Ela não acreditava no que havia acabado de ouvir.

Não é possível , pensava.

Alastair continuava sério, não era um de seus joguinhos , ele estava falando a verdade.

"É o único jeito", ele diz, sentando em seu trono de pedras.

"Tem que haver um outro jeito, qualquer outro jeito, eu faço qualquer coisa, tudo o que você quiser!", ela continuava insistindo.

Ele continuava sério, quase sério demais, com uma feição de lucidez, ela nunca havia visto ele assim.

"Como eu disse, esse é o único jeito, e não se engane, você já está fazendo o que eu quero", ele coloca a mão no cinto e retira duas facas da bainha, ele joga uma faca aos pés dela e a outra no canto escuro da sala.

Deve ter outro jeito, com certeza deve ter, essa não pode ser a única alternativa , ela pensava, com esperança, olhando a faca aos seus pés.

Uma pálida mão sai das sombras e pega a segunda faca no chão do outro lado da sala.

"Não existe outro jeito, divirtam-se", Alastair diz, desaparecendo no ar.

"Alastair! Espere!", ela diz, mas ele já havia sumido. Passos começam a ser ouvidos vindo da escuridão, ela não tem outra escolha, pega a faca com suas mãos trêmulas e aponta para as sombras.

Não tem outro jeito, não ia desistir agora, não depois de tudo que havia passado, de tudo que havia sofrido, lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto.

"Desculpa, mas eu realmente não posso perder, não depois de tudo, eu tenho que matar você."