depois de arrumarem a cozinha, foram dormir.

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