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your hand in mine

— Você não acha que estamos muito ferrados? — Ryan perguntou, chutando o ar enquanto caminhava pela grama. Ele parou por um momento, levantando o rosto para encontrar o céu azul, então semicerrando os olhos contra o brilho, suspirou uma última vez antes de olhar para Jamie.

A mais nova enfiou as mãos no casaco que usava, mal acostumada com o frio dos últimos meses no calor da Louisiana. Por um momento - um breve momento - ela quase sentiu falta daquilo, mas então ali em Gales não havia a adição da montanha de insetos e o ar excessivamente úmido. E isso era um ponto positivo.

— Talvez — Jamie foi honesta — Quanto gastamos até agora?

— Ah... — Ryan tentou lembrar exatamente, mas o número certo não veio — Com a compra do clube e tudo mais... acho que pouco mais de quatro milhões de libras. Se isso der realmente errado, quero me desculpar agora, porque definitivamente vou evitá-la pelo resto da minha vida.

— Eu ainda sei onde você mora. Eu até moro ao lado.

— Você conhece uma das minhas duas casas, não se esqueça disso. A outra ainda é um bom esconderijo.

— Sua esposa gosta mais de mim, ela te deduraria em três segundos — comentou Jamie, brincando, é claro. Ryan balançou a cabeça, mas acabou rindo.

— E eu não posso nem dizer nada contra isso porque é verdade — ele encolheu os ombros.

Jamie riu levemente, caminhando ao lado de Ryan. Eles voltaram pelo caminho de onde vieram e, juntos, entraram no SUV que os esperava do lado de fora do Racehorse Ground.

Os dois tinham viajado juntos, porque era trabalho, e havia tanto para resolver que em algum momento precisaram pisar no País de Gales. Mas eles não tinham mais do que dois dias de sobra, e foi depois desses dois dias que voltaram para os Estados Unidos no jato particular de Taylor. Do Reino Unido para Rhode Island, e depois de carro para Watch Hill, onde se encontraram com Blake, Betty, James, Inez, Taylor e todos os outros que foram chamados para a celebração do Quatro de Julho.

Os pais de Jamie, assim como seus irmãos e suas esposas haviam chegado no dia anterior. Os pais de Taylor vieram de Nashville, enquanto Austin veio de Los Angeles. Cenric e Karlie, que ainda estavam em Londres, por motivos claros não puderam vir, assim como Abigail, o que foi realmente uma pena, pois falando especificamente dela, Taylor não a via pessoalmente há algumas semanas.

Lá, em Rhode Island, David e Scott - que pareciam velhos amigos - logo estavam na praia, caminhando pela propriedade, conversando animadamente. Andrea e Deborah não eram diferentes, e Austin se juntou a elas no terraço com vista para o mar. John parecia investido na partida da MLS que passava, enquanto criticava cada detalhe dos times jogando, ao lado de Ryan ali na sala principal.

Kate, Blake, Kit e Rose começaram a conversar entre si enquanto observavam as crianças brincarem no gramado dos fundos. Jamie e Taylor, por outro lado, caminharam de mãos dadas pela propriedade de Watch Hill, enquanto Taylor empunhava uma pistola de água em um azul vívido, uma aquisição espontânea daquela manhã em que James implorou por uma daquelas - e, claro, Taylor comprou um para ela. Mas não sem comprar uma para si.

— Você se lembra quando Taylor Swift patrulhou sua casa com uma pistola de água? — murmurou Jamie, brincando, lembrando do que já tinha visto algumas vezes nas redes sociais.

— Você viu aquilo? — Taylor riu — Oito anos depois e olha onde estou.

— Às vezes é difícil acreditar que você está prestes a fazer trinta e dois anos — ela brincou, ganhando a reação que estava esperando.

— Tenho uma pistola de água na mão, você deve ter cuidado com suas palavras.

— Nossa, estou muito assustada, Taylor. Fiquei com medo agora.

— Vou ignorar a ironia e tomar isso como um comentário honesto, é para o seu próprio bem.

— Claro que é — Jamie comentou — Hum, vamos lá? — Ela apontou para a frente, para a praia, onde mais abaixo Scott e David continuavam caminhando a poucos metros do mar, em uma conversa amistosa, o que dava a Jamie a certeza de que eles permaneciam nos assuntos simples.

— Estamos apenas caminhando — Taylor encolheu os ombros, um pouco alheia quando seu olhar caiu sobre a mulher mais velha na borda da propriedade, no caminho que levava à casa ao lado — Hum, Miranda está aqui — ela murmurou, atraindo o olhar de Jamie para o onde o dela estava.

— Quem é Miranda?

— A mulher que tentou me expulsar daqui em 2013 — ela respondeu, sem dar muita importância, mas parecia uma história – que Jamie nunca tinha escutado, por sinal – então a mais nova puxou essa informação.

— Ela tentou te expulsar daqui em 2013?

— Algo parecido — ela sorriu suavemente, como se não fosse nada — Dizendo que Watch Hill merecia ter paz novamente.

— Tay... — Jamie tentou não rir, mas era um pouco impossível, então sua risada saiu cortada e com ela Taylor quem terminou rindo.

— É sério. Eu comprei essa casa por $ 17 milhões por conta de East Beach, e nos primeiros meses parecia difícil ter tempo para ficar por aqui, mas minha equipe de segurança manteve as coisas no lugar, especialmente porque na época alguns moradores que costumavam usar a praia aqui em frente continuaram a fazer isso.

— Mas é privado.

— Eu sei! Foi por isso que eu estendi a equipe e pedi que falassem com o Watch Hill Fire District, que tem jurisdição sobre a praia. Nessa época não era difícil ver gente pendurada na parede aqui da frente. As pessoas se acostumaram a usar a área porque ninguém os parava, só que a areia acima da marca d'água é minha — ela apontou adiante — Miranda chegou a ir no Twitter comentar que eu tinha uma turnê pra fazer, então deveria me focar nisso e deixar a cidade dela em paz.

— Você veio pra cá depois de vender a casa de Cape Cod, não?

— Foi isso.

— A que você comprou e ficou por menos de seis meses por conta do Connor?

— Não me lembre disso — Taylor revirou os olhos — Eu não tenho ideia do porque fiz isso, mas... Bem, pelo menos aquela casa me fez querer ter uma propriedade com vista para o mar, e aí Watch Hill entrou na cena.

— E então a mulher mais barulhenta que essa cidade já viu resolveu ficar por aqui.

— Ah, é. Totalmente, e ela não se arrepende nem mesmo por um segundo — Taylor disse. Puxando Jamie para si ela quebrou o contato com a mão da garota apenas para a abraçar pelos ombros, sentindo sua mão em sua cintura — E agora a mesma mulher tem uma esposa, com quem muito em breve terá filhos igualmente barulhentos.

— Merda... — Jamie revirou os olhos, brincando — Watch Hill está em uma situação terrível.

— E eu concordo. Estamos prestes a fazer uma dinastia realmente — Taylor brincou, porque não podia perder uma chance. Aquele era seu tipo de piada — Quatro filhos... Eu espero que a coisa toda vida após a morte seja real, porque eu estou muito ansiosa para ver como eles vão brigar pela herança.

— Primeiro, isso é terrível, Taylor. E segundo, me surpreende muito você achar que vamos ter quatro filhos — Jamie disse — Você viu como o Ryan e a Blake estão com três garotas?

— Felizes? — Taylor tentou.

— Claro, essa é a parte boa. É realmente cansativo, Taylor. Um passo de cada vez.

— Ok, ok... um passo de cada vez — ela concordou — Mas-

— Sem "mas".

— Eu só ia dizer que em algum momento te convenceria que quatro é um número especial, mas ok. Eu vou ficar quieta.

Jamie não disse nada, então deixou o espaço cair no silêncio enquanto a caminhada permaneceu. Ela e Taylor se separaram quando alcançaram a areia, e Jamie tomou a frente se aproximando da água, parando alguns passos antes de poder sentir seus pés enquanto tocava.

Os olhos da mais nova terminaram se arregalando de surpresa quando ela sentiu um jato de água fria em si, as gotas espirrando em sua roupa e molhando parte de seu cabelo. Ela se virou, seu lábio se curvando em um sorriso, enquanto a risada contagiante de Taylor ecoava no ar.

— Oh, você não fez isso — Jamie alertou brincando, sua voz cheia de indignação fingida.

A risada de Taylor ficou mais alta quando ela precisou se esquivar serpenteando pela extensão da areia em direção ao caminho que levava para a casa principal. Jamie atirou para a frente, seus pés pisando na areia até atingir o gramado. Ela se lançou sobre Taylor, estendendo as mãos para a alcançar. Mas Taylor foi rápida, deixando as mãos de Jamie vazias e parando por um momento, para recuperar o folego.

— Eu sou muito escorregadia para você — Taylor brinco. Jamie riu, sua elástica ofegante.

— Você tem sorte de eu não ter me esforçado o bastante.

A concentração descontraída levou Jamie ao caminho que serpenteava em direção à casa. Com um olhar compartilhado, ela e Taylor diminuíram o passo, e foi quando Jamie sentiu a mais velha a abraçando por trás.

— Eu te amo — a mais velha murmurou.

— Eu também — Jamie devolveu, enquanto afastava uma mecha de cabelo da testa de Taylor, depois de se virar para conseguir a olhar.

— Você também o quê?

— Me amo — Jamie brincou — Mas isso você sabe.

— Ugh — Taylor revirou os olhos — Retiro o que eu disse. Eu, na verdade, meio que te odeio.

— Se mentir assim te faz se sentir mais feliz quem sou eu para dizer alguma coisa, né?! — Jamie disse, antes de se inclinar e juntar com cuidado seus lábios aos de Taylor — Mas não, eu te amo também.

O momento parecia ótimo, e certo, e caiu para um espaço ainda mais agradável quando Jamie e Taylor seguiram para encontrar Andrea, Deborah e David na cozinha. Kit, que não era exatamente o cozinheiro mais habilidoso do mundo, fez sua parte cortando o que precisava e auxiliando em uma coisa outra, enquanto mantinha uma conversa animada com a irmã.

Ryan se encontrou nos fundos, brincando com as crianças, e não muito tempo depois, John se juntou a uma conversa de Blake, Kate e Rose. Scott tinha seguido para a entrada da propriedade, para apenas se certificar de que as coisas pareciam estar certas, encontrando um o outro segurança na guarita, já que naquele dia Noel, Max e parte da equipe costumeira tinha sido dispensada, dando espaço para outra parte do time.

De qualquer modo, o quatro de julho não foi como costumava ser anos atrás - agitado e barulhento -, mas terminou caindo para um espaço familiar, com costumes que a família de Taylor tinha e que eram novos para a família de Jamie.

Alguns dias depois, Jamie terminou voltando para Nova Orleans sozinha, enquanto sua família voltava para a Inglaterra. Taylor seguiu para New York, para continuar o tempo gravando o Red. Parte dele tinha sido gravada em Nova Orleans, mas ela não ia mentir, ela preferia o espaço já conhecido do estúdio de Jack ou então o Electric Lady, não tão longe de casa.

No fim, Jamie e Taylor nem ficaram tanto tempo sem se ver, já que pouco mais de uma semana depois, as gravações de "Where the Crawdads Sing" foram oficialmente encerradas. Elas então se encontraram em Tribeca, para terminarem indo em uma viagem a Belfast, na Irlanda do Norte.

Jamie ainda tinha a gravação de Fresh, mas essa tinha sido colocada para duas semanas adiante, e ela tinha conseguido encaixar no espaço apertado uma visita ao set de "Conversations With Friends", a adaptação do livro de mesmo nome, que fazia parte do acordo de Sally Rooney com a BBC.

Normal People ganhou bastante atenção quando no ano anterior começou a ser exibida na BBC Three, na Grã-Bretanha, e na plataforma de streaming Hulu, nos Estados Unidos. O sucesso tinha sido maior que o programado, e a ideia de "Conversations With Friends" se tornar algo fora das páginas tinha sido adiantada alguns meses. Então, a Tourism Ireland trabalhou novamente com a produtora Element Pictures para criar o ambiente certo no qual o diretor Lenny Abrahamson, junto de Sally, buscou os atores Joe Alwyn, como Nick; Jemima Kirke, como Melissa; e Alison Oliver, como Frances. Jemima era a mais conhecida dentre esses. Alison ainda era nova na cena, e Joe, apesar de sua cota de filmes indie, uma peça de teatro e um especial para a BBC, não tinha alcançado um sucesso comercial à parte do Reino Unido.

Paul tinha sido convidado para conhecer o set de "Conversations With Friends" também. Com as cenas de Dublin filmadas em Belfast, como uma substituição da cidade, as filmagens estavam tomando espaço no Lyric Theatre, Stranmillis University College e no Campbell College; bem como no pub gastronômico Sweet Afton, no café Canteen na Ormeau Road e na livraria No Alibis.

Jamie e Taylor chegaram a Belfast no jato particular da americana, e se encontraram com Paul no The Merchant Hotel na área de Cathedral Quarter, bem no centro da cidade. Eles se cumprimentaram, apenas para se separarem no caminho para o quarto e então voltarem a se encontrar para o jantar no restaurante do Hotel. Com a equipe de segurança em uma mesa, eles em outra, e um espaço mais afastado, parecia difícil não atrair a atenção, mas o jantar parecia ainda muito familiar para que os três sequer se importassem com isso.

— Hm, eu e Phoebe brigamos dias atrás — Paul tratou quando o assunto caiu para o relacionamento dele com a cantora.

Taylor quem tinha perguntado, mas totalmente alheia ao que seguramente acontecia. Ela e Phoebe conversavam quase sempre, mas ela mal falava do que sentia ou acontecia entre ela e Paul, assim como Taylor raramente comentava sobre seus assuntos com Jamie, porque ainda não tinha chegado aquele nível de relação amigável com Phoebe.

— Porque? — Jamie perguntou.

— É difícil dizer... — Paul suspirou, recostando-se na cadeira e passando os dedos pelos cabelos, ele os ajeitou para trás, revelando uma mistura de frustração e descontentamento — Temos sentido muita falta de comunicação ultimamente. Nós dois somos teimosos, sabe? Ela... Bem, ela tem algumas amizades que apenas não funcionam para mim, e isso não deveria me incomodar tanto, mas incomoda.

— OK. Estamos falando de quem? — Taylor quis saber.

— Ah, você sabe... Matthew, Robert.

— Bo? — Taylor se surpreendeu.

— Você o conheceu? — perguntou Paul.

— Eu o vi com ela quando estive em Nova York — ela respondeu, e pelo olhar que ganhou de Paul, quase se arrependeu por um momento — Mas não foi nada demais — Taylor tentou deixar claro.

— Então, eu só acho que ela gosta dele mais do que deixa transparecer, e as coisas têm estado estranhas — ele disse — Em certo ponto combinamos porque realmente não estamos presos a todos esses rótulos de gênero e as coisas são mais leves na relação que construímos, nós brincamos e temos nossos momentos, mas a distância, a proximidade dela com ele... Eu não quero soar como um idiota, e acho que estou fazendo exatamente isso.

Jamie assentiu em compreensão, estendendo a mão sobre a mesa para descansar ela sobre a de Paul.

— Você deveria falar com ela — Jamie disse — Se é assim que você se sente. Não tem jeito, conversar é a única maneira de resolver algumas coisas.

— É, acho que, bem, acho que preciso fazer isso — Paul concordou, acenando positivamente — Mas não... não vamos falar de mim. Hm, você me disse, da última vez que conversamos, que vocês estão planejando tentar a coisa toda inseminação novamente. Vão fazer isso mesmo?

Jamie e Taylor trocaram olhares. Elas tinham falado sobre aquilo, e então o assunto tinha esfriado, mas a decisão ainda estava lá. Elas começariam a tentar no início do outono. Voltariam para Nova York e fariam isso, e se desse certo, bem, isso era um pensamento para o futuro - mas se desse certo, elas permaneceriam durante a gestação em Bedford. Jamie já não tinha nenhum projeto depois de Fresh, então o arranjo parecia esse.

— Sim, Paul. Decidimos tentar novamente — Taylor respondeu.

— Vamos usar a amostra da clínica — Jamie avisou — Da última vez, hm, eles ainda tem sua amostra congelada, e estamos otimistas com isso — ela disse, e Paul sorriu genuinamente.

— Isso é incrível — ele disse — Estamos meio que nessa fase da vida, hm?! Com os amigos se casando e então tendo filhos. É uma viagem meio maluca.

— É a hora de aproveitar — Jamie disse, e Paul revirou os olhos de antemão porque ele sabia que alguma piadinha viria aquilo. Ele não estava errado — Quando estivermos na fase em que os amigos estiverem morrendo aí sim vai ser uma viagem ainda mais maluca.

— Você sempre me faz questão de lembrar porque eu odeio ingleses — Paul brincou.

— Você diz como se seu humor não fosse pior que o meu.

— Não é, querida — Taylor disse — Você se supera em tudo.

— Isso deveria ser um elogio? Porque eu estou tomando como um.

— Eu não aceitaria. Mas ok, você vai tomar de qualquer maneira — Paul disse, dando de ombros — Hm, vamos sair cedo amanhã?

— Acho que pelas oito — Jamie respondeu — Vamos pela Ormeau Road. É onde eles estão filmando, não?

— Pelo que Lenny disse, sim — Paul comentou, dando de ombros, se lembrando da mensagem que tinha recebido.

E foi exatamente como aquilo. Lenny e o elenco da série estavam filmando na Ormeau Road, que começava no lado sul da cidade, a cerca de alguns minutos a pé da Estação Central e da Prefeitura. Tinha toda uma estrutura montada por perto, com trailers, todas as câmeras e apoios, além dos atores que estavam ali para fazer figuração.

A equipe em si sabia que Jamie e Paul os visitaria - a presença de Taylor também não foi uma surpresa - mas isso não deixou as coisas mais fáceis. Alison e Joe, que estavam naquela manhã de gravação, estavam rindo de alguma coisa enquanto tomava cada um seu copo de café, quando Lenny apareceu animado conversando com Paul e Jamie.

Jamie estava de mãos dadas com Taylor, mas ela precisou quebrar o contato quando foi cumprimentar Joe e Alison, e os pegou falando sobre a experiência que estavam tendo por conta dos sets.

— É tão visualmente interessante e você realmente vê a Irlanda moderna em toda a sua riqueza multicultural — Alison comentou algum tempo depois, logo após todas as apresentações, quando ela e Joe seguiram em uma caminhada com Paul e Jamie pela set externo.

Taylor tinha ficado para uma conversa com Lenny, e ela parecia estar animada em entender a visão do diretor, muito porque em breve estaria dirigindo seu primeiro short film - e estava morrendo de medo daquilo. Ela adorava aquela parte das coisas, já tinha ficado mais do que claro naquele ponto.

— Nós gravamos algumas cenas em Dublin, e então passamos pelo menos metade das filmagens em Sligo — Paul se lembrou — Naqueles meses não era... bem, assim — ele revelou, apontando para a equipe e para todo cuidado que tinha sido redobrado por conta da pandemia — Mas vocês estão se divertindo?

— Sim, totalmente — Joe respondeu, e pela primeira vez sua voz foi ouvida por mais do que o tempo de um breve "Oi". O sotaque dele lembrava de algum jeito o de Jamie, do norte de Londres, e o tom era ainda mais grave do que o esperado — A cidade é relativamente pequena quando você começa a passar tempo por aqui, mas há um escopo e uma beleza tão grandes. E também, todos são tão amigáveis e amáveis. O set parece sempre tão leve.

— Sentimos isso trabalhando com Lenny — Jamie disse — Quero dizer, posso falar por mim, mas acho que o Paul sentiu o mesmo.

— Foi isso. Ele mantinha as coisas no chão, sem tanto peso quanto as respostas que teríamos. Pensar nisso nos teria colocado em um estado terrível.

— Oh, é — Joe acenou positivamente — Não estamos fazendo isso por aqui também. Mas, bem, Alison e o retrato que ela fez de Frances é incrível. Posso sentir a profundidade e a vulnerabilidade em cada cena, e eu acho que estamos indo bem.

— Ah, obrigada Joe — a mais nova disse, sorrindo suavemente.

— Eu te vi em algum lugar antes? — Paul perguntou repentinamente, direcionando a questão para Joe, porque tinha estado com aquilo desde que se apresentava.

— Bem, eu estou em "The Last Letter From Your Lover" que sai no próximo mês pela Netflix, mas também estive em "A Christmas Carol", a minissérie da FX, com o Guy Pearce.

— Sim claro. Eu me lembro de te ver nisso — Paul apontou.

— Você começou dois anos atrás? — Jamie perguntou.

— Eu deixei a escola de teatro em 2016, tipo, eu deixei mesmo, eu apenas saí dela e voltei para concluir minha faculdade em Bristol.

— Oh, você foi para Bristol? — a garota se animou.

— Por um tempo, e parei alguns meses antes de concluir.

— Você fez o quê? — Paul quis saber.

— Filosofia — ele respondeu — Não é realmente a minha coisa, mas minha mãe queria me ver terminando, e então eu enfrentei um período bem ruim na escola de teatro, pensando como as coisas apenas não dariam certo, então pensei que seria bom ter uma segunda alternativa. 

— Ah, eu entendo — Paul acenou — Mas e você, Alison...? Eu lembro de te ver em Summer and Smoke pela The Lir Academy, no início do ano passado.

— Mentira — Jamie se surpreendeu — Você encenou Summer and Smoke?

— Eu tentei — Alison foi modesta — Quero dizer, não é a peça mais conhecida do Tenneesse Williams, mas é uma das melhores. Foi um projeto da Lir, então escolhemos ela.

— É absurdamente incrível saber disso — Jamie disse — Eu fiz essa run pelo Almeida Theatre, de volta em Londres. Foi a coisa mais incrível que tive a oportunidade de fazer no teatro, eu mal posso esperar para conseguir algo como isso outra vez.

Alison se lembrava - até porque era meio difícil não lembrar, quando Jamie tinha ganhado um Olivier pelo papel - e ela deixou isso claro. Uma conversa então continuou enquanto os quatro seguiam pela Ormeau.

Eles se encontraram com Taylor e Lenny quando chegaram a hora de gravar, e os três acompanharam Joe e Alison nas duas cenas que tiveram para o dia. Depois disso, eles se encontraram frente ao General Merchants, que servia um almoço especial. Joe indicou para mesa ao fundo, e pelo menos metade da tarde foi gasta ali, entre o almoço e uma caminhada.

Quando o tempo de voltar para o Hotel chegou, Paul - que era habituado a cidade - comentou que voltaria caminhando, porque era o que precisava, enquanto Jamie e Taylor seguiram de carro, na companhia da equipe de segurança de sempre.

Elas se encontraram com Paul para o jantar pelo segundo dia seguido, e o tempo se estendeu entre conversas, mas foi Taylor quem puxou que estava encerrando a noite, porque ela parecia realmente cansada da viagem do dia anterior e então do fato que mal tinha dormido por conta do horário.

Paul acenou positivamente aproveitando para perguntar se eles se encontrariam para o café na manhã seguinte, porque então poderiam dirigir até o Titanic Quarter, aproveitar que tinham mais aquele dia em Belfast. Jamie respondeu que poderiam fazer aquilo, e Taylor não viu problema. Belfast ainda era nova para ela, ainda que ela tivesse estado por todas as outras vezes. Parecia bom conhecer alguns lugares.

No dia seguinte, pouco tempo depois do sol se mostrar, lançando um brilho nas ruas de Belfast, Jamie e Taylor ficaram do lado de fora do hotel, com as mãos entrelaçadas, esperando que Paul se juntasse a elas.

Jamie apoiou a cabeça no ombro de Taylor. Os braços de Taylor a envolveriam, puxando-a para mais perto, seus corpos se encaixando da maneira certa. Jamie então fechou os olhos.

Taylor pressionou um beijo suave contra o topo da cabeça de Jamie, seus lábios roçando as mechas do cabelo dela. Foi um gesto terno, enquanto uma brisa suave tomou o espaço. Jamie abriu os olhos e olhou para Taylor, um pequeno sorriso no canto de seus lábios.

Eventualmente, o som de passos se aproximando a tiraram do momento, sinalizando a chegada de Paul. Relutantemente, Jamie e Taylor se desembaraçaram lentamente, suas mãos ainda entrelaçadas quando se viraram para cumprir o irlandês.

— Ei, vocês duas — Paul acenou — Prontas para o café da manhã?

— Totalmente — Taylor respondeu — Eu estou dirigindo hoje — ela indicou para o carro que a esperava, com Noel do lado e um outro carro atrás, onde estava o motorista e Max — Eu queria mesmo parar no McDonald's, como a tradição americana de café da manhã. Hash Browns, Café gelado...

— Suas tradições são horríveis — Jamie disse brincando - e Taylor sabia que era brincadeira. Eles tinham boas tradições, e Jamie não admitiria com facilidade, mas gostava de algumas delas. De qualquer modo, Taylor revirou os olhos, mas terminou rindo de leve — E estamos em Belfast. Cadê a tradição irlandesa?

— Eu sei, certo? Estamos seguindo para o Titanic Quarter, o The Dock é logo ao lado. Bom café e boa comida. Podemos pedir e comer no carro com a vista do pier. Parece funcionar — Paul sugeriu, dando de ombros, e foi exatamente o que eles fizeram.

Seguindo pelas ruas até o The Dock, eles apenas esticaram um café enquanto passavam. Paul quem os buscou, acompanhado de Noel, e ele terminou sendo reconhecido, o que rendeu dois ou três minutos tirando algumas fotos com algumas garotas por ali.

Com a vista para o cais, o Dock era um conceito administrativo refrescante, com um sistema de caixa de honestidade "sem pressão" quanto ao valor do que eles faziam. Você comprava, você escolhia o preço que pagava. Paul terminou deixando uma quantia generosa, e então saiu para tomar o café junto de Jamie e Taylor no capô da SUV.

Entre mordidas em croissants e goles de café, a conversa se manteve animada, enquanto os três eram observados por Noel e Max - como três crianças que precisavam de supervisão.

— Por que ninguém conta piadas sobre obras? — Jamie perguntou, depois de um último gole de café, no único momento em que o silêncio caiu pelo espaço. Taylor levantou uma sobrancelha, Paul revirou os olhos e soltou um riso anasalado.

— Eu não sei — Taylor deu de ombros — Por quê?

— Porque elas ainda estão em construção — a mais nova riu, entregando a piada com um timing perfeito - para ela.

— Ai que merda... — Paul voltou a revirar os olhos, mas ele riu de qualquer forma - e Taylor não parecia diferente — Você é tipo a pior pessoa do mundo.

— Eu poderia ter contado uma pior — Jamie se defendeu — E eu estava tentando manter vocês animados. Sorte de vocês que não escutaram a sobre a foto que foi para a cadeia.

— Por favor... — Taylor disse — Eu preciso ouvir essa.

— É porque ela foi enquadrada? — perguntou Paul, e Jamie terminou o empurrando de lado, pelos ombros - o que não adiantou de nada, já que o garoto mal se moveu.

— Você continua quebrando minha energia, Paul. Se eu tinha planos de deixar você ser padrinho do meu filho eles acabaram aqui.

— Nosso filho — corrigiu Taylor, mas sem nem mesmo uma defesa quanto ao irlandês, o que chamou a atenção dele.

— Mate... — Paul ergueu as sobrancelhas, e Taylor sorriu maliciosamente, mal controlando uma risada — Você me odeia!

— Eu nunca disse que gostava — a americana deu de ombros.

— É por isso que me casei com você — Jamie comentou despretensiosamente.

— Vocês meio que foram feitas uma para a outra, admito — assumiu Paul, depois continuou, brincando — Mas não tomem isso como um elogio, porque não é.

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