35. O APELO DO MINISTRO
CAPÍTULO TRINTA E CINCO
❛ o apelo do ministro ❜
— VOCÊ ESTÁ FELIZ, AMOR. — Aberforth comentou com um sorriso no rosto. Ariana assentiu com o mesmo sorriso no rosto. Faltavam alguns dias para a escola começar, e Deanna decidiu visitar sua tia e seu tio depois de receber uma carta de sua namorada, sim, sua namorada. Ela contou a eles tudo o que tinha acontecido nos últimos meses, e, claro, eles ficaram extremamente felizes quando souberam que ela e Hermione estavam finalmente juntas.
Embora tanto Aberforth quanto Ariana estivessem preocupados quando ouviram sobre seus encontros com Voldemort e a luta com Dumbledore, eles fingiram não saber de nada e apenas ouviram sua história.
— Eu sou, tio Ab. — Deanna sorriu para os dois. — E eu estou completa porque tenho vocês dois. — ela abraçou os dois com força, fazendo Ariana e Aberforth se olharem com olhos marejados antes de Aberforth abraçar as duas com a mesma força.
Eles nunca se sentiram tão enfurecidos com cada divindade lá em cima. Por que eles tiveram que escolher Deanna de todas as pessoas? Por que ela teve que ser a herdeira das fênix? Eles sabiam que nenhum deles poderia fazer nada, mas ainda tinham esperança. Esperança de que de alguma forma a profecia não fosse verdadeira.
A porta se abriu de repente, separando os três Dumbledores. Um homem alto e desconhecido, de casaco, entrou. Ele olhou ao redor e, quando seus olhos caíram sobre Deanna, ele começou a caminhar em sua direção.
— Ordem? — Aberforth perguntou a ele.
— Meu nome é Rufus Scrimgeour, o Ministro da Magia. — Rufus Scrimgeour estendeu a mão.
Deanna ficou confusa sobre o porquê de ele estar ali, mas mesmo assim apertou sua mão. — Deanna Dumbledore, prazer. O que te traz aqui?
— Ah, você se importa se conversarmos a sós? — Scrimgeour estava olhando para Aberforth e Ariana cautelosamente. Deanna olhou para ele por um momento antes de assentir e levá-lo para um dos cantos do bar.
— Então, o que o traz aqui, senhor?
— Eu queria conhecê-la há muito tempo, Srta. Dumbledore, mas seu pai tem bloqueado todas as oportunidades de nos encontrarmos.
— Sério? — Deanna ficou um pouco surpresa com isso. Por que Dumbledore a impediria de encontrá-lo? Ele era um Comensal da Morte ou sabia de alguma coisa? Seja qual for o motivo, Deanna estava em guarda. Se seu pai não confiava nele, era por um bom motivo. — E por que isso?
— Eu só queria fazer algumas perguntas. — Scrimgeour olhou para ela como se quisesse saber algo, e Deanna encontrou seus olhos, deixando-o saber que ela não iria lhe contar nada. — Como você sabe, rumores têm circulado desde seu retorno.
Deanna resistiu à vontade de revirar os olhos. Ela sabia agora por que ele estava ali. Assim como as outras cartas que ela havia recebido de tantas pessoas, ele só queria saber sobre isso.
— E eu me pergunto se você e seu pai discutiram esse assunto específico?
— Sim, temos.
Scrimgeour parecia pensar que finalmente estava recebendo uma resposta, porque não conseguia esconder o tom de curiosidade em sua voz. — E o que vocês discutiram?
— O que eu e meu pai discutimos é entre nós, Ministro. — Deanna falou em um tom frio. Um tom frio que enviou arrepios pelo corpo de Scrimgeour. Um tom que lhe disse para não fazer mais perguntas porque ele não obteria nenhuma resposta dela. — Eu não sabia que o trabalho de ser Ministro da Magia incluía bisbilhotar as conversas de um pai e uma filha.
— Senhorita Dumbledore! — Scrimgeour disse com raiva. — Este é um assunto sério. Tempos sombrios estão chegando..
— Tempos sombrios estão chegando, senhor, mas certamente você pode fazer seu trabalho como Ministro sem saber sobre nossas conversas? — Deanna levantou uma sobrancelha para ele, desafiando-o a desafiá-la.
Scrimgeour parecia que poderia gritar com ela, mas respirou fundo antes de falar novamente. — Não precisamos brigar, Srta. Dumbledore. O que precisamos agora é cooperação. Se você se unir ao Ministério, seremos capazes de derrotá-lo.
Deanna soltou um escárnio com isso. — Você espera que eu me una a você? Você sabe que eu não concordo com o que você tem feito. Mantendo Dolores Umbridge, prendendo pessoas inocentes, encobrindo mortes. Você está dando ao Mundo Mágico uma falsa sensação de segurança. Tudo o que está acontecendo está fazendo o alarme e o medo aumentarem mais e mais a cada dia, e o que você tem feito? Quando você vai cumprir seu dever como Ministro da Magia?
— Senhorita Dumbledore! — Scrimgeour se levantou, batendo as mãos na mesa com raiva. — Você está indo longe demais. Você e seu pai...
— Não importa o que aconteça, eu não vou ficar com você. Não nesses tempos. — Deanna também se levantou, olhando ferozmente para ele. — Meu pai estava certo em não nos deixar nos encontrar. Você é tão ruim quanto Fudge era, e você vai perder essa guerra contra Voldemort se não abrir os olhos e fizer algo certo.
O rosto de Scrimgeour agora estava vermelho de raiva e constrangimento, e ele estava prestes a dizer algo quando Aberforth apareceu atrás dele. — Acho que é hora de você ir embora, senhor. A loja está fechada agora.
Scrimgeour abriu a boca e fechou-a novamente. Então, ele zombou e olhou feio para Deanna. — Não se arrependa da sua decisão, Dumbledore. Quando chegar a hora, você vai desejar ter se juntado a nós agora.
— Não estou me arrependendo agora, acho que nunca vou me arrepender. — Deanna disse agradavelmente, sorrindo amplamente para Scrimgeour que parecia ter o suficiente. Ele se virou e saiu do bar, batendo a porta enquanto saía.
— Você está bem, Dee? — Ariana perguntou preocupada de seu retrato.
— Acho que eu deveria ter dito mais. — Deanna murmurou, fazendo Aberforth e Ariana rirem. Deanna começou a rir junto com eles, sentindo-se bem com o que tinha acabado de fazer. Ela nunca se juntaria ao Ministério se eles não estivessem fazendo seu trabalho corretamente. Ela lutaria e ficaria com seu pai até o fim.
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Finalmente, a escola havia recomeçado. Deanna respirou fundo enquanto esperava do lado de fora do Grande Salão. Seus amigos, até mesmo os fantasmas e elfos domésticos, expressaram sua felicidade por ela, e ela até recebeu uma carta de Hannah durante as férias. Agora, ela estava apenas esperando por uma garota, e ela não sabia por que seu coração estava batendo tão rápido como se ela fosse alguém que estava prestes a convidar alguém para sair.
De repente, alguém colocou as mãos sobre os olhos de Deanna, fazendo a texuga pular. Ela estava prestes a bater na pessoa, mas um sorriso suave surgiu em seu rosto quando viu quem era.
— Mione. — Deanna sorriu e a abraçou forte, mas imediatamente a soltou quando viu que havia pessoas ao redor delas.
— Ei, querida. — Hermione riu do rubor no rosto de Deanna e segurou sua mão. — Sentiu minha falta?
— C-claro que sim. — Deanna murmurou e sorriu para suas mãos entrelaçadas. — Continuei sonhando com você.
Hermione sentiu seu coração aquecer com o quão adorável sua namorada era, e ela não conseguiu evitar dar um beijo na bochecha de Deanna. Os olhos de Deanna se arregalaram e ela colocou sua mão livre no local que os lábios de Hermione tinham acabado de tocar. Suas bochechas ficaram ainda mais vermelhas do que já estavam.
— Minha namorada é tão adorável e tímida. — Hermione riu quando as bochechas de Deanna ficaram ainda mais escuras, e a menina deu um tapa nela de brincadeira. — Agora, vamos, tenho certeza que você está com fome, certo?
— Eu não preciso comer. Só de estar com você me deixa cheia. — Deanna murmurou baixinho, mas Hermione tinha ouvido. Ela corou com aquele comentário repentino e cutucou Deanna levemente.
— Sua texuga cafona.
— Sua texugo cafona. — Deanna piscou para ela e puxou a mão de Hermione, finalmente levando-a para o Salão Principal, onde todos os olhos caíram sobre elas.
Deanna cobriu o rosto de Hermione com a mão e começou a levá-la para a mesa da Grifinória. Hermione estava confusa com o que estava fazendo. — O que você está fazendo?
— Garantindo que ninguém mais se apaixone pela sua beleza. — o comentário de Deanna fez Hermione corar mais uma vez e ela continuou batendo em Deanna enquanto elas se sentavam à mesa da Grifinória com suas amigas.
— Eu sabia. Você realmente é uma texuga cafona e turbulenta. — Hermione sussurrou para ela, fazendo as duas garotas rirem. Deanna era a Texuga Barulhenta de fato, mas ela era uma Texuga Cafona apenas para Hermione Granger, e Hermione amava isso. Deanna não precisava cobrir o rosto porque mesmo que milhares de pessoas se apaixonassem por ela, ela ainda escolheria Deanna no final do dia.
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