~ Capítulo 4 ~
Bruna Campbell
Eu não fazia ideia, de como iria lavar aquelas motos cheias de lama. Porém, eu não daria o gostinho daquele playboy saber disso, preferiria morrer, ao lhe confessar isso. Assim, fiz a minha melhor cara de confiante e atrevida. Ele que vá sonhando, que vai conseguir me domar e intimidar.
- Eu me chamo Bruna Campbell, com dois "LL" no final. - Como diria a minha vó.
Ergo o balde para ele e saio caminhando até a parte onde os veículos ficam estacionados, para serem levados. Verifico a torneira e começo a encher o recipiente com sabão.
Os três, logo me acompanharam e deixaram as suas motos por perto, permitindo que a do tal Alex, fosse lavada primeiro. - Bora ver, seu marrentão! Quero ver você perder a sua pose, quando ver a sua moto toda limpinha e brilhando; e serei eu, a lhe entregar assim. -.
Amarro a minha blusa cor de vinho na frente, já que era folgada e tiro o meu chapéu da empresa, prendendo o meu em um coque, para que não caísse no meu rosto e molhasse.
O bonitão para bem na minha frente e fica me encarando, como se tivesse perdido alguma coisa em mim.
- O que foi...? - Ergo o meu olhar de lado e me sinto desconcertada com isso.
Eu não era uma beldade, mas, também não era tão feia assim. E a forma como me encarava, me fazia pensar que tinha alguma coisa de errado comigo. A insegurança com o meu corpo, ainda existia. Embora eu já tenha superado uma boa parte dela.
Ele parece perceber o seu olhar insistente e desvia, como se também tivesse ficado envergonhado com ele.
- Desculpe... E-u.... Esqueça! - Ele suspira fundo e coça a cabeça, levando um novo rumo na conversa. - Quer que eu lhe ajude com alguma coisa, princesinha? Sei que você só está fazendo isso, para fugir do seu suposto amigo de trabalho... Não precisa aceitar o meu desafio; basta se render e assumir que não é capaz de fazer isso tudo sozinha.
O seu sorriso é sacana, assim como o seu corpo que se movimento vindo ao meu encontro. Ele para tão perto de mim, que me faz erguer o rosto, para poder lhe encarar de forma desafiadora.
- AH, SEU... SEU!!!!! ARGH!!!! QUE VONTADE DE LHE MATAR. -.
Quem ele pensa que é? Eu não abaixo mais a minha cabeça para homem nenhum. Se ele pensa que eu não sou capaz de lavar uma simples moto, que ele veja com os seus próprios olhos, a minha vitória.
- Você ainda não viu nada... A-L-E-X - S-A-N-C-H-E-Z. - Ergo ainda mais a cabeça e lhe olho profundamente nos olhos. Me arrependo por uns breves segundos e me viro. - Aguarde, que logo você terá a sua moto limpinha e brilhando.
Abaixo para pegar uma bucha encharcada no sabão e a pequena mangueira ligada, direcionando-a para a parte de cima da moto. O primeiro jato escorre por ela e começo achar tudo uma molezinha. - Era isso? Estava com medo disso? -.
Olho para ele com uma cara debochada e ergo as minhas sobrancelhas, exibindo um sorriso triunfante para ele. O mesmo, querendo me provocar, abaixar o zíper da parte de cima do seu macacão e o amarra na cintura, exibindo todo o seu porte físico e atlético, com apenas uma camiseta branca colada no corpo. O seu bíceps salta e o seu peito estufa, ao cruzar os braços na frente do tórax.
-DEUS!! Que músculos eram aqueles? - Engulo com dificuldade e sinto uma sede imensa naquele momento. E como se o destino quisesse me ajudar com aquele pequeno problema, a minha mão relaxa e a mangueira escorrega literalmente dela, batendo com tudo no paralama da moto e salpicando um monte de terra e água por mim.
- Droga!!!!!! - Exclamo me afastando um pouco para trás e escutando o riso do mesmo responsável, perto de mim.
- Cuidado para não ficar toda lambuzada, Ninha! Isso seria demais para a minha imaginação. - Ele solta cheio de malícia.
- Se controla, Bruna! Se controla. -. Digo para mim mesma, enquanto bufava e tentava não olhar para ele. Ele iria ouvir umas poucas e boas, se eu fizesse isso.
Logo, eu me distancio um pouco com a mangueira e deixo apenas o jato fraquinho bater contra as rodas, tentando amolecer a lama endurecidas pelas curvas dos pneus. - Como vou esfregá-las, sem ter que me melar inteira? -.
Lembro-me da minha avó usando a mangueira, para aguar as suas plantinhas, e me recordo da forma como ela tampava uma parte da abertura do jato, para que ele saísse mais espalhado e fino, dispersando um monte de gotículas para os lados.
Faço exatamente isso que acabei de lembrar e vejo que dá certo. Agradeço mentalmente a minha vozinha, e prometo sempre ficar mais atenta aos cuidados que ela sempre me diz, para ter com as suas plantinhas.
Me aproximo da roda e começo a esfrega-la com a pequena escova. A lava vai saindo devagarinho, mas sempre salpicando um pouco em mim. - Merda! Precisarei tomar um outro banho, antes de ter que voltar ao trabalho novamente. -. O que só me restou vestir a minha saia de couro preto, na qual eu a coloquei hoje de manhã, para disfarçar o local na qual eu estava indo trabalhar e que a minha avó Carmélia pensava. Porém, seria arrumada demais para uma simples frentista trabalhar.
Talvez se eu molhasse apenas as partes meladas de lama da minha blusa, elas ainda pudessem secar ou eu até usar, com elas do jeito que estavam mesmo, secando no meu corpo. Faço um teste, esfregando a barra da minha blusa com a minha própria mão e um pouco de sabão, porém, só piora.
Bufo meio com raiva, da merda que eu estava fazendo e sinto umas mãos fortes virem até mim, agarrando as minhas por cima delas.
- Não faça isso, princesinha! Desse jeito você só vai espalhar a terra alaranjada, para outras partes... - A sua voz sai em um sussurro no meu ouvido e consigo sentir o seu hálito quente, com sabor de menta no final.
- Refrescante, não? Talvez beijá-lo seja melhor ainda... - Penso comigo mesma e viro o meu rosto bem devagar, vendo-o tão próximo de mim e com o corpo agachado, quase na mesma altura que eu.
Ele tinha que parar de se aproximar assim.
- E-u.. Eu sei... - Me solto das suas mãos, atordoadas, e me levanto, para poder ter uma distância melhor dele.
Ele também se ergue, mas me encara, tampando o sol que batia no meu rosto.
- Lave depois a pequena mancha, com vinagre... Deixei de molho por uns vinte minutos e depois a enxague normalmente. Lembrando de ser sempre vinagre branco... isso ajuda a não gerar uma outra mancha. - Ele limpa as suas duas mãos uma na outra e lambe os lábios, se virando para voltar para o seu lugar, pertos dos outros dois homens.
Eu sussurro um obrigada meio baixinho e tento desligar aquela pequena eletricidade, que percorria pelo meu corpo. - Merda, Bruna! Você nunca consegue se controlar, não é? -.
Respiro fundo e volto a limpar a moto com um pouco mais de brusquidão, sem me importar muito bem agora, com a roupa que eu estava usando. Dane-se, eu jogaria essa no lixo, se fosse ser preciso. Bufo mais uma vez e passo para as engrenagem e motor.
Com pouco mais eu termino, tirando algumas mechas molhadas do meu rosto; que eram tanto suor, quanto água e terra molhada da moto. Se fosse para eu me melar inteira, tinha que ter valido mesmo a pena e deixado a moto limpinha e pronta. O que foi exatamente, da maneira em que a deixei. Estava orgulhosa do meu trabalho nela. Se o senhor marrento e garanhão, achasse ruim, que ele fosse em qualquer outro posto e não voltasse nunca mais para esse aqui.
Onde já se viu, um homem tão exigente quanto aquele? Embora no fundo, eu soubesse que ele só havia feito aquilo, para poder me provocar. Logo, aqui estava a sua moeda. Achou que eu iria recuar, mas aí está a sua resposta desafiadora.
- Pronto!! Aí está a sua moto... - Sorrio feito uma boba e orgulhosa do que fiz com ela.
O mesmo, o dono dela, me olha com uma admiração debochada e bate palma.
- Uau, um trabalho em tanto, pequena Ninha!! - Ele se desencosta de uma pilastra do outro lado e vem ao meu encontro. - Acredite... melhor ainda foi o espetáculo. Você nem imagina o que se passou pela minha cabeça. - Ele me encara descaradamente e depois olha para os meus seios, antes de ergue o rosto e olhar para o nada, enquanto continua a falar comigo. - Porém, para te mostrar que eu não sou tão cafajeste assim, eu te diria para ter um cuidado maior com o que os seus maravilhosos seios revelam... Eles estão tão duros, que eu diria até que você se excitou, com esse pequeno ato de ser observada por mim. - O seu olhar crava novamente em mim e eu me vejo aturdida, com o seu comentário.
- Se-u... Seu... Mas que safado, desaforado, filho da mãe!!!! O que você pensa que eu sou, hein? Que sou uma das suas comidinhas e que vai cair em cima de você por qualquer coisa, é? - Lhe olho com uma cara pasma e furiosa, e continuo. - E se os meus bicos agora estão endurecidos, seu paspalho, é porque eu estou morrendo de frio por causa da água gelada da mangueira, na qual eu passei quase meia hora lavando a sua moto... na intenção de não perder um cliente!!! Mas quer saber... Vai a merda com a sua preferencialidade. - Jogo a flanela com tudo no balde de água suja e me viro, para ir embora.
- Que se dane, isso tudo. - Resmungo deixando aquele idiota para trás. Porém, com um pouco mais de três passos, ele me alcança.
- Espere!!! - Ele me segura por um dos meus braços e me encara, fechando rapidamente os seus olhos e respirando fundo. - Me desculpe, pela forma que agir com você... É que... Não sei, é só que passei dos limites dessa vez. Eu não sou assim. Eu sinto muito pelo o que eu fale. - Ele abre os seus olhos novamente e me encara, como se quisesse apagar o que a pouco ele tinha falado. - Podemos começar de novo...? - A sua mão vai afrouxando o meu braço e eu me vejo meio sem saber bem o que lhe responder.
Não queria ser sua amiga e nem inimiga; mas com certeza, os meus nervos estavam a flor da pele.
~~~~~~
Boom diaa, meus amores! Como estão?😍
Correria por aqui, mas como ontem foi a minha folga, eu botei para escrever kk..
Espero que tenham gostado do capítulo.
😌😌✨👐🏼
A nossa pequena Bruna pegou ar! Kkkk.. e Alex se viu rendido, ao ver que tinha ultrapassado os limites. Ela não é como as outras meninas, que sempre cai de boca nele kk se é que me entendem. 🤭🤭🔥
Será que ela vai querer começar de novo? 👁️👁️❤️🤷🏻♀️
Até mais, beijinhos! 💋😉
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