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.4: Charmander

A manhã chega trazendo consigo uma neblina que contribuí para tornar o clima mais frio e ameno. Nenhum barulho pode ser escutado do lado de fora do celeiro, onde os sobreviventes se preparam pra deixarem o local. Após um início de noite perturbador por conta dos sons grotescos dos errantes e do constante medo deles invadirem o celeiro, o que veio depois foi um silêncio profundo, que só foi quebrado ao amanhecer, com o cantar dos pássaros.

ㅤㅤㅤㅤ— Cara, que frio. Não lembrava de esfriar tanto assim no interior — comenta Jason, esfregando as mãos nos braços e tirando o feno das roupas.

ㅤㅤㅤㅤ— Se você tá achando ruim agora, espera quando começar a nevar. — Kelly checa o pente da sua AA 12 e o encaixa novamente na arma, deixando a arma presa ao seu corpo pela bandoleira.

ㅤㅤㅤㅤ— Por isso que vai ser bom a gente chegar nesse Colonial antes do inverno começar pra valer — conclui Sarah, olhando para a mais nova integrante do grupo. — Tudo pronto aí, Nycolle?

ㅤㅤㅤㅤ— Aham, não tinha muita coisa pra levar aqui.

ㅤㅤㅤㅤ— Beleza. Vamos indo então, espero que a caminhonete ainda esteja atolada naquela estrada. — Kelly caminha até a escada.

ㅤㅤㅤㅤ— Não fala isso nem brincando, pelo amor de Deus. — Jason olha o colega descer e fica próximo da escada.

ㅤㅤㅤㅤOs quatro saem do celeiro e podem ver a grama do campo aberto completamente amassada, pelas centenas de pés mortos que a pisaram no dia anterior. Atentos e armados, Kelly e Jason seguem na frente, enquanto Sarah e Nycolle ficam próximas. O grupo adentra a floresta, fazendo todo o oposto do caminho que pegaram e ao chegarem no barranco onde Sarah caiu, Nycolle o desce para pegar a flecha que havia esquecido na cabeça do errante que matou. Após mais alguns minutos de caminhada, eles finalmente avistam o aclive onde fica a estrada por onde dirigiam e Jason começa a correr para fora da floresta.

ㅤㅤㅤㅤ— Jason, droga! Espera! — Kelly fala baixo e começa a correr atrás do seu companheiro. Sarah e Nycolle também o acompanham, e a mulher de preto parece realmente correr como uma ninja, não mexendo os braços; os mantendo escondidos sob a capa.

ㅤㅤㅤㅤ— Ah, porcaria. — Jason fecha a cara assim que sai da floresta e vê a caminhonete vermelha toda suja com terra e sangue dos canibais que se bateram na lataria. — Aqueles bandos de merda sujaram todo o Demônio Vermelho.

ㅤㅤㅤㅤAssim que escuta a voz masculina, um infectado que estava deitado com a barriga sobre o assento do banco do motorista começa a grunhir e sai de dentro do veículo, olhando na direção dos sobreviventes e caminhando torto até eles.

ㅤㅤㅤㅤ— Não, nem ferrando. — Jason caminha na direção do canibal, segurando sua Mossberg pelo cano, pronto para dar um golpe no morto com a coronha do fuzil.

ㅤㅤㅤㅤO homem de pele flácida não possui couro cabeludo, tendo sido esse arrancado de alguma forma misteriosa. Ele ergue o braço direito na direção de Jason, mas seu movimento é cessado quando uma flecha o atinge no centro da testa, jogando sua cabeça para trás, junto com o resto do corpo.

ㅤㅤㅤㅤ— Ô porra. — Jason se vira e olha Nycolle, com o arco em mãos após ter disparado a flecha. — Eu que devia ter matado. O cara deitou o corpo podre no meu banco… era questão de honra.

ㅤㅤㅤㅤ— Foda-se? — a mulher arqueia a sobrancelha e começa a andar até o veículo.

ㅤㅤㅤㅤ— Bom… pelo menos ninguém o levou — diz Sarah, saindo da floresta logo depois de Kelly e olhando ao redor.

ㅤㅤㅤㅤ— Vamos logo tirar ela desse atoleiro. Me ajuda lá, Jason. — Kelly põe sua escopeta nas costas e começa a andar na direção da picape.

ㅤㅤㅤㅤ— Liga o quatro por quatro e dá certo. Mas ainda é legal ter alguém empurrando — completa o policial

ㅤㅤㅤㅤ— Então anda logo. — Kelly o olha, impaciente.

ㅤㅤㅤㅤ— Tá, tô indo.

ㅤㅤㅤㅤNycolle se mantém parada no meio da pista, com uma UMP apoiada em seus braços, atenta a qualquer movimentação vinda da floresta. O único som que ela escuta vem da base do aclive, onde Sarah faz o motor da caminhonete rugir enquanto as rodas traseiras jogam terra, ainda atoladas. Kelly e Jason empurram o pesado veículo com toda a sua força, enquanto pedras e folhas são jogadas contras as suas pernas. As veias nos braços do bombeiro saltam por baixo da sua pele e se destacam junto dos seus músculos definidos — ele deixou o sobretudo dentro do veículo — enquanto ele grunhe de raiva. O mesmo acontece com Jason, só que em uma proporção bem menor. Após muito esforço, o pneu finalmente sai do buraco onde ficou atolado e Sarah dirige até pôr a Nissan na estrada outra vez.

ㅤㅤㅤㅤ— Porra… isso foi pesado pra caralho… — Jason se apoia nos joelhos, ofegante. As pernas da sua calça estão sujas de lama do joelhos para baixo.

ㅤㅤㅤㅤ— Eu achei levinho — comenta Kelly, relaxando os músculos enquanto caminha até o veículo.

ㅤㅤㅤㅤ— Ah, fala sério… você podia ter levantado o Demônio Vermelho com uma mão e jogar de volta na pista. — Jason o acompanha.

ㅤㅤㅤㅤ— Isso é humanamente impossível.

ㅤㅤㅤㅤ— Só é impossível até alguém fazer, cara.

ㅤㅤㅤㅤOs sobreviventes embarcam na Nissan, sem saberem que não são as únicas pessoas nos arredores. Os observando por um binóculo, um homem com uma grande barba castanha e um lenço azul com desenhos tribais brancos cobrindo sua cabeça, se mantém escondido entre as árvores, mas sobre uma grande pedra que lhe dá visão da pista.

ㅤㅤㅤㅤ— E aí, o que temos? — pergunta outro homem, usando uma jaqueta de couro preta e uma calça jeans azul. Ele traga um cigarro e sopra a fumaça logo em seguida.

ㅤㅤㅤㅤ— Achamos a vadia que matou o Yago e o Lou. Vamos voltar e avisar aos outros. Ela não escapa agora — diz o homem gordo, abaixando o binóculo e pondo um óculos escuro.

***

Jason mantém a velocidade da caminhonete em constantes 50 quilômetros por hora, já que precisa reduzir constantemente para realizar as curvas e passar pelas ladeiras da estrada. Eles tiveram que seguir pela rodovia 176, uma estrada de mão dupla pouco utilizada, pois a interestadual que eles pretendiam seguir está bloqueada por centenas de veículos e infectados. Apesar de ser um caminho alternativo, esse desvio vai adicionar muitas horas de viagem. O grupo segue sua jornada durante o dia inteiro, sem muitos problemas. Kelly e Jason ficam nos bancos da frente, enquanto Nycolle e Sarah ficam nos de trás. Os quatro conversam durante todo o trajeto, enquanto escutam as músicas que Jason tem em seus pendrives. Conforme o sol começa a se pôr, eles conversam sobre passarem a noite na estrada, já que o último posto de gasolina que eles passaram ficou trinta quilômetros para trás.

ㅤㅤㅤㅤEles decidem montar acampamento em um pasto, depois que Jason deixou a rodovia e adentrou em uma estrada de terra. Ao desembarcarem, eles montaram as barracas em torno de uma fogueira acesa por Kelly. O frio da noite chega com força, mas eles se protegem com seus casacos.

ㅤㅤㅤㅤ— Aí, sabe o que combina perfeitamente com isso que estamos fazendo? — pergunta Jason, olhando os demais em volta da fogueira.

ㅤㅤㅤㅤ— Marshmallows? — Kelly se pronuncia, segurando um espeto onde está assando algumas linguiças para o grupo.

ㅤㅤㅤㅤ— É, isso também. Mas sabe o que mais combina ainda?

ㅤㅤㅤㅤ— O seu silêncio. — Nycolle o olha, abraçando os próprios joelhos.

ㅤㅤㅤㅤ— Mais de dez horas conversando dentro do Demônio Vermelho e você ainda não gosta de mim? — Jason o olha, incrédulo.

ㅤㅤㅤㅤ— Não. — ela olha para as chamas.

ㅤㅤㅤㅤ— Bom, eu não a julgo — comenta Sarah.

ㅤㅤㅤㅤ— Tá, tá, vou direto ao ponto. — ele faz uma pausa e se vira, ficando de costas para os demais. — Histórias de terror… — Ele usa uma voz grave enquanto se vira, iluminando seu rosto de baixo para cima com uma lanterna.

ㅤㅤㅤㅤOs três ficam em silêncio por um instante, e Sarah é a primeira a rir, debochando do policial.

ㅤㅤㅤㅤ— Você sabe histórias de terror?

ㅤㅤㅤㅤ— Ué, tá desconfiando?

ㅤㅤㅤㅤ— Não, só acho difícil vindo de você.

ㅤㅤㅤㅤ— Ela tá certa — Kelly complementa. Você faz mais o jeito de quem conta história de humor pastelão.

ㅤㅤㅤㅤ— Vocês não me respeitam mesmo, ein? Vou contar a melhor história de terror que vocês já ouviram na vida. — Jason abre um sorriso de animação.

ㅤㅤㅤㅤ— Beleza, então manda aí — pede Sarah.

ㅤㅤㅤㅤ— Ok. — ele coça a garganta e suspira, ainda iluminando o próprio rosto com a lanterna. — O ano era mil novecentos e oitenta… um grupo de adolescentes vai passar o versão em um acampamento, mas o local esconde uma terrível maldição. Nas profundezas das suas águas, habita o cruel--

ㅤㅤㅤㅤ— Espera, espera. — Nycolle o interrompe. — Você tá contando a história do Sexta-Feira Treze?

ㅤㅤㅤㅤ— Não é a melhor história de terror que vocês já ouviram?

ㅤㅤㅤㅤ— Puta que pariu… achei que você ia contar uma história descente. — Sarah balança a cabeça negativamente.

ㅤㅤㅤㅤ— E o filme nem é tão bom assim. Eu prefiro Jogos Mortais. — Kelly afasta o espeto do forno e começa a se servir.

ㅤㅤㅤㅤ— Quê?! Sério? — Jason fala com indignação. — Jogos Mortais nem é terror, é mais um suspense bem elaborado. A única cena que dá um susto é quando um maluco fantasiado de porco sequestra um cara.

ㅤㅤㅤㅤ— Eu gosto.

ㅤㅤㅤㅤ— Tá bem… e você, tem alguma história de terror, Ny? — Sarah olha Nycolle.

ㅤㅤㅤㅤ— Ny? — pergunta Jason.

ㅤㅤㅤㅤ— Também não entendi — comenta a mulher.

ㅤㅤㅤㅤ— Acho que é um apelido — diz Kelly, depois de mastigar sua comida.

ㅤㅤㅤㅤ— Sim, é um apelido. Acho que combina com ela. “Ny”. Fora que é mais fácil de pronunciar também. Nada contra seu nome, ok? E se não quiser, eu não chamo.

ㅤㅤㅤㅤ— Não… eu até que gostei. Ny… — ela fica olhando o fogo.

ㅤㅤㅤㅤ— Bom, Ny, tem alguma história de terror pra contar? Duvido que seja melhor que a minha. — Jason desafia.

ㅤㅤㅤㅤNycolle fica em silêncio, ainda observando as chamas. A mulher então afasta o cabelo para trás da orelha direita, suspirando.

ㅤㅤㅤㅤ— Eu só tenho uma história, mas não é de terror. É de uma menininha que tudo o que ela mais queria na vida era ser vista pelo pai. A família dessa criança morava junta, mas o velho pai dela a rejeitava apenas por ter nascido menina. Ele nem a chamava pelo nome… sentir a ausência de uma pessoa, mesmo com ela estando na sua frente é o pior tipo de carência. Por ter crescido sem a presença de um pai, a criança, já adolescente nunca conseguiu lidar bem com as coisas, pois imaginava ser invisível aos olhos das outras pessoas e, por isso, queria sempre ser notada... de qualquer maneira. E seu desejo se tornou também a sua maior maldição… garotos usavam isso para se aproximar dela, mas apenas para conseguir coisas. Depois disso, eles agiam igual ao seu pai, fingindo que ela não existia ou a tratando mal… — Nycolle aperta as mãos em seus cotovelos. — Já adulta, ela decidiu que nunca mais iria deixar ninguém fazer pouco dela. Iria fazer a vontade daquele que ela chamava de pai: sumir. Pegou suas coisas e saiu de casa, vivendo como podia. Ela era assediada nas ruas, assim como toda mulher que é avistada por babacas imundos. Mas ela não se abatia… — Ny fica em um silêncio duradouro. Os outros três ficam atentos, esperando pacientemente por ela dizer mais alguma coisa.

ㅤㅤㅤㅤ— O que ela fazia? — pergunta Sarah.

ㅤㅤㅤㅤ— Ela os matava. — sua voz sai seca. — Lhes arrancava o pinto, pisava em suas virilhas… fazia eles sentirem a mesma dor que as mulheres que não podiam se defender sentiam.

ㅤㅤㅤㅤ— Então no fim, ela virou uma justiceira? Estilo Doce Vingança? — indaga Jason.

ㅤㅤㅤㅤ— Não. Ela é uma pessoa ruim, cresceu sendo chamada disso e depois abraçou o seu destino. Ela não liga pra nada e nem ninguém… — a mulher finalmente olha para o policial

ㅤㅤㅤㅤ— Ah… uau. Sua história é bem… interessante. Embora não seja tão terror assim. — O policial abaixa a cabeça, sem saber o que dizer.

ㅤㅤㅤㅤ— Eu disse que tinha uma história e que ela não era de terror.

ㅤㅤㅤㅤ— Eu gostei. Senti pena da garotinha no começo, mas é bom ver que ela deu a volta por cima. — Fala Sarah, sorrindo para a outra mulher.

ㅤㅤㅤㅤKelly fica em silêncio, apenas observando Nycolle. Sua testa está franzida e ele engole em seco, desconfiando de muitas coisas sobre a nova integrante do grupo, mas sua atenção logo é atraída pela voz de Jason:

ㅤㅤㅤㅤ— Cara, por que você trouxe isso? — ele exibe o desodorante vermelho que tirou de uma das bolsas do grupo.

ㅤㅤㅤㅤ— Pra que serve um desodorante, Jason? — Kelly o olha.

ㅤㅤㅤㅤ— Eu sei, mas sei lá… acho meio estranho trazer isso.

ㅤㅤㅤㅤ— Olha--

ㅤㅤㅤㅤUm barulho vindo da floresta atrás deles faz o quarteto se levantar prontamente, ouvindo o que parece ser o som de galhos se quebrando e grama sendo pisada, ficando cada vez mais alto.

ㅤㅤㅤㅤ— Infectado? — pergunta Sarah, levando a mão direita até seu coldre.

ㅤㅤㅤㅤ— Não gracinha… eu também vim contar uma história de terror — diz um homem gordo e barbudo, saindo da floresta e armado com uma Micro Uzi, apontada para eles. — É a história da vadia que roubou minha galera e matou dois dos meus. E agora vou mostrar como ela vai se foder por isso.

***

O homem com aparência de motoqueiro se aproxima da fogueira onde os quatro sobreviventes estão, mantendo sua submetralhadora mirada. Junto dele, mais quatro pessoas com os mesmos trajes surgem da escuridão, todos armados com pistolas e escopetas, engatilhando as armas e mantendo os sobreviventes em suas miras. Assim que vê Ny, o aparente líder da equipe mira sua arma nela:

ㅤㅤㅤㅤ— Pra trás, agora — ordena o homem.

De imediato, Sarah pega no ombro de Nycolle e as duas recuam, se afastando da fogueira. Kelly e Jason fazem o mesmo.

ㅤㅤㅤㅤ— O que você quer? — indaga o bombeiro.

ㅤㅤㅤㅤ— Que você não abra a boca. Macacos não falam, só comem bananas.

ㅤㅤㅤㅤ— Como é que é?? — Kelly se enfurece e dá um passo na frente, mas Jason fica na sua frente, no mesmo instante em que o desconhecido mira a Uzi neles.

ㅤㅤㅤㅤ— Ou, ou! Calma aí, grandão. Não precisamos de violência agora.

ㅤㅤㅤㅤ— Melhor escutar seu amigo aí. Ele é superior. — o motoqueiro ri, olhando Kelly.

ㅤㅤㅤㅤ— Escuta aqui, por mais que goste de me digam isso, o contexto que você tá usando é completamente idiota. — Jason olha o barbudo.

ㅤㅤㅤㅤ— Apenas digam logo o que querem, porra! — Sarah olha cada um dos cinco.

ㅤㅤㅤㅤ— É simples, a chapeuzinho preto aí do seu lado roubou a gente e fez o Sete Cavalheiros da Estrada virarem cinco. — ele aponta para Nycolle com o queixo. — E nós queremos vingança.

ㅤㅤㅤㅤ— Então podem pegar uma parte da nossa comida. Não precisamos de uma briga aqui. — Romero abre os braços, pedindo calma.

ㅤㅤㅤㅤ— Não precisamos?! A maluca aí matou dois dos meus e você quer nos dar comida em troca? E os dois que ela matou? Vai me dar o chocolate e o leite ali pra que a gente os mate?

ㅤㅤㅤㅤ— Eu já tô perdendo a paciência, seu filho da puta! — Kelly aperta os punhos e está com tanta raiva, que as veias na sua testa começam a saltar e ficar destacadas.

ㅤㅤㅤㅤ— E daí, porra? Nós que estamos no controle aqui! Cinco contra quatro, somos a maioria.

ㅤㅤㅤㅤ— Espera um instante! — Jason encara o barbudo, sorrindo. — Vocês não estão em maioria aqui.

ㅤㅤㅤㅤ— Como é?

ㅤㅤㅤㅤLogo em seguida, os motoqueiros começam a olhar ao redor e se dispersar, com as armas empunhadas. Sarah olha seu amigo com uma feição como se estivesse perguntando “que porra você tá fazendo?” e Kelly fica imóvel, também sem entender. Nycolle mantém seu olhar fixo no barbudo, que encara Jason.

ㅤㅤㅤㅤ— Isso é alguma piada? — ele franze o cenho.

ㅤㅤㅤㅤ— Não, meu amigo Cavalheiro da Estrada. Nós também estamos em cinco. — Jason ergue as mãos na altura do tórax e caminha devagar, parando do outro lado da fogueira e de frente. — Só que o nosso quinto membro não é um homem. E nem uma mulher.

ㅤㅤㅤㅤ— Então que tal se eu te matar agora? Aí meu pessoal fica em maior número. — O barbudo sorri.

ㅤㅤㅤㅤ— Ah, não faz isso. Aí você não vai conhecer o meu Pokémon. — Jason segue sorrindo.

ㅤㅤㅤㅤ— O quê? — Além do barbudo, Kelly e Sarah também olham o policial, mas preocupados com o que ele está planejando.

ㅤㅤㅤㅤ— Pera aí, é que ele tá na pokébola. — ele leva a mão direita até o bolso de trás da sua calça. — VAI CHARMANDER!!!!

ㅤㅤㅤㅤApós gritar e assustar a todos, Jason puxa o desodorante que havia guardado consigo e o borrifa na direção da fogueira, criando uma enorme labareda contra o barbudo, que se joga no gramado enquanto as chamas rodeiam seu corpo. Os outros motoqueiros erguem suas armas, mas tanto Kelly quanto Sarah já havia sido mais ágeis e disparam rapidamente contras as pernas dos seus oponentes, que mesmo atirando algumas vezes, são prontamente atingidos e caem na grama.

ㅤㅤㅤㅤ— Tirem as armas deles, pessoal! Agora. — sob os gritos do barbudo ainda em chamas, Jason dá a ordem e saca sua Colt 1911, indo até os outros caídos.

ㅤㅤㅤㅤ— Seus malucos! — um homem magro e com um rabo de cavalo amarrando seu cabelo preto se levanta, mesmo ferido com um tiro na coxa e começa a correr na direção da floresta.

ㅤㅤㅤㅤ— Atenção! Temos um fugitivo! — Jason mira sua pistola, mas, assim como mais cedo, seu alvo é atingido por uma flecha.

ㅤㅤㅤㅤDessa vez, o virote atinge o joelho do fugitivo, o atravessando e fazendo-o uivar de dor e cair novamente na grama fria. Ao olhar para trás, ele vê Nycolle pondo seu arco sobre uma bolsa.

ㅤㅤㅤㅤ— Porra, vai roubar todos os meus pontos mesmo?

ㅤㅤㅤㅤA mulher não responde. Ela apenas caminha na direção de Jason, com uma feição séria e saca um revólver Taurus preto, que estava em um coldre na sua perna — ambos dados por Sarah — e o mira na direção do barbudo que já parou de se debater na grama e seu corpo exala fumaça. Parando perto do cadáver, ela aperta o gatilho e dispara uma única vez na sua cabeça.

ㅤㅤㅤㅤOs outros três sobreviventes apenas assistem atônitos a mulher de capa preta mirar o revólver na direção de cada um dos outros motoqueiros e disparar contra eles também. O primeiro é atingido na maçã direita do rosto; o segundo na mandíbula e o último tem o topo da sua cabeça dilacerado pelo disparo.

ㅤㅤㅤㅤ— Porra… você é sangue frio mesmo… mas faltou um. — Jason aponta na direção do homem que Nycolle acertou com a flecha no joelho. — E ele é meu.

ㅤㅤㅤㅤ— Encosta naquele cara e o que faria com ele, eu faço em você. — Nycolle o fuzila com o olhar, fazendo a espinha do homem se arrepiar.

ㅤㅤㅤㅤSarah e Kelly ficam surpresos, mas imóveis com as atitudes da mulher. Ela guarda seu revólver novamente no coldre e caminha até a caminhonete, segurando o cabo do machado do bombeiro, que estava preso em uma tora de madeira. Após o puxar sem muita dificuldade, Nycolle caminha decidida até o último dos motoqueiros. Ninguém fala ou faz nada, além de assistir.

ㅤㅤㅤㅤ— Não, não… me deixa em paz. Eu juro que vocês nunca mais vão me ver se me deixarem ir. — o homem se arrasta com a barriga na grama, tentando fugir da mulher.

ㅤㅤㅤㅤNycolle alcança o motoqueiro e pisa com força bem perto de onde a flecha, arrancando um forte grito de dor por parte do homem, que só aumenta quando ela puxa a flecha violentamente.

ㅤㅤㅤㅤ— Do meu jeito, nos também nunca mais vamos te ver. — ela usa a ponta afiada do machado para puxar o braço esquerdo do homem e o virar, deixando-o cara-a-cara consigo.

ㅤㅤㅤㅤ— Me deixa em paz… não, espera, o que você vai fazer?? — ele vê a mulher erguer o machado para o alto com as duas mãos. O vento balança sua capa preta e a escuridão não o deixa ver um sorriso sádico estampado no rosto da sua atacante, antes dela descer o machado e acertar a lâmina do mesmo em suas genitálias, afundando-a até atingir o solo.

ㅤㅤㅤㅤJason e Kelly sentem o golpe como se tivesse sido dado neles e, assim como Sarah, continuam observando, incrédulos, Nycolle puxar a ferramenta enquanto o motoqueiro grita de maneira estridente e agonizante, enquanto bastante sangue jorra da sua virilha partida.

ㅤㅤㅤㅤ— Agora... cale a boca. — a mulher gira o machado na mão e o ergue novamente, agora golpeando o rosto do motoqueiro, acertando a ponta afiada em cheio na maçã do seu rosto, arrancando a sua mandíbula, dentes, língua e fazendo um outro rio de sangue jorrar. O homem cai ainda se debatendo, mas sem chance alguma de sobreviver.

ㅤㅤㅤㅤO estômago de Sarah se revira conforme ela escuta os sons dos sucessivos golpes que Nycolle dá no cadáver do motoqueiro. Cada baque molhado faz sangue voar para o alto e a carne do seu corpo ser ainda mais dilacerada. Após cerca de um minuto de machadadas, Ny solta a arma sobre a grama, ofegante.

ㅤㅤㅤㅤ— Nycolle, você--

ㅤㅤㅤㅤ— Não me chama mais disso. — Após interromper Sarah, ela se vira para os três, com suas roupas e rosto sujos de sangue e uma feição séria. — A partir de agora, eu sou apenas a Ny.

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