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22. Mess is Mine

This mess was yours, now your mess is mine...


A penúltima casa da rua localizado em Blasewitz fora conhecida por muito tempo como 'a casa amarela'. Não que suas paredes exibissem um tom de cor muito chamativo, mas era uma fama que tinha crescido junto com as duas meninas de cabelos cor de ouro que moravam ali.

Além de ter uma cor diferente, a casa também era rodeado por um muro de tijolos que, no olhar as crianças de dez anos de idade, era tão alto quanto a muralha de um castelo. Cenário perfeito para as brincadeiras de contos de fadas que duravam o dia todo, contando com dragões imaginários e inimigos que nunca conseguiam ultrapassar o muro e acabar com a brincadeiras das duas pequenas.

Quase dez anos depois, parada de frente ao muro de tijolos enfeitados por belíssimas plantas, Summer reparava que ele não era tão alto quanto ela imaginava quando era pequena. Nem iria protegê-la de todas as coisas ruins da vida.

Os verdadeiros monstros ultrapassavam aquele obstáculo sem maiores dificuldades e ela se sentia sortuda por ter sido poupada daquelas informações quando era mais nova.

Se já era difícil o suficiente aceitar isso com vinte e três anos, como seria com doze?

— É aqui?

Fernando perguntou, com uma mão escondida no bolso do seu sobretudo cinza e a outra fortemente entrelaçada com a de Summer. Ele desviou seu olhar para o perfil dela, que analisava cada detalhe como se estivesse ali pela primeira vez.

Não era, mas daquela era diferente.

Ja — Summer concordou, respirando fundo antes de dar alguns passos em direção ao portão, parando assim que ficou de frente a ele. — Você está pronto?

Fernando não se esforçava para esconder o nervosismo que o rondava desde cedo, assim que Summer digitou o endereço da casa dos pais em Dresden no GPS do carro dele. Definitivamente, era um momento que ele tinha esperado muito para que acontecesse, mas também não tinha sido algo que ele tinha feito muitas outras vezes na vida.

E ele sabia o peso que a família tinha para Summer. Sabia o quanto era importante que Viktor e Kristin gostassem dele, apesar da alemã não ter nenhuma dúvida quanto a isso.

O jeito dele e o sorriso brilhante tinha sido suficiente para encantar a alemã de coração gelado. Conquistar seus pais seria infinitamente mais fácil que isso.

— Acho que estou agora — ele respondeu, puxando uma grande quantidade de ar para dentro de seus pulmões, torcendo que isso fosse ajudá-lo a manter a calma. — É estranho, não é? Você ficou nervosa assim quando conheceu meus pais em Barcelona?

A fala rápida e confusa fez com que Summer soltasse uma risada alta, virando-se para ficar de frente ao jogador em seguida. Ela colocou suas duas mãos no rosto dele, acariciando suas bochechas com seus polegares gelados.

— Fernando, respire — Sunny falou pausadamente, deixando um selinho nos lábios dele. — Não se preocupe com nada. Seja você mesmo, sorria e tudo vai dar certo.

Fernando relaxou os ombros assim que Summer terminou de falar, abraçando-a pela cintura enquanto grudava seus lábios com os dela mais uma vez.

— Nós vamos ficar bem e vai dar tudo certo — a alemã murmurou ainda com os lábios próximos dos de Nando, deixando mais um selinho ali antes de se afastar dele.

Não havia nada que Summer falasse a aquela proximidade dele que ele não acreditasse. Era impossível duvidar de qualquer coisa do tipo, tendo seus olhos azuis o encarando com uma tranquilidade visível.

Ela buscou as chaves perdidas na bolsa em seu ombro para destrancar o portão de madeira, permitindo que os dois entrassem na propriedade da sua família. E tudo era exatamente como a mente criativa de Fernando tinha pintado em suas noites de insônia.

Um grande jardim rodeava a casa, ainda amarela, com uma grama intocável e flores que talvez ele nunca tivesse visto antes. Tudo meticulosamente arrumado, com apenas um pequeno caminho de pedras no meio para que as pessoas chegassem até a residência.

Mama? Papa?

A alemã chamou assim que abriu a porta da casa, mas as risadas abafadas que recebera como resposta foram suficientes para que ela desse conta que eles já estavam na área externa do terreno. Deixou a bolsa que carregava no ombro em cima do sofá e apertou mais seus dedos contra os de Fernando enquanto seguiam as vozes.

O quintal de trás da casa de Dresden parecia ser cenário de revistas de jardinagens, rodeado por árvores enormes que garantiam a privacidade da família. Também havia uma piscina azul, mas que não deveria ser utilizada há algum tempo graças a frente fria que ainda passava pela Alemanha, além de uma cozinha rústica e uma mesa de madeira escura envernizada.

Se adicionado um campo de futebol ali, Fernando poderia facilmente dizer que se assemelhava muito a casa que ele ansiava a construir quando começasse sua família. Parecia um espaço agradável para crianças e ele poderia imaginar quantas brincadeiras infantis as altas árvores que rodeavam o quintal tinham rendido para Summer e Lilie.

Hallo! — Summer falou, chamando atenção de toda a família que ocupava a mesa. — Chegamos!

Mein Gott, já era hora — Lilie fora a primeira a se levantar, com uma garrafa de cerveja na mão e um enorme sorriso no rosto. — Estava para ligar para vocês dois.

Enquanto ela abraçava a irmã, Andreas cumprimentava Fernando com um aperto de mão, um sorriso cordial e perguntas de costume, que foram repetidas assim que fora sua vez de abraçar Sunny.

Viktor e Kristin se levantaram também, ficando lado a lado um do outro de frente a filha e ao jogador, que sorria abertamente para os dois. Passou as mãos pela calça que vestia ao senti-las suadas mais que o usual, com a adrenalina tomando o seu corpo.

Mama, Papa... — Summer chamou, passando uma mão pela cintura de Fernando, sorridente. — Esse é Fernando, Mein Freund.

Dame Kaufmann, Herr Kaufmann... É um prazer finalmente conhecê-los.

Levaram demorados trinta segundos antes que os dois aumentassem o enorme sorriso que tinham nos lábios, e Fernando pode jurar que aqueles instantes foram os mais agonizantes de sua vida inteira. Kristin, muito diferente da filha na primeira vez que o vira, puxou o jogador para um abraço apertado exatamente como ele fazia com sua família.

— O prazer é todo nosso, Fernando — falou, colocando as mãos no ombro dele. — E por favor, me chame de Kristin. Nós somos família!

— Eu repito as palavras da minha esposa, Fernando — Viktor falou, apertando firmemente a mão do jogador. — Só Viktor. É um prazer enorme para nós te termos aqui em Dresden.

Summer encarou o jogador com um enorme sorriso no rosto que poderia ser traduzido em 'eu te disse', deixando um beijo demorado na bochecha dele enquanto seus pais sorriam docilmente observando a cena.

Era bom para eles verem Sunny sorridente e com um brilho incomparável nos olhos toda vez que tinha a atenção em Fernando. Sabiam bem como ele a fazia feliz e isso era suficiente para os dois.

— Vamos, sentem-se! — Kristin falou animada, apontando para os dois últimos lugares vazios na mesa, separados para os dois. — Uma fornada de pão recheado está saindo agora, vou pegar para vocês.

— O que você quer beber, Fernando? — Viktor perguntou, já com duas long-necks na mão, oferecendo uma para Andreas. — Bier?

— Hoje vou ficar na água, Viktor — o jogador respondeu, apressando-se para explicar. — Eu tenho jogo essa semana e nós não podemos beber próximo das partidas.

— Oh, é verdade, você está certo — disse, já enchendo um copo de vidro que estava na mesa com água. — Você está brilhando nos campos, rapaz! Assistir você em campo é uma honra... Está gostando de jogar no Eintracht?

— É incrível — Fernando nem precisou pensar muito para responder, sorrindo. — E eu trouxe uma camisa autografada para você, está com a Sunny. É só uma lembrança...

— Você não precisava... Danke, Fernando — agradeceu. — E o tornozelo? Mein Gott, você está nos deixando preocupado com essas lesões, homem.

Navarro riu, olhando rapidamente para o pé esquerdo antes de negar duas vezes em direção ao homem. Aquela não era só uma preocupação só dos torcedores, mas também da sua família e do departamento do time alemão. A bateria de exames que ele tinha feito na semana anterior não tinha mostrado nada fora do normal, mas estavam pegando leve nos treinos só por precaução.

A final da Pokal seria em algumas semanas e o time precisava dele bem. Tinha que se manter saudável no mínimo até lá.

— Está melhor, mas estou sendo acompanhando de perto por um preparador físico do time — olhou de volta a Viktor, vendo-o assentir. — Não podemos arriscar uma lesão feia nessa reta final do campeonato.

Summer ficou um tempo ali conversando com todos, mas aproveitou que a conversa estava fluindo entre Viktor, Fernando, Andreas e Lilie para seguir a mãe até a cozinha, deixando um rápido beijo de despedida nos lábios de Nando antes de sumir pela porta.

Ela demorou mais do que ele esperava, mas Fernando não se sentiu desconfortável por um segundo sequer. Falaram sobre futebol, sobre a Espanha e sobre os primeiros meses em Munique do jogador.

Viktor deu risadas quando Fernando falou da complexidade do idioma e ele ficou verdadeiramente interessado quando o pai de Summer começou a falar da sua formação como médico, além das suas histórias de anos antes como torcedor do Eintracht, quando eles ainda não tinham estádio. O jogador até aproveitou o momento para convidá-lo a voltar ao estádio em um dos jogos que o Eintracht München teria antes do fim da temporada.

— Você quer ouvir uma história sobre a Summer, Fernando? — Viktor questionou, aproveitando a momentânea ausência de Lilie e Andreas para começar aquele assunto, levando o olhar diretamente ao jogador que assentiu veemente. — É uma história antiga, ela deveria ter sete ou oito anos. Aposto que ela não se lembra disso.

O homem desviou o olhar para a imensidão do jardim que rodeava a sua casa, piscando lentamente como se pudesse ver diante dos seus olhos sua pequena Sunny, que tinha duas xuxinhas nos cabelos e um vestido rodado como eram seus favoritos.

Às vezes, para ele, era difícil pensar em quanto tempo tinha se passado desde que as suas duas filhas deixaram de ser suas pequenas e viraram lindas mulheres que estavam conquistando o mundo e várias pessoas enquanto faziam isso.

Uma delas, Viktor sabia que tinha sido Fernando.

Nunca fora um pai muito bravo ou ciumento quando se tratava das filhas. Mas, mesmo que fosse, ficaria ainda mais tranquilo quando conhecesse o seu futuro genro.

E isso não era pelo status que ele tinha, pela conta bancária que certamente era grande ou pelo famoso nome que carregava. Era bem mais que isso.

Era pela forma que Fernando olhava para Summer, com uma admiração expressa no olhar e um orgulho que era descrito com um sorriso singelo no canto dos lábios. Era pela forma que ele buscava a mão dela toda vez que eles estavam lado a lado, como se houvesse necessidade de garanti-la que ele estava, e sempre estaria, ali para ela.

Era pelo respeito nas palavras, carinho visível e admiração palpável. Era pelo bem que ele fazia a ela.

Sabia que sua pequena, que nem era mais uma pequena, estava em boas mãos.

— Ela sempre foi sorridente e tagarela, então tinha vários amigos na escola — Viktor retomou sua história, capturando a atenção de Fernando. — Um dia, ela chegou em casa e me perguntou se eu podia preparar um sanduíche extra para ela levar no dia seguinte como lanche. Eu disse a ela que prepararia, mas perguntei para que ela queria e ela me explicou que havia um amigo na sua classe que não tinha lanche para comer na hora do recreio e que ela costumava dividir o seu com ele, mas que no dia seguinte era o aniversário do menino e que ela queria algo diferente.

Se fechasse os olhos naquele exato momento, Viktor teria visto a cena que estava guardada na sua memória há tanto tempo. Ele, agachado na sala, ouvindo a pequena Sunny explicar pausadamente toda a história.

Ela, com pouca idade mas com um coração que não cabia em palavras.

Coração este que continuava o mesmo.

— Essa é ela, Fernando — Viktor falou, levando o olhar de volta ao genro, que tinha um sorriso bobo no canto dos lábios. — Os anos se passaram, mas ela não mudou nada. Se ela perceber que alguém precisa, ela vai dividir o que tiver nas mãos. Ou até, dar inteiro. Se dar por inteiro. Você já notou isso.

Ja — Nando confirmou, suspirando. — Ela está sempre cuidando de todo mundo... Da Lilie, de mim, de você...

Sempre — o mais velho concordou, passou a mão pela barba que crescia em seu rosto. — A doença pode estar tirando minhas memórias, mas essa história eu nunca vou esquecer. Eu nunca vou me esquecer da índole da minha filha, Fernando. Isso, a Alzheimer não vai me tirar. Nem isso, nem o que eu senti quando vi vocês juntos. Felicidade, Fernando, felicidade — ele fez uma pequena pausa, sentindo os olhos encherem de lágrimas enquanto oferecia um sorriso ao jogador. — Ela já tinha me dito, mas eu precisava ver com os meus próprios olhos. Você faz ela feliz e eu quero que continue assim. Faça ela feliz, deixe-a te fazer feliz. Sejam felizes. Glücklich sein.

Fernando abriu a boca algumas vezes, sem encontrar as palavras certas para serem ditas de volta para o sogro. Escolheu por levantar-se, abraçando Viktor com força enquanto ele fazia o mesmo.

Havia um bolo enorme preso na garganta do jogador e era difícil para ele pensar que Summer passava pelo mesmo sentimento, porém algumas milhares de vezes mais intenso.

Como ela tinha dado conta de lidar com tudo aquilo sozinha por tanto tempo?

— Eu amo sua filha — falou assim que os dois se separaram, assentindo repetidas vezes. — Ela me faz feliz. Eu vou lutar para fazê-la feliz também, todos os dias. É uma promessa.

— Eu não duvido da sua palavra — Viktor concordou, apertando o ombro do jogador. — Ela é difícil às vezes, mas ela está aprendendo a dividir a vida e você... Você foi o sortudo escolhido para traçar esse caminho ao seu lado.

Fernando assentiu, entendendo completamente o que o homem falava. Ela estava se libertando de um fardo que era pesado demais para se carregar, e ele não se importava com o peso que ele tinha. Estaria ao seu lado.

— Obrigado por tudo o que você tem feito por ela — o mais velho falou, deixando que um pequeno sorriso preenchesse seus lábios. — Você tem feito muito.

Fernando apenas assentiu, oferecendo um sorriso sincero de agradecimento a Viktor, antes dele pedir licença para ajudar Kristin na cozinha e Summer voltar à mesa.

E quando ela voltou ao seu lado, Nando não conseguiu evitar ter sempre seus dedos entrelaçados com os da alemã, em um gesto carinhoso que além de garanti-la que ele estava ali para ela, também o certificava que ela estava ali para ele.

Ele observava, na maioria das vezes em silêncio, os cabelos loiros dela balançarem de um lado para o outro quando ela dava risada, e seus olhar voltando para ele mais vezes que o necessário em uma conversa.

Foi quando Fernando soube que estava bem. Foi quando ele teve toda a certeza do mundo que as coisas estavam bem com Sunny e que era daquele jeito que ele queria que permanecesse pelos resto dos seus dias.

E foi também quando ele soube exatamente o que queria para sua vida.

Uma vida longa, com Summer Kaufmann ao seu lado.

Era exatamente o que ele queria.

❄❄❄

A noite já caia e a casa já não estava mais tão barulhenta quanto pela manhã.

Lilie e Andreas tinham sumido pela porta da casa com Kristin, já que o casal queria uma opinião da mais velha sobre o cardápio do casamento, o fotógrafo que eles tinham contratado e pequenos detalhes burocráticos como a assinatura do civil nos papéis para o casório.

Viktor tinha pedido licença e dispensado a ajuda que Fernando e Summer ofereceram quando ele disse que iria lidar com a louça do dia, contentando-se com uma pequena mãozinha dos dois para levar todas as coisas para a cozinha.

O casal tinha ficado na área externa, deitados apertados no sofá de estofado colorido que havia ali, rodeados por velas que haviam sido acesas algumas horas antes e assistindo em silêncio ao pôr-do-sol que se passava de frente ao olho deles.

— Nós deveríamos ir — Summer murmurou baixinho, com os olhos cerrados. — Vamos pegar a estrada escura.

— Podemos esperar mais alguns minutos, cariño — o jogador sussurrou em resposta, deixando um beijo carinhoso no topo da sua testa. — Sem pressa.

Summer deixou que um pequeno sorriso aparecesse em seu rosto, abrindo os olhos para que pudesse observar os castanhos de Fernando presos em si.

— O que meu pai falou a você, Nando? — perguntou, deixando que sua curiosidade tomasse conta de si. — Naquela hora quando eu entrei com minha mãe e você ficaram aqui fora. Eu vi vocês dois conversando...

Fernando pareceu pensar por um instante, soltando uma grande lufada de ar e deixando mais um beijo carinhoso nos cabelos da alemã.

— Não posso contar a você — murmurou em resposta, com um pequeno sorriso nos lábios. — Só algo que eu precisava ouvir.

Ele não poderia contá-la. Sentia que aquele seria o seu pequeno segredo com Viktor, uma conversa que definitivamente ficaria marcada na memória dos dois.

Nunca se esqueceria da conversa que o fez ter plenitude da sua importância na vida de Summer, por mais que ela tivesse deixado isso claro alguns dias antes. Nem mesmo deixaria de se recordar do como ela era incrível e de como ele era sortudo de ter sido o escolhido, como Viktor mesmo havia dito.

Fernando sabia que estava pronto para trilhar qualquer que fosse o caminho, se estivesse de mãos dadas com Sunny.

— Eu espero que ele não tenha te deixado sem graça — Summer tentou, fazendo Nando rir. — Ou pior, contado alguma história vergonhosa sobre mim como a vez que derrubei as alianças dos noivos em um casamento. Ou minha fase difícil da adolescência. Mein Gott, eu espero que ele não tenha dito sobre isso...

O jogador riu com o desespero dela, levantando seu queixo com o polegar e deixando um demorado beijo ali, para que fizesse com que ela parasse de falar e ficasse tranquila.

Funcionou, já que Sunny relaxou os ombros e o puxou para um segundo beijo assim que Nando tentou se afastar, segurando-o pelos ombros para que pudesse trazer o corpo dele para mais próximo do seu.

— Você teve uma fase dessa? Oh, eu quero ouvir sobre!

— Outro dia... Agora me diga, o que ele te disse?

Fernando sabia que ela não deixaria isso de lado com facilidade, sorrindo ao ver a curiosidade presa em seus olhos. Colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, apertando seus olhos escuros enquanto a observava de perto.

— Ele só me lembrou mais uma vez o quanto você é maravilhosa — o jogador murmurou, acariciando o rosto de Sunny com o seu polegar, assistindo-a sorrir. — E o quanto eu tenho sorte das coisas estarem dando certo com você.

Stoppen — ela pediu, sentindo suas bochechas ganharem cor. — Você está me deixando sem graça.

— Eu gosto de te deixar sem graça, então — murmurou como resposta, fechando os olhos e juntando os lábios com os dela novamente. — E eu poderia fazer isso todos os dias.

— Bobo.

Ela falou com um sorriso no rosto antes de beijá-lo mais uma vez, aproveitando que os dois estavam sozinhos para aprofundá-lo, sentindo os dedos de Fernando se enrolarem nos seus cabelos enquanto eles aproximavam seus corpos.

— Não quero interromper... — Lilie falou, chamando a atenção dos dois para ela, encostada no batente da porta da cozinha, observando-os com um sorriso nos lábios. — Mas Mama e Papa estão chamando vocês para a sobremesa.

Dios mío, mais sobremesa? Eu vou ter que correr dobrado amanhã no treino — Fernando brincou, observando a cunhada andar em direção a eles. — Mas não estou negando nada, agora sei de onde vieram os dotes culinários da Sunny...

— Ela roubou todos deles mesmo, porque eu não fiquei com nenhum — Lilie falou, fazendo-os rir. — É bom ver vocês bem de novo... Eu estava falando a Mama que vocês darão um neto ou uma neta a eles antes de mim e Andreas. Posso apostar!

As bochechas de Summer ganharam cor enquanto ela ria, acompanhada por Fernando que alternava o olhar entre as duas.

— Lilie! — ela repreendeu a irmã, entrelaçando os dedos com os de Fernando , que procuraram pelos seus. — É você que está casando nas próximas semanas, se formos seguir a lógica...

— Mas eu aposto que vocês não vão demorar muito — Lilie falou apenas para atentar Sunny, que ficou com as bochechas ainda mais vermelhas de vergonha. — Não é, Fernando?

Ja, ja — o jogador confirmou, olhando diretamente para Summer. — Nós estamos planejando um casamento para junho.

— No verão? Eu acho uma ótima escolha — Lilie continuou antes de rir, fazendo Sunny rolar os olhos. — Estamos esperando vocês lá dentro. Não demorem.

Os dois assentiram juntos, observando a mulher traçar o caminho de volta a casa, sozinhos novamente.

— Não fale essas coisas para Lilie, ela vai achar que é verdade — Summer falou para Fernando, fazendo biquinho. — E aí ela vai falar para meus pais e para metade do mundo. E quando menos esperarmos, o Bild vai estampar uma foto nossa com o título 'June Wedding'.

— Mas eu estava falando sério... Um casamento em junho. É um momento bonito em Munique... Em Barcelona também...

Summer não escondeu a surpresa ao ouvir as palavras de Fernando, arqueando as sobrancelhas. Ele jogou a cabeça para trás enquanto ria ao ver a reação dela, deixando um beijo em seus cabelos espalhados pela camisa dele.

— Eu estou blefando agora, só para ver o que você faria...

Ele fora interrompido por um tapa leve da alemã no seu peitoral, seguido por uma crise de risada dele que quase a tirou do sério.

— Não brinque assim, Fernando — ela murmurou, negando. — Não faça isso de novo.

— Eu não posso prometer isso, cariño — falou, mordendo o lábio inferior com força antes de encarar os olhos azuis dela e sorrir. — Eu quero fazer de novo. De verdade dessa vez.

Summer não deixou de sorrir junto a ele, deixando um beijo demorado no canto dos lábios do jogador antes de se levantar e estender a mão para que ele a acompanhasse.

Ela poderia estar levando como brincadeira, mas para ele não era.

Um casamento em junho.

Eles teriam um casamento em junho.

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