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Olhos hipnotizantes

Olá ^u^

Avisos rápidos:

• É apenas uma three-shot, ou seja, terá somente três capítulos

• O JK é um híbrido de uma víbora chamada víbora-de-pestana, que eu escolhi aleatoriamente enquanto estava pesquisando sobre essas espécies aushausau E mesmo que essa seja considerada uma das serpentes mais venenosas do mundo, o Jeon não possui veneno

• Também postada no Spirt em 28/10/2017 

Boa leitura!

~♥~

Em 20 de dezembro de 2003, alguns cientistas japoneses chegaram com a notícia que iria mudar a forma de viver de muitas pessoas, pois o primeiro ser vivo com DNA humano e animal misturado havia sido criado, e estava respondendo bem aos exames que eram feitos no mesmo. Aquilo estava revolucionando o mundo da ciência e medicina, mesmo que tenha impactado e assustado muitas pessoas, afinal o "desconhecido" tende a nos deixar com medo quando não o entendemos ainda.

O plano dos cientistas era criar seres humanos mais fortes e resistentes, os genes imutados de algum animal que era fundidos com embriões humanos iriam fazer a criança nascer com características animais, e assim, desde pequeno o mesmo seria mais ágil, forte e até mais inteligente do que uma pessoa comum, e isso era revolucionário, porém incerto e perigoso. 

Mas como sabemos, a ganância humana também tem proporções enormes, e onde muitos viam uma salvação, outros viam apenas uma fonte ilimitada de dinheiro, logo que os cientistas começaram a ter resultados concretos, muitos recém-nascidos imutados foram roubados e outros acabaram sendo vendidos pelos próprios cientistas criadores, já que muitos deles eram corruptos, por causa desses acontecimentos o governo decidiu que não iria mais patrocinar o projeto, em vista de que estava dando mais problemas do que soluções.

Porém a "fórmula certa" para implantar o DNA e fazer humanos híbridos acabou vazando, e assim o mundo inteiro começou a ter acesso a aquilo, em poucos anos uma grande população de híbridos estavam surgindo e não se tinha controle daquilo.

Muitos bebês e crianças com genes modificados eram vendidos para famílias ricas, os tratavam como bibelôs ou "bichinhos" de estimação, outros já na fase adulta eram comprados por casas de prostituição ou sendo mandados para trabalhar em atividades domésticas sem qualquer remuneração. Os híbridos não eram vistos pelos direitos humanos, não se tinha leis para o tratamento dos mesmo e isso começou a se tornar revoltante para pessoas de mente sã.

Os governos não viam os híbridos como gente, em alguns países haviam leis para matar esses seres caso fossem encontrados dentro de seus territórios, muitas pessoas também não entendiam o que os híbridos eram, alguns viam como animais de estimação e outros como "demônios", sendo assim, houveram muitas mortes, abusos e agressões até que alguém decidisse que deveria existir leis para proteger os híbridos também, já que eles eram pessoas, poderiam até ser diferenciados, mas ainda sim eram humanos e mereciam seus direitos.

Hoje, trinta e oito anos depois, todo e qualquer híbrido tem o devido respeito sobre si, não é mais permitido a criação em laboratório de tais criaturas, os que nascem hoje em dia são frutos de pais já híbridos, também não é permitida a comercialização dos mesmos, eles tinham o direito também a alfabetização e a carteira assinada, porém infelizmente ainda não haviam conseguido o direito de poder viver uma vida independente. Híbridos ainda necessitam estar sob a guarda de um adulto humano, mesmo que estejam lutando para mudar isso. 

Porém não eram todos os híbridos que se importavam com a "dominação" humana, já que a grande maioria ainda eram muito dependentes dos mesmos, sempre tinham visto a vida dessa maneira e estavam satisfeitos ou acomodados com aquilo.

Todo híbrido assim que completa seus dezoito anos de idade, permanece sob o poder do estado para proteção do mesmo até que seja encontrado um tutor legal para ele, um humano que assinava um documento prometendo proteção a esse híbrido, já que infelizmente ainda haviam casos de agressões psicológicas ou físicas com os mesmo, assim como casos de trabalho forçado e descriminação, e como o governo não tinha como monitorar todos os híbridos existentes, davam essa função a alguém confiável. 

Muitos híbridos iam a público expor sua vontade de mudar isso, afinal sentiam que o governo não confiava que eles poderiam se virar sozinhos, era como se tivessem apenas colocado uma corrente maior em uma coleira que os segurava, e não os deixado realmente livres. E com tantos protestos, agora o estado estava em discussão para crias regras mais flexíveis futuramente, mas ainda não tinham chegado a um acordo. 

Os híbridos que não tinham um humano sendo legalmente seu protetor, viviam em abrigos, esperando um futuro incerto, e Jeon Jungkook era um desses híbridos, porém diferentemente dos outros, ele não tinha mais esperanças de que um dia alguém fosse se interessar em lhe tirar dali, já que Jungkook era uma espécie rara, seu DNA misturado com os genes de uma serpente venenosa os deram características que o faziam ser assustador para muitas pessoas. 

Quando os primeiros híbridos começaram a ser tratados como mercadoria, apenas os faziam com genes de felinos e canídeos, já que o objetivo era que estes tivessem uma aparência cativante, assim ganhavam mais atenção dos compradores, mas alguns cientistas mais gananciosos decidiram fazer diferente, juntando DNA de répteis, aves e até anfíbios, entretanto os mesmos não ganharam tanto a graça do público, sendo assim não foram mais criados e hoje em dia eram mais raros de ser encontrados, já que a grande maioria não havia se reproduzido, mas ainda sim havia alguns espalhados pelo mundo.

Era comum que os híbridos ficassem com seus pais biológicos desde o nascimento, e somente quando adultos seriam enviados até os abrigos, ou o tutor de seus pais poderia entrar com um pedido para poder permanecer com mais um híbrido sob sua proteção, mas com Jungkook foi diferente, com apenas cinco anos de idade ele estava sendo enviado para um orfanato comum, desamparado e confuso com o que estava acontecendo.

Até hoje não sabia muito sobre a sua família verdadeira, não tinha lembranças sobre os mesmos, apenas tinha ouvido falar que ele era filho de uma humana com um híbrido de cobra assim como ele, mas fora isso não tinha mais informações, e a sensação de estar sozinho e de ter sido deixado para trás o corroía desde sempre.

No orfanato, Jungkook sofreu com o preconceito daqueles que julgavam sua aparência, aqueles que não entendiam os híbridos, que sentiam medo e o isolavam, não haviam outros híbridos entre as dezenas de crianças que haviam lá, e Jeon se sentiu perdido por muito tempo, até mesmo na escola, onde os olhares temeroso e julgadores o atormentavam. Chegou a fazer um ou outro colega nessa época, mas nenhuma amizade que chegou a perpetuar.  

Hoje aos vinte e três anos, Jeon agora morava em um dos abrigos para híbridos, e por ali viu passar vários e vários, que felizmente conseguiram uma família para si, mas infelizmente esse mesmo presente nunca havia vindo para si, seus olhos amarelos com pupilas na forma de uma risca eram um repelente para muitos, suas unhas pontudas e afiadas traziam medo aos que não o conheciam e a possibilidade de seus dentes trazerem veneno com certeza não era algo convidativo.

Mas não eram apenas os humanos que o olhavam com um certo desgosto ou temor, os próprios híbridos que moravam consigo o tratavam com receio, pareciam ter medo, afinal alguns espalhavam calúnias sobre Jungkook, histórias fictícias sobre o mesmo, que fazia os seus colegas de quarto ficarem apreensivos quanto a se aproximar muito de Jeon.

Pelo menos ele não precisava passar o dia inteiro lá, já que havia encontrado um emprego há mais ou menos dois anos atrás, numa confeitaria, onde trabalhava na cozinha, ajudando o padeiro a confeitar bolos e biscoitos. Não recebia nenhum grande salário e as vezes os dias pareciam muito iguais, caiam na mesmice, mas Jungkook gostava do aconchego que aquele lugar trazia. 

Porém não era como se o Jeon não tivesse amigos, o dono do abrigo sempre o tratou com imenso carinho, o senhor era bondoso com todos, mas sabendo como Jungkook era tratado, preferia dar uma atenção extra ao menino, assim como Hoseok, que era o filho mais novo do dono, o rapaz também era um ótimo companheiro para Jungkook, mesmo sempre enfatizando a frase: "você é a única cobra que eu gosto".

Infelizmente o senhor e seu filho não podiam levar Jungkook para morar com eles, já que tinham outros cinco híbridos em casa, número máximo permitido pela lei, sendo assim Jeon tinha que esperar, um dia alguém veria a pessoa adorável que habitada através daqueles olhos amarelados e hipnotizantes.

Do outro lado da cidade morava Park Jimin, um jovem executivo de apenas vinte e cinco anos, Jimin teve sua vida mudando muito rápido, em poucos anos de estágio em uma empresa multinacional, viu seu cargo subir em tempo recorde e hoje era o gerente de uma sessão inteira, mas aquilo não surpreendia quem conhecia o filho dos Parks, Jimin sempre foi esforçado, até demais na vista de alguns, o adolescente que preferia ficar em casa estudando em vez de sair com os amigos acabou tendo grandes oportunidades em seu futuro afinal.

Porém todo esse sucesso profissional trouxe ao Park a solidão, faltar a todos os encontros de amigos o fez perder essas amizades, preferir passar a noite revisando alguma planilha em vez de dar atenção ao que sua mãe falava fez a família se afastar, dar mais atenção ao trabalho do que as pessoas que queriam sua companhia causou a Jimin apenas noites e dias sozinho em seu apartamento, as paredes brancas não conversariam consigo e o gelo que ele deu em muitos agora estava voltando para si. 

Jimin desejava muito uma companhia, e esse foi um dos motivos que o fez se inscrever no site de um abrigo, se candidatando ser o guardião de um híbrido, assim que viu uma campanha passar na televisão. E o outro motivo foi porque o Park queria fazer a diferença, ele já fazia doações há anos para abrigos, porém agora sentia a vontade de ajudar alguém diretamente também, pois se recordava do passado, sabia bem das coisas ruins pelas quais aqueles híbridos tinham passado.

Desde pequeno tinha um grande fascínio por híbridos, assim como os seus pais, que o ensinaram desde sempre sobre a importância do respeito as diferenças, porém seus pais somente não se tornaram tutores de híbrido no passado por não terem condições financeiras para cuidar bem e sustentar um híbrido, já que a grande maioria tinha a saúde muito frágil, contradizendo o objetivo dos cientistas de fazer criaturas mais fortes e saudáveis.

E após seis meses de espera, finalmente Jimin havia recebido uma mensagem do dono de um dos abrigos em sua cidade, o autorizando a vir fazer um visita finalmente, após o Park ter passado por uma vistoria em sua vida, o homem teve sua residência, antiga faculdade, trabalho e vida pessoal sendo investigada, talvez até seu histórico escolar foi verificado.

Por fim várias entrevistas haviam sido feitas com as pessoas que melhor conheciam o comportamento de Jimin e o mesmo também havia passado por um psicólogo e terapeuta para dar um diagnóstico sobre sua saúde mental, ele também havia sido submetido a exames clínicos, para verificar se o mesmo estava saudável. 

Foi tudo extremamente cansativo, mas Jimin sabia que as leis e regras eram realmente bem rigorosas quando se tratava de se tornar guardião de um híbrido, negligências não eram toleradas, por isso o executivo não reclamaria ou negaria tais investigações sobre si. Mas tudo bem, já havia passado, agora ele poderia ir até o abrigo conhecer os híbridos, e o jovem Park não podia estar mais ansioso por aquilo.

{...}

— Por aqui, senhor Park, é só entrar e pode conversar com eles o quanto quiser também. — A recepcionista sorridente lhe disse, indicando a porta para que Jimin entrasse.

O Park adentrou a grande sala e logo foi recepcionado por cerca de uns dez híbridos animados e falantes, Jimin era um homem sério, já que sua profissão exigia isso, mas não conseguiu segurar o seu sorriso ao ser tratado com tanta simpatia por todos ali.

Logo ele tratou de conversar com cada um individualmente, queria os conhecer bem e sendo metódico como Jimin era, também queria sentir algo em comum com as pessoas ali, ver em um daqueles as características que complementariam as suas, afinal Park não queria levar para casa alguém que fosse virar um problema para si ou acabar tendo uma má relação com o mesmo, por isso preferia tomar bastante cuidado. 

Longos minutos se passaram e Jimin estava decepcionado mesmo que não demonstrasse isso, os híbridos eram ótimas pessoas, porém nenhum tinha ganhado uma grande afeição da parte de Jimin. Sem contar que a grande maioria eram aparentemente carentes de carinho e atenção e o Park com certeza não era o tipo de pessoa que fica de muito "grude" com as pessoas que gosta, e não queria magoar alguém carente que morasse consigo.

Jimin parou por alguns instantes e suspirou, olhando em volta e pensando no que faria já que não tinha tido grande afinidade com ninguém ali, porém só ao levantar sua cabeça para dar aquela observada no lugar em volta que o Park notou alguém no canto ensolarado da sala, a pessoa usava um capuz sobre sua cabeça e estava com o rosto virado para a janela. Jimin franziu seu cenho e foi em direção a aquele indivíduo, se sentindo curioso pelo mesmo.

— Olá? — O Park proferiu, porém nenhuma resposta foi ouvida. — Não vai me responder? — Novamente apenas o silêncio veio do encapuzado. — Não seja mal educado, apenas me cumprimente.

— Oi. — O outro disse enfim, numa fala curta e baixa.

— Qual seu nome? — Jimin questionou puxando uma das cadeiras coloridas do local e se sentando próximo ao rapaz de poucas palavras. — Eu me chamo Park Jimin.

— Sou Jungkook. — Respondeu no mesmo tom sussurrado, ainda sem mostrar seu rosto ao mais velho.

— É um prazer lhe conhecer. — Jimin proferiu estendendo sua mão, porém não teve gesto algum vindo do outro. — Vamos, aperte, juro que minhas mãos estão limpas.

O híbrido bufou e se virou minimamente, Jimin viu então o rapaz esticar o braço e deixar sua mão sair de dentro da manga comprida do moletom que usava, o mais velho não pode deixar de notar as unhas grandes e triangulares e a pele extremamente alva, e ao firmar o aperto de mão, Jimin percebeu o quão fria a pele de Jungkook era, mas talvez o jovem apenas estivesse nervoso com sua presença.

— Por que não está junto dos outros? — O Park indagou tentando puxar assunto.

— Eles preferem que eu não esteja por perto quando um visitante vem. — Jeon respondeu ríspido, mas era claro um certo tom de mágoa em sua voz.

— Se quer pegar sol, por que usar um capuz? — O executivo questionou, não querendo entrar naquele assunto ao notar que parecia ser algo que incomodaria o híbrido. 

— Ajuda a ficar mais quente. — Jungkook falou simplesmente.

— Está com tanto frio assim? — Jimin franziu o cenho, afinal mesmo sendo tempo de frio, não estava um dia tão gelado assim.

— Tenho o DNA réptil, o que me faz ter o sangue frio, me adapto a temperatura do ambiente, e como aqui dentro tem ar condicionado e lá fora um sol de inverno que não esquenta, eu tenho que...

— Fazer uma espécie de incubadora com a blusa para manter sua pele aquecida. — Park completou a frase, fazendo Jungkook arregalar os olhos e virar o rosto para o mais velho, que sorriu ao ver seu rosto.

— S-sim, é exatamente isso ... — Jeon proferiu e rapidamente virou o rosto de volta para a janela, constrangido por ter deixado o outro lhe ver.

— Tem olhos bonitos. — Jimin elogiou, ao notar que talvez o híbrido tivesse vergonha de sua aparência, a qual Park considerou encantadora.

— Acha mesmo? — Jeon questionou voltando a olhar para Jimin.

— Sim, Jungkook. — Sorriu mais largo ao ver que estava ganhando a confiança do mais novo. — Quantos anos você tem?

Jungkook sorriu minimamente e começou a responder todas as perguntas que Jimin tinha para si, o Park não queria ser muito invasivo, então apenas questionou sobre coisas básicas, não demorou muito para Jeon sentir confiança no humano loiro de sorriso encantador, tanto ao ponto de retirar o capuz e chegar mais perto de Jimin, realmente feliz por ver alguém tão interessado em saber sobre si sem ser os Jung's.

Ambos conversaram por alguns minutos, e ao fim da tarde, os dois praticamente já estavam se consideram grande amigos, o híbrido exótico com certeza havia ganhado a afeição de Jimin, e o Park tinha que admitir que eles tinham personalidades similares, sem contar que os dois se entendiam bem quando o assunto era "se sentir sozinho", seriam uma ótima companhia um para o outro afinal.

Jungkook estava ansioso para finalmente ir morar em outro lugar, um cantinho que realmente poderia chamar de casa, mas estava com medo também, Jeon sabia o quão sua personalidade era complicada e as manias estranhas que tinha, não queria decepcionar ou assustar o Park, pois Jimin parecia ser um cara legal, Jungkook queria se esforçar para que o executivo não se arrependesse de ter o escolhido.

~♥~

Kookinho só precisa de amor e carinho :'')

até o próximo ^^

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