Alfredo está me levando em direção ao campo de margaridas que fica no lado oposto do jardim de entrada do castelo. Suas mãos estão segurando as minhas e eu deveria estar adorando, mas posso sentir como seu corpo está tenso e isso me faz questionar o teor do assunto que ele quer conversar comigo. Milhares de ideias passam pela minha cabeça e a que mais me assusta é a de que ele tenha se arrependido das coisas que me disse ontem, que ele tenha percebido que eu não sou o tipo de garota com quem ele quer passar o resto da vida. Fico tensa também, querendo saber logo o que ele quer me dizer.

Quando ele acha que já está bom, paramos de andar e nos aproximamos de uma árvore, para ficar debaixo da sombra. Ele não consegue me encarar por muito tempo e eu começo a tremer. Seja o que for, não irei chorar. Serei forte e ele nunca vai saber que me machucou. Fico impaciente com a sua demora e resolvo falar logo.

- Tudo bem, Alfredo. O que for que tiver para me dizer, diga logo e acabe com isso. – Digo e respiro fundo, querendo afastar as lágrimas que pedem permissão para aparecer. – Eu já deveria saber que você iria se arrepender.

Ele me encara com surpresa.

- O-o quê? Como assim me arrepender? – Sua expressão é de confusão e eu fico confusa também.

- Você está aqui para dizer que se arrepende de tudo o que me disse ontem, não é? – Olho para os meus pés. Não quero encará-lo quando ele for confirmar. Sua mão direita pega em meu queixo e levanta o meu rosto para encarar seus olhos, logo ela está depositada ao lado de minha face. Seus olhos nunca abandonam os meus e seu olhar é muito intenso.

- Minha flor... – Sua voz é calma e seu olhar é sincero direcionado a mim. – Só me arrependo de não ter me declarado antes. Apenas isso. Tudo o que eu afirmei sentir, absolutamente tudo, é a mais pura verdade. Você preenche meus pensamentos 24h por dia e também preenche o meu coração. Nunca mais duvide disso. – Diz isso tudo e faz meu coração palpitar no peito, então deposita um beijo na pontinha do meu nariz. Rimos juntos e eu aperto sua mão que está em meu rosto.

- Então por que está nervoso e tenso? – Ele suspira e olha para baixo, então volta a olhar para mim e pega minhas duas mãos, entrelaçando nossos dedos.

- Você sabe o motivo que fez eu vim morar no Reino de Lork e especificamente no castelo. – É uma afirmação e eu balanço a cabeça em positivo.

- Para se casar com a Safira. – Digo baixo.

- Para crescer com ela e me apaixonar por ela. Mas você sabe que isso seria impossível, já que me apaixonei por você desde a primeira vez que te vi. – Sorrio com a sua confissão. Eu não sabia disso. – Mas meu pai também queria que eu treinasse com o exército e me tornasse um grande guerreiro e, bem, de todas as coisas que ele planejou para mim essa foi a única que eu realmente quis fazer. Me tornar um guerreiro.

- Você já é um ótimo guerreiro, Fred. Sei que pode ficar melhor ainda com muito treinamento. Creio que seu pai já se orgulhe de você.

- Sim, loira. Mas há algo que eu quero fazer para me tornar melhor. – Ele diz e se aproxima mais de mim, me encurralando na árvore. Suas mãos estão segurando o meu rosto e seus olhos brilham.

- O-o que seria essa coisa? – Gaguejo, porque é novo para mim ter a sua presença tão perto.

- Eu quero ir para o acampamento de treinamento para guerreiros. Na verdade, eu vou. Eu só não sabia como contar para você. – Confessa e suspira, desviando seu olhar para baixo, me dando tempo para assimilar o que me disse. Gostaria de estar enganada sobre os meus conhecimentos acerca desse treinamento, mas, infelizmente, eu sei muito bem como funciona, principalmente o fato de que ele dura exatos 5 anos.

- Uau! – É o que consigo dizer. – São.... São cinco anos distante. – Ele volta seu olhar para o meu e respira fundo.

- Eu sei que é muito tempo. Logo agora que confessei meu amor a você. Mas eu preciso disso para me tornar o homem que eu quero ser. Só preciso da sua confirmação de que estará me esperando, porque, Liz, eu prometo a você que se me esperar vai ser a mulher mais feliz do mundo quando eu voltar. – Vejo expectativa em seus olhos. É um bobo mesmo. Óbvio que eu o esperarei.

- Ainda bem que nesse acampamento só tem homens. – Faço um biquinho e ele ri em resposta ao meu comentário. Depois sela nossos lábios em um casto beijo.

- Quando eu voltar, vou te dar um beijo de verdade. Um beijo que vai te fazer ver estrelas. Isso é uma promessa, minha flor. – Tenho certeza de que corei, porque ele avalia minha expressão e ri de mim. Idiota. Agora mais do que tudo preciso amadurecer, pois quando ele voltar sendo o homem que sempre quis precisa encontrar uma Liz mulher no lugar da Liz menininha.

Oi babes! Trouxe mais um capítulo, bem menor dessa vez, apenas para encerrar esse ciclo.

Vou dar início a jornada deles mais amadurecidos. Vou levar um tempinho para trazer capítulo de volta, mas prometo que não vai demorar tanto.

Enquanto isso comentem muito, votem e divulguem essa história com os amigos de vocês. Fariam essa autora muito feliz, de verdade.

Até o próximo!
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