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Prólogo


O mundo não tinha mais esperanças. Era o que todos acreditavam, fossem humanos ou deuses. O Ragnarök¹ estava próximo e eles sequer possuíam vontade de mover um dedo para interferir, por conta de todos os anos em que viveram no esquecimento daqueles que em outros tempos rastejavam aos seus pés, adorando, venerando. Se o mundo iria se acabar, que fosse rápido e certeiro, para que não sobrasse mais nada do que se orgulhar ou envergonhar. O fim dos tempos era só ... o fim.

Em contrapartida, Odin²  não pensava assim. Para ele, o fim de tudo poderia significar um começo. Contraditório, mas como discordar do deus da sabedoria? O Pai de todos³  passava muito tempo observando o horizonte, num silêncio desconfortável para os outros deuses que só queriam se resguardar em seus exílios, sem tarefas para fazer ou vidas para interferir. Era palpável a irritação de todos, direcionada para o velho caolho, mas ele não se importava. Mesmo que tivesse somente um olho àquela altura, ainda era o único único que conseguia enxergar muito mais do que todos poderiam ver e, por isso, sua mente trabalhava nos milhares de cenários que poderiam suceder o fim.

O que se espera é que depois que tudo acabe não exista nada. Mas até no nada podem existir muitas respostas e Odin tanto sabia como se apegava nisso para traçar seus planos. Uma vida era o suficiente para que a esperança ainda reinasse, mesmo num mundo sem terras, sem água, sem ar, sem seres humanos ou animais. O que ele pretendia fazer era o que perturbava a mente dos demais, pois o deus sábio e poderoso depositava toda a sua fé no homem, logo a raça que tanto desprezou ele e os tantos outros deuses, que esqueceram de onde vieram. Mas se o próprio Odin não os culpava ou renegava, quem ousaria passar por cima dos seus mandamentos para impedir que o que ele traçava para o destino do mundo se concretizasse?

Foi assim que, quando o Ragnarök finalmente aconteceu, tudo virou caos, poeira, e escassez. Mas, em um pequeno e humilde vilarejo da velha Escandinávia, por um milagre que só poderia ser obra de um deus, o que de fato era, um choro cortou o silêncio que se estendia junto a um lugar onde agora só se encontrava pó e mais nada. O choro era agonizante, entoava fome e desespero, porque vinha de um bebê. Filho de quem? Não se poderia saber, já que todos os seres humanos haviam sido dizimados e consumidos por fogo, fome ou miséria. E mesmo assim, ali estava o que se poderia chamar de milagre ou esperança. Um pequeno embrulho no meio do nada, rodeado por um círculo de fogo que ainda estava queimando sua última fagulha, enquanto que ao seu lado um pequeno galho se estendia do chão, com uma única folha em seu corpo. Um verde que gritava vida no meio de pura destruição. Como se para acalentar o pequeno ser que berrava a plenos pulmões, uma brisa sobrevoou seu frágil corpo e, como se fosse uma mão delicada, tocou a face do bebê. Seu choro passou de agonia para angústia, como se aquele pequeno ser soubesse que estava só e sem futuro. Nesse mesmo instante, um trovão cortou o céu, assustando o pequeno que, finalmente, abriu seus olhos, ao passo em que eles reluziram o brilho e o azul do céu que não demonstrava nenhuma característica de que se desmancharia em chuva, mas, mesmo assim, o trovão continuou a retumbar como uma canção de ninar para aquela pequena criança. Duas gotas caíram do céu, uma molhou a folha que ostentava vida e a outra molhou a face do bebê, escorrendo para seus pequenos lábios, como uma gota de esperança. Depois disso, o silêncio voltou a reinar...



Ragnarök¹Na mitologia nórdica, Ragnarök corresponde ao local do destino final dos deuses. A batalha de Ragnarök aconteceu na região de Midgard (terra média ou reino dos humanos), entre as forças do bem e do mal, resultando no fim do mundo e de todas as criaturas - deuses, heróis, gigantes, monstros.

Odin²maior dos deuses nórdicos, deus da sabedoria, da guerra e da morte.

Pai de todos³: Odin, pai de todos os deuses.

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