Capítulo XXXVII
- Eu sinto muito, princesa... - Disse com os olhos tristes.
Ouvir aquelas palavras do médico fez Safira derramar mais lágrimas por sua face inchada de prantos. Tudo em sua mente estava branco, como se não houvesse um passado, como se seu presente fosse uma planície transparente e sem fim e o seu futuro? Esse não estava ali também.
Doía.
Doía muito mais do que ela podia pensar, muito mais do que ela podia explicar. Doía como nunca doeria outra vez. Doía porque de todas as perdas a de um filho era a pior delas. De todas as perdas aquela era a mais injusta.
Said estava ao seu lado na cama, segurando suas mãos com força enquanto o doutor a examinava e induzia o parto do feto morto em seu ventre.
- Sheik Said.. - Soraia o chamava do canto do quarto - Eu posso ficar ao lado dela... não deveria ver isso.
- Eu ficarei - Foi tudo o que ele respondeu olhando para Safira que tinha os olhos marejados mais uma vez.
Logo um longo segundo de dor veio, um filete de sangue de tom escuro voltava a escorrer por sua intimidade e então minutos depois fez o que o médico chamou de força, para que o bebê viesse para fora.
O lençol branco posto sob as pernas da princesa impedia que ela e o sheik vissem a cena, embora Safira pudesse imaginar e sentir tudo o que ocorria ali. Segurava a mão de Said com tanta força que o sangue já não pintava a ponta de seus dedos. Repirava pausadamente, se esforçando pra continuar acordada até que o médico terminasse o procedimento.
- Eu sinto muito mais uma vez... - repetiu com pesar - Abortos espontâneos acontecem... você passou por muitas emoções princesa.. as quedas podem ter ocasionado isso... mas...
- Mas o que doutor? - Said perguntou atento
- O sangue dela estava muito escuro, e a febre alta indicava alguma reação do corpo da princesa - Informou contido
- O que quer dizer? - Said estava cada vez mais aflito - Eu não entendo de coisas médicas... por favor seja claro.
- Precisarei fazer alguns exames, colhi amostras do sangue da princesa. Não posso afirmar nada, senhor. - Disse ajeitando os óculos redondos e o jaleco branco que usava - Mas como eu disse... o corpo fala e ao que tudo indica ela foi envenenada.
- Envenenada? - Dessa vez a voz de Soraia foi ouvida - Mas como...? Apenas eu sirvo a comida dela.. Eu.. eu jamais faria isso com a minha menina - Disse com os olhos em desespero.
- Eu sei que não foi você, Sô.. - Safira comentou embora sua voz saísse falha e não conseguisse processar as informações de forma correta em sua mente.
- A princesa tem algum inimigo? Alguém que a queira mal? - O médico perguntou.
- Não... eu não... - Negou como se a ideia de ter inimigos fosse absurda e totalmente improvável em sua vida.
- O que comeu hoje? - Ele perguntou anotando todas as informações no seu bloco de notas.
- Bem... pão pita e suco de pela manhã... o almoço bem... vomitei todo por causa dos enjoos e eu dormi durante a tarde.. - Falava tentando se lembrar se havia esquecido de algo. - Acho que apenas isso.
- Mais nada? - Perguntou arqueando a sobrancelha - Sei que é um momento delicado, mas precisa se lembrar de qualquer coisa que possa me ajudar.
- Eu não.. - Se esforçou mais uma vez - Apenas.. Mahira.. - Disse o nome da odalisca em um sussuro.
- O que disse? Mahira? Quem é essa pessoa? - O médico perguntou atento
- Querida... não se preocupe ela não vai lhe incomodar - Said disse tentando acalma-la.
- Não.. ela veio em meu quarto durante a tarde. Ela me serviu um chá... disse que tomava durante o começo da gravidez.. - Safira contava sentindo sua respiração e o coração voltarem a acelerar - Ela.. ela veio se desculpar... e por Allah - disse em um visível desespero - Said.. foi ela.. foi ela, ela me envenenou - Sua voz já falhava novamente.
- De que cor era esse chá? - O médico perguntou
- Vermelho, era vermelho - Foi a última coisa que a princesa respondeu antes de se virar contra os travesseiros e chorar copiosamente.
O médico nem se despediu saindo do quarto tão depressa quanto havia chegado, correndo o quanto podia até o seu consultório. Estava certo de que o chá que a princesa havia tomado continha substâncias abortivas.
Said por sua vez havia deixado de lado sua feição triste pela perda do filho para tomar uma que misturava ódio e rancor.
- Soraia fique com Safira - Ordenou se levantando da cama
- Said... não me deixe aqui.. - Safira pediu vendo suas mãos se separarem - Onde você vai?
- Eu já volto. Vou resolver um problema.
*
Said caminhava a passos rápidos para a outra ala do castelo. Suas mãos suavam, seus pés tocavam firmes no piso espelhado. O dia davas sinais de que logo começaria deixando o céu num fosco azul com finíssimos filetes de luz do sol.
Não teve modos o suficiente para bater na porta dos aposentos da odalisca. Entrou fazendo com que ela se assustasse com o barulho abrindo os olhos castanhos arregalados em direção ao sheik.
- O que..? - Não teve tempo de dizer sentindo as mãos fortes de Said envolverem seu pescoço, apertando o suficiente para que o ar lhe faltasse.
- O que você fez, sua desgraçada? - Perguntou com ódio - Você envenenou Safira? Responda!
- Eu não fiz nad-a Said.. - Tentava falar sentindo o aperto das mãos do sheik - Eu juro eu não fiz.. está me machucando Said...
- Está machucando? - Ele perguntou tomado de ódio apertando ainda mais o pescoço dela.
- Said o que está fazendo?! - Zayn era quem passava por ali, e assim que se deu conta da cena saiu correndo prontamente para impedir que a raiva tomasse conta de Said a ponto do pior acontecer - Largue ela! Largue! - Dizia ao mesmo tempo que tentava afastar o sheik para longe da odalisca.
Mahira finalmente conseguia respirar, colocando as mãos instintivamente em seu pescoço onde o aperto das mãos de Said já podiam ser vistas pelas marcas avermelhadas. Estava com a mesma feição assustada e tossia muito pela falta do ar que retornava aos poucos aos seus pulmões.
- O que estava pensando?! - O comandante perguntou a Said que respirava exausto e freneticamente olhando com fúria para Mahira.
Zayn não fazia ideia do que estava acontecendo.
- Mahira envenenou a minha esposa. Matou o meu filho - Disse ainda descontrolado - Eu devia te mandar para a forca sua desgraçada! Deveria te matar com as minhas próprias mãos! - Ameaçou com os olhos repletos de ódio.
- Eu não fiz nada! Eu já disse - tentou dizer já tossindo outra vez - Isso é mentira, Safira inventou isso pra você me odiar!
Então novamente Zayn precisou segurar o sheik, pois o mesmo já avançava em direção a Mahira mais uma vez.
- Pode me soltar Zayn - O sheik pediu - Não matarei essa infeliz apenas porque carrega uma criança no ventre. - Disse vendo Mahira se encolher na cama.
- É seu filho... - Ela disse - Não é qualquer criança! É seu filho! - Alterou a voz desesperada
- Meu filho acabou de morrer. - Foi tudo o que Said disse antes de se afastar dos aposentos e cambalear novamente pelos corredores do castelo. Zayn não seguiu o amigo, permaneceu na porta do cômodo observando a face da odalisca. Não sabia ao certo o que sentir em relação à aquela mulher, Said era seu melhor amigo, o irmão mais novo que nunca teve e Mahira representava a infelicidade dele. Zayn também não estava feliz.
*
- Safi... minha irmã.. - Foi a vez de Layla chegar no quarto da princesa, os olhos azuis da jovem moça também carregavam dor - Eu sinto muito... eu sinto mesmo. - Disse apertando a mão de Safira que continuava reposando em seu ventre.
- Eu nunca serei feliz, Layla... eu nunca serei feliz.. - Repetia aquelas palavras várias vezes e cada vez mais pareciam fazer total sentido. - A bruxa estava certa... ela viu morte em minhas mãos.
- Bruxa? - Layla perguntou confusa
- Em meu casamento uma senhora vidente leu minha mão... - Safira tentou explicar - Ela viu o meu futuro...
- Nazira... - Layla disse o nome da velha senhora como se estivesse lembrando-se
- Como sabe o nome dela? - Safira perguntou confusa
- Ela estava presa comigo, na mesma cela do calabouço turco. Ela... de alguma forma sabia que iriam nos resgatar... ela me ajudou a ficar viva. - Contou emocionada - Minha irmã... você vai ficar bem, não se preocupe... Allah vai te dar forças para passar por toda essa dor.
- Allah se esqueceu de mim, Layla - A princesa comentou descrente - Allah está me castigando por sempre ter rejeitado os planos dele.
- Você está aqui... não rejeitou plano algum, Safi - Olhou para a irmã com pesar - Venha, eu vou dar um banho em você. Vamos trocar essa camisola suja, pentear os seus cabelos e perfumar o seu corpo.
- O que fizeram com ele? - Safira perguntou enquanto se levantava da cama com ajuda de Layla
- Com ele? - Perguntou confusa.
- Meu filho... o que fizeram com ele? - Perguntou atenta aos olhos da irmã.
- Levaram o corpinho para a purificação. Soraia o levou - Contou a ela - Aqui... entre na banheira, a água está quente.
- Eu quero enterra-lo.. eu quero vê-lo - Safira disse sentindo a água quente a acolher - Antes que diga que não posso... diga a eles que eu não me importo, eu sou uma princesa tenho o direito de escolher. Eu sou a mãe... - Disse perdendo o fio de momento calmo, deixando que novas lágrimas caíssem sob as águas da banheira.
- Não se preocupe... nós todos iremos juntos - Layla comentou lavando os cabelos da irmã - Todos iremos nos despedir.
- Shukran - Safira agradeceu, sentindo um peso sair de dentro dela.
- Como sabe que era um menino? - Perguntou curiosa - O médico lhe contou?
- Era meu... meu menino. Eu apenas sei disso. - Falou fechando os olhos sentindo a água quente molhar o seu rosto conforme lavava seus cabelos.
*
Ninguém ousou questioná-la.
A tradição mandava que as mulheres não participassem dos funerais, mas ninguém ali tivera a coragem de negar a Safira aquele momento. Os suntuosos vestidos negros se arrastavam pelo castelo em direção ao jardim de lírios na ala oeste, assim como os sapatos de cetim preto dos homens batiam no piso enquanto acompanhavam as damas de véu escuro.
O pequenino bebê estava enrolado em um lençol branco no colo de Soraia que os aguardava pacientemente ao lado do túmulo ainda vazio. Safira era amparada pelo sheik e Layla caminhava ao seu lado se apoiando em um de seus braços.
Um almuadem que residia na Índia se prontificou a fazer a cerimônia fúnebre e toda a família do sheik estava ali ao redor deles. O céu como se soubesse daquele trágico infortúnio havia se tornado cinza e as nuvens se amontoavam formando uma massa escura e pesada indicando que em breve as águas molhariam as terras desérticas.
Logo a rápida cerimônia começou e o almuadem repetia palavras de paz e consolo do Alcorão, pedindo a Allah que abrigasse o pequenino príncipe em seu braços. Quando o momento de enterra-lo chegou Safira se aproximou dele o retirando dos braços de Soraia e se ajoelhou ao lado do túmulo, o colocando ali sob a terra fofa.
A princesa sentia suas mãos tremerem e suas lágrimas transbordarem insistentemente. Acariciou o lençol de maneira breve, deixando ali um beijo e algumas gotas de lágrimas.
- Que Allah te guie para a luz, meu pequeno príncipe - Disse baixinho - Que Ele lhe dê paz e alegrias no céu. Em breve nos encontraremos no juízo final. A mama te ama - Falou pegando um punhado de terra e jogando sob o corpo.
Assim foi feito até que não se visse nada além da terra avermelhada. Todos os parentes repetiram o mesmo processo e desejaram uma boa passagem ao menino. Logo os criados trouxeram as flores e a pequena lápide ainda limpa.
- O que querem escrever? - Um deles perguntou obervando os olhos perdidos de Safira que nada expressavam e então os de Said que embora tristes estavam mais atentos.
- Apenas a data de falecimento - Said disse tentando ajudar Safira a se levantar.
- Umar Al-amin Mamun, pois seria um grande sheik um dia. - A princesa disse antes de voltar para dentro do palácio e correr o mais rápido que podia para os seus aposentos.
E assim foi escrito.
O destino de alguns terminava antes mesmo de começar e o de outros parecia ter dias a mais do que o necessário. Não parecia justo e talvez não fosse mesmo. Mas Allah era o pintor e o criador da vida, ele decidia quem ia ou quem ficava.
Umar significava vida, nas melhores variações ia de florescente, próspero e aquele que teria uma vida longa. Embora naquele momento fosse tão contraditório o nome, no coração de Safira o filho viveria para sempre.
*
Império Otomano
Fátima acarinhava os cabelos ruivos do filho, a primeira lembrança que tinha do falecido marido, logo ao lado dele estava a segunda filha que já havia adormecido, Samira era o nome dela e era tão bonita quanto o irmão.
A tarde chuvosa lhe causava tristeza e trazia a memória momentos que nem sempre gostava de rever.
- Mama - o pequeno príncipe a chamava atenção.
- Sim?
- Meu papa está no céu? - Perguntou curioso - Ele é uma daquelas estrelas brilhantes e bonitas?
- Sim, habib. - A rainha concordou - Ele está olhando por você de lá... está cuidando de nós dois. - Respondeu sorrindo para o menino.
Os cabelos ruivos e cacheados não podia negar que eram iguais aos dela, mas as sardas que pintavam o rosto claro e os olhos esverdeados assim como o nariz reto e a boca de formato quase arredondado eram cópias perfeitas do pai.
Aziz Ibrahim seria um lindo príncipe um dia e Fátima aguardava ansiosamente por isso.
- Mama? - o menino a chamou mais uma vez - Porque o meu tio é tão malvado?
- Por quê? - Fátima estranhou a pergunta - Ele fez algo com você? - A última coisa que ela queria é o cunhado maltrasse o menino, mas nem sempre tinha controle de tudo o que acontecia naquele palácio.
- Não.. eu ouvi ele dizer que vai matar um sheik na Índia - disse com os olhinhos arregalados - Ele conversava com um homem que eu nunca vi aqui.
- Aziz! Como sabe dessas coisas? - Perguntou assustada, com medo de saber que outras informações o filho tinha.
- Me desculpe mama... - Abaixou o olhar culpado - Eu estava me escondendo de Samira quando eles chegaram no salão. - Eles não me viram, eu juro.
- Aziz... me prometa que não vai mais entrar no salão onde seu tio fica. Me prometa - Disse preocupada não querendo dar vazão para o assunto.
- Eu prometo mama... - Respondeu aninhando seu corpinho no da mãe - Pode cantar hoje? Estou com sono.
Fátima sorriu, os filhos eram a única felicidade que havia lhe restado. Todo o resto no exterior e no interior da rainha era tomado pela crueldade e pela vingança. Ela tinha muito inimigos, Said com toda certeza estava no topo de sua lista ficando atrás apenas do turco. Suspirou cansada daquela vida e voltou a acarinhar os cabelos vermelhos do menino e colocou-se a cantar.
-" Durma meu pequeno, que um dia reinará... em suas noites eu sempre irei cantar. Durma meu pequeno, que em breve vai estar... em suas mãos a coroa vai chegar... Durma meu príncipe... tudo vai melhorar..."
Fátima não tinha jeito para as canções de ninar, mas amava o filho de maneira que sequer podia explicar. Beijou o rostinho adormecido do príncipe e se levantou. O cobriu e apagou a lâmparina que mantinha a luz do quarto e se retirou.
O costumeiro tom vermelho de suas vestimentas mais uma vez se arrastava na forma de tecido pelo castelo e seus sapatos pareciam até que conheciam o caminho que a rainha fazia. Os guardas do salão não reclamavam ou impediam que ela entrasse e foi assim que naquela noite mais uma vez Fátima teve o desprazer de olhar a cara cínica, fria e visivelmente embriagada do cunhado.
"Fátima..."
Escutou ele dizer como sempre fazia, se deleitando exageradamente com seu nome, como se experimentasse o sabor dela. Bufou incomodada com a atitude porca dele, e revirou os olhos ao vê-lo virar mais uma taça de vinho.
- Espero que morra logo de tanto beber - Disse adentrando no salão.
E logo ouviu a gargalhada grutural do turco e a tentativa falha do mesmo de ficar em pé. Junto dele sentado em outra poltrona estava um homem e imaginou que era o mesmo o qual Aziz havia lhe falado.
- Senhor - Fátima o cumprimentou
- Rainha Fátima, é uma honra estar em sua presença - Disse galanteador demais para o gosto dela - És mais bela do que dizem.
- Fátima?! Bela? - O turco novamente começou a gargalhar - Pensei que estava bêbado mas vejo que o vinho fez efeito em você meu parceiro.
- Obrigada pelo elogio.. senhor? - perguntou curiosa embora estivesse enojada de estar ali.
- Este é Mustafá - O turco se intrometeu novamente - Meu novo parceiro de negócios.
- Tenho certeza que o senhor Mustafá pode responder por si mesmo - Retrucou a rainha - Com que negócios trabalha?
- Bem... - Mustafá olhou de esguela para o turco incerto de deveria ou não dizer a verdade sobre o tipo de negócios que os dois faziam. - Tenho ou ao menos tinha uma loja de tecidos no reino de Omã.
- Oh! Sim... claro - Fátima comentou já desinteressada - Sinto muito que meu cunhado tenha arrasado com o reino e consequentemente com a sua loja e os seus lucros. - Deu um sorriso contido para o homem e se virou para olhar o turco - Podemos conversa a sós?
- Fátima... - Ele disse inebriado - O que tiver que dizer podes falar na frente de Mustafá.. não tenho segredos com meu amigo.
- Pois bem... - Ela lançou-lhe um olhar visivelmente incomodado - Já desistiu de seu plano? Percebeu que é burrice tentar invadir a Índia e lutar contra eles? Percebeu que não tem chance alguma de se casar com a princesa? - Perguntou com uma leve esperança de que ele tivesse caído em si.
E mais uma vez ele gargalhou.
- Do que está rindo? Seu miserável! - Disse irritada pelo ataque de risos do turco - Diga que desistiu dessa tolice!
- Senhora.. se acalm.. - Mustafá tentou dizer sendo logo interrompido por ela.
- Calado! Que não me dirigi a você - O cortou descontente com a cena que via - O senhor está ajudando ele nisso, não está? Eu vi em seus olhos a mentira.
- Fátima... - o turco chamou sua atenção já recomposto do extremismo - Minha doce e querida rainha... minha cunhada preferida... - Disse em escárnio e ironia - Eu matarei aquele sheik, matarei todos que tentarem me impedir de subir ao trono. Matarei até mesmo você... Quem sabe até Aziz não perde a cabeça? - disse pensativo vendo a rainha tremer em seu lugar - Tens que ensinar o seu filho a se esconder melhor... nunca se sabe quem pode acha-lo - Falou e a maldade era vista em seus olhos fazendo Fátima se afastar dele, correndo até a porta principal em completo pavor.
- Ah! Fátima... - A chamou mais uma vez - Caso esteja interessada em saber... partimos amanhã para a Índia. Em alguns dias a cabeça do sheik vai enfeitar aquela parede - Falou apontado para a coleção de cabeças de animais empaladas que decoravam o ambiente.
Poucas coisas ela temia, mas Fátima era mãe e como todas em qualquer parte de mundo não queria perder o filho. A rainha então recuou, deixando que o turco fizesse o que tanto queria.
*
Capítulo triste e bem tenso... 💔😢
Deixem seus comentários, mais tarde posto o capítulo 38 (Uma maratona surpresa, perceberam? Rsrs) 💋
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