05. A CORAGEM DE DEIXAR IR
CAPÍTULO CINCO
❛ a coragem de deixar ir ❜
DEPOIS DE PAGAR por sua varinha, Dumbledore mostrou a Deanna os aposentos do diretor, onde havia dois quartos, um para cada um deles. Depois de desejar boa noite ao pai, Deanna sentou-se na cama e sorriu enquanto segurava o bebê Fawkes em sua mão. — Isso é incrível, Fawkes. Estou realmente de volta.
Fawkes soltou um pequeno grito em resposta. — Realmente não há lugar como Hogwarts. — Deanna disse antes de colocar Fawkes ao lado dela e beijar o topo da cabeça da fênix. — Boa noite, Fawkes.
No dia seguinte, Deanna acordou cedo porque visitaria os túmulos de seus amigos. Dumbledore disse a ela enquanto se preparavam que seus túmulos ficavam no pátio de St. Jerome em Godric's Hollow. Deanna sabia que Godric's Hollow significava muito para seu pai. Foi aqui que sua avó Kendra e tia Ariana, de quem ela recebeu o nome, morreram. E foi aqui que ele se separou do único que ele amou, Gellert Grindelwald. Claro, Deanna sabia tudo sobre ele. Essa era a promessa entre os dois Dumbledores. Sem segredos.
— Você está pronta, Deanna? — Dumbledore disse e estendeu o braço.
— Sim, Pops. — disse Deanna antes de pegar sua mão, e em uma fração de segundo, eles aparataram para Godric's Hollow. Dumbledore a guiou através dos túmulos e eles pararam no meio, onde havia três túmulos.
ARIANA DUMBLEDORE
1885 – 1899
De uma simples faísca pode surgir uma chama poderosa.
PERCIVAL DUMBLEDORE
1860 – 1891
Você não pode amar algo sem querer lutar por isso.
KENDRA DUMBLEDORE
1851 – 1899
O amor mais puro encontrado estava em seus olhos.
Onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração.
Deanna passou um braço em volta da cintura do pai e deixou suas lágrimas caírem. — E-eu posso nunca tê-los conhecido, Pops. Mas tenho certeza de que eles estão lá em cima, cuidando de nós.
— Eles com certeza estão, Deanna. — disse Dumbledore em lágrimas. — E eles amam você.
Deanna enxugou as lágrimas e sorriu para ele. — Eu também os amo, papai. E eu amo você.
— Eu também te amo, minha pequena fênix. — Dumbledore disse e abraçou sua filha com um braço. — Você gostaria de alguns momentos sozinha?
Deanna assentiu e Dumbledore começou a dizer a ela para onde ir. — Aries, Lorraine e Dallas estão logo ali. — ele apontou para os túmulos alguns metros atrás deles. — Basta andar mais um pouco e você verá Ignatius, Thaddeus, Magnus, Elladora e Lucretia, Septimus e Cedrella. Receio que só eles estejam aqui, e não sei onde seus outros amigos estão.
— Isso é mais do que suficiente, Pops. Obrigada. — disse Deanna e apertou a mão dele antes de caminhar até os túmulos de Aries, Lorraine e Dallas. Ela se agachou e acariciou seus túmulos.
ARIES SOLIS
19 de fevereiro de 1928 – 4 de julho de 1977
Ele amava as estrelas com tanto carinho que não tinha medo da noite.
LORRAINE JUSTICE
12 de março de 1928 – 4 de julho de 1977
Sabedoria incomensurável é o maior tesouro do homem.
DALLAS RIVER
12 de julho de 1928 – 4 de julho de 1977
Ambição é o caminho para o sucesso. Persistência é o veículo em que você chega.
Eles eram irmãos e irmãs de armas. Eles lutaram juntos, morreram juntos e agora dormem juntos, lado a lado.
— Foi um ataque. Eles eram membros da Ordem, e lutaram com tudo que tinham. — disse Dumbledore de onde ele ainda estava de pé em frente aos túmulos dos Dumbledores. — Eles estavam comemorando seu aniversário e os Comensais da Morte descobriram sobre isso.
— Vocês três, vocês deveriam ter esperado eu voltar antes de comemorar. — Deanna enxugou as lágrimas que caíram e limpou a garganta. — Eu sei que vocês três sabem que estou bem. Que não estou morta e estou bem aqui. Eu amo todos vocês, e sei que vocês estão me observando a cada passo do caminho. Então não vão, tudo bem? — Deanna se levantou e beijou o topo da lápide. Ela deu a eles um último sorriso antes de ir para os túmulos de Ignatius, Thaddeus, Magnus, Elladora, Lucretia, Septimus e Cedrella.
IGNATIUS PREWETT
3 de maio de 1926 – 3 de setembro de 1979
THADDEUS PREWETT
3 de maio de 1926 – 21 de novembro de 1979
MAGNUS EDWARDS
12 de janeiro de 1926 – 3 de setembro de 1979
ELLADORA PREWETT
4 de agosto de 1926 – 21 de novembro de 1979
LUCRETIA PREWETT
12 de junho de 1926 – 3 de setembro de 1979
Eles eram amigos e tinham famílias, e se tornaram amigos que eram famílias.
SEPTIMUS WEASLEY
13 de outubro de 1922 – 16 de janeiro de 1973
CEDRELLA WEASLEY
4 de dezembro de 1922 – 16 de janeiro de 1973
O amor não faz o mundo girar. O amor é o que faz a viagem valer a pena.
— Eles também eram membros da Ordem. — disse Dumbledore, sentando-se ao lado de Deanna. — Os Prewetts e Magnus morreram devido à varíola de dragão. Septimus e Cedrella morreram por causa de um ataque. Bellatrix Black, agora Lestrange, os matou. Ela parecia ter ódio de Cedrella, que foi renegada.
Deanna apenas assentiu e olhou para os túmulos antes de passar a mão sobre eles. — Eles eram todos lutadores, Pops. Eu sabia que eles nunca desistiriam. Eles eram Grifinórios, Sonserinos e Corvinais, mas todos eles estavam lutando pelo bem maior. Cada um deles amava, acreditava e lutava, e eu não poderia estar mais orgulhosa de dizer que eles eram meus amigos.
— Bem dito, amor. — disse Dumbledore, abraçando-a com força. — E eles estão orgulhosos de você tanto quanto você está orgulhosa deles. Assim como eu. Estou orgulhoso de você, minha pequena fênix. E eu te amo, eles te amam, todos nós te amamos.
Deanna deixou suas lágrimas caírem e enterrou seu rosto no peito do pai. — Eu também te amo, papai. Eu te amo.
Cada memória de cinquenta anos atrás ainda estava fresca na mente da Lufa-Lufa como se tivesse acontecido ontem. Ela guardaria essas memórias para sempre, enquanto fazia novas com seus novos amigos e professores. Eles estavam lá em cima, cuidando dela juntos, e Deanna os deixaria orgulhosos.
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— Você a perdeu de novo? E onde ela está agora? — a voz fria de Voldemort disse enquanto ele olhava para seus Comensais da Morte que estavam diante dele.
— Ela escapou, meu Senhor. — disse Lucius Malfoy. — E não sabemos para onde...
— Crucius!
Deanna acordou, ofegante e com dor percorrendo seu corpo. Fawkes olhou para ela curiosamente. Deanna acariciou suas penas recém-crescidas e soltou um suspiro trêmulo. — Estou bem, Fawkes, bem. — ela se levantou e começou a se preparar para o dia.
Os dias desde a visita a Godric's Hollow passaram com Deanna se aproximando dos Professores. Bem, ela estava trabalhando em Snape, que parecia decidido a não ficar perto de Deanna, mas Deanna o viu sorrir algumas vezes. Ela também passou um tempo com o pai quando ele não estava ocupado e até viu Moody, que a visitou uma ou duas vezes.
Faltavam dois dias para o novo ano letivo em Hogwarts começar e Deanna retomar seu quinto ano. Naquele dia, Dumbledore estava fora para uma reunião, então Deanna vagou pelo castelo sozinha, tentando se livrar do pesadelo que teve naquela manhã. Ela estava marcada para o almoço com Pomona, Minerva e os outros professores, então ela pensou que poderia usar o tempo sozinha.
— Oh, não. — disse Deanna. — Onde fica o maldito banheiro? — ela olhou em volta e percebeu que estava no segundo andar. Ela se lembrou de que havia um banheiro lá e começou a correr porque sua bexiga estava prestes a estourar. Os olhos de Deanna brilharam quando ela viu o banheiro e ela abriu a porta, mas quando ela entrou, memórias vieram à sua mente. O corpo morto de Myrtle. Tom em pé sobre ela. O basilisco.
— M-Myrtle. — Deanna disse, com lágrimas nos olhos.
— Alguém chamou? — uma voz sombria disse. A respiração de Deanna engatou. Ela conhecia aquela voz. Ela andou mais fundo no banheiro e ficou cara a cara com um fantasma usando óculos.
— Deanna? — a fantasma murmurou.
— Myrtle. — Deanna disse e tentou abraçar o fantasma, mas seus braços apenas passaram. Ela franziu a testa e deixou suas lágrimas caírem. — Myrtle, me desculpe. Eu realmente tentei...
— Oh, D-Deanna. — disse Myrtle, chorando também. — Você não tem nada pelo que se desculpar. Eu deveria estar agradecendo por sempre me defender, Dee. Seja para os Blacks ou para Olive Hornby.
As duas amigas sentaram-se juntas, chorando, pedindo desculpas e agradecendo uma à outra por tudo. Quando elas se acalmaram, Deanna contou a Myrtle tudo o que tinha acontecido com ela. Myrtle se sentiu mal pelo que a Lufa-Lufa tinha passado e começou a chorar novamente. Deanna apenas riu e confortou sua amiga, como nos velhos tempos. Deanna estava sempre lá para ela chorar enquanto Myrtle estava sempre lá para acalmar Deanna.
Myrtle se acalmou depois de mais alguns minutos e então contou a Deanna sobre como ela assombrou Olive Hornby até ela morrer. Deanna riu alto disso. Era bem típico dela fazer isso, e embora fosse bem cruel, sabia que Olive merecia um pouco disso. Talvez não até ela morrer, mas provavelmente um ano teria sido o suficiente. Myrtle contou a ela também sobre os anos que ela passou como uma Fantasma de Hogwarts.
— Oh, Myrtle, sua safada...
— DEANNA DUMBLEDORE! COMO VOCÊ NÃO NOS PROCUROU DEPOIS DE ESTAR AQUI POR SEIS DIAS? — o Frei Gordo chegou voando com Sir Nicholas, o Barão Sangrento, a Dama Cinzenta e Pirraça.
Deanna sorriu para todos eles. — É ótimo ver todos vocês, querido Frei, Sir Nicholas, Helena e o velho e querido Pirraça! Alexander, você também está aqui? — o Barão Sangrento apenas resmungou e revirou os olhos, mas os cantos de seus lábios se curvaram levemente.
— Pirraça também sentiu sua falta, Demolidora Deanna. — disse Pirraça, voando até ela e a abraçando. Deanna riu e o abraçou de volta.
— Lembre-se, Pirraça. — disse Helena, sorrindo para Deanna. — Ela era famosa por ser a Texugo Barulhento.
— A Lufa-Lufa Cabeça Quente? — disse o Frei Gordo.
Deanna revirou os olhos para eles. — Eu também era conhecida como a Ariana Angelical.
— No seu primeiro mês. — os fantasmas e Pirraça disseram em uníssono antes de todos caírem na gargalhada, exceto o Barão, que se contentou com uma risada irônica.
— Ouvimos a história dos retratos. — disse Sir Nicholas. — Oh, eu nunca gostei realmente daquele garoto Riddle.
Deanna notou pelo canto dos olhos que o sorriso de Helena sumiu do rosto. — Oh, não vamos falar sobre isso, por favor. Vá em frente, me conte tudo sobre como você tem passado.
Os Fantasmas da Casa, Myrtle e Pirraça, então contaram a Deanna histórias engraçadas que tiveram ao longo dos anos, e ela se sentiu feliz por ter seus velhos amigos, que não mudaram nada, diferentemente do resto do mundo. Diferentemente de Pomona, seu pai, Tom e todos os outros. Ela ainda tinha os Fantasmas de Hogwarts, e isso fez o peso no peito de Deanna aliviar um pouco.
Todos começaram a rir quando Pirraça terminou sua história sobre a brincadeira com os gêmeos Weasley. A porta se abriu de repente, e suas risadas cessaram. Minerva entrou correndo. — Oh, Deanna, você está aqui.
Os olhos de Deanna se arregalaram quando Minerva a puxou para um abraço repentino. — Er... Minerva?
— Ah sim, desculpe, querida. — disse Minerva, soltando-a e ajeitando o cabelo da garota. — Você deveria estar almoçando há uma hora.
— Sério? — disse Deanna, olhando para baixo. — Eu não sabia, Minnie, me desculpe.
Os olhos de Minerva suavizaram e ela envolveu um braço em volta da garota. — Está tudo bem, Deanna. Agora, vamos. Albus está em pânico há uma hora.
— Ok, vejo vocês em breve. — ela acenou para seus amigos fantasmas e seguiu Minerva para fora do banheiro e até o escritório do diretor. No caminho, Minerva entregou algo para Deanna. Era um sanduíche de cachorro-quente e um copo de leite com chocolate.
— Albus disse que esses são seus favoritos, e pensei que você estaria com fome, já que não tomou café da manhã nem almoçou. — disse Minerva.
Deanna sorriu para ela e começou a comer sua comida. — Obrigada, Min. — a professora apenas riu e liderou o caminho para o escritório do diretor. Quando chegaram, Deanna terminou o sanduíche e tomou um gole de seu leite achocolatado.
— Fizzing whizbees. — disse Minerva, e a gárgula ganhou vida e se moveu para o lado. Deanna e Minerva subiram as escadas e ela estava prestes a abrir a porta quando Minerva a parou e fez o copo e o prato desaparecerem.
— Deanna, você tem que ter cuidado. — disse Minerva em um sussurro severo. — A pessoa que estamos prestes a conhecer faz parte do Ministério. Não temos escolha a não ser ser honestos, você entendeu?
Deanna olhou para ela por alguns segundos, imaginando o porquê, antes de concordar. — Sim, Minerva.
— Bom. — Minerva disse e abriu a porta. Deanna entrou e viu que os retratos dos diretores estavam dormindo, mas ela viu o retrato de Basil Fronsac abrir o olho e sabia que eles estavam fingindo dormir. Ela viu que seu pai, parecendo sério, estava sentado em seu assento, e sentada na frente de seu pai estava uma mulher baixa e atarracada que estranhamente parecia um sapo. Ela estava usando rosa da cabeça aos pés e sorriu amplamente para Deanna, mas a menina sentiu que seu sorriso continha uma intenção maliciosa por trás dele.
— Dolores Umbridge. — disse Umbridge com uma voz açucarada, levantando-se e estendendo a mão. — Prazer em conhecê-la.
— É um prazer, Madame. Meu nome é Deanna Dumbledore. — disse Deanna, apertando sua mão e olhando para Dumbledore, que sorriu para ela em encorajamento e gesticulou para o assento em frente a Umbridge. Deanna sentou-se com Minerva ao lado dela.
— Eu sou a nova Professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, Srta. Dumbledore, e Subsecretária Sênior do Ministro da Magia. — disse Umbridge ainda com aquela voz doce e aquele seu sorriso ameaçador.
— Er... Estou ansiosa por isso, Professora. — disse Deanna, sorrindo levemente para ela. Essa Umbridge fazia parte do Ministério, e ela era a Subsecretária Sênior. Provavelmente significava que ela era uma das que estavam desacreditando Dumbledore, mas o leve empurrãozinho vindo de Minerva disse a ela para ser legal. — E, por favor, me chame de Deanna.
— Ótimo! Deanna, você se importaria se eu lhe fizesse algumas perguntas? — Umbridge disse, tirando uma prancheta e uma caneta de sua bolsa rosa.
— Eu não, por favor, vá em frente.
— Quando você nasceu, Deanna?
Minerva franziu a testa para ela. — Dolores, eu n...
— E ela disse que eu poderia perguntar a ela, Minerva. — Umbridge disse, o tom doce desaparecendo de sua voz.
— Eu nasci em 11 de novembro de 1928. — disse Deanna, tentando aliviar a tensão enquanto apertava levemente a mão de Minerva.
— Excelente. — disse Umbridge na mesma voz açucarada e o sorriso voltando ao seu rosto. — E como você manteve sua juventude em... Cinquenta anos?
— Dolores, acho que isso é algo que Deanna não pode responder agora. — Dumbledore disse calmamente.
— Por que, Dumbledore? — Umbridge disse humildemente. — Você está escondendo algo que o Ministério não pode saber?
— Pops... — disse Deanna com um sorriso tranquilizador. — Está tudo bem. — Dumbledore hesitou antes de acenar para ela.
— Viu? — Umbridge disse, sorrindo docemente. — Sua filha parece entender, Dumbledore.
Deanna respirou fundo para se acalmar. — Vamos começar agora, Professora? Preciso ir ao Beco Diagonal para comprar novas vestes, e acho que você também tem seus próprios deveres, não é?
Umbridge corou de vergonha. — Certo. Desculpe. Por favor, continue, Srta. Dumbledore.
— Bem, como você provavelmente sabe, eu desapareci no dia em que Myrtle Warren morreu. O que aconteceu então foi que Voldemort... — ela fez uma pequena pausa quando Umbridge engasgou. — Colocou um feitiço em mim que me fez dormir pelos últimos cinquenta anos, e o retorno de Voldemort... outro suspiro e rabiscos furiosos na prancheta. — Me acordou, e aqui estou eu.
— Entendo. — disse Umbridge enquanto terminava de rabiscar na prancheta. — Bem, Srta. Dumbledore, você realmente acredita que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado retornou?
— Acho que disse há alguns momentos que o retorno dele tinha me acordado, Professora, mas se você não ouviu, então sim, Voldemort retornou. — disse Deanna. Ela sentiu um leve tremor ao seu lado e percebeu que Minerva estava segurando o riso. Dumbledore estava sorrindo divertido enquanto Umbridge parecia furiosa.
— Senhorita Dumbledore. — disse Umbridge friamente. — Eu acho que isso significa que você escolheu onde suas lealdades estão.
— Claro, Professora. — disse Deanna levemente. — Eu estou contra Voldemort e os Comensais da Morte, e estou com meu pai.
As narinas de Umbridge dilataram-se e ela se levantou. — Muito bem então. Foi... Um prazer conhecê-los. Bom dia, Minerva, Dumbledores. — ela falou o sobrenome deles com uma pitada de desgosto. Ela saiu do escritório, e os três que estavam lá dentro soltaram a respiração que estavam segurando enquanto os retratos ao redor deles abriam os olhos e sorriam para Deanna.
— Isso foi maravilhoso, Deanna. — disse Dumbledore em um tom divertido antes que seu tom se tornasse preocupado. — Embora você deva entender que eu estava apenas tentando protegê-la. Você pode estar no Profeta Diário amanhã.
— Os Comensais da Morte saberiam onde você está, Deanna. — disse Minerva com uma carranca.
Deanna recostou-se na cadeira e sorriu. — Deixe-os, Minerva, Pops. Eles sempre souberam que eu estaria em Hogwarts de qualquer maneira, e Voldemort ficaria furioso quando descobrisse que estou no único lugar em que ele não pode me tocar. Além disso, é isso que estamos fazendo, certo? Divulgando ao público sobre seu retorno?
Dumbledore riu da filha. — Você é realmente uma lutadora, fênix.
— Afinal, você é meu pai. — Deanna piscou para ele.
— Ah, certo, eu quase esqueci. — disse Minerva. — Você vai ficar na sua antiga casa, Deanna? Ou você vai ser selecionada de novo?
Deanna mordeu o lábio antes de concordar. — Acho que quero ser selecionada de novo. Vai ficar tudo bem, Min?
— Não se preocupe, querida, vou deixar vocês com isso. — disse Minerva. Ela deu um tapinha no ombro de Deanna e assentiu para Dumbledore antes de sair do escritório.
— Tem certeza de que está bem, amor? — disse Dumbledore, com preocupação evidente em sua voz.
— Claro, Pops. — disse Deanna, dando um tapinha em sua mão. — Estou mais velha agora, e não vou ser levada por ele. Não de novo, mas estou um pouco preocupada...
— Sobre o quê?
— Ontem à noite, tive uma visão. — disse Deanna em voz baixa. — Eu o vi. Ele estava bravo. Ele fez a Maldição Cruciatus em seus Comensais da Morte, e eu acordei com dor. Estou com medo, Pops. E se eu ainda o amar?
— Por que você pensa sobre isso? Você poderia me contar como se sente.
Deanna se levantou e começou a andar de um lado para o outro no escritório, mordendo o lábio. — Eu não sei... Eu tentei, Pops. Eu sempre soube que havia escuridão em Tom, mas eu também sabia que tinha luz nele. Eu sabia que podia ser bom, e eu acreditava que ele era, e nós estávamos bem. Nós éramos felizes, mas naquele dia ele matou Myrtle, eu me recusei a acreditar. Que não foi ele quem a matou, mas ele tinha o olhar em seus olhos. Ele estava... Orgulhoso disso.
— Ele disse que fez isso por mim, Pops, mas eu nunca quis isso. Tudo o que eu queria era ele e seu amor. Uma vida simples para nós dois. Eu sempre vi um futuro com ele onde estaríamos morando em uma casa de campo, e teríamos um filho e uma filha. Vocês dois finalmente resolveriam suas diferenças, e tudo ficaria bem. Então, isso aconteceu...
Deanna se jogou no assento. — Estou começando a achar que é minha culpa, pai. Talvez eu pudesse ter feito melhor para ajudá-lo a ver a bondade nele ou talvez eu pudesse ter corrido naquele dia e encontrado você.
— Deanna, não é sua culpa. — disse Dumbledore suavemente. — Tom fez suas escolhas, e ele escolheu agir na escuridão dentro dele e se tornar Voldemort. Você pode ter sido capaz de mostrar a ele a luz em algumas ocasiões, mas ele fez sua escolha. Veja, é isso que você é, amor. Você sempre encontra a felicidade, mesmo nos momentos mais sombrios. Você sempre se lembra de acender a luz. Tom pode ter pensado que você o apoiaria não importa o que acontecesse, porque você o ama.
— Eu o amava, Pops, mesmo quando ele era a pessoa fria com olhos de cobra e pele branca pálida. Eu o amava porque sabia que era Tom, mas quando comecei a aceitar que Tom se tornou Voldemort, eu sabia que parte da afeição que eu tinha por ele tinha desaparecido. Eu não quero pensar neles como duas pessoas diferentes porque eu sei que isso não ajudaria em nada. Mas agora, estou confusa. Eu ainda amo Tom ou não? Eu sou má por ter sentimentos por alguém que fez coisas terríveis?
— Isso é amor, Deanna. Você não pode escolher por quem se apaixonar. O amor faz você ver o lado bom das pessoas. Mas agora, deixe-me perguntar. Você me ama?
— Claro, pai. — disse Deanna sem hesitar.
— Que tal Pomona?
— Sim, eu amo.
— Aries? Lorraine? Dallas?
— Sem dúvida.
— E os Prewetts? Magnus e os Weasleys?
— Sim, pai. — disse Deanna, ficando confusa com as perguntas dele.
— E o Tom?
Deanna abriu a boca para responder, mas nada saiu porque ela também não sabia a resposta. Dumbledore sorriu e se inclinou em sua direção. — E isso também é amor. Você não questiona. Você apenas descobre que as respostas vêm naturalmente. Se você começa a questionar se ama alguém ou não, então provavelmente não ama.
Um sorriso suave surgiu no rosto de Deanna. — Eu não o amo mais.
— Ele foi seu primeiro amor, Deanna. — disse Dumbledore. — Ele sempre terá um lugar especial em seu coração.
— Ele vai, Pops, mas está na hora de eu deixá-lo ir. — disse Deanna, apertando a mão do pai. — E eu tenho coragem de fazer isso agora.
O que estão achando da história?
Até breve. ❤️❤️
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